Ucker olhou para o filho e o mesmo sorriu, mostrando todos os minimos dentes
- Pra onde sua mãe foi, cara? - curioso.
- Mamãe saiu papai - ele cochichou - O Dlew quer sistir - ele disse tentando subir no sofá.
- Ei cara, estamos vendo o jogo. - Christian reclamou.
- Deixa - Ucker disse - Quer ver desenho?
O menino assentiu e o pai mudou de canal.
- O que você tá pensando? - Christian perguntou desconfiado.
- Eu vou atrás dela. - ele se levantou decidido.
- Wooooow cara - Christian também se levantou - Como assim?
- Vou atrás da Dulce. - Ele repetiu. E só aí percebeu como isso soava idiota.
- Por que? Cara ela tem a própria vida. - Se sentou cansado.
- A vida dela é o Andrew. Ela não pode deixá-lo com outra pessoa pra sair.
- Então quer dizer que você não gosta do menino tanto quanto ela? - Christian ergueu as sobrancelhas.
- Claro que eu gosto. - reclamou ultrajado.
- Então você vai deixar de sair todo final de semana pra foder com geral por causa disso?
Ucker se sentou, sem argumentos. Era verdade. Dulce podia ser mãe, mas Andrew já não dependia apenas do leite materno e ela não era compromissada. Ela tinha todo o direito de sair e se divertir como bem entendesse.
- É, você tem razão. - Ele concordou.
Depois de assistirem ao desenho, Ucker ajudou o filho a jantar uma sopa de legumes e depois subiu com ele. Com uma intensa dificuldade deu banho no pequeno e lhe pôs um pijaminha azul muito bonito. Ele mesmo tomou um banho e vestiu uma cueca, para se deitar ao lado do filho, que rapidamente subiu em seu abdomên.
- Dlew gota do papai - O menino sussurrou sonolento.
Ok, Ucker quis chorar. Mas ele era forte.
- O papai também gosta do Drew. - Ele respondeu acariciando os cabelinhos dele - Vamos dormir?
O menino assentiu e fechou os olhinhos.
- Papai? - Ele chamou - Eu quero a mamãe.
Ucker gelou. E agora?
- A sua mãe está em outro lugar, carinha.
- Eu quelo tete. Eu quelo a minha mamãe papai. - ele choramingou.
Ucker passou a mão no rosto, e agora? Ele sentiu a pressão sobre sua barriga diminuir e viu que o filho havia saido de cima dele e rolou para o lado.
- Andrew, não posso ir buscar a sua mãe cara. - Ucker tentou argumentar, mas Drew abriu um berreiro.
- O Dlew quer a mamãe, ele quer a mamãe! - Ele gritou, irritadinho.
Ucker entrou em um completo desespero.
- Drew eu não posso fazer nada, não posso ir buscá-la.
- Mamãe, papai, mamãe! - ele chorou ainda mais.
Ucker pulou da cama e foi até mochila dele. Os dois estavam se dando tão bem e ele parecia cansado e com sono, como que dormiria rápido. Por que então do nada ele havia se atacado e chorado tanto por causa da ausência de Dulce? E ela já não o havia deixado com outras pessoas antes? Porque ele estava chorando? Será que Ucker havai feito alguma besteira e falhado como pai? Depois de muito remexer na mochila achou a chupeta do menino e voltou para a cama.
- Mamãe! - Drew continuava berrando.
- Olha a sua chupeta cara, toma - ele tentou colocar na boca do menino, sem jeito.
- O Dlew num quer peeta, ele quer a mamãe - ele gritou.
Ucker passou a mão no rosto e fez cara de choro.
- Cara, ajuda o seu pai. Vamos dormir!
Drew continuou chorando. Ucker já não sabia o que fazer.
- Está com fome? Quer alguma coisa?
- Quelo a mamãe - ele gritou.
Ucker bufou e apertou os olhos.
- Vem aqui - Ele puxou Drew e o colocou no seu tórax.
O menino encostou a cabeça em seu peito ainda chorando, então Ucker colocou a chupeta em sua boca e cantarolou uma musiquinha chula. O choro dele foi cessando aos poucos, e em alguns minutos, já estava dormindo tranquilo. Ucker suspirou de alívio, e colocou o menino no meio da cama. Olhou no relógio, ainda eram 22:45. Dulce ainda estava na festa. Aquele pensamento lhe pertubava.
Ucker acordou assustado. Olhou para os lados e viu que Drew estava ali, dormindo, mas choramingava um pouco. Ele olhou no despertador: Eram duas e vinte e cinco da madrugada. Tivera um sonho horrível envolvendo Drew que ele preferia não lembrar. Ele estava suado, a regata colava em suas costas. Tomou um banho frio, vestiu outra calça de moletom e ficou sem camisa.
E agora? Como voltaria a dormir? Sua idéia foi tomar leite. A melhor idéia possível. Aproveitaria e faria uma mamadeira de mingau para Drew, que parecia estar tenho um sonho tão ruim quanto ele. Calçou as chinelas e pegou a mochilinha dele.
Ele desceu as escadas e caminhou em silêncio até a cozinha, onde encontrou Poncho sentado na mesa.
- E ai - Ucker cumprimentou Poncho, que pulou de susto.
- Ai por·ra - insatisfeito - quer me matar?
- Daria trabalho esconder o corpo - comentou.
- Hilário, realmente hilário. - ironizou e tomou um gole de seja lá o que havia em sua caneca.
- Tá fazendo o que acordado? - perguntou tirando o leite e a massa da mochila.
- Não consigo dormir, não paro de pensar na loirinha.
Ucker riu pelo nariz.
- Apaixonadinho? - zombou pegando o liquidificador.
- Impossível. - retrucou - Gosto dela, mas apaixonado? Acho que não.
- Tanto faz, está parecendo um boi·ola - deu de ombros colocando os igredientes no liquidificador.
- Olha quem diz, todo derretido por causa do Drew - sorriu.
- Não tem nada a ver - se defendeu pegando uma garrafa de leite e uma de água. - E não tente mudar de assunto.
- Não estou mudando nada, apenas apontando os fatos.
- Eu estranhei quando te vi subir as escadas furioso, e todo molhado - Colocando a água e o leite em panelas, e colocando para ferver.
- Foi a loira - ele disse o óbvio - discutimos muito.
- Notei, ela ficou bem estressadinha depois da conversa de vocês. - riu disfarçado.
- Se ela ficou imagine eu que fui empurrado na piscina? - reclamou olhando boquiaberto o amigo.
- Imagino mesmo. - riu - mas ela te jogou por quê?
Poncho ficou em silêncio por alguns minutos, tentando diminuir a própria dor em admitir. Ucker colocou o leite quente em um copo, e a água no liquidificador junto com os igredientes. Adicionou uma colherinha de açúcar e ligou. O som preencheu a cozinha.
- Ela tá namorando - Poncho disse por cima do barulho.
- Sério cara? - desligou o eletrodoméstico.
- Muito sério. Não consigo acreditar que ela tá com outro.
Ucker ficou em silêncio e despejou o mingau na mamadeira.
- Essas coisas acontecem - disse por fim.
Poncho rolou os olhos.
- Eca, frase feita.
Ucker riu.
- Mas o pior é que eu não esperava... - parou um momento - ... sabe? Logo com ele.
Ucker se sentou e tomou um gole do leite.
- Mas quem é o cara?
- Não vai acreditar. - Poncho esvaziou a caneca.
Ucker fez um gesto lhe incentivando a continuar.
- Zach.
O mundo dele desabou. Como fucking assim?
- Quê? - perguntou, chocado.
- Anahí está namorando Zach.
Ucker estava estático.
- Como assim? Ela tá namorando o ex amante da amiga?
Poncho rolou os olhos. Christopher era uma anta.
- Dulce e Zach nunca foram amantes, dude. - Poncho disse o olhando - Ela sempre disse a verdade. Zach sempre gostou foi da loirinha.
- Não, não. - Ucker se levantou - Eu vi as mensagens. Anahí disse claramente a Dulce. Ela estava me rejeitando e evitando alguns dias antes de eu descobrir tudo.
Poncho coçou a nuca.
- Não sei explicar isso, mas é como eu sempre te disse. Como todos nós te dissemos. - sério - Dulce nunca traiu você. Andrew é seu filho. Dulce era fiel a você. Se você não tivesse se precipitado tanto, seriam uma família feliz.
- Não existe essa coisa de feliz.
- Vai me dizer que você não é feliz por ter o Drew? - Poncho indagou descrente - E não tente mudar de assunto. Assuma a culpa, você foi um imbecil.
- Mas, não faz sentido nenhum! - retrucou - E as mensagens?
- Anahí suspeita de Angel. Cá entre nós, não seria uma coisa impossível.
Ucker o olhou surpreso.
- Angel? - Repetiu.
- Sim. Você sabe, ela sempre foi louca por você.
- Sim, mas isso parece coisa de psicopata.
- Você acha que ela não seria? - indagou divertido - Ora Ucker. Ela é completamente pirada.
O moreno bocejou e se levantou.
- Acho que agora vou conseguir dormir. - deu de ombros - Boa noite cara.
Ucker tomou o resto do leite e subiu para o quarto levando a mamadeira do filho. Eatava encurralado. Pelo jeito, Dulce sempre havia falado a verdade, e ele fora um verdadeiro idiota. Se toda a história se confirmasse, ele nunca se perdoaria. Deixou Dulce grávida e sozinha, traumatizada e em um estado de nervos catrastófico. Se ele fosse menos idiota, teriam sido felizes.
Ele saberia o que é felicidade a muito tempo.
Drew ainda choramingava deitado. Seu nariz estava ainda um pouco vermelho por causa da crise de choro, e seu rosto um pouco molhadinho. Ucker se deitou ao seu lado e o puxou para seu colo. Colocou a mamafeira na pequena boca e o ficou observando tomar todo o conteúdo.
Tinha que tirar essa história a limpo. Não podia deixar as coisas do jeito que estavam, e não poderia continuar a culpar Dulce daquele jeito se descobrisse que ela realmente não havia lhe traífo. E como fora burro... podia ter acompanhado a gravidez dela, poderiam ter casado. Ele podia estar ao seu lado quando chegasse a hora, e podia ser o primeiro a ver o rosto de joelho de Drew.
Drew não parava de pular na cama.
- Coda papai, coda! - ele gritava, pulando.
Ucker abriu os olhos e o menino se jogou em cima dele.
- Ai cara - Ucker reclamou - Porque está acordado tão cedo? - bocejou.
- Mamãe dá banho no Dlew cedo - ele disse com a mãozinha na boca.
- Tira a mão da boca filho - ele censurou e se sentou na cama - Quer tomar banho com o papai?
Drew assentiu freneticamente e com os olhinhos arregalados, fazendo Ucker rir.
- Ok. - ele suspirou e se levantou.
Dulce entrou na mansão curiosa para ver o filho. Como será que ele tinha dormido? Será que Ucker tinha cuidado bem dele? E estaria acordado agora? Decidiu respirar e esperar para ver a hora que Ucker acordaria o filho. Fazia parte do teste.
Ela se sentou na poltrona e começou a usar o celular. A noite de ontem fora ótima... ela bebeu algumas doses, dançou até cansar e beijou muito. Muito. Muito. Mordeu os lábios lembrando da pegada de um mexicano particularmente fogoso. Pena não ter podido terminar a noite em outro lugar... mas estava demasiada preocupada com o filho para sexo. Embora, sabia, que não teria se arrependido da noite.
- Mamãe! - Drew gritou correndo para as pernas da mãe.
Dulce se assustou com o grito, mas sorriu ao ver o filho rindo e tentando subir em seu colo.
- Olha o bebê da mamãe! - ela fez voz de neném e o pegou no colo. - Como estou lindo mamãe. - sorriu o observando.
- Esqueceu de mim, cara? - Ucker reclamou com um bico.
Dulce levantou o olhar e mordeu os lábios. Ucker vestia um short de pano fino azul que mostrava metade de sua cueca cinza, e estava sem camisa, mostrando aquele tanquinho perfeito. Seus musculos estavam em sua melhor forma, e os cabelos molhados e bagunçados.
- Xodade, mamãe - ele nem ligou para o pai e começou a beijar o rosto de Dulce.
- A mamãe também estava com saudades meu bebê - ela riu e lhe cheirou no pescoço.
Ucker cruzou os braços e observou aquilo. Durante todo o banho estava pensando no que faria, ou melhor, no que perguntaria a Dulce. Estava assustado; qual seria a sua reação se descobrisse que as coisas não aconteceram do jeito que ele havia imaginado?
- Ele comeu? - Dulce perguntou se levantando.
Ucker prendeu a respiração e quase que automaticamente sentiu um incômodo na virilha. Dulce vestia um top cropped branco com estampa de pimentinhas e um short jeans claro de cintura alta e curto, que deixava seu bubum mais empinado e sua cintura marcada.
- Íamos - ele suspirou arrumando o seu pê·nis discretamente - íamos comer agora.
- Ótimo, também estou com fome.
Ela saiu na frente e deu a Christopher uma privilegiada visão de seu bumbum; estava maravilhoso.
- Uckermann? - ela chamou lhe tirando do transe.
- Estou indo - ele respondeu entre-dentes.
Christopher ficou todo o tempo observando Dulce. Ela deu comida a Drew e depois beliscou algumas coisas. Pouco a pouco, as outras pessoas começaram a aparecer. Poncho, Christian e Maite desceram juntos. Riam de alguma coisa, mas Maite parou no instante que viu Dulce.
- Ei cara, que tal um banho de piscina? - Christian chamou Drew.
- O Dlew queeeeeer - ele disse estendendo os bracinhos para o "tio".
- Você tomou banho de piscina antes de ontem não foi? - Dulce repreendeu.
- Deixa, Dulce - Ucker bufou.
Afinal, seria uma ótima oportunidade para conversar a sós com Dulce. Estava com medo, mas no fim, era melhor deixar tudo em pratos limpos.
- Um pouquinho só - ela fez um pequeno 'c' com os dedos.
Entregou o pequeno a Christian e terminou de virar o copo de suco. Todos foram para a piscina, e enquanto Drew entrou na piscina com Maite, Christian e Poncho, Dulce foi para o quiosque e Ucker a seguiu.
- Posso falar com você? - Ucker perguntou ancioso.
- Não. - respondeu pegando um canudinho.
- Certo. - se sentou em um banquinho - É sobre...
- Eu disse que não - o cortou fria - não quero falar com você.
Ucker suspirou profundamente.
- Precisamos conversar - ele disse tentanto manter a calma - é um assunto muito sério.
Dulce o olhou séria.
- Sério mesmo? - perguntou curiosa, ele assentiu - ok, fala logo.
- Quem mandou aquelas mensagens?
HEEEEEEY 💞
SENTIRAM SAUDADES? EU SIM, MUITA! 💞
AMEI TODOS COMENTÁRIOS 😍
MUITO OBRIGADA POR TODO O CARINHO, VOCÊS SÃO MARAVILHOSAS. 💞
EM BREVE ESTAREI DE FERIAS E COM MUITOS CAPITULOS.
OBRIGADA PELOS 121 FAVORITOS ❤
COMENTEM E FAVORITEM, AI LOVI IU. 😘