Dulce levou um momento até entender do que Ucker estava falando.
- Como? - ela fingiu que não havia escutado.
- Você me ouviu - Ucker cruzou os braços - eu quero saber quem mandou as mensagens que eu encontrei no teu celular.
Dulce ficou confusa, porque ele havia tocado nesse assunto agora?
- Por que você quer saber disso?
- Foi Angel? - ele perguntou, sem rodeios.
- Sua querida? - ela zombou - por que seria ela? Pensei que ela fosse uma santa - ironizou debochada.
- Não faça ironias - ele rolou os olhos - apenas me responda, foi ela?
Ela o observou por um momento, mas se decidiu pela verdade.
- Sim, foi ela. - disse simples.
- E as provas?
O queixo da ruiva foi ao chão. Como assim ele havia lhe pedido provas? Será que ele já não havia se tocado da própria lerdeza quando descobriu que Andrew era seu filho?
- Provas de quê, meu filho? - se levantou e pôs as mãos na cintura.
- De que a Angel enviou as mensagens. - ele disse, como se fosse óbvio.
- E como você quer que eu tenha provas de uma coisa que aconteceu a dois anos atrás? Na verdade, Uckermann, se eu bem me lembro, no horário que as mensagens foram enviadas, tanto eu como Anahí estávamos com você por causa dos tiros na cozinha. - ela sorriu triunfante - A única testemunha que diz ter estado com Angel nessa hora, é Christina.
Ucker a encarou, admirado. Ela era muito esperta.
- Mas eu confio em Christina.
- De burro que é. - Dulce disparou - Não adianta, você sabe da antipatia que Christina tem comigo, e ela faria de tudo pra nos separar. Inclusive colaborar com um plano tão nojento como esse.
Ucker estava confuso, mas não podia deixar de pensar em como tudo fazia uma ponta de sentido. Podia não parecer, mas ele REALMENTE conhecia Angel e sabia dos extremos que ela era capaz de ir por sua causa; Inclusive testemunhou a vez que ela tentou matar uma menina de quinze anos que Ucker tinha comido aos dezesseis, sufocada com um travesseiro. A menina era sobrinha de um traficante amigo de seu pai, e estava passando o natal em sua casa. A sorte dela foi que havia se esquecido de um encontro marcado com Ucker em seu quarto, e ele chegou bem na hora que ela se debatia, sem ar.
- Dulce, você tem certeza que foi ela? - ele perguntou, sério.
- Não, não tenho. - ela admitiu - mas isso porque você jogou aquela porcaria de celular direto no meu pulmão, como eu ia ver as mensagens? Apaguei no dia seguinte, tem idéia do quanto era doloroso vê-las?
Ucker bufou de frustração e enfiou as mãos nos bolsos.
- Eu me descontrolei um pouco, verdade...
- Um pouco? - ela repetiu - pouco não, meu filho. Você estava fora de si.
- Verdade - ele admitiu - mas no meu lado da história, eu não sabia nada disso, nem passou pela minha cabeça ver o horário das mensagens...
- Não devia ter passado mesmo, com o seu total descontrole. - Ela disse, insatisfeita.
Ucker olhou para os lados, pensando em como fora burro...
- Eu acredito em você. - ele disse de uma vez, deixando o orgulho um pouco de lado.
- Que bom - ela se virou para sair, mas ele a puxou pelo braço.
- Ei, eu disse que acredito em você!
- Eu já ouvi - Dulce repetiu.
- E agora?
- Como assim "e agora"?
Ucker suspirou. Como dizer a Dulce que queria voltar com ela?
- Nada não. - ele disse frustrado consigo mesmo.
Dulce o encarou por um minuto.
- Okay. - Ela disse por fim e saiu para se sentar na espreguiçadeira.
Ucker a acompanhou e sentou em uma cadeira um pouco afastada, pensando em todas as besteiras que havia feito. Se em tão pouco tempo já era louco por Drew, imagina se o tivesse visto nascer? Se tivesse visto seus primeiros passos, suas primeiras palavras...
- Hey Dulcinha - Poncho a chamou - Vem dar um mergulho.
Dulce riu e se aproximou da borda.
- Não tô com biquini, Poncho. - ela lamentou, com calor.
- Lingerie é a mesma coisa que um biquini - Poncho deu de ombros - a menos que seja de renda - ele sorriu saliente e malicioso.
- Não é que você tem razão? - Dulce riu - Ok, mas só porque eu tô com muito calor.
A ruivinha tirou o cropped e o short sem pressa. Estava usando um conjunto preto liso, sem detalhes e comportado, que não dava para ver muita coisa. Com uma bela cambalhota ela mergulhou e depois emergiu, ao som dos aplausos de Andrew.
Ucker estava boquiaberto, observando bem o corpo de Dulce. Não sabia como, mas ela estava muito mais gostosa, os seios muito maiores e a bun·da muito mais empinada. A cintura continuava perfeita como sempre, e aquelas coxas... e seu membro já estava duro. Ele sentia uma pontada toda vez que Dulce mergulhava e ele tinha uma privilegiada visão da sua bu·nda; isso lhe lembrou coisas sujas, muito sujas.
- Ei Ucker, entra aqui - Maite chamou, evitando olhar Dulce.
Ucker ficou alheio, mas logo entendeu e se levantou. Caminhou até eles e mergulhou, sentindo a água gelada bater em sua pele e lhe refrescar por inteiro.
Dulce mordeu os lábios, visualizando o tanquinho meio submerso do ex-namorado... Ucker era muito, mas muito gostoso. Só de lembrar de partes mais baixas de seu corpo, fez subir um fogo anormal nela, que começava em sua cabeça e terminava em sua intimidade. Ela esfregou as pernas com cuidado para se aliviar, mas não teve efeito algum. Toda vez que seu olhar caía sobre Ucker, o mesmo tesão subia nela e ela sentia vontade de fazer coisas absurdas.
- Papai! - Drew chamou, do colo de Christian.
Ucker nadou até ele e o pegou no colo.
- O que foi, cara? - Ucker perguntou ao filho.
- Quelo ficar com o meu papai - ele disse manhoso.
Maite soltou um sonoro "awn" e Ucker sorriu todo bobo.
- Poxa, esqueceu mesmo da mamãe - Dulce fez bico.
- Dlew gota da mamãe, mamãe dá tete a Dlew - Ele disse a Ucker, com ar de que a informação era importantíssima.
- Ah, só por isso não é, seu interesseiro! - Dulce brincou com o menino - E o seu pai, que não te dá tete e você gosta dele?
- O papai é fote, né tia May - Dlew disse com um dedinho na boca.
- Ô se é - May riu, e Christian se aproximou e abraçou por trás.
- Pois então não te dou mais tete - Dulce disse, fingindo determinação.
- Nãoooo - Dlew reclamou e estendeu os braços para a mãe - O Dlew gota da mamãe - ele disse enchendo o rosto de Dulce de beijinhos.
- Viu, Uckermann? - Dulce se achou - ele gosta mais de mim. Lide com isso.
- O segredo são os pe·itos. - Ele disse, sábio - se eu tivesse um par como os seus, ele também gostaria mais de mim - deu de ombros, enquanto Poncho e Christian gargalhavam.
- Ele me ama porque eu sou a mãe dele, não é, meu amor? - Disse com voz de neném e deu um selinho rápido no bebê.
- Dlew ama a mamãe - Ele confirmou, assentindo frenéticamente.
- Ih, olha a hora, temos que ir - Dulce começou a andar até a escada.
- Vão pra onde? - Ucker perguntou curioso.
- Ora pra onde, para casa é claro. - Dulce respondeu como se fosse óbvio - Tenho que começar a mandar a minha mudança para cá. - Disse óbvia.
- Não precisa levá-lo - Maite insistiu.
- Claro que precisa, ele passou a noite toda aqui. - Dulce disse fria.
- Eu vou dar outro banho nele - Ucker se adiantou e subiu primeiro na escada, para pegar Drew e Dulce subir.
- E eu vou tomar um, pode ser no quarto dele? - Perguntou saindo da piscina.
Poncho assobiou com a bu·nda de Dulce, e ela riu e lhe mandou um dedo do meio.
- Pode sim - Ucker gaguejou olhando novamente o corpo lindo da ex.
- Ok, vamos? - e saiu andando na frente.
Enquanto descia as escadas com o filho já de banho tomado no colo, Ucker estava quase enlouquecendo pensando em Dulce tomando banho tão perto dele. Ele quase tropeçou duas vezes nas escadas.
- Meu bebê! - Camille sorriu e se jogou em cima do sobrinho. - Vem cá com a titia meu amor...
- Cami você olha ele por um minuto, por favor? - Ucker pediu, olhando várias vezes para a escada.
- Claro que sim - Camille se sentou no chão com o menino no colo e pegou um carrinho.
- Eu já desço. - e saiu correndo pelas escadas.
NOTAS FINAIS DECENTES NO PRÓXIMO CAPÍTULO DE HOJE, PROMETO.
AH, AMO VOCÊS ❤