Dulce bateu com força a porta do quarto e se jogou na cama. Estava irritada e furiosa. Olhou pela janela e observou por alguns minutos as estrelas brilhantes no céu, se perdendo em pensamentos.
- Ele é um idiota - murmurou se levantando e trancando a porta.
Caminhou até o banheiro, colocou uma música para tocar e se despiu. Entrou debaixo da água e quente e fechou os olhos com força buscando limpar a sua mente. Quando se julgou limpa, saiu do banheiro, se trocou e se jogou na cama.
- Eu quero te odiar, seu babaca - Dulce murmurou abrindo a gaveta do criado-mudo e pegando uma pequena caixinha de veludo preta.
Ela abriu a caixa e puxou de dentro dois anéis imponentes. Os observou com amargura e relembrou tudo que Ucker havia lhe feito. Satisfeita, guardou tudo na gaveta e se virou para dormir, tranquila, pois novamente odiava Christopher Uckermann e não se entregaria a ele.
No dia seguinte, a ruiva acordou com batidas na porta. Ela coçou os olhos e os abriu com dificuldade. Se levantou, calçou as sandálias e se arrastou até a porta, a destrancando e abrindo. Sua surpresa foi enorme quando viu na sua frente, ninguém menos do que Christopher Uckermann em carne osso e gostosura, além de Andrew, sorrindo animado e mexendo com os cabelos do pai.
- UCKER? - Dulce gritou tapando a parte de cima do seu baby doll, que era toda de renda salmão. Mas era tarde, Ucker havia visto e sua "cabeça de baixo" já dava sinais de vida.
- Como que você abre a porta assim? - ele exclamou, raivoso - podia ser um segurança.
Dulce deu de ombros e se jogou de bruços na cama.
- O que você quer? - Dulce perguntou com a voz abafada pelo travesseiro.
- Vim buscar o Drew - explicou olhando um porta-retrato de Dulce com um barrigão na parede - Minha mãe, meu pai e Christina estão lá em casa, querendo vê-lo.
Dulce rapidamente se levantou, assustada.
- Você não vai levar o meu filho para perto daquelas cobras - ela exclamou, apontando um dedo na cara de Ucker.
- Cobla não mamãe, papai disse que o Dlew vai ver a vovó e o vovô - ele explicou, paciente.
- Meus pais vão vê-lo Dulce, você não vai impedir. - ele negou com a cabeça - o máximo que você pode fazer é ir com a gente.
Dulce olhou para os lados e passou a mão pelos cabelos.
- Ok, ok. - Levantou as mãos - vou tomar banho, espera lá em baixo.
- Ou eu poderia ir junto - ele acrescentou com um sorriso cachorro.
Dulce sentiu sua intimidade se contrair, mas fez cara de tédio e apontou a porta.
- Sai já. - os expulsou sem mais.
- Dulce... - ele murmurou - vamos foder...
- SAI DAQUI OU EU TE JOGO PELA JANELA. - ameaçou, mesmo excitada.
Quando os dois passaram pela porta e Ucker a fechou, ela se jogou na cama e apertou os olhos.
- Que imbecil - ela xingou esfregando as pernas.
Ela era muito idiota. E fraca. Como podia ficar cheia de tesão só de ouvir as palavras certas na voz de Christopher? Foder.... ela já não o fazia a mais de três semanas, mas uma sensação agoniante lhe matava por dentro. Do nada imagens indecentes surgiram em sua mente, lembranças... o corpo de Christopher era maravilhoso, e fazia coisas incríveis... ela podia sentir sua calcinha pingar...
- Eu te odeio Uckermann! - ela reclamou se levantando e correndo para a água gelada.
Quando toda a excitação foi embora debaixo da água congelante, ela vestiu um short jeans detonado, uma camisa roxa e um tênis bege. Amarrou os cabelos e arrumou a franja na testa, bonitinha, e passou perfume. Desceu as escadas saltitante e encontrou o ex e o filho assistindo a um desenho de dragões no sofá
- O Drew não pode ir todos os dias para a sua casa. - Ela avisou se sentando também.
- Eu quero vê-lo - ele respondeu olhando a ruiva e mordendo os lábios - Ou ele vai lá ou eu venho aqui.
- Você é um porre - Bufou estressada.
- Vamos? - Perguntou desligando a televisão e se levantando.
- Vamo mamãe, casa do papai - Drew bateu palmas chamando a mãe.
- Vocês dois são iguais - admitiu se levantando e andando na frente.
Ucker olhou para o filho, sorriu e saiu atrás de Dulce.
Alexandra bufou e cruzou as pernas no sofá. Estava achando uma palhaçada toda esta história de filhos que retornam. Ela não conseguia entender como seu marido e seus filhos eram tão inocentes ao ponto de acreditar novamente nessa vadia. Obviamente, ela estava tentando dar um golpe em Christopher, e viu em seu bastardo uma ótima oportunidade. Mas ela estava realmente curiosa para saber como a ruiva havia convecido o seu filho, que antes a odiava tanto e agora a defendia de todos os seus xingamentos.
- Ele é lindo pai, e um fofo! - Camille disse a Victor, que não parava de torcer as mãos.
- E porque Christopher demora tanto? - Ele reclamou, ancioso.
- Está considerando continuar ou não com essa brincadeira tosca - Christina disse olhando as pontas do cabelo.
- Concordo minha filha - Alexandra a apoiou - Lembram do que aconteceu? Ou você passou uma borracha em tudo o que essa vagab·unda fez, Camille?
- Eu estou magoada com a Dulce, mamãe - Camille rolou os olhos - Mas pare já com isso, está mais do que na cara que o Drew é meu sobrinho e SEU neto.
- Eu duvido. - Disse Alexandra descruzando as pernas e as cruzando novamente.
As portas se abriram, e por ela passaram Ucker, com Drew no colo, e Dulce logo atrás com uma pequena mochilinha verde.
- Meu amooooor - Camille cantarolou e pegou Drew.
- Deixa o meu filho Camille, vai fazer o seu - Ucker reclamou com um bico.
Camille riu e cheirou a bochecha de Drew.
- É ele? - Victor perguntou se levantando.
- É sim - Camille se virou - Olha vovô, como eu sou lindo! - fez voz de neném aproximando Drew de Victor.
Dulce segurou as lágrimas quando o ex sogro pegou o menino no colo.
- Ele tem os seus olhos - Victor comentou observando o neto com admiração.
- Ele é a minha cara, pai - Ucker disse orgulhoso, com as mãos nos bolsos - Por isso é um gato.
Victor ouviu um pigarrear atrás de si e se virou, dando de cara com Christina. A loira observou bem o sobrinho e sua consciência pesou: Não tinha dúvidas de que aquele menino era filho de Ucker, tinha os mesmos olhos de grande parte da família Casillas. Ela quem havia dito que estava com Angel no dia que Ucker expulsou Dulce de casa. E ela estava grávida. Desse menino lindo que ela agora já não podia negar, já estava perdidamente apaixonada.
- Como é o nome dele? - Ela perguntou, tocando seu rostinho branco.
- Andrew. - Ucker respondeu - Conta pra tia Chris o seu apelido, filho.
Victor sorriu orgulhoso ao ouvir Ucker chamando o menino de filho.
- Dlew - Ele disse envergonhado, com a mãozinha na boca - Você é a minha vovó?
Christina teve uma overdose de fofura ao ouvir a vozinha do menino. Ela negou com a cabeça e lhe deu um beijinho na testa, emocionada e com a consciência pesada.
- Alexandra? - Victor chamou - Alexandra venha ver!
Alexandra se levantou a contra-gosto e caminhou até o marido. Arregalou os olhos e boquiabriu-se assim que viu os olhos muito verdes de Andrew. Eram idênticos aos seus, de seus filhos e grande parte de seus parentes. Além disso, tinha o mesmo tom de cabelos do seu marido, e parecia muito com Ucker quando era bebê.
- Como tem certeza que ele é seu filho? - Perguntou petulante - Fez DNA?
Ucker ficou chocado.
- Você está louca? - Ucker disparou - Ele tem os meus olhos! Os seus olhos! Conhece outra familia que tem esses olhos? Não vou fazer DNA, sei que ele é meu.
- Não pensou por um momento que ela pode estar te enganando? - ela perguntou apontando para Dulce.
Dulce se espantou e se desencostou da parede. Andou até onde Camille, Victor, Christina, Alexandra, Andrew e Ucker estavam, e se postou ao lado do ex.
- Dulce não está me enganando, mãe - Ucker rolou os olhos - Ela nunca me enganou.
- E do que você chama o que ela fez? Se o fato desse menino ser o seu filho que te garante que ela não te traiu, não sei onde está com a cabeça...
- Mamãe, você deve estar louca! - Camille se juntou ao irmão - Eu sempre disse que Dulce não traiu o Ucker!
- Você disse que tinha provas, Christopher! Elas não valem nada? - Alexandra perguntou, enquanto Christina sentia o peso da culpa.
- Não mãe, não valem. - Ucker respondeu calmamente - O que me lembra... Christina?
A loira congelou ao ouvir o seu nome.
- Camille, leva o Drew para a sala de jantar, por favor?
- Ucker...
- Camille, por favor! - Ucker insistiu.
Camille bufou e pegou o sobrinho dos braços do irmão, para depois sair da sala de estar. Ucker se sentou em uma poltrona e a incintou todos os presentes na sala a se sentarem, também.
- Tenho motivos para achar que mentiu quando disse que estava com Angel no dia dos tiros na cozinha.
- E porque teria? - Alexandra se meteu.
- Cala a boca, Alexandra - Victor mandou.
- Christina, você mentiu? - Ucker perguntou olhando fixamente para a irmã - Mentiu?
Christina olhou para ele e baixou os olhos.
- Você não ouviu o seu irmão, Christina? - Victor perguntou, severo - Responda.
- Eu tinha certeza de que ela estava mentindo... - Christina começou, choramingando.
- Você mentiu? - Ucker repetiu, raivoso.
- Eu não quis, não tinha nada a ver com o menino, eu só...
Ucker se levantou furioso e socou um quadro de madeira da parede, que se despedaçou.
- VOCÊ MENTIU! MENTIU, POR·RA! - Gritou com raiva.
- Me desculpa Ucker, eu não quis! - ela choramingou.
- Pai, leva essa vadia daqui - Ucker rosnou.
- Respeite a sua ir... - Alexandra começou.
- LEVA! - Ucker gritou.
Victor pegou Christina pelo braço e a arrastou escada acima, e de alguma forma, por mais que pareça psicopata, os choramingos da irmã o acalmaram.
- Como ela pôde... - ele resmungou andando de um lado para o outro.
- Podendo, ela me odeia. - Dulce disse calma.
- Mãe... ligue para Angel. - Ucker rosnou - Quero aquela vaga·bunda aqui até depois de amanhã
- Ucker, o seu pai vai...
- Ele não vai fazer nada com Christina, embora ela mereça. - ele disse, bravo - vou ver o que vou fazer com ela. - acrescentou se virando para Dulce - Vamos tomar café?
Dulce se levantou.
- Eu tenho que ir para casa, combinei de ir à praia com Anahí hoje.
- Só vocês duas? - perguntou insatisfeito com a idéia.
- Claro. Somos adultas, vacinadas e ricas. - mandou beijos, divertida.
- Não tem graça Dulce, não sei se isso é uma boa idéia.
Alexandra bufou, mas Dulce ignorou.
- Não vou acatar suas ordens, Ucker, não estamos mais juntos.
- Mas poderíamos estar - ele disse na hora.
- Eu não vou voltar com você, Christopher.
- Dulce... - ele ia insistir, mas foi interrompido por Alexandra.
- Eu não acredito Alexander, não acredito que você está implorando o perdão dessa... criatura.
- Deixa de ser intrometida, sua velha! - Dulce reclamou.
- Eu não acredito que você é tão idiota ao ponto de acreditar nela... de novo!
- Ela não fez nada de errado, mãe. - Ucker disse.
- Eu já vou, Ucker. - Dulce avisou - Cuida bem do Drew, eu passo pra buscar ele às seis.
Se virou e ia saindo, quando Ucker a chamou.
- Não ganho um abraço?
Dulce riu.
- Não estamos nessa fase - cruzou os braços.
- Um abraço, Dulce. Inocente - fez cara de cachorrinho sem dono.
- Estou atrasada, sério!
- É só um abraço, não vai te matar. - rolou os olhos.
Dulce suspirou e caminhou até ele.
- Você é um idiota. - E o abraçou.
Ucker a apertou forte contra si, e uma de suas mãos desceu até a sua bu·nda ao menos tempo que ele pressionava seu membro contra sua barriga.
- Era pra ser só um abraço. - ela reclamou, se afastando.
- Foi só um abraço - ele deu de ombros, rindo safado.
- Queria não ter presenciado isso - Alexandra tinha uma cara de enjôo - Ô coisa, você não ia embora?
- Sim, sim eu vou... velha nojenta. - Bateu os cabelos e saiu, sentindo como se no lugar das mãos e do p·au de Ucker, brasa quente tivesse tocado a sua pele.
HAHAHAHAH E ESSES DOIS EIN?
VOU POSTAR MAAAAAAAAAAIS UM PRA COMPENSAR OS 5 DIAS SEM CAPITULO. ❤