Dulce não conseguia resistir. Quando a língua de Ucker chupou a sua, ela se perdeu totalmente. A mão boba de Ucker desceu da cintura dela para o bumbum e apertou de leve, fazendo a ruivinha ter arrepios. Com as pequenas e delicadas mãos, ela alisou os cabelinhos da nuca dele e fez o mesmo sorrir durante o beijo. Ucker não queria parar de beijá-la. O seu gosto era doce, tão bom, tão relaxante... e o fato de ela não o ter rejeitado lhe deixou muito animado. Mas depois de alguns segundos, o ar faltou e eles se separaram.
- Ucker, eu não... - ela murmurou, culpada. - Não quero.
- É claro que você quer, Dul! - Ele disse agoniado - Você estava me beijando agora a pouco, e estava gostando que eu sei.
- Faz tempo que eu não beijo, por isso fiquei tão... - ela se perdeu - Ucker, desiste, vai ser melhor pra nós dois se pararmos desde já com isso.
- Dulce! - Ele fez birra.
Dulce não ligou e tratou de voltar para a festa. Pegou a bolsa rápido na mesa e saiu disparada até o banheiro, onde entrou e ficou se encarando no enorme espelho. A porta se abriu e por ela entrou Anahí segurando o vestido, parecendo preocupada.
- Amiga? - ela perguntou - O que houve?
Dulce mexeu em sua bolsa e pegou o batom.
- Está tudo ok - ela respondeu passando o batom - Não aconteceu nada.
Annie a olhou por um momento.
- Vai mentir para mim?
Dulce suspirou, se sentindo culpada.
- Não, não. É que... - ela suspirou - Christopher me beijou.
Annie ficou confusa.
- Isto é ruim?
- Claro que é Anahí, você não lembra das coisas horríveis que ele fez?
- Claro que lembro, lembro muito bem. - ela disse séria - Mas desde o momento que vi o jeito como você olha para ele, soube que você nunca o esqueceu. Porque não admite logo que ainda o ama?
Dulce respirou fundo.
- Eu não quero amá-lo. - Disse, seca - Sabe o que é isso? É seca. Amanhã vamos para uma boate, vou beber e dançar muito, e vou transar no fim.
Annie riu.
- Ok, você quem sabe. - se rendeu - mas sabe, acho que você realmente está precisando dar uns pegas.
Dessa vez a ruiva quem riu.
- Ok, vamos voltar logo pra essa festa.
No dia seguinte, Dulce levantou tarde. Eram quase onze horas da manhã quando ela se remexeu na cama e abriu os olhos, lentamente.
- Já é de manhã? - ela reclamou.
Se levantou, tomou banho, pôs uma roupa de academia e desceu as escadas procurando o filho.
- Cadê o bebê da mamãe? - ela perguntou, com voz de neném.
Drew estava, afinal, com Jack na sala.
- Oi meu amor - Ela fez beicinho - Cadê o beijo da mamãe?
Drew sorriu e deu um selinho na mãe.
- O que vão fazer? - ela perguntou a Jack.
- Ah, eu estava sem idéias, ele brinca de carrinhos todos os dias!
- E que tal se a gente jogasse bola depois do almoço? - perguntou animada.
Ucker fez uma caretinha.
- Mamãe é menina, menina não joga bola. - ele disse, negando com a cabeça.
- Oh meu Deus - Dulce riu - Certeza que foi o Christopher quem ensinou essas coisas ao meu filho.
Jack ainda gargalhava.
- Escuta, Drew - Dulce olhou para ele - Menina é igual a menino. Menina pode fazer tudo que menino faz, tá certo? Menina pode jogar bola e brincar de carrinho, tá?
- E o Dlew pode blincar de boneca? - o menino perguntou, curioso.
Dulce olhou para Jack, sem saber o que dizer.
- Não amor, eu acho melhor não... - Dulce disse, cautelosa. Não via problema no filho brincar com bonecos, mas achava que Ucker não tinha essa mesma opinião.
- Tá. - O menino respondeu simplesmente, e estendeu os braços pedindo colo.
- Ei, Dul.. - Jack falou - O parto do Drew foi.. foi cesárea?
- Não - Dulce riu - Senti todas dores e o Drew saiu do jeito mais natural possível. Porque a pergunta?
- É que, você sabe... - ele coçou a nuca - a minha mãe só conseguiu o corpo de volta depois de Maite com muitas plásticas.
Dulce gargalhou.
- Eu só fiquei uma semana de molho, dois meses depois de ter o Drew, já malhei e fiz todo o possível. - mostrou a barriga lisa que ficava à mostra por causa do top cinza de malhar - Fiz até dieta, o que eu odeio de verdade.
Jack estava boquiaberto.
- E.. dói? - ele perguntou assustado, enquanto os dois caminhavam até a sala de jantar.
- Você não faz idéia - Dulce se arrepiou - A dor é semelhante a de ser queimado vivo ou sei lá, ter uns 20 ossos quebrados de uma vez.
Jack parecia não entender.
- Imagina uma mulher de 120 quilos pisando com um salto agulha de 15 centímetros no seu pa·u.
A cara de Jack se contorceu em terror.
- Sério que dói assim? - Ele perguntou se sentando em uma cadeira.
- Bem, depende - Dulce se sentou e colocou o filho no colo - em algumas pessoas dói mais, em outras menos... mas é bem isso.
- Tenho uma pu·ta sorte, então - ele sorriu aliviado.
- Ô se tem - Dulce assobiou e serviu seu prato com salada de repolho com frango para Drew.
Os três comeram sozinhos na enorme mesa. Depois, foram para a sala, onde assistiram a um desenho até Drew começar a pular no sofá dizendo que queria jogar bola.
- Cadê o Christopher? - Dulce perguntou enquanto caminhavam para a quadra de Ucker, que ficava ao lado sul da casa.
- Estou estranhando a demora - ele disse olhando para o relógio - Ele saiu com Christian, mas disse que voltaria para o almoço.
Dulce deu de ombros e entrou na quadra.
- Só avisando - ela dizia de alongando - que eu sou muito boa no futebol brasileiro, você não tem idéia.
Jack gargalhou.
- Certo, eu acredito. Também acredito que algum dia, as aranhas vão dominar o mundo.
Dulce teve um arrepio e uma sensação horrível.
- Nem brinca, que nojo - ela fez uma caretinha - Detesto aranhas.
Jack riu e entregou a bola ao pequeno Drew. O menino a colocou no chão e deu um minimo chute no objeto, que rolou pouco mais de alguns centimentros e parou. Dulce de um gritinho e correu atrás da bola, dando um chute para o gol, que Jack agarrou.
- Franga! - Jack gritou e jogou a bola para Drew, que correu com o objeto que batia em seus joelhos.
O menino ainda não sabia correr direito, por isso tropeçou algumas vezes e acabou chutando para a mãe. Dulce riu e chutou novamente a bola, mas dessa vez, a ruiva fez o gol.
- Quem é frango agora? - ela gritou para o amigo, rindo.
Quinze minutos depois, a ruiva, o menino e o moreno estavam totalmente suados e sorridentes. Drew havia levado duas quedas - sem gravidade - e ainda conseguiu fazer um gol pelo meio das pernas de Jack que, por não achar que o pequeno conseguiria, se distraiu e levou um gol. Dulce havia feito seis gols e perdido cinco, que Jack adorava passar em sua cara.
- EI, TAMBÉM QUERO JOGAR!
Dulce se virou e viu que quem havia gritado era Christian. Ele estava de regata e shorts, e correu para roubar a bola de Dulce. A ruiva riu e tentou correr, mas tropeçou, e Christian aproveitou para chutar a bola para Andrew, que tentou fazer o gol, mas Jack pegou a bola.
- E você, Ucker? - Dulce gritou, colocando as mãos na cintura.
Ucker se espantou, e apontou para si mesmo.
- Está com medo de perder pra mim? - Ela provocou.
Na verdade, Ucker estava curtindo muito a visão da barriga e o vale dos seios de Dulce pingando suór. Ela usava um top com mangas regatas cinza e uma legging da mesma cor, que torneava as suas coxas e estava levando Ucker à loucura.
- Perder pra você? - ele debochou - Jamais, querida.
- Então porque não vem jogar? - Jack pôs lenha na fogueira.
Drew apenas ria tentando fazer um gol em Christian.
- Não deviam ter duvidado de mim - Ele disse, tirando a camisa e mostranho a barriga super definida - vou mostrar a vocês como se joga futebol brasileiro.
Ele correu até o meio da quadra e Christian jogou a bola para ele. Ucker riu e chutou a bola para o filho, que gargalhou tanto que caiu de bundinha no chão, mas não chorou e sim continuou rindo, Dulce correu para a bola mas Christopher veio por trás e lhe agarrou pela cintura, para que Jack roubasse a bola.
- Isso não vale! - Dulce gritava - Eu ia fazer um gol, me solta Ucker!
Christopher apenas ria e a apertava com mais força.
- Eu tô sem ar, e tô suada! - ela gritava rindo.
O loiro finalmente a colocou no chão e os cinco continuaram a jogar bola. No fim, Christian havia agarrado seis gols, Jack, oito, Dulce agarrou dois e Christopher quatro. Já eram quase quatro horas da tarde e todos estavam exaustos e suados, mas felizes e sorridentes.
- Vamos dar um pulo na piscina? - Dulce propôs com um sorriso travesso.
- Tô com fome. - Ucker passou a mão na barriga.
- Eu vou pedir pra trazerem um lanche - Jack disse e correu na frente dos quatro.
Dulce riu e pegou o filho no colo, que parecia cansado.
- E o Poncho? Não o vi o dia todo. - Dulce comentou alisando os cabelos molhados de suór do filho.
- Ele viajou - Christian respondeu - Vai voltar na segunda.
- Ah sim - ela riu.
Drew deu um beijinho na bochecha suada de Dulce.
- Dlew ama a mamãe - ele disse do nada, fazendo Dulce estranhar o ato de carinho.
- Ucker? - ela perguntou ao ex namorado, que riu pelo nariz.
- Ok, eu pedi pra ele dizer isso. - ele confessou, levantando as mãos como se estivesse se rendendo.
- Você tem marcação comigo, cara? - Dulce perguntou brincalhona.
- Dul, posso pegar o pequeno? - Christian perguntou contendo a vontade de rir.
Dulce o olhou desconfiada.
- Porque?
Christian não lhe deu ouvidos e falou para Drew:
- Quer vir com o tio Christian, campeão?
Drew bateu palminhas e estendeu os braços para Christian lhe pegar. Ele assim o fez e os quatro caminharam em silêncio até as espreguiçadeiras, que ficavam na borda da piscina.
- Porque você pegou o Drew, Chris? - Dulce perguntou à Christian.
- Faz parte da vingança pelas provocações - Ucker disse malicioso.
E sem mais dizer nada, agarrou Dulce e a carregou em seu colo até a borda da piscina, para se jogar na mesma com um grande estrondo e espirrando água para todos os lados.
QUANDO TEM MAIS CAPÍTULO? DEPENDE DOS COMENTÁRIOS 💙
SEGUE O INSTA DA FIC: @fanficsluaoliveira
AMO MUITO A TODAS, E FIQUEI HIPER FELIZ COM OS COMENTÁRIOS! VI QUE LEITORAS FANTASMAS APARECERAM E OUTRAS VOLTARAM, MUITO OBRIGADA PELO APOIO.
BORA BATER 150 FAVORITOS? AJUDE ME DIVULGANDO 💙
UM BEIJO E ATÉ LOGO 💘