Dulce despertou aos poucos, sentindo seu corpo não tão quente e sua cabeça já não doía. Ela sentou na cama e bocejou, sabendo muito bem que seus cabelos estavam um caos. Quando ela se virou para a porta, enorme foi sua surpresa ao ver Christopher ali.
- O que você quer? - perguntou rolando os olhos.
- Que mau humor - ele retrucou andando até a cama dela - o que você tinha?
- Indisposição - ela deu de ombros - dá pra sair do meu quarto agora?
Ucker bufou e cruzou os braços.
- Precisa ver o médico?
- Não! Preciso que você saia daqui.
Ucker a olhou por alguns instantes e depois saiu sem mais nada dizer. Essa ideia ficou matutando em sua cabeça durante boa parte da noite. Quando Dulce desceu para o jantar, ele a observou minuciosamente, tentando ver qualquer indicio de que algo estava errado, mas não: ela estava perfeita como sempre foi.
- Tá com sono, cara? - Christian perguntou a Drew, que estava em seu colo.
O menino assentiu com a mãozinha na boca.
- Vem, a tia Mai te coloca pra dormir - Maite disse, se levantando e pegando o menino no colo.
Dulce observou sua ex-amiga carregar seu filho até as escadas. Mais tranquila, ela engoliu seu resto de suco, se despediu das pessoas na mesa e subiu diretamente para o seu quarto. Tinha acordado melhor, mas era cedo e ela já tinha sono. Assim que entrou, ela tirou o vestido que usava, tirou a roupa intima e entrou na hidromassagem. Ficou por alguns minutos e depois levantou. Colocou um conjunto intimo branco e um moletom vermelho apenas. Colocou o ar condicionado no maximo e se jogou na cama.
Ucker ficou mais alguns minutos na mesa, mas não aguentou muito mais. Subiu as escadas até o quarto de Dulce e bateu. Esperou alguns segundos, mas como não houve resposta, ele entrou, e se deparou com a ruiva dormindo de moletom e calcinha branca. Ele encarou a intimidade dela, e seu p•au endureceu em segundos.
- Dulce? - Ele chamou.
Dulce havia dormido a pouco tempo, por isso acordou logo quando foi chamada. Ao abrir os olhos, se deparou com Ucker, sem camisa e com uma calça de moletom, observando-a como um lobo faminto.
- Ucker? - ela perguntou, sonolenta.
Ucker travava uma batalha interna consigo mesmo. Ele podia pedir para trep•ar com ela, e, por Deus, não havia coisa que ele queria mais do que isso, mas ela parecia cansada, e quando ele começasse, seria difícil fazê-lo parar.
- Está tudo bem? - ele perguntou.
- Sim... - ela respondeu cansada - aconteceu algo?
- Não - ele se apressou em dizer - pode voltar a dormir
Dulce assentiu e se deitou novamente. Ucker sorriu a olhando dormir, ela era a criatura mais fascinante que ele já tinha visto. O sorriso dela, mesmo enquanto dormia, era mágico, trazia nele sensações que ele nem sabia que podia sentir.
No dia seguinte, Dulce acordou realmente melhor e pronta para um dia na piscina. Logo que se levantou, tomou banho, escovou os dentes e fez suas higienes. Depois escolheu um lindo biquíni azul escuro, colocou os óculos, protetor, uma toalha e foi no quarto do filho.
- Bom dia meu amor - ela disse quando abriu a porta. Caminhou até a janela e abriu a cortina, fazendo o quarto se encher de luz.
Andrew dormia na sua cama de casala, esparramado, como Ucker também fazia.
- Levanta neném - ela o chacoalhou - vamos para a piscina!
Ao ouvir essas palavras, o menino despertou.
- Dlew quer ir na piscina mamãe - ele disse, coçando o olhinho.
- Eu sei meu amor, vamos tomar banho?
O menino estendeu os bracinhos e a mãe o pegou no colo. Ela lhe deu um banho, o ajudou a escovar os Dentinhos, colocou uma sunga do homem-aranha, colocou muito protetor solar na pele branquinha dele e os dois desceram. Quando chegou na sala, logo encontrou Poncho e Christian conversando com Lila.
- Ei carinha! - Poncho chamou e Drew correu até o "tio" - bate aqui! - disse estendendo a mãozinha.
Dulce riu.
- Nós vamos até a piscina, pode pedir para alguem levar nosso café lá, Christian? - Dulce perguntou levantando os óculos e os colocando no topo da cabeça.
- Pode deixar Dulcinha, daqui a pouco a gente aparece lá.
- Certo. E cadê o todo-poderoso? - perguntou sentindo falta do loiro na mesa .
- Ele está no escritório, me chamou para falarmos. - Lila disse, cínica.
Dulce sentiu o ciume apontar em si, mas ficou calada.
- Espero que o papo seja agradável - disse com um sorriso amarelo, recolocando o óculos no rosto - Vamos Drew?
O menino deu um beijo na bochecha de Lila e depois acompanhou a mãe até a piscina. A ruiva largou suas coisas em uma espreguiçadeira e entrou na piscina junto com o filho.
Enquanto banhava e brincava com o menino, ela se perguntava. Porque sentira ciumes de Christopher? Ora, isso parecia óbvio, ela não gostava daquela cínica. Ou será que ela estava voltando a gostar de Christopher? Não, isso era impossível. Ela definitivamente não estava disposta a esquecer tudo o que ele havia lhe causado no passado. Mas ele parecia ter amadurecido tanto... Depois que descobriu que Drew era seu filho, algumas de suas atitudes mudaram drasticamente. Ela podia ver que ele colocava a criança acima de tudo.
Mas pelo visto ele já havia se cansado de ficar atrás dela, já que convidara Lila para sair e agora a chamava para conversar em seu escritório. Lembrar da cara que aquela idiota fez ao dizer à Dulce que Ucker a havia chamado fez o sangue da ruiva ferver.
Quando ela se deu conta, já haviam se passado vinte minutos e pelo gramado, vinham Christian, Poncho e Christopher, usando apenas chinelos e um short de um fino tecido vermelho.
Os dois primeiros logo pularam na piscina e nadaram até Andrenw, enquanto Ucker sentou em uma espreguiçadeira e os observou. Agora que os dois amigos cuidavam do filho, Dulce pôde mergulhar e nadar de um lado para outro livremente. Ela até arriscou algumas manobras e cambalhotas que fizeram o filho gargalhar alto. Dulce amava o som da risada do pequeno, era contagiante e de uma sinceridade linda....
Na espreguiçadeira, Ucker os observava pensando na conversa que tivera com Lila. Foi curto e grosso, disse a ela que gostava de sua amizade mas que não passaria disso. A noite que passou com ela foi realmente boa, as posições que ela conhecia e a ausência de medo da parte dela fizeram com que fosse uma das melhores tran•sas que ele já teve. Mas ele não podia negar que estava perdidamente apaixonado pela mãe do seu filho, e ficar com várias não o ajudaria a reconquistá-la.
E agora ele a observava de longe..não era difícil imaginar o quanto a sua experiencia com outros homens devia te-la evoluído. Queria desesperadamente saber como estava o seu corpo depois de tanto tempo, depois de Andrew. Aqueles pei•tos enormes que ele adorava agora estavam sob um pedaço de pano, apenas esperando sua boca, suas mãos.
E ele já não podia esperar.