Fanfic: Confident. 🔫🚫 | Tema: Vondy

Dulce voou na moto em plena avenida principal. Pensando em sua vida, no que aconteceu em apenas um dia. Rídiculo viver tudo isso assim. Mas voltaria, voltaria e se vingaria de Christopher Uckermann. Já tinha a idéia e tudo, só precisava confirmar uma peça chave para tudo dar certo. E se realmente der, Christopher vai se arrepender de tudo que fez à ela. Se arrependeria amargamente. 

Quando chegou em frente à mansão dos pais de Annie, logo viu a loira escondida atrás de algumas árvores perto do portão lateral. Acelerou até lá e parou para a amiga.

- Dul? Como você conseguiu essa moto? - Annie perguntou. Dulce abaixou a cabeça.

- Bem, eu roubei Annie. Eu roubei e matei o dono dela - Respondeu de cabeça baixa. Annie pôs a mão na boca.

- Dulce .. - Havia decepção em sua voz - Porquê?

- Annie, de ontem pra hoje eu aprendi muita coisa. Aprendi que a vida não é um conto de fadas. Não existe príncipe encantado. Não existe um vilão a combater, se não nós mesmos. A vida é isso : Uma interminável luta onde nenhum de nós sairemos vivos. Nada vem nem virá fácil. Sobrevivem os mais fortes. A vida nunca foi e não é fácil, princesa. Tá na hora de tirar a coroa e vestir a armadura - Sorriu no fim. Annie, já em lágrimas também sorriu e abraçou a amiga.

- Tem um plano? - Disse subindo na moto com a mochila nas costas.

- E quando eu não tenho? - Dulce sorriu e acelerou.

***

- Acha que estamos longe o suficiente? - Anahí perguntou enquanto Dulce estacionava a sua moto na frente de um Mc Donalds. Passava das quatro e meia da tarde e ambas não haviam comido nada.

- Não sei. - Dulce deu de ombros e as duas desceram da moto. 

Em suas paradas, e com os dois mil de Dulce compraram dois capacetes e algumas coisas para quando não tivessem lugar para comer, como alguns pacotes de biscoitos, água e suco. Não era o paraíso, mas de longe era melhor do que ser prostituta. Entraram na lanchonete, que até que estava bem frequentada.

- Senhora? Pode nos informar onde estamos? - Dulce perguntou.

- Estão em Lantana Beach - A senhora gorda e cabelos louros e cacheados respondeu.

- Eu vou querer um Mc Chicken com batatas fritas e suco de laranja - Annie pediu.

- Eu quero um CheeseBurguer duplo com um copo de coca cola - Dulce pediu e as duas se sentaram.

- O que você quer fazer agora? - Annie perguntou.

- Primeiro, vamos arrumar algum lugar para dormir por aqui - Sorriram. - Eu tenho um plano, olha isso - Tirou do bolso o papel e mostrou a Anahí.

- O que é isso? - Perguntou.

- Uma senha bancária. Desconfio que seja algo relacionado a Oliver, logo, a Christopher. Deve ter muito dinheiro ai.

- Como você sabe ?

- Como Christopher disse, Oliver devia muito a ele. Acho que é plausível que Oliver tenha roubado a Christopher, ou o pai daquele animal - Annie deu uma risadinha. 

- Mas o que você pretende fazer com o dinheiro?

- Eu quero me vingar. Me vingar muito feio de Christopher. Ele destruiu a mim, destruiu a minha família. Ele merece a morte.

- Amiga, tô com medo de você - As duas riram.

- Eu vou voltar pra ele, em breve - Os pedidos chegaram. Dulce disse de uma forma tão natural, que Annie ficou de boca aberta.

- COMO ASSIM SUA LOUCA? - Gritou. Todos olharam para as duas - Como assim você vai voltar pra ele?

- Eu vou voltar. E bem rápido. Mas antes eu preciso cuidar de umas coisas - Sorriu e tomou um gole da coca-cola.

- Dulce - Sorriu e comeu uma batatinha frita - Do que você precisa cuidar?

- Eu vou investir o dinheiro que deve ter nessa conta - Apontou o papel que havia em cima da mesa. - Em coisas que dão dinheiro.

- Tipo? - Annie mordeu um pedaço do sanduíche.

- Vadias. Drogas, a longo prazo. 

- Você quer ser como ele? - Dulce negou.

- Eu quero ser melhor do que ele. E pode apostar, eu vou ser. 

- Você tem idéia do quanto isso é perigoso? 

- Annie, é o que eu disse. Só os mais fortes sobrevivem. Eu vou ser uma imperatriz no tráfico. E depois voltar pra ele.

- Porquê? - Confusa.

- Porque ele é o meu tutor, e eu ainda tenho que viver com ele até os meus 21 anos. Mas eu vou acabar com a vida dele. Ele não perde por esperar.

Terminado o lanche, pagaram e subiram novamente na moto. Depois de andar por duas horas, estava escuro e a gasolina estava acabando.

- Eu vou parar pra abastecer - Dulce disse observando um posto ali perto.

- Eu tenho que ir no banheiro mesmo.

- Aproveita e pergunta onde tem uma pousada aqui por perto.

As Duas desceram no posto, e como só havia um homem na conveniência e ninguém para abastecer, Dulce pegou a bomba e encheu o tanque. Como Annie provavelmente estava no banheiro, foi até a loja de conveniência e comprou algumas balas de menta, energéticos e macarrões instantâneos. Jogou tudo no caixa e observou o homem passando as compras.

- Eu posso saber o que duas gatas estão fazendo sozinhas no meio do nada? - Sorriu malicioso enquanto passava as compras. 

- Não é da tua conta - Dulce fechou a cara.

- Ei, calma, gata.

- Andréia. - Dulce mentiu - Meu nome é Andréia, não " gata " seu estúpido. Dá pra passar logo essas porcarias?

- Olha como fala comigo, sua vadia.

- Vadia é a sua mãe. Olha você como fala comigo.

O homem se jogou em cima de Dulce e apertou seu pescoço.

- Não tem medo de morrer, cadela? - Disse com os olhos faíscando de raiva.

- Você quem não tem medo de morrer, idiota - Sorriu e esmurrou a barriga do homem com o cotovelo. Sacou sua arma do cós do short e apontou para ele.

- Ficou louca, vadia? - Disse com medo.

- Nos vemos no inferno - Apontou a arma e acertou dois tiros nele, um no toráx e um no pescoço.

Apontou na câmera de segurança e atirou, os cacos de vidro explodiram se espalhando pelo chão. Dulce colocou as compras em sacolas e olhou no computador, por sorte só havia aquela câmera.

Saiu como se nada tivesse acontecido e encontrou Anahí parada na moto.

- O que aconteceu? - Annie perguntou.

- Eliminei um verme do mundo. Acredita que o cara tentou me bater? - Dulce negou com a cabeça rindo.

- Você o matou? - Anahí perguntou.

- Só os mais fortes sobrevivem. - Dulce piscou. Pegou seu celular e mandou uma mensagem para Anahí. 

Annie recebeu. Leu, e sorriu.

" P.s : Temos que comprar uma arma para você "

Subiram na moto e continuaram o seu caminho.

Na mansão, Christopher havia acabado duas garrafas de vodka, mas ainda estava sóbrio. Desligou o som e cambaleou um pouco até o quarto. Se despiu e entrou no box, querendo tomar um banho gelado e dormir. Apenas isso. A uma hora dessas Dulce deveria estar morta, aquela coisa pequena e marrenta era muito inocente quando se tratava do mundo do crime, ela estava sozinha na beira da estrada, com certeza ela não estava viva. Ainda bem que mandou Alex resolver uma parada das drogas em Massachussets, pelo menos sua cabeça estava livre de um problema.

Terminado o banho, colocou uma boxe branca e deitou na espaçosa cama. F·od·a-se aquela ingrata, antes morta do que lhe enchendo o saco.

Acordou no outro dia com uma p·u·ta ressaca. E pra piorar o estupido celular não parava de tocar. Atendeu com aquele " Bom-humor " que costumava ter de manhã.

- QUE É, PO·RR·A? - Gritou com raiva.

- Christopher! Isso é jeito de falar com a sua mãe, moleque? - Dona Alê gritou do outro lado da linha.

- EU TÔ COM RESSACA DROGA, O QUE HOUVE?

- Christopher Alexander Luis Cassillas Von Uckermann, tome um analgésico e tome um banho, eu não vou falar com você assim, está me ouvindo? - Disse impaciente - Eu ligo para você mais tarde.

Ela desligou. E já tinha acordado ele. Ucker jogou o seu ultimo modelo de Iphone na parede. O pequeno aparelho se quebrou todo no chão. Levantou e tomou um banho rápido. Pôs a cueca, uma bermuda jeans mostrando metade da cueca, uma regata fina vermelha, seus supras e o boné preto de aba reta. Desceu as escadas e encontrou os amigos e Maite à mesa.

- Bom dia bela adormecida - Christian disse.

- Vai se fu·der - Ucker respondeu tomando sua xicara inteira de café de um gole apenas.

- Nossa, o famoso bom humor matinal do Ucker - Maite brincou, Ucker lhe lançou um olhar mortal.

- Só não mando você se f·od·er porque eu posso fazer isso em outra ocasião - Disse sorrindo, apesar da dor. Jack ficou com cara de cu.

- Cala a boca - Jack jogou algumas bolinhas de cereal no amigo. - Perdeu a maior p·ut·ar·ia ontem, parceiro.

- Nem me diga, Ucker os caras que você contratou são o máximo - Maite disse maliciosa.

- Eca - Jack disse - Cala a boca, ratazana.

- Cala você seu vi·ad·o - Maite rebateu.

- Não vão começar logo cedo né? Vamos logo ver o Eric, de hoje aquele imbecil não passa. Depois temos que ir ver uma carga de cocaína que acabou de chegar.

- Eu tenho que ir lá na sex shop - Maite levantou - Vamos mais tarde em alguma boate?

- Pode ser - Ucker deu de ombros.

Se despediram e os meninos desceram para o porão.

- Coloca logo essa porcaria aí, Dul - Annie falou, brincando com a arma nos dedos.

- Calma, tem que ter cuidado, Anahí - Rolou os olhos e colocou a senha no caixa eletrônico.

- E aí? Quanto tem?

- Não muito - Dulce suspirou. Anahí gemeu frustrada - Só cinco milhões de doláres.

- Sério? - Anahí perguntou e sorriu. Viu no visor e as duas comemoraram. - E o que você vai fazer?

- Lembra do dia que conhecemos Ucker? Ele disse pra avisar ao teu pai que a carga de cocaína tava chegando né? - Annie assentiu. - Ouvi ontem ele falando com Christian que a carga ia chegar hoje às três e meia.

- E .... ?

- Conhece os Hot Vaillers?

- A gangue de lá perto da sua casa?

- Esses mesmos. Digamos que ... eu tenho um servicinho para eles - Sorriu maliciosa.