Dulce acordou no dia seguinte surpreendentemente ativa. Depois de tomar banho, fazer sua higiene pessoal e vestir uma roupa fresca (uma regata amarela, uma calça jeans e um salto preto), chamou Louis e os dois foram para o shopping.
- Que saudades eu tinha de fazer umas comprinhas, ruiva! - o afeminado disse, colocando os óculos no topo da cabeça.
- Eu também estava, Lou - Dulce concordou, olhando um sapato vermelho da vitrine - Nossa vida está uma loucura!
- É verdade! Faz uns três dias que eu não pego nenhum bofe, Ariel, estou com abstinência!
Dulce gargalhou e os dois entraram em uma loja de grife.
- E eu? Quanto tempo não pego alguém? - suspirou - acho que voltei a ser virgem.
- Não pega porque não quer né, monamur? - ele dizia remexendo nas araras de vestidos - Porque aquele bofe maravilhoso pai da tua criança tá doido pra fazer umas coisas contigo que eu sei!
Dulce puxou um vestido amarelo
- É o que ele diz - riu de lado - Eu sinto falta dele, sabe? Se tem uma coisa que aquele homem faz bem é fod•er.
Louis deu um gritinho.
- Eu sabia! E como ele é? - perguntou malicioso.
Dulce riu e pensou no que dizer.
- Grande. Grande não, enorme. Deve ter uns 25 ou 26 centímetros. - Louis boquiabriu-se.
- Uau!
- E grosso, o mais grosso que já vi. - suspirou, sentindo um incômodo entre as pernas.
- E o que está esperando pra sentar nele, Ariel? - Louis perguntou, fazendo cara feia para o vestido amarelo e puxando um azul escuro.
- Nem eu sei - Dulce riu puxando o vestido azul da mão de Louis - Acho que é esse.
- Vai ficar lindo em você!
Os dois passaram o resto do dia no shopping, onde Dulce comprou sapatos, maquiagens novas, cremes hidratantes e algumas lingeries. Depois voltaram para casa, onde Dulce passou o dia brincando com o filho até Anahí chegar e prometer cuidar do menino enquanto a ruiva estivesse fora.
Às nove, Dulce tomou um longo e relaxante banho de hidromassagem. Passou um creme com cheiro de lavanda e começou a fazer a maquiagem. Fez uma sombra escura com deliniador e lápis de olhos. Colocou um batom nude e começou a arrumar o cabelo, fazendo um "topete" e prendendo o resto em um rabo de cavalo.
Colocou o vestido, que tinha mangas longas, batia no meio de suas coxas, era rodado e tinha um generoso decote. Colocou suas jóias de prata e o salto da mesma cor. Colocou uma arma, o celular e as chaves em uma bolsa prata e saiu do quarto. Deu um beijo no filho, que assistia com Anahí no quarto dele e desceu as escadas.
Christopher estava no fim de uma dose de uísque, quando ouviu o barulho dos saltos de Dulce atrás de si, na escada. Ele se levantou, deixou o copo na mesa de centro e se virou, quase caindo quando viu a ruiva estonteante.
- Car•alho! - ele exclamou quando a viu.
- Como estou? - perguntou dando uma volta.
- Gostosa - ele mordeu os lábios.
- Idiota. Vamos?
Ucker ofereceu o braço à ruiva, que aceitou, e os dois saíram para a garagem. Ucker escolheu uma Ferrari azul escura, e os dois foram, em alta velocidade, até no local da festa.
Quando os dois entraram no salão, todos os olhares do salão se voltaram para os dois. Dulce se sentiu poderosa, e viu com o canto do olho, a satisfação de Ucker de estar com ela. Os anfitriões da festa cumprimentaram os dois e receberam o presente, e logo após, Dul e Ucker sentaram sozinhos em uma mesa afastada.
- Está tão gostosa, Dul - Ucker murmurou, aceitando um copo de uísque do garçom.
- Você também não está nada mal - Dulce sorriu de lado.
Ucker tomou um longo gole de uísque.
- Me beija? - pediu.
Dulce riu.
- Não.
Ucker jurou, e olhou entediado para a porta.
- Warner - ele sussurrou.
Dulce se virou para a porta e viu um homem de 40 anos, moreno e com olhos escuros. Ao seu lado, uma menina de no máximo 15 anos, que usava um vestido muito decotado e transparente.
- O que tem ele?
- Ele deve saber alguma coisa de Will... A meses que eu o procuro!
Dulce engasgou com a saliva e encarou Ucker.
- O que faremos?
Ucker ficou calado por um momento.
- Levanta, sorria e tome meu braço.
Mesmo sem entender, Dulce obedeceu, e em menos de um minuto os dois estava chegando perto da mesa do tal Warner.
- ei, Warner - Ucker disse, com um sorriso falso.
- Uckermann? - Warner perguntou, assustado.
- Eu e a minha mulher podemos sentar?
Dulce o olhou espantada, mas não parou de sorrir. Ucker não esperou resposta se Warner, apenas sentou.
- E então, como vai o Will?
- Sabe que eu não ando mais com ele há um bom tempo. - O homem trincou os dentes.
- Warner, você não me engana. É melhor você me contar logo o que sabe.
- E porque eu diria? - o homem desafiou.
- Porque em alguns dias, Thierry Pelletier se hospedará em minha casa. Sim, ele é meu sogro.
Dulce notou que Warner empalideceu ao ouvir aquele nome.
- Thierry não tem filhos. - Ele disse, firme.
- Ah é? Então quer esperar os dias para que ele chegue e te arranque essas informações a força?
Warner encarou os dois por algum tempo. Depois, pegou um guardanapo, puxou uma caneta de dentro do terno e escreveu algo nele.
- Esse é o email principal do Will. É a única coisa que eu sei dele - deu de ombros.
Ucker guardou o papel no bolso.
- Se isso for um truque, pode esperar a mafia francesa em sua porta - e se levantou.
Mas, em vez de voltarem para a mesa, Ucker arrastou Dulce para fora da festa.
- Pra onde vamos? - Dulce perguntou.
- Para casa.
Dulce rapidamente parou.
- Não!!! - Dulce se recusou - Vamos para outro lugar! Eu não me arrumei tanto a toa, sabia?
Ucker rolou os olhos.
- Pra onde você quer ir? - Ucker perguntou.
- Me dá as chaves? - pediu.
- É sério? - ele perguntou.
Dulce tirou os saltos e estendeu a mão livre.
- Joga aí.
Ucker riu e jogou as chaves, entrando no banco do passageiro. Dulce quem estava no controle.