Dulce estava com o coração a mil, já faziam duas horas desde a tal notícia, e nada de Alex.
- Juro que o mato quando aquele imbecil aparecer na minha frente - Sussurrou preocupada. No fundo tinha duvidas se ele voltaria.
Estava deitada no sofá da sala com cobertores em cima. Apesar do enorme frio ainda não chovia, e era um pouco assustador. Enfim, né. Era Dulce Maria, nem um pouco convencional.
Ouviu dois estrondos seguidos e se virou assustada. A porta havia sido aberta e fechada. Menos mal. Foi aberta novamente, e por ela passaram quatro criaturas rindo sem parar, e uma delas era Alex. Graças ao bom Deus.
Dulce se levantou as pressas e se jogou no pescoço do irmão.
- Oh meu deus Alex, você está bem?
- Porque a preocupação?
- Cara, eu ainda sou a tua irmã viu?
- Você não nos contou que tinha uma irmã, Alex - Um moreno de cabelos cacheados grandes chamou a atenção dos dois.
- É. - Ele coçou a nuca - Caras essa é Dulce, a minha irmã mais nova. Dulce esses são Jack - Apontou o carinha de cabelos cacheados - Christian - Apontou um loiro - E Poncho - Apontou um outro moreno, mas de cabelo mais liso.
- Hummm - Dulce os analizou - Oi.
Eles acenaram com a cabeça. No mesmo instante Dulce abaixou a cabeça envergonhada, notando do nada milhares de coisas erradas em si mesma. Pra começar ela não era obrigada a andar como uma super modelo dentro se casa, era? Além do mais antes de todo o acontecimento ela estava lavando louça então a situação era mais ou menos :
Dulce estava com um short de algodão cinza e um moletom roxo por conta do frio. Seu cabelo estava num péssimo dia, mesmo amarrado em um coque sem elástico era nítido a situação. Foda.
- Cara, ele parou onde? - Christian perguntou a Jack.
- Eu não sei - O moreno deu de ombros. - A ultima coisa que o ouvi gritar foi corram, eu já chego lá.
- Ele sempre se safa, vocês sabem disso - Alex os confortou.
- Ei bonequinha, que tal buscar uma cerveja pra nós? - o tal Poncho pediu, se jogando no sofá onde antes estava Dulce. - Quer dizer, tem cerveja nessa budega, né?
- Tá me achando com cara de que meu filho? - Dulce perguntou indignada.
- Uma imbecil que ainda não foi fazer o que ele mandou - Alex rolou os olhos - Dulce, vai logo buscar a porra da cerveja.
- Eu não sou sua empregada, e muito menos desses caras - Dulce apontou os outros três.
- Dulce, a-go-ra - Ele olhou a irmã com um olhar ameaçador que fez a ruiva tremer na base. Ela bufou e se dirigiu a cozinha, buscando a porcaria da cerveja.
Era o fim mesmo. Além de tudo não poderia subir pra se arrumar, não agora. Tinha quatro caras na sala esperando-a com a droga de latas de cerveja e depois sim iria subir. Não, não iria.
Não enquanto não soubesse o que aqueles caras - que ela nunca tinha visto - estavam fazendo em sua casa.
Pegou as quatro latas de cerveja da geladeira e as arrumou com um malabarismo louco, andou pela minúscula cozinha e quase caiu, mas não caiu.
Chegou até a sala - Não soube dizer como - e teve uma surpresa. Mais um cara estava lá. E porra, ele era muito gostoso.