Fanfic: Confident. 🔫🚫 | Tema: Vondy

Quando Dulce acordou no outro dia, estava de calcinha e sutiã na cama de Christopher. Confusa, ela se levantou e logo se deparou com sua auto-imagem no espelho. Estava acabada. Tinha marcas de chupões nos braços e de tapas na bunda. 

- Selvagem - Sussurrou sorrindo. Pôs um roupão branco que havia no closet dele e saiu do quarto, lembrando da noite anterior.

Se dirigiu ao seu quarto, onde tomou um belo banho, escovou os cabelos e trocou de roupa. Escolheu uma calça jeans, uma regata branca com uma camisa de mangas longas de crochê branca, e um salto alto azul escuro. Recarregou sua arma, pegou seu celular, e desceu as escadas. Ao chegar no andar de baixo, não encontrou Christopher tomando café, então sentou à mesa e se serviu.

- Ei você! - Chamou a empregada - Onde está o Uckermann?

- Ele saiu logo cedo, senhora. - A empregada disse, de cabeça baixa, tremendo mais do que vara verde.

- Disse para onde? - A ruiva insistiu.

- O senhor Uckermann não diz pra onde ele sai - Respondeu - Mais alguma coisa?

- Não, pode ir - Dulce falou. Terminou seu café e saiu, tinha coisas para resolver.

Em um dos quartos de hóspedes, era naquela hora que Poncho acordava. Se sentou na cama e percebeu que estava nú. Olhou ao seu lado e viu Anahí dormindo ali, usando apenas calcinha, parecia um anjo. A pele dela quase brilhava na luz do sol, e no meio de tantos lençóis brancos, ela realmente parecia uma deusa. 

- Bom dia? - Ela perguntou, abrindo um olho de cada vez.

- Bom dia. - Ele respondeu, se levantando.

- Que horas são? - Ela perguntou, envergonhada.

- Não sei - Ele sorriu, se virando, e deixando seu membro à mostra.

- Poncho! - Anahí gritou - Esconde isso!

- Não era o que você queria ontem, não é loirinha? - Perguntou, sarcástico.

- Cala a boca! - Annie respondeu, jogando uma almofada nele. - Pode olhar por favor que horas são, Alfonso? - Rolou os olhos.

- Claro Anahí. - Respondeu irônico, e olhou no celular - Nove e dez.

- Fiquei de almoçar com a Dulce hoje - Ela lembrou, se levantando. - Pode me dar licença? Eu tenho que tomar banho. - Rolou os olhos.

- Eu vou adorar ver isso - Mordeu os lábios.

- Só que isso não.vai rolar - Piscou.

- Claro que vai. - Sorriu malicioso. Correu até a loira e a pegou no colo, carregou-a para o banheiro e trancou a porta.

No galpão, Dulce fazia a revisão dos carregamentos. Era cocaína, a mais vendida. Ela olhava fardo por fardo, procurando adulteração. Era difícil.

- Porra cadê o Christopher agora? - Disse irritada. Não era fácil ver aduteração em drogas, pra quem não as consumia.

Continou olhando fardo por fardo, até terminar. Deu ordens aos capangas para recolher dinheiro de pequenos traficantes e saiu com o carro. Dirigia feito louca, à 120 km/h, quando notou um carro preto a seguindo. Forçou sua vista, mas não conseguiu ver quem dirigia o mesmo. Acelerou, mas não conseguiu despistar o carro.

- Era só o que me faltava - Murmurou e sacou sua arma. - Acho que são dois, porra - Disse com raiva.

Saiu dos seus pensamentos quando ouviu o primeiro tiro. Destravou a arma e atirou duas vezes. O carro desviou. Atirou mais duas, e apenas uma bala acertou em um pneu, o furando e fazendo o carro parar. Aproveitou esse momento e parou o próprio carro, desceu e atirou no outro pneu. Quando um dos homens desceu, foi baleado na cabeça. Um verdadeiro headshot. Ficou assustada, tinha apenas três balas e diferente do outro, o homem que ficou no carro parecia inteligente. Da distância que estava, reparou em uma coisa que a assustou. Entrou no carro e acelerou, até o restaurante no qual tinha ficado de se encontrar com Anahí.

Quando chegou, Annie já estava lá. Se sentou na mesa com a amiga e foi começando a falar, afobada.

- Os caras do Will estão atrás de mim - Jogou a bomba.

- Will? - Annie arregalou os olhos - Caramba Dul, o que você fez pra ele? 

- Nada, não fiz nada. - Chamou o garçom - Eu vinha do galpão, eles me seguiram na estrada de terra. Atiraram, e eu revidei. Matei um. De longe deu pra ver a tatuagem " W " na nuca do morto. O outro ficou lá porque não saiu do carro, os pneus estavam furados pelas balas, e eu tinha poucas.

- Eles devem saber sobre você e o Ucker - Annie arriscou.

- Eu e o Ucker não temos nada - Dulce respondeu na defensiva.

- Claro, trepar a noite toda não é nada - A loira sorriu.

- Olha quem fala - Dulce revidou - Como foi com Poncho?

- Foi ótimo. Eu precisava daquilo - Sorriu maliciosa. Fizeram os pedidos. - Vai contar ao Ucker?

- Sobre Will? - A loira assentiu - Não sei. Eu deveria? - Arqueou uma sobrancelha.

- Claro que sim! O Will é perigoso Dul, o Ucker saberia melhor como lidar com isso.

- Ele só tem 20 anos. - A ruiva rolou os olhos.

- Nós duas temos 18 e temos as maiores boates dos EUA. - Annie lembrou. - Conte. A. Ele. - Exigiu.

Christopher estava no escritório analizando alguns contratos quando percebe a porta sendo aberta. Levanta os olhos do notbook e encontra Dulce em pé na sua porta.

- Posso entrar? - Pergunta séria.

- Já tá dentro - Deu de ombros.

Dulce caminhou e se sentou em uma das cadeiras.

- Onde foi? - Perguntou curiosa.

- Reunião - Rolou os olhos - e você?

- Carregamento. - Respondeu.

- Maconha?

- Cocaína - Sorriu de lado. - Eu tenho que te falar uma coisa - Disse cautelosa.

- Pode falar.

- Eu fui atacada hoje - Disse baixinho.

- Como assim atacada? - A olhou assustado.

- Dois caras do Will me pegaram numa estrada de terra, eles me seguiram.

Ucker se levantou. E surrou a parede, assustando Dulce.

- Porra, Dulce - Disse irritado - Caralho, eles poderiam ter te matado, sabia?

- Mas não mataram, Ucker - Se levantou também - Não precisa se preocupar.

- É claro que eu me preocupo, Dul. Eu me preocupo com tudo sobre você. - Confessou.

- Ei, fica calmo. - Disse se aproximando dele - Tá tudo bem. Aqueles caras atiram como mulherzinhas - Brincou, arrancando um sorriso de Christopher.

- Eu quero você bem - Disse, sério.

- E eu estou bem - Respondeu, sorrindo.

- Quer ir comigo? - Perguntou encantando.

- Pra onde vai? 

- Recolher dinheiro de uma boate. - Respondeu recarregando a arma.

- Eca, Christopher. Claro que não - Respondeu se servindo de uma dose de uísque. 

- Calma - Sorriu arrancando o copo da mão dela, e virando-o de uma só vez - É aquela que você trabalhava.

Dulce se arrepiou apenas de lembrar. Pensou em dizer um NÃO enorme, mas se lembrou de Louis, e se tocou de que tinha saudades do gay. Sorriu e regarregou sua arma.

- Podemos ir? - Perguntou animada.