Dulce estava chocada: Era inacreditável, Christopher havia mesmo a colocado no meio de uma aposta sem futuro? Era esse o amor que tinha por ela? Chegava a ser irônico. O loiro se virou novamente para ela, com um olhar nada arrependido.
- Se eu ganhar - sussurrou - você pode ter o que quiser. - Disse numa tentativa de acalmar Dulce.
- Legal - ela respondeu - Mas se você perder?
Ucker sorriu.
- Eu não vou perder. - piscou e andou em direção ao carro, junto com Christian, Jack e Poncho.
- Dude tem certeza? - Christian perguntou - Cara, na moral, o dele é último modelo.
- Porr/a até vocês tão duvidando da minha capacidade? - Perguntou irritado - Eu vou ganhar essa merda, ok? Não se preocupem. - Fechou com força a porta do carro.
Dulce já roía as unhas junto com Anahí e Maite, quando os meninos se aproximaram. Quando Dulce viu que Christopher não vinha junto, perdeu todas as esperanças de que ele desistisse dessa idéia maluca de aposta.
- Ele vai correr - Christian disse. Anahí o olhou com um desprezo anormal.
- Isso não vai acabar bem - Maite disse - Olha só o carro dele, merda.
- O carro é inferior - Jack concordou - Mas o Ucker dirige muito bem. Tenho certeza de que vai se sair bem.
- Ele não pode se se sair bem - Dulce falou, anciosa - Ele tem que ganhar.
Juntos, ouviram o ranger dos motores. Dulce se virou aflita, agora não tinha mais volta. Internamente, desejava como louca que tudo desse certo, que Christopher ganhasse, até porque o filho da puta a tinha apostado, o que aconteceria se ele perdesse? Ele mais uma vez esquentou o motor, e a multidão foi ao delírio. Seu coração apertou, e por um momento, se sentiu mal. Se sentiu mal por ser apenas parte de uma aposta sem noção de Christopher, pois se ele a amasse, não a colocaria em risco por tamanha idiotice.
Logo, os carros novamente esquentaram os motores, e Dulce viu uma mulher semi-nua, de saia e saltos, com o corpo repleto de lama, ficou no meio dos dois carros. Ela se abaixou e disse algo na janela de Lewis. Depois, na janela de Ucker. Ele deu um risinho que Dulce não gostou nada, mas achou melhor ficar calada. Coisas mais importantes estavam em jogo. A vadia gritou algo que ela não entendeu. Na verdade, só o que ouviu foi um tiro para o alto, e em um milésimo de segundo, os carros não estavam mais lá. Haviam desparado como dois gaviões invisiveis. Eles iam par a par, Lewis a um nariz na frente. O corpo de Dulce ficou tenso, ela praticamente não tinha mais unhas.
- Ele tá perdendo, cara/lho! - Anahí gritou preocupada.
- Ele não vai perder - Poncho assegurou - Eu confio nele.
- Mas você é louco! - Maite disse - O que acontece a Dulce se ele perder?
Poncho olhou Dulce. E engoliu em seco.
- Bem - Começou - É melhor ele não perder.
Se estava nervosa antes, Dulce estava infartando agora. Já não conseguiaver os carros, eles estavam em um canto que apenas quem estava ali poderia ver, do lado de Dulce nada podia se ver. Aflita, forçou mais sua visão, até conseguir distinguir uma lamborguini prateada no meio de tanto escuro. Christopher ainda perdia.
- Meu deus ele vai perder! - Apontou aflita.
Maite e Anahí não estavam muito melhores. O coração das três estava saindo pela boca, enquanto os meninos xingavam baixo e passavam a mão pelos cabelos, a diferença não era muita, mas estavam no final do trajeto e não tinha muito tempo. O que aconteceria a Dulce, que nada tinha a ver com a richa de Lewis e Ucker? Por um momento, Dulce fechou os olhos e os apertou. Não queria ver Ucker perder. Faltava uma curva e uma reta, e logo depois, a linha de chegada. Christopher ainda estava atrás. Bem no momento da curva, foi coisa rápida. Christopher, que estava à direita, jogou o carro para cima de Lewis e acelerou estupidamente rápido depois da curva. Houve um momento de silêncio, que Dulce pensou ser o da morte. Em segundos, o barulho. Poncho, Christian e Jack. Dulce reuniu toda sua coragem e abriu os olhos. Christopher vinha correndo em sua direção, com o maior dos sorrisos.
- Pode escolher o que quiser! - Gritou, antes de beijar a ruiva com paixão.
Ele estava gelado, provavelmente pela tensão. Mas Dulce nem se importou. Ainda era e seria apenas dele, e aquele beijo era intenso e forte, como todos do casal. Anahí e Maite vibravam junto dos meninos, todos estavam eufóricos prla vitória inesperada.
- Eu disse que ganharia - Christopher se achou.
Ao fundo, Dulce viu Lewis sair do carro. Estava irritado. Muito, mas muito irritado.
- Eu nunca duvidei - Christian mentiu. Dulce e Maite riram, Anahí não.
- Pensou o que quer? - Christopher perguntou ainda agarrado a Dul.
- Posso escolher mesmo? - Perguntou com os olhos brilhando.
- O que você quiser.
Dulce e Christopher viram Lewis e mais alguns homens se aproximarem. Também vinham cinco homens que estavam conversando com Ucker antes da corrida. Eles, diferente dos outros, estavam eufóricos e animados, tinham ganhado a aposta!
- Dulce escolherá o prêmio - Christopher anunciou.
- Qual é Uckermann - Lewis zombou.
Christopher não entendeu a provocação, coisa que fez Lewis rir.
- Vai deixar uma prostituta barata escolher o teu prêmio? - Perguntou incrédulo - Nossa mano, tá numa puta seca ein? - Riu idiota.
Ucker sentiu todo seu sangue sumir. Em um piscar de olhos, já estava com a arma apontada para aquele imbecil. Lewis riu e fez o mesmo. O lugar ficou tenso. Quando Ucker notou, sorriu. Anahí, Christian, Dulce, Jack, Maite e Poncho, todos tinham suas armas apontadas para Lewis.
- O Ucker - Dulce falou, dando um passo a frente - É muito melhor do que você. Ele é bonito, apenas para começar. Tem qualquer uma que quiser aos seus pés. Ele é rico, tem moral, tem poder. Coisa que você nunca teve, não tem, e nunca terá. Quem é Gregory Lewis? Ninguém sabe, exatamente! Sabe porque? - Corajosa - Porque você é um fo/dido, que nunca será metade do que o Ucker é. Já perdeu, já passou vergonha. Não está bom não? RALA DAQUI SEU IDIOTA.
Todos no local encaravam Dulce com espanto, inclusive seus amigos e, principalmente, Lewis. Ele estava muito irritado, pois, por mais que não quisesse admitir, era tudo verdade. Sempre quis ser como Christopher, poderoso, com moral, e com todas aos seus pés. Mas não, não estava no fundo do poço, para ser humilhado deste jeito por uma vadia qualquer. Aliás, porque Christopher a estava defendendo?
- Dulce - Christopher sibilou - O que você vai querer?
Dulce olhou Lewis com atenção.
- O que ele tem? - Perguntou com indiferença.
- Boates - Lewis respondeu, sorridente. - As melhores do país.
Dulce riu sarcástica.
- Eu acho que não, amigo. - Cruzou os braços - Sou dona das Sin, as melhores boates dos Estados Unidos. Ah, aposto que você é dono da merdinha da Magic. Ok, tudo bem. Vejamos ... eu quero todas as suas vadias. Elas agora trabalharão para mim.
- Não vou te dar nada sua vadia. - Rangeu os dentes.
Maite atirou de raspão a bala passou ao lado da orelha direita de Lewis. Dulce sorriu.
- E ... você vai fazer uma tatuagem. - Sorriu perversa.
Em vinte minutos, haviam arranjado todo o equipamento. Dulce estava de luvas, mascara, e segurava um pequeno aparelho com agulhas. Lewis estava tremendo, o que essa louca faria em sua preciosa pele?
- Senta ai logo por/ra - Ela reclamou - Eu não tenho a noite toda.
Lewis olhou ao redor. Todos pareciam estar se divertindo muito. Jack e Anahí quase se mijavam de rir, enquanto Ucker continuava de braços cruzados, seríssimo. A contra-gosto, acabou sentando no banco.
- Dá o pescoço - Dulce ordenou.
- Não vou te dar por/ra nenhuma!
Mal terminou de falar, sentiu algo frio na testa. O cano de uma arma.
- O. Pescoço. - Dulce sussurrou.
Todos riam de se acabar. Até Christopher ria, tamanha a idiotice que Dulce havia escrito com tinta permanente no pescoço de Lewis. Até Dulce, depois de desligar o pequeno aparelho, riu da própria traquinagem. Os dizeres ` Vive no abacaxi, e ele mora no mar ` junto com um desenho muito mal feito do Bob Sponja, brilhavam sob a luz do poste, e Lewis estava mais escroto do que nunca. Rapidamente, Christopher puxou Dulce pela cintura.
- Você não presta - Disse, sedutor.
- E você gosta - Respondeu sorridente.
Lewis se levantou; estava irado. Aquela tatuagem era nada menos do que ridícula, e sua moral, aquela coisa minuscula, já não existia.
- Ei Lewis - Dulce chamou - Vê se não brinca mais com a prostituta barata não, ok?
Lewis a olhou profundamente.
- VOCÊS. ME. PAGAM. - Sibilou e entrou na ferrari que, antes brilhando, agora era só lama.
Dulce olhou Christopher com desejo, e com uma felicidade inexplicável. Ela não era qualquer garota de 18 anos. Ela era Dulce Maria, ela era uma criminosa. Ela era ela.
- Vamos para casa - Christopher passou o braço em torno do pescoço da namorada, e os dois, junto dos outros, caminharam até o carro.
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Juju Uckermann: Oi Gatxênha, tudo bem? Espero que sim <3 Foi tenso, mas ele ganhou *-* Postado, boa leitura :*