Alexandra se sentou ao lado do marido e pôs um pouco de café na xícara, enquanto os outros se entreolhavam tensos e assustados. Quem seria o ser de coragem que contaria a ela que sua filha havia saido com Dulce para receber uma carga de drogas?
- Onde está Camille? - Perguntou novamente.
- Camille foi receber uma carga de drogas com Dulce - Anahí disse sorridente.
Alexandra congelou, chocada. Não conseguia assimilar as palavras, nem pensar em uma forma de isso ser bom
- Onde está Camille? - Perguntou mais uma vez - Alexander onde está a sua irmã? - Perguntou a Ucker.
- Não ouviu Anahí dizer? - Respondeu calmo.
- Como você permitiu que sua irmã fosse com aquela mulher a um lugar como esses Christopher? - Perguntou horrorizada.
- Primeiramente, aquela mulher tem um nome, e por acaso é a sua nora - Pôs as mãos na mesa - Segundamente, confio plenamente nela, e em minha irmã, como nos meus homens que foram escoltando-as. E terceiramente, Camille é maior de idade, e faz o que bem entende!
- Eu quero a minha filha Christopher, quero ela aqui agora! - Fez birra.
- Pois vai ficar querendo Alexandra - Victor interrompeu - Pode parar com o teatro, pois como Christopher bem lembrou, Camille é maior de idade. Não é mais o seu bebê!
Alexandra calou-se, mas por dentro, seu ódio por Dulce apenas aumentou, de uma forma anormal.
- Escuta aqui - Dulce brigou com um dos seguranças do Ucker - Eu vou entrar no meu galpão e vocês vão ficar aqui, pegou? - Perguntou cruzando os braços.
- Ficaremos o tempo todo ao seu lado, madame - O homem retrucou - Ordens do Sr. Uckermann.
Dulce bufou.
- Pouco me importa as ordens do Sr. Uckermann, se me seguirem, mando meus homens atacarem vocês, ouviram bem? - Disse irritada - Este é o meu galpão e tem meus seguranças por todos os lugares, sejam espertos e fiquem bem aqui. - Piscou arrastando Camille.
- Você é sempre assim? Grossa? - Perguntou cautelosa.
Dulce a olhou com a sobrancelha erguida.
- Pra falar a verdade, não - Confessou - Mas as coisas são assim, eu tenho que fazer valer a minha moral. -Deu de ombros. - Se quiser esperar com eles, eu não vou demo...
- Não! - Camille se prontificou - eu quero ir com você.
- Certo, mantenha a arma em punho, e fique séria. - Advertiu.
As duas entraram no galpão e Dulce foi cumprimentada pelos seus homens, depois subiu as escadas rumo ao seu escritório, onde um fornecedor novo, um tal de Juan Fernandez a esperava. Quando as duas entraram na sala, ele estava fumando um cigarro. Ele era alto e forte, com uma barriga saliente. Seus olhos eram escuros, assim como os cabelos. Pelo menos não andava ostentando jóias e mais jóias. Usava uma calça e camisa sociais, e mantinha um olhar fixo na parede oposta. Dulce entrou com todo aquele ar de superioridade e sussurrou para que Camille ficasse atrás dela, em pé, com a arma visivel, e assim ela fez.
- Onde está a carga? - Perguntou encarando o homem, que soltou uma esbaforida de fumaça.
- Calma mocinha, vamos conversar antes. - O homem sorriu, Dulce ficou enojada.
- Pode parar de fumar essa porcaria perto de mim. - Ordenou séria - Não tenho tempo pra enrolação, onde está a carga?
- Verdade que está com o caçula Uckermann? - Ele perguntou, sem obedecer à ordem de Dulce.
- Minha vida pessoal não lhe diz respeito, agora pare de fumar esse car/alho perto de mim e vamos ao que interessa, antes que me irrite com você - ameaçou impaciente.
- E essa bela moça? - Se referiu a Camille - É a do meio do Uckermann não é?
- Escuta aqui velhinho - Dulce se irritou - Vai vender a po/rra da carga ou não? Eu tenho mais o que fazer, sabia?
- Ora, sou muito mais experiente nisso do que você mocinha! - Se levantou irritado, Dulce fez o mesmo.
- Foda-se! Você está falido Fernandez, e minha paciência com você está no fim! Agora libere a carga ou vá embora daqui. - Apontou a porta.
Juan agarrou o braço de Dulce com força e a encarou de forma ameaçadora.
- Ah princesa... vamos nos divertir.
Com raiva, Dulce sacou sua arma com o outro braço e deu uma coronhada na nuca do velho com o cabo da arma. Juan gritou de dor e a soltou, pondo a mão no local do impacto.
- Ficou louca? - Perguntou apertando os olhos.
- Nunca mais toque em mim, velho estúpido! Pegue seu dinheiro, libere aquela porcaria de carga e desapareça da minha frente! - Gritou com a arma apontada para Juan.
Assustado, o homem pegou a maleta, assinou alguns papéis e saiu correndo. Cansada, Dulce se jogou no sofá que tinha ali, e apertou os olhos, mas que bela merda ein.
- É sempre assim? - Camille perguntou.
- Nem sempre.. - Dulce bufou. - Era só mais um fodido tentando se meter a besta comigo. Quando vão aprender que não sou nem um pouco idiota?
- Acho que aquele ali já descobriu - riu. Dulce a acompanhou. - Eu gosto de você.
Dulce a olhou assustada.
- Quero dizer que não acho que você está interessada no dinheiro do Ucker - esclareceu - Gosto do seu jeito destemido, sei que meu irmão não é fácil.
- Realmente, cada dia é um desafio - Riu - Mas obrigada, de verdade.
As duas se olharam cúmplices.
- Sei bem como é. Convivi com ele por longos 15 anos... - Brincou.
Dulce gargalhou.
- Eu tinha que passar no shopping, quer vir comigo? - Dulce chamou.
- Eu adoraria - Camille concordou e as duas saíram, escoltadas pelos soldados de Christopher, rumo ao shopping.
Christopher estava assistindo a um jogo sozinho na sala de estar. Estava planejando entrar na área do Will às 22:00, horário que tudo estava mais calmo. Claro que ele não queria matar o Will, não agora. Queria fazê-lo sofrer, queria vê-lo falido e acabado, depois torturado, implorando pela morte.
- Oi - Dulce o saudou, se sentando no sofá cheia de sacolas.
- Boa tarde madames - Christopher brincou - Onde estavam?
- Deixe-me ver... estamos carregadas de sacolas de lojas do shopping... não é óbvio que estávamos na igreja? - Camille brincou.
- Haha, que hilário - Ucker ironizou.
- Dul eu vou subir - Mandou beijinhos - Até o jantar - E saiu escadas acima.
- Dul, é? - Christopher provocou.
- Cala a boca - Dulce rolou os olhos sorrindo - sua irmã é legal, nem parece da sua familia - Brincou sentando no colo do namorado.
- Eu sou muito legal sua boboca - Christopher fez bico - E segundo você, meu pa/u também é.
- Segundo eu? - Dulce arqueou as sombrancelhas - Quem disse isso?
Ucker rolou os olhos enquanto Dulce ria. Quando estavam prestes a se beijar, Poncho e Jack apareceram.
- Jogo foda ein - Poncho comentou roubando a cerveja de Christopher.
- Empata-foda - Christopher reclamou.
- Que foda? - Dulce riu -Ninguém ia foder aqui, pra sua informação - deu lingua - Agora, se não se importa, eu vou tirar uma soneca, acordei muito cedo hoje - Bocejou.
- Nã vai almoçar? -Perguntou preocupado.
- Almocei no shopping amor - Beijou o rosto dele, e depois saiu de seu colo - Ei por onde andava o Zach? - Perguntou pegando as sacolas.
- Estava tratando de alguns assuntos meus na Itália. - Ucker recrutou - Porque? -Enciumado.
- Por nada - Deu de ombros - Ele estava na minhs guarda hoje - Rolou os olhos enfatizando o guarda.
- Humrum - Ucker resmungou.
- Até o jantar meninos - Mandou beijos e subiu as escadas.
Christian estava sentado na beira da piscna, em uma espreguiçadeira. Travava uma batalha consigo mesmo, pensando em como terminar tudo com Maite. Hoje seu prazo acabaria, e seria melhor ele mesmo terminar com ela, antes que Anahí contasse tudo e ele fosse morto por Jack. Terminar com Maite era a pior coisa do mundo, não sabia como tinha vivido quase vinte anos ao lado dela e não tinha percebido o quão maravilhosa ela era, ela era gentil e doce, como uma dama, mas safada e sem limites na cama, justo o que ele precisava, e sempre quis. Cansado, se encostou na espreguiçadeira e apertou os olhos.
- Oi - Maite o chamou - Chris onde você tava? - Perguntou calma.
Christian suspirou. Era agora, ou nunca.
- Estava recebendo uma carga - deu de ombros.
Maite o olhou com a sombrancelha erguida.
- Ok. - Disse desconfiada - Eu queria jantar fora hoje, o que acha?
- Não vai dar Mai - Negou se levantando.
- Ah é, vocês vão tentar pegar o Will - Bateu na própria testa - eu ainda acho isso um absurdo, vai que ele...
- Maite não é nada disso! -Passou a mão pelos cabelos - Não dá mais. A gente não vai dar certo.
Maite piscou algumas vezes.
- Como assim, Chris? Do que você tá falando?
- O que eu tô falando, Mai - Suspirou - É que eu não quero ter mais nada com você.
Maite sentiu seu coração quebrar em minúsculos pedaços.
- Isso não é verdade - Seus olhos marejavam - Não pode ser verdade.
- Eu sinto muito Mai - Olhou o chão - Mas você merece alguém melhor do que eu. Na moral, eu sou de todas. Eu não quero me prender a ninguém, e você não merece isso. Merece alguém que esteja sempre contigo, e te ame o tempo todo. Você merece muito mais do que eu posso te oferecer - Pôs as mãos nos bolsos - Espero que nossa amizade não mude.
- Não Chris - Pediu com a voz embargada - Por favor, não!
- Desculpa, Mai - Disse e saiu de cabeça baixa. Em sua mente, tudo se misturava.
Maite se sentou na espreguiçadeira e enfiou o rosto nas mãos. As lágrimas começaram a descer sem que a morena percebesse, e elas desciam freneticamente, pondo para fora todo o sentimento. Como assim Christian a havia dispensado dessa forma? Sem dó? Nem um bom motivo ele teve, e ainda foi cara de pau ao ponto de dizer todas aquelas frases feitas idiotas e sem sentido. Nem sabia quanto tempo ficou ali chorando e se lamentando, mas quando subiu o olhar, o sol se punha no horizonte, o céu estava pintado de tons de rosa e laranja, acompanhado a grande estrela amarela. Queria que fosse mais fácil, que toda sua familia e amigos não estivesse envolvida no mundo do crime. Mas era assim, e sempre seria. Fraca, ela se levantou e amarrou os cabelos em um rabo de cavalo. Enquanto andava em direção à garagem, secava o rosto com as costas das mãos e cantarolava uma musiquinha chula. Entrou na sua mercedez e saiu dali cantando pneu, desejando sair por um tempo daquela casa.
Dulce estava passando perfume quando a porta se abriu. Era Christopher. A ruiva sorriu e continuou o que estava fazendo, sem dar maior atenção ao namorado. Ucker sorriu de lado e se sentou na cama, observando ao seu redor.
- Vamos jantar? - Chamou
- Claro - Ela sorriu - Camille já está lá? - Perguntou calçando as sapatilhas vermelhas.
- Está sim - cruzou os braços sorridente - Vejo que está bem intima dela.
- Intima não - Passando gloss - mas amiga. Ela é bem legal.
- Eu sei - Se levantou e estendeu a mão.
Dulce deu uma ultima olhada no espelho, saia jeans e camisa branca com a manga arregaçada até o cotovelo, sapatilha, cabelos amarrados em um rabo de cavalo e um pequeno colar de ouro. Ótimo. Quando chegou na sala de jantar, a primeira coisa que notou foi o clima tenso. E não tinha nada a ver com a sua querida sogra, pois a mesma não estava presente. Sentados, estavam Camille, Poncho, Jack e Victor apenas. Desconfiada, a ruiva se sentou entre a cunhada e Poncho, encarando, um por um, cada um presente na mesa.
- Cadê a Mai? - Perguntou a Jack.
- Foi pra casa - O moreno respondeu, bufando.
Dulce o olhou confusa.
- Pra casa? - Perguntou olhando-o - Maite nunca vai pra casa. - Disse pousando os talheres na mesa - O que aconteceu com ela?
- Eu não sei muito bem - Ele respondeu olhando para os lados - Parece que Christian terminou com ela.
Anahí, que estava a caminho da mesa, parou bruscamente na porta.
- Terminou? - Dulce indagou - Eles tinham começado?
- Não sei muito bem, mas acho que sim. - Jack terminou o suco.
Anahí, mais recomposta, andou até a cadeira ao lado de Jack e se sentou, tentando não parecer pertubada. Mas tal fato não passou despercebido por Dulce, que notou o estranho comportamento da amiga. Decidiu ficar calada e continuar agindo normalmente, apenas durante o jantar. Fazia dias que Anahí estava estranha, e agora sabia que não era nada normal, ela sabia de alguma coisa muito grave relacionado ao término de Maite e Christian.
- Que horas vamos sair, filho? - Victor perguntou.
- Dez. - Ucker respondeu avoado - Daqui pra lá ainda demorará cerca de meia hora, temos que atravessar o centro da cidade e não seria bom chamar tanta atenção.
- Dez? - Dulce perguntou - Um pouco tarde, não acha?
- Acho sim. - Respondeu - Para madames como vocês. Por isso ficarão bem aqui.
Dulce e Anahí riram, ao som da risadinha abafada de Camille.
- E você parte do pressuposto que eu vou mesmo ficar aqui enquanto vocês partem numa missão suicida sem sentido? Nem pensar. - A ruiva esclareceu.
- Eu é que nunca deixaria você ir nessa missão. - A olhou sério
VIRAM COMO SÃO LOUCOS? INVADIR A CASA DO WILL 😱
OBRIGADA PELAS 20 FAVORITAÇÕES, VOCÊS SÃO O MÁXIMO! 💘
CONTINUEM FAVORITANDO, ESTAMOS EM 142° 💃👀
Lally: Dá um beijo, que eu tô doidinho, eu tó doidinhi para te beijaar 🎶 Tu não me respondeu onde que tu mora, af. Pois é, Alexandra não se enxerga mesmo. Me dá nojo. E Christina? RECALCADA. Na verdade ela é apaixonada pelo Poncho, por isso ela odeia a Annie. Vadia 😒👌Não some mais, falou? Falou!
Bia: Postado 😉💘
Yasmin Silva: Muito obrigada 😍 Nem sei o que dizer, mesmo!
Myma: Postado lindona 😌💗
Juh: Obrigada meu anjo, continua por aqui u-u