Quando chegaram no portão lateral, haviam três guardas em baixo e dois no alto do muro, foi bem fácil. Jack e Billy atiraram nos que estavam no alto, enquanto Dulce e Zach atiraram nos que estavam em baixo. Depois disso, foi mais fácil entrar pelo portão e o fechar, como se nada tivesse acontecido. A casa estava silenciosamente, ouvia-se alguns poucos e escassos murmúrios. Entraram pela porta traseira e se viram em um longo e escuro corredor que terminava em uma escada que levava a uma subida alta e íngreme. Algumas portas estavam neste corredor, mas Dulce duvidava muito que um deles fosse o quarto do Will. Subiram as escadas e se acharam situados em um outro corredor, mais iluminado, e com término em um saguão com três direções de segmento, e três escadarias.
- Ainda estamos em baixo - Jack sussurrou - a do meio leva diretamente pro segundo andar, e é pra lá que vamos.
Dulce assentiu e seguiu o moreno para a escadaria do meio, que estava vazia. Subiram com cautela, mas o coração da ruiva batia tão forte, que ela se espantava todos não estarem ouvindo. As escadas eram altas e cansavam, mas pelo visto ainda subiria mais alguns degraus. O 2° andar consistia em um enorme salão com inúmeras portas, alguns corredores e uma única escadaria, ao longo de um corredor iluminado com uma curiosa luz azul.
- O que é aquilo? - Dulce apontou para duas portas de vidro reforçado.
- Aquilo é uma espécie de varanda, tem alguns guardas aí. - Zach explicou.
- Podemos passar sem sermos vistos? - Perguntou olhando-o.
- Nem fodendo - Jack respondeu, sorrindo de lado. - Agora vai começar a ação. Preparados? - Todos assentiram - Fogo!
Billy empurrou as portas e os guardas se viraram assustados, eram seis no total. Foi bala para tudo que era lado, mas, quando terminaram, os guardas estavam todos mortos. Dulce ouviu tiros do lado de fora, pelo jeito Poncho havia começado o serviço.
- Todos bem? - Jack perguntou - Corram! Entrem na primeira porta do terceiro andar que encontrarem!
Todos saíram correndo e subiram as escadas, literalmente tremendo. A bala no boldo esquerdo de Dulce a incomodava a cada passo que dava, mas ela não ousava parar de correr para tirá-la do bolso. De repente, um tiro, e Billy caiu morto no chão. Um segundo tiro é ouvido. Ele saiu da bala de Jack, e seja lá quem matou Billy, a essa hora havia se juntado a ele. Dulce correu numa velocidade ainda maior, e no corredor mal iluminado do terceiro andar, topou com mais três guardas. Atirou no da direita, mas o tiro foi errado. Ele então atirou, mas não acertou ninguém. Zach atirou e matou certeiramente o do meio, e o da esquerda reagiu, atigindo-o de raspão na cintura com o tiro. Zach gritou de dor, mas atirou no mesmo enquanto Jack cuidava do outro, e enfim todos cairam.
- Você está bem? - Dulce perguntou à Zach.
- Estou - Resmungou, gemendo - Vamos, andem!
- Não vamos deixar você no meio do corredor, nesse estado! - Dulce respondeu.
- Estamos perdendo tempo, Dulce - Jack murmurou.
- Pois me ajude a levá-lo para algum quarto!
A contra-gosto, Jack ajudou a ruiva a colocar Zach em um quarto desocupado. O deixou na cama com sua arma e o mandaram trancar a porta por dentro, e se proteger a todo custo. Quando já iam saindo, ele murmurou:
- Boa sorte.
Dulce sorriu e saiu correndo atrás de Jack, rumo ao escritório ou ao quarto do Will.
- É ali - Jack apontou - O escritório dele. - Abriu a porta - Não tem ninguém.
- Dulce? - A ruiva se virou ao som da voz rouca que ela conhecia bem. - Você está bem?
- Estou - Abraçou Christopher rapidamente.
- Jack vai no quarto dele, pelo visto ele foi junto receber a carga. Não tem ninguém por enquanto nesse andar. - Christopher disse, e Jack saiu correndo - Entra aí!
Dulce obedeceu, e logo Christopher fechou a porta.
- Imbecil, deixou tudo aberto - O loiro zombou.
- Certo, como é o computador?
- Pelos meus informantes, azul escuro. - Respondeu revirando as estantes.
Dulce olhou ao redor, e viu uma luz reluzente azul em cima de uma das estantes.
- Ali, Ucker! - Apontou.
- Se abaixa! - Christopher gritou e se jogou na frente da ruiva.
Assustada, Dulce virou e atirou, mas só depois de alguns momentos notou que o namorado estava baleado. Mais à frente, um guarda de Will, morto.
- Temos que ser rápidos - Christopher sussurrou, o braço sangrava e sujava sua roupa. - Pega o computador!
Dulce escalou precariamente o armário, quebrando alguns objetos de vidro, mas apanhou o notebook. Se desequilibrou e caiu, causando um baque surdo.
- Estão bem? - Jack perguntou, entrando esbaforido na sala.
- Ucker levou um tiro - Dulce apontou o loiro, que gemia no sofá. - Jack, o Zach! - Lembrou.
- Eu mandei mensagem a alguns guardas, eles já levaram o Zach pra mansão. - Disse.
- Zach, Zach ... - Ucker resmungou - Nossa que legal, já dá pra se preocupar com o amigo e o namorado ferido aqui? - Ciumento.
Dulce rolou os olhos.
- Ok cara, pelo visto eu vou na frente abrindo caminho. Dulce pegou o notebook? -Dulce assentiu - Tome cuidado. Ucker vai com vocês. Ele não vai conseguir atirar, então, use sua mira branquela - brincou.
Dulce riu e ajudou Christopher a se levantar. Jack saiu na frente, deixando os dois a sós.
- Fiquei com medo. - A ruiva murmurou.
- Ainda tinha que estar. Para todos os efeitos, ainda estamos mortos - Riu de lado.
Dulce suspirou.
- Certo, vamos.
O cenário nos andares seguintes era de uma guerra. Pessoas mortas por todos os cantos, e o número de feridos era maior ainda. Coisas quebradas, marcas de tiros em toso lugar. Era terrível. O cheiro do sangue estava impregnado ali. A porta de saída lateral pareceu uma luz no fim do túnel, e Dulce se sentiu mais viva do que nunca ao sair daquela casa. Um único tiro foi ouvido, surdo e alto no meio de tanto silêncio. Dulce se virou e atirou, mas sua arma estava vazia. Estava escuro, ela não sabia onde estava o atirador. Christopher estava ofegante ao seu lado.
- Corra, corra! - Dulce gritou, jogou o computador para o namorado e correu.
As balas das duas armas haviam acabado, era isso, era o fim. O portão estava fechado. Os gemidos baixos de dor de Christopher a causavam uma sensação de desconforto horrível. Mas parando pra pensar... não era bem isso que a incomodava.
- ZACH! - Ela gritou. Ucker bufou.
- Po/rra, vamos morrer! Pra que gritar o nome dele? - Gritou irritado.
Dulce apalpou seu bolso e sim, a bala estava lá. Correu até o lado do portão, e percebeu, pelos passos, que o atirador se aproximava.
- Fique perto - Sussurrou e colocou a bala na arma.
Quando os passos ficaram mais próximos, Dulce suspirou e destravou a arma. O atirador pisou em um galho e este se quebrou, bem a esquerda de Dulce. Ágil, a ruiva apertou no gatilho e ouviu o baque do corpo no chão. Puxou o portão, mas ele não abriu.
- Merda, está trancado! - Irritada.
Olhou ao redor e bufou. Depois de tudo isso, depois de quase morrer tantas vezes, morreria mesmo?
- Tem um botão ali. - Ucker resmungou. Estava muito, muito irritado.
Era mesmo, tinha um botão amarelo na lateral esquerda do portão. Dulce o apertou e puxou o portão, mas ele não abriu.
- Ah que ótimo! - Ironizou.
- Acho que ele desliga a eletricidade da cerca... - Ucker disse.
Dulce olhou para cima, desconfiada. Jogou uma pedra, e ela voltou, sem acontecer nada. Sorriu e começou a escalar o muro.
- Eu não consigo subir - Christopher murmurou.
Dulce bufou.
- Ok. - Desceu.
Pegou o celular e enviou uma mensagem. Ucker a encarou com um ar de interrogação, mas sua resposta veio momentos depois. Um grande Bum, e a um buraco se fez na parede, com um carro atravessado pela mesma. De dentro do metal destruido, saiu Poncho.
- Eu sempre quis fazer isso! - Vibrou.
Dulce riu.
- É, agora vamos antes que eu perca o braço - Se aproximou de Dulce e deu o notebook a ela - Mandou bem, ruivinha. - Beijou os cabelos ruivos e os três entraram no carro.
VAMOS LÁ? FUI BOAZINHA... DOIS CAPÍTULOS HOJE!
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