Mas chegaram, e Dulce saltou logo do carro. Entrou no galpão e lá estava apenas Julian, lendo vários papéis, sentado em um sofá do escritório geral.
- Dulce? - Perguntou, arqueando uma sobrancelha - Que surpresa a senhora por aqui, a essa hora.
- É, eu deixei alguns documentos aqui e preciso enviá-los no sábado para uns traficantes da zona leste, sabe como é - suspirou.
- Sim, sei bem como são os traficantes daquela área. Um verdadeiro nojo.
- Pois é. - Deu de ombros abrindo uma gaveta.
- Dulce, você acha que o Will já deu por falta do computador?
Dulce parou no ato, e lembrou do ataque com aranhas. Parecia e não parecia coisa do Will, pois tinha certeza que se fosse ele, não teria colocado apenas aranhas. Naquela ocasião, a teria matado.
- Provavelmente, faz um tempo que o pegamos. - Puxou uma pasta - E eu e Ucker ainda não o vasculhamos nem nada, temos mais o que fazer.
- Ah, é. Como vai com o todo poderoso?
Dulce arqueou uma sobrancelha.
- Você está querendo saber da minha vida? - Perguntou o olhando.
- Eu só fiz uma pergunta, María.
Dulce abriu a pasta e analisou os papéis que estavam ali por um momento.
- Eu e Christopher estamos bem, muito bem. Espero que essa paz dure - Confessou guardando os papéis novamente na pasta - Sugiro que você vá pra casa, a gente tem muita coisa pra fazer amanhã.
Julian jogou a caneta no sofá e começou a guardar os seus papéis.
- Tome cuidado. - Disse baixo.
- Com o quê? - Dulce perguntou, confusa.
- Com ele. - Guardou os documentos em uma pasta verde - Ele não é flor que se cheire.
Dulce o olhou sem entender.
- Claro que ele não é flor que se cheire. Eu também não sou.
- Eu quero dizer que ele pode estar te enganando - Ele disse se virando para olhá-la.
Dulce abriu a boca, incrédula.
- Como assim me enganando? Julian pare de falar bobagens - Pegou a pasta e a sua bolsa.
- Todos conhecemos o Uckermann, Maria. Ele pode estar te enganando, pode te dar um golpe.
- Poupe-me, Julian. Christopher tem muito mais dinheiro do que eu, para quê ele vai querer me dar um golpe? Isso não faz o menor sentido.
- Eu estou te avisando, Dulce. - Disse ele pegando seu celular - Estou fazendo meu dever de amigo. Você ainda vai se decepcionar muito com ele, escute o que eu te digo.
Dulce o olhou, de forma superior.
- Julian eu quero que você pare agora de falar mal do Christopher. Isso não é conselho de amigo, você está xingando o meu namorado na minha frente. Não tem o menor cabimento as coisas que você está falando dele. Quero que isso pare já, ou vou ser obrigada a não te dar mais a intimidade que você tem comigo, de me tratar como amiga. Fui bem clara?
Julian a olhou por alguns momentos.
- Sim. - Murmurou - Eu não quero brigar com você, Dulce. Você é minha amiga. Eu só quero o seu bem.
- Ótimo. Então este assunto está encerrado.
Ela saiu na frente, ainda incomodada com as coisas que Julian falou. Seria mesmo possível tudo não passar de um golpe de Christopher? Claro que não garota, ficou maluca? Ela afastou os pensamentos e pisou fundo no acelerador, querendo chegar logo em casa. Quando entrou lá foi direto para o quarto de Anahí. A loira estava dormindo encolhida embaixo do cobertor, os olhos inchados de tanto chorar. Dulce fechou a porta devagar e entrou no de Christopher. Olhou no relógio, ersm onze horas da noite, o que deu nesse povo pra dormir tão cedo? Ucker estava deitado na cama, de calça de moletom, todo esparramado em cima da cama, tomando conta dela. Dulce riu e tomou um banho frio. Pôs um baby doll simples preto e se deitou ao lado de Christopher, logo estava sendo dominada pelo sono.
- Hey! - Dulce abriu um pouco os olhos, incomodada com a claridade excessiva do local - Acorda Dulce, temos que ir trabalhar - Era a voz de Maite.
- Woooow, bom dia também viu. - Dulce reclamou se sentando e esfregando os olhos.
- Bom dia nada moça, são quase oito horas, temos muita coisa pra fazer hoje sabia? - A morena perguntou entrando no closet de Christopher. - Vem cá, cadê as tuas roupas?
- Nem me diga, estou com preguiça só de pensar nisso. - Se espreguiçou - Como onde? No meu quarto ué. Tem umas roupas minhas aqui no quarto do Ucker, como esse baby doll - apontou para si mesma - Mas as minhas estão no meu quarto.
- Ah sim. Então eu vou lá buscar uma roupa pra ti, trata de tomar um bom banho viu. - Disse Maite saindo do quarto.
Dulce se levantou cambaleando e foi até o banheiro. Escovou os dentes, tomou um relaxante banho frio e saiu do banheiro enrolada em um roupão. Secou os cabelos com um secador e começou a fazer sua maquiagem quando Maite entrou, segurando algumas peças de roupa.
- Olha a gente tem que recolher o dinheiro das boates dos gogoboys, temos que receber a carga do Josef, temos que cobrar o dinheiro daquele cara idiota, que tem uma boca de fumo miserável perto da praia, e também vamos na Deluxe comprar novas lingeries pras suas vadias.
Dulce suspirou só de ouvir o que Maite dizia. A morena notou e riu.
- Pensa que só porque tem dinheiro que não tem que trabalhar, amor? - Maite disse separando as peças de roupa.
- É muita coisa pra um dia só Maite - Dulce falou se trocando
Ela vestiu a roupa que Maite havia trago, um short jeans e uma camisa estilo cigana com estampa etnica. Pôs os saltos pretos e passou perfume, rímel e batom.
- Eu sei disso, mas enfim. Quer falar com o Ucker?
- Ele tá por aqui? - Perguntou colocando a arma no cós do short.
- Tá no escritório. Annie foi com Louis receber uma carga de prostitutas japonesas. - Maite explicou. - Eu te espero lá na sala.
Dulce assentiu e Maite saiu do quarto. Minutos depois foi a vez de Dulce sair, mas com direção ao escritório de Ucker.
- Bom dia - Ela disse ao entrar no cômodo.
- Bom dia - Ele respondeu sem olhá-la.
- Nossa, que bom humor - ironizou.
- É o humor que eu sempre tenho.
- Deixa de ser grosso Christopher.
- Grosso é o meu pa/u.
- Chega, não tá dando pra falar com você hoje - Levantou as mãos em forma de rendimento e se virou.
- Não vira as costas pra mim, Dulce. - O ouviu dizer.
- Tá impossivel dialogar com você, Ucker. Até mais tarde.
- Vai sair? - Perguntou cruzando os braços.
- Vou.
- Pra onde?
- Pra puta que te pa/riu - Respondeu rude andando até a porta.
- Me responda direito! - Ordenou grosso - Pra onde você vai?
- Não te interessa Uckermann. Passar bem. - Abriu a porta, saiu e a bateu.
Ela ouviu algo sendo quebrado dentro da sala, mas não deu importância. Ele quem estava um ogro com ela, pois bem, agora que se foda. Desceu as escadas como um raio e alcançou Maite na sala. As duas escolheram a ferrari, chamaram alguns seguranças e foram rumo à boate nova.
- Aconteceu algo no escritório? - Perguntou Maite, olhando se a arma estava carregada.
- Aconteceu sim - Dulce bufou - O belo humor do Christopher destrói qualquer clima, é sério.
Maite riu alto.
- Pensei que tivesse se acostumado.
- Também pensei - deu de ombros - Mas ele tem que parar com isso já. Ele estava impossivel hoje, Mai. Impossível mesmo. Ele se acha meu dono.
- Ele se importa com você, Dul. Não vê isso?
- Nossa, linda a forma dele de demonstrar isso. Eu tô de saco cheio, é sério.
- Poxa ruiva, releva aí oh. - Pediu a morena, suspirando - Você é muito importante pra ele, só um idiota não percebe.
O celular de Dulce tocou, o som de 7/11, da Beyoncé, inundou o carro. Ela pegou o celular e olhou no visor. Instantaneamente, recusou a ligação.
- Era ele? - Maite perguntou.
- Era. - Disse - Ele vai aprender a ser mais educado, e se não for por bem, vai ser por mal.
O celular novamente tocou. Dessa vez Dulce o pegou e desligou o aparelho.
- Ele vai ficar uma fera. - Mai avisou.
- Pois eu posso ser muito pior - Piscou e pisou fundo no acelerador.
PESSOAL, ME DESCULPEM POR POSTAR TÃO TARDE!
ACONTECE QUE FIQUEI TODO O DOMINGO ESTUDANDO PARA UMA RECUPERAÇÃO DE FILOSOFIA E UMA DE LITERATURA, ME PERDOEM MESMO!
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ESTOU MORRENDO DE SONO POIS ESTAVA ESTUDANDO ATÉ VINTE MINUTOS ATRÁS, POR ISSO NÃO RESPONDEREI OS COMENTÁRIOS, ME PERDOEM POR ISSO TAMBÉM. AMANHÃ EU PROMETO RESPONDER! 💗
HASHTAG DO CAPÍTULO: #JulianFDP.
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