O homem saiu, e Dulce deu mais uma garfada na salada antes de se recompor e ir para a sala. Minutos depois Ucker entrou pela porta, acompanhado de dois seguranças de Dulce e completamente encharcado.
- Eu disse que você não devia vir - Ela começou, cruzando os braços.
- Como você pôde dizer tudo aquilo? - Ele perguntou, parado; Água pingava no tapete de Dulce.
- Como VOCÊ pôde dizer tudo aquilo. Você disse que não éramos mais namorados.
- Aquilo me escapou, não era verdade! - Disse suplicante.
- Não vamos discutir isto aqui - Disse - Vamos para o meu escritório.
Ela se virou e murmurou algo para um segurança. Depois subiu as escadas com Ucker em seu encalço, que a acompanhava calado e de cabeça baixa. Finalmente entraram em um cômodo do segundo andar. Era grande e espaçoso, cheio de livros, com uma enorme mesa cor de cereja e três confortáveis poltronas de veludo preto, além de um mini bar com muitas bebidas. Dulce rodeou a mesa e se sentou em sua cadeira. Apontou para Ucker sentar à sua frente.
- Afinal, o que veio fazer aqui?
- Vim te pedir para que volte.
- Que volte? - Confusa - Que volte para onde, Christopher?
- Para casa. - Respondeu óbvio.
- Não.
- Não?
- Não. Não somos nada, não temos nada.
- Ora, é claro que somos, Dulce. Somos namorados.
- O que você quer? Quer que eu repita o que você disse mais cedo? Cara/lho Uckermann, chega! Você foi muito filho da puta e disse uma coisa terrível. Eu não dei merda de show nenhum, se fosse você no meu lugar naquele escritório mais cedo, você teria feito coisa pior do que me dar as costas. E outra: " Eu quero bater em você, minha mão formiga " ? À merda Christopher, eu não vou deixar você encostar um mísero dedo em mim, tá me ouvindo?
- FOI TUDO DA BOCA PRA FORA, CACETE! EU JAMAIS BATERIA EM VOCÊ!
- Não foi o que pareceu.
- Dulce - Ele murmurou, andando até ela - Eu amo você. - Disde segurando o rosto dela com as duas mãos, aproximando os rostos - Me perdoa.
- Esse é o problema Christopher. Tá vendo quantas vezes eu tenho que te perdoar? Se você não vacilasse tanto que não teria que te desculpar todos os dias.
- Eu sou um idiota meu amor. Eu sei disso. - Falou isso roçando os narizes - Mas me desculpa, por favor. Eu quero você lá, na minha casa, na minha mesa e na minha cama.
- Eu sou muito otária. - Disse por fim, e Ucker a beijou.
Empurrou seus lábios contra os dela, e a beijou, sentiu o calor dentro de sua boca o preenchendo por dentro, aquilo que quis durante todo o dia. Ela passou seus braços na cintura dele enquanto as mãos grandes dele lhe entraram pelos cabelos ruivos e sedosos. Mas a porta foi aberta.
- Senhora? - Era Paz.
- Eu já disse Paz, sem o senhora.
- Sim, Dulce - Sorriu envergonhada - Um segurança disse que a senhora pediu que lhe entregassem seu bolo com sorvete aqui.
- Sim, é verdade - Pegando o prato. - Obrigada, Paz
- Disponha, Dulce. - Fechou a porta.
- Nossa, que ótimo - Disse Ucker abrindo o bar e pegando uma vodka - Vai ser bem melhor beijo com sabor de chocolate do que com sabor de salada de repolho. - Riu.
- Idiota. Saiba que a salada de repolho da Paz é maravilhosa. Aliás, tudo que essa mulher faz é maravilhoso. - Suspirou quando colocou um pedaço na boca - Ai que delícia - Gemeu.
- Não geme assim meu amor, eu vou ficar duro - Riu tomando um gole de vodka.
- Vai é ficar doente com essa roupa toda molhada. - riu.
Ucker se aproximou dela e lhe tascou um beijo. Um beijo com sabor de chocolate e vodka.
- Se eu ficar doente, você quem vai cuidar de mim.
- Eu? Eu não. - riu e comeu mais um pedaço.
Ucker tomou mais um gole de vodka e tirou a sua camisa. Dulce mordeu os lábios vendo aquele tanquinho maravilhoso que o namorado tinha. Aqueles braços maravilhosos eram um tesão, e ele tinha aquele V no quadril que ela era apaixonada.
- Tá, eu deixo você me secar - Ucker a tirou do transe.
- Não seja ridículo - Deu língua - Mas que é uma delícia é, ein.
- Ótimo saber que a minha garota é uma tarada. - riu.
- E você?
- Eu? Eu o quê, louca?
- Você é meu? - Perguntou tomando um gole da dose de vodka dele.
Ele rodeou o bar e ficou agachado, na frente dela e olhou fundo em seus olhos,
- Aprenda: Eu sou seu desde o momento em que pisei na sua casa, naquele prédio velho.
Dulce sorriu e lhe deu um selinho demorado.
- Eu amo muito você. - Disse a ruiva colocando um pedaço de sorvete na boca dele.
- Eu já sabia - Deu de ombros e se levantou.
- Convencido - Deu língua. - Vem, vamos tirar essa roupa.
Ucker sorriu cachorro, Dulce o olhou de olhos arregalados.
- Não, Ucker! Não vamos transar. Você vai tomar um banho quente, vestir roupas limpas e comer alguma coisa. Você já jantou?
Ele negou com a cabeça.
- Muito bem. Vamos.
Os dois saíram do escritório de Dulce, e ela o arrastou até o quarto. Lá dentro lhe entregou uma toalha seca e entrou no closet procurando algo para lhe servir. Desceu furtivamente até a lavanderia e estava quase quebrando a cabeça se perguntando como usar a secadora quando Paz lhe salvou, pondo a cueca boxe de Christopher para secar. Depois de prometer levar no quarto em, no máximo uma hora, a ruiva subiu e encontrou Ucker deitado todo aberto em sua cama.
- Olha se não é o dono do pedaço - Riu.
- Sou mesmo. Mando na po/rra toda - também riu, e espirrou.
- Acho que alguém por aqui vai ficar doente.
- Tudo culpa tua. Tem que cuidar de mim.
- Culpa minha? - riu - Porque você não pede pra alguma das suas vadias cuidar de você?
- Porque a minha vadia é você. - Sorriu fofo se sentando na cama.
- Onw - Deu um selinho nele - Paz vem daqui a pouco com a sua cueca. Tá com frio?
- Tô sim. - Disse se arrastando até o fim da cama.
- Tenho esse moletom aqui, é bem grande - Mostrou um moletom cinza da Adidas.
Ele vestiu e fez uma careta
- Você é muito pequena amor.
- Preconceito agora? - riu lhe jogando uma almofada.
- De jeito nenhum. Eu gosto assim - Se deitou, de moletom e toalha, ao seu lado - Minha baixinha - beijou o nariz dela.
- Quer assistir um filme por enquanto? - Perguntou ligando a tv.
- De volta pro futuro - Sorriu.
- Eca, que filme velho Christopher - reclamou passando de canal.
- É nostálgico, não velho.
- Dá no mesmo. E eu quem escolho o filme.
- Porquê? - Fez bico.
- Porque eu mando nisso tudo aqui - Riu ainda passando os canais.
- Que garota mais autoritária - Beijou o canto da boca dela.
- Ah, eu gosto desse. O menino do pijama listrado.
- Filme de drama, eca. - fez careta.
- Pois eu acho lindo - suspirou, e ouviu mais um espirro de Ucker - Vai adoecer mesmo.
- É o que parece - deu de ombros - Vai, coloca play.
Christopher a fez se deitar em seu peito, e começou a fazer cafuné em sua cabeça enquanto o filme se desenrolava. Tinha que admitir que era "bonitinho", mas era muito triste, principalmente para ele, que já não era muito fã desse tipo de filme. Pelo contrário, Dulce...
- Olha Ucker, como ele tá magrinho... - Fungou o choro apontando o menino judeu - Ele tá sofrendo muito.
- Dulce, é um personagem - rolou os olhos.
- E você é um insensível. - Disse, secando duas lágrimas que desceram. - Ele é um personagem, mas tiveram pessoas reais que sofreram como ou até mais do que ele.
Ucker novamente rolou os olhos, foram escutadas batidas na porta. Dulce deu pause no filme e se levantou, se arrastando até a porta e a abrindo.
- Estava chorando, dona Dulce? - Paz perguntou.
- É um filme, Paz - Dulce fungou novamente.
- Ah, sim. Perdoe a intromissão. Trouxe um jantar, e mais bolo com sorvete como a senhora pediu. E aqui está a cueca e a camiseta, o jeans só secará amanhã.
- Muito obrigada, Paz. Pode ir se deitar viu? Descanse.
- Obrigada. - Sorriu envergonhada - Boa noite. - Saiu.
Dulce fechou a porta e começou a arrumar a lasanha, o frango frito e as batatinhas em uma bandeja na cama, assim como a coca cola em um copo.
- Acho melhor você colocar a sua cueca - Mostrou a cueca cinza a ele.
Ucker concordou e novamente espirrou, fazendo Dulce rir e negar com a cabeça.
- E continuar com o meu moletom, sabe? - Riu zombando dele - Come tudo, está quente e vai ajudar na gripe. - Disse lhe indicando a comida. - Eu acho - Murmurou.
- Dul, outra porção de bolo com sorvete? - Olhou abismado a tigela onde se encontrava o petit gateou.
- Sim, e o que é que tem? - Comeu uma porção - Está uma delícia!
Ela deu play no filme e continuaram a assistir enquanto comiam. A chuva não cessou por um instante, e após terminarem, escovaram os dentes, desligaram a tv, apagaram as luzes e se deitaram abraçados. No quarto, assim como no resto da casa, o silêncio reinava. Tudo que se podia escutar eram as grossas gotas que batiam contra a janela e a respiração de ambos, que antes descompassadas, foram ficando solenes e ritmadas, até adormecerem.
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HASHTAG DO CAPÍTULO: #Eledissequeédela!