Christopher olhou espantado para a namorada, ele esperava bem mais que isso. Um barraco na proporção da bomba atômica de Hiroshima e Nagazaki. Mas ela simplesmente entrou no banco traseiro do carro junto com Camille e ficou ali, quieta, calada, observando tudo da janela. E foi assim por todo o caminho, até a mansão onde seria realizada a festa, mesmo quando a paisagem urbana foi substituída pelos dois lados por árvores altas e densas, ou quando ultrapassaram um trecho particularmente pedregoso. Na verdade Dulce só falou algo quando desceram do carro, quando Angel sorriu triunfante e se jogou no pescoço de Christopher.
- Que tal entrarmos juntos, Chrisinho? - Perguntou com aquela voz idiota dela.
- Eu acho que não, Angel. Todos estão esperando que eu entre com a minha namorada - deu ênfase no namorada.
- Mas ela não vai se importar...
- Eu vou me importar, sim! - Disse Dulce, tão vermelha quanto seus cabelos - Quer dizer... - Suspirou - Como disse o Christopher todos estão esperando que entremos juntos, sinto muito querida - acrescentou esse "querida" o mais falsamente que pôde.
A cara de Angel foi a melhor.
- Vamos? - Ucker perguntou, agarrando Dulce pela cintura.
A ruiva sorriu falsamente para Angel antes de Ucker a puxar e os dois começarem a andar na frente, sendo seguidos por Camille e Angel.
- Achei que você fosse matá-la - Ele sussurrou.
- Fiquei bem perto disso, Michael - Disse fria e seca.
- Ora, não faça isso Dulce. - Ucker disse em um muxoxo.
- Eu não tenho ciúmes dela, Ucker, eu confio em mim e em você. Mas não garanto nada se essa vaga/bunda continuar com essas provocações idiotas.
Ucker ficou calado. Os dois andaram até o portão e encontraram todos os outros. A cena foi engraçada, quando Ucker entrou pela porta toda a festa parou, como se estivessem o esperando. Todos fitavam a ele, e a seus amigos. Sentia-se como ele tinha o respeito de todos. Rapidamente um garçom veio levar todos à mesa reservada, em um dos melhores lugares da festa. Todo vinham cumprimentar e mimar Ucker, enquanto ele fazia questão de colocar em ênfase o seu feliz namoro com a dona das melhores boates do país.
- Velho estúpido - Ucker resmungou logo após um traficante, que tinha acabado de vir cumprimentá-lo, sair.
- Seu falso - Dulce disse rindo, lembrando da educação de Ucker com o homem.
- Nem sou - Riu se aproximando de Dulce para beijá-la, mas essa virou a cara.
- Eu esqueci do batom, não é pra borrar.
- Quando chegar em casa eu vou borrar de toda forma - deu de ombros.
- Em casa, bebê - Disse com uma cara risonha.
- Bebê? - Perguntou confuso.
- É, sabia que você parece um? Principalmente esses dias que estava doente - riu.
- Não gostei desse apelido.
- E quais você gosta? - Arqueou uma sobrancelha.
- Gostoso, tesudo... Amor também - acrescentou quando viu a cara de Dulce.
- Idiota - sorriu lhe dando um tapa no braço.
A festa começou bem tranquila. As pessoas ainda chegavam, mesmo sendo mais de meia noite. As bebidas e comidas eram passadas sempre, e, enquanto os homens discutiam sobre alguns jogos, e Angel, Christina e Alexandra falavam sobre as coisas mais fúteis possíveis, Dulce, Maite, Anahí e Camille falavam sobre a festa de Maite. Os preparativos estavam quase prontos, já havia local, entreterimento, música e decoração, mas a comida ainda não.
- Paz tem que organizar o buffet - Disse Dulce, se lembrando com carinho da empregada.
- Quem é Paz? - Camille e Maite perguntaram, ao mesmo tempo.
- É a empregada e cozinheira da minha mansão - Dulce explicou.
- Aquela mulher tem mãos de fada, um ovo frito fica um petit gateou nas mãos dela - Disse Anahí.
- Podemos ir na quinta-feira fazer um cardápio com ela - Maite disse.
- Dia 17 vai fazer 19 ein, Mai? Vai ficar velhinha - Anahí provocou.
- Nada de velha meu bem - Maite deu língua discretamente - E mesmo velha, vou ser uma velha super gostosa, ok? Bu/nda e peitos no lugar, diferente de outras - Mandou a indireta que pelo visto Alexandra não pegou.
Todas riram e continuaram a conversar animadamente, até Christopher chamar Dulce de supetão.