Fanfic: Em busca de Cinderela [Adaptada] - Finalizada | Tema: AyA; Ponny
— Tudo resolvido? — pergunta Mai a Any quando ela volta para a mesa.
Any assente e se senta. Sua mão alisa a parte externa da minha coxa enquanto ela se acomoda. Pressiono o joelho no dela e nós dois erguemos os garfos e pegamos um pouco de comida ao mesmo tempo.
Ter Any tão perto de mim e não poder tocar nela é uma enorme tortura. Estou começando a achar que prefiro simplesmente me inclinar e lhe dar um beijo e acabar levando uma surra de Polito do que fingir que não sinto nada por ela. Nunca me senti tão inquieto e estou assim desde que ela entrou em casa ontem à noite. Passei o dia agitado. Não consigo parar de tamborilar os dedos e balançar a perna. Parece que quero arranhar minha própria pele quando ela não está por perto, como se eu estivesse voltando ao normal depois de me drogar. É exatamente isso que estou sentindo. Como se ela fosse uma droga e eu tivesse me viciado na mesma hora, sendo que meu estoque acabou.
A única coisa que sacia esse desejo é a risada dela. Ou seu sorriso, seu beijo ou a sensação do seu corpo encostando no meu. Nossa, como é difícil não tocar nela. É difícil demais. Ela começa a rir bem alto de alguma coisa que Mai disse e o desejo fica quase intolerável por causa do tamanho da minha necessidade de pegar esse som com a minha boca. Apoio o garfo no prato, coloco a cabeça entre as mãos e solto um gemido.
— Pare de rir — peço, baixinho.
É óbvio que ela está rindo alto demais para me escutar, então me viro para ela e repito:
— Any. Pare de rir. Por favor. Ela fecha a boca e se vira para mim.
— Como é que é?
No mesmo instante, Polito chuta o meu joelho. Chego um pouco para trás, puxo o joelho para cima e massageio o local atingido.
— Que porra foi isso?
Polito olha para mim como se eu fosse sem noção.
— Qual é o seu problema, porra? Falei pra você não ser mau com ela.
Rá.
Ele acha que estou sendo mau?
Ah, se ele soubesse o quanto eu queria ser bonzinho com ela.
— Não gosta da minha risada? — pergunta Any.
Pelo seu tom de voz, percebo que ela sabe o quanto gosto da sua risada, mas ela está adorando o fato de que Polito não faz ideia do que a risada dela provoca em mim.
— Não — resmungo, voltando a me aproximar da mesa.
Ela ri outra vez, e o som da sua risada faz com que eu me contorça.
— Você é sempre tão mal-humorado assim? — pergunta. — Quer que eu vá buscar sua namorada para que ela venha aqui melhorar seu humor?
— Não! — gritam Mai e Dulce em uníssono.
Olho para Any.
— Acha que minha namorada poderia melhorar o meu humor?
Ela sorri.
— Acho que sua namorada é uma completa imbecil por aceitar namorar você.
Balanço a cabeça.
— Minha namorada toma decisões incrivelmente sensatas. Não vejo a hora de encontrar com ela hoje à noite e mostrar o quanto eu a considero inteligente por ter decidido namorar comigo.
— Achei que você tinha dito que ela não ia no jantar — comenta Mai, desapontada.
Any desliza a mão para debaixo da mesa e começa a massagear a parte do meu joelho que Polito chutou.
— Meu Deus — murmuro, me inclinando para a frente.
Apoio os cotovelos na mesa e passo as mãos no rosto, tentando não demonstrar sentimento algum apesar de estar me sentindo como se Any tivesse entrado no meu peito e envolvido meu coração.
— O almoço já acabou? — pergunto, para ninguém em particular. — Preciso dar o fora daqui.
Polito confere o celular.
— Mais cinco minutos. — Ele olha para mim novamente. — Está doente, Alfonso? Você não está agindo muito normalmente hoje. Estou começando a ficar assustado.
A mão de Any ainda está no meu joelho. Casualmente, ponho a mão debaixo da mesa e a apoio sobre a dela. Ela vira a mão, eu entrelaço nossos dedos e aperto.
— Eu sei — digo para ele. — Estou tendo um dia estranho, só isso. Namoradas. Elas causam isso na gente.
Ele ainda está me observando de forma suspeita.
— Você está mesmo precisando se decidir em relação a ela. Já passou da hora em que a gente sente pena de você, agora não passa de uma coisa irritante.
— Ela ter sido a maior piranha também não ajuda em nada — diz Any.
— Any! — exclama Mai, rindo. — Que crueldade.
Any dá de ombros.
— É verdade. A namorada de Alfonso era a maior piranha de todas. Ouvi dizer que transou com mais de seis garotos em apenas um ano.
— Não fale assim da minha namorada — digo. — Quem se importa com o que ela fez no passado? Eu não.
Any aperta minha mão, afasta a dela e a coloca em cima da mesa mais uma vez.
— Desculpe — diz ela. — Não foi legal ter dito isso. Se ajudar em alguma coisa, ouvi dizer que ela beija muito bem.
Sorrio.
— O beijo dela é fenomenal.
O sinal toca e todos pegam suas bandejas. Percebo que Any não está com a menor pressa, então também vou devagar. Mai dá um beijo na bochecha de Polito e vai com Dulce para a saída. Polito pega as bandejas dos dois e ergue o olhar para mim.
— Vejo você à noite — diz ele. — E espero que o verdadeiro Alfonso apareça na festa, porque você não está fazendo muito sentido hoje.
— Eu sei — concordo, apontando rápido para minha cabeça. — Ela está me deixando maluco, cara. Completamente maluco. Estou perdendo a noção.
Polito balança a cabeça.
— É exatamente disso que estou falando. Cláudia nunca mexeu tanto assim com você. É estranho.
Ele se afasta, ainda parecendo confuso. Eu me sinto um pouco mal por mentir para ele, mas a culpa é dele. Ele não devia dizer com quem devo namorar ou não, pois assim eu não precisaria esconder isso dele.
— Foi divertido — diz Any, baixinho.
Ela estende o braço para pegar a bandeja, mas eu a interrompo. Dou um passo para perto dela e a olho bem nos olhos.
— Nunca mais fale mal da minha namorada. Está me ouvindo?
Ela aperta os lábios para disfarçar o sorriso.
— Entendido.
— Quero que vá até seu armário. E me espere lá.
Ela encontra mais dificuldade em esconder o sorriso enquanto balança a cabeça. Pego nossas bandejas, coloco-as na pilha e volto para a mesa. Dou uma olhada ao redor e não vejo ninguém prestando atenção na gente, então me inclino depressa, dou um beijo rápido nela e me afasto.
— Alfonso Herrera, vão pegar você no flagra — diz ela, sorrindo. Depois se vira e começa a andar em direção à saída, então ponho a mão discretamente na lombar dela e a acompanho.
— Nossa, espero que sim. Se eu tiver que aguentar mais um almoço desses, vou acabar perdendo o controle e deitando você na mesa.
Ela ri.
— Como você sabe escolher bem as palavras.
Saímos do refeitório e eu a acompanho até seu armário, que fica no corredor oposto ao meu. É uma terrível inconveniência. Além de não termos nenhuma aula juntos, eu nem sequer vou vê-la nos corredores enquanto estivermos no colégio. Sei que não faz nem um dia que começamos a namorar, mas já estou com saudades dela.
Autor(a): lenaissa
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— Posso passar na sua casa antes do jantar? — pergunto. Ela balança a cabeça. — Não, vou ajudar Karen e Mai a preparar as coisas. Vou pra lá assim que a aula acabar. — E depois do jantar? Ela balança a cabeça enquanto pega alguns livros e deixa outros ali. — Ma ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 84
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ponnyyvida Postado em 25/04/2020 - 05:30:57
Amei a fanfic <3 <3 <3 <3
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:56:43
linda história...pena que não acharam o filho e também queria ver mais sobre a intimidade deles..eles na faculdade...mas foi bem legal ;)
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:38:45
kkkkkkkkk até eu fiquei com medo desses irmãos da any kkkk
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:33:22
poxaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:16:27
nossa...acabou...vou terminar de ler ela então...to com medo kkkkkkk
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marques_ponny Postado em 01/01/2016 - 17:38:34
Corações eternos pra essa fic!!!
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dessa_ponny Postado em 16/11/2015 - 23:14:36
Anemmm vc podia continuar essa fic tão perfeitaaa, q me da ate vontade de chorar oq acaboou, continuaa ela pf.
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jessica_ponny_steerey Postado em 15/11/2015 - 22:16:08
Eles deviam achar o filho poxa mas tirando isso a fic foi mto boa :)
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franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:43:03
Poxa eles tinham q achar o filho..pq faz pouco tempo q ela deu....nem q demorasse pra eles acharem poxa ;( ela ja ta arrependida q chega ;(
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franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:28:26
Mas gente....cadê essa criança....