Fanfics Brasil - Capítulo Vinte e Sete Em busca de Cinderela [Adaptada] - Finalizada

Fanfic: Em busca de Cinderela [Adaptada] - Finalizada | Tema: AyA; Ponny


Capítulo: Capítulo Vinte e Sete

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Não sei por que ainda estou aqui. Não quero ficar e tenho certeza de que vou embora em meia hora. Mas não posso ir embora antes disso porque tenho medo do que ela vai pensar se eu não aparecer para almoçar com o pessoal. Eu até poderia enviar uma mensagem e pedir pra gente conversar mais tarde, mas nem sei se consigo mandar uma mensagem para ela ainda. Tenho tanta coisa para assimilar que prefiro ignorar isso tudo até encontrar forças para refletir sobre toda a situação. Passo pelas portas do refeitório e vou direto para nossa mesa.


 


Não vou conseguir almoçar de jeito nenhum, então nem me dou ao trabalho de me servir de comida. Ucker está sentado no meu lugar de sempre, ao lado de Any, o que provavelmente é uma coisa boa. Não sei se eu aguentaria ficar sentado ao lado dela de qualquer jeito.


 


Os olhos de Any estão focados no livro à sua frente. Ela não está mais chorando. Eu me sento do lado oposto da mesa e sei que ela sabe que acabei de me sentar, mas ela não desvia o olhar. Mai e Polito estão conversando com Ucker, então fico olhando para eles, tentando encontrar uma brecha para entrar na conversa. Mas não consigo fazer isso, pois não estou tendo capacidade de prestar a menor atenção. Não paro de lançar olhares para ela, querendo saber se está chorando ou se está olhando para mim. Mas ela não faz nada disso.


 


— Não vai comer? — pergunta Ucker, roubando minha atenção.


 


Balanço a cabeça.


 


— Não estou com fome.


 


— Você precisa comer alguma coisa — diz Polito. — E acho que um cochilo também faria bem. Talvez devesse ir pra casa.


 


Faço que sim com a cabeça, mas não digo nada.


 


— Se for para casa, leve Any — completa Mai. — Parece que vocês dois estão precisando tirar um cochilo.


 


Nem me dou ao trabalho de responder. Meus olhos se voltam para Any a tempo de ver uma lágrima cair na página do livro. Ela a enxuga rapidamente e vira a página. Porra, isso fez com que eu me sentisse o maior merda do mundo.


 


Continuo olhando para ela, vendo as lágrimas caindo uma por uma nas páginas. A mão dela é rápida para enxugá-las, antes que qualquer outra pessoa perceba, e Any sempre vira a página mesmo que não tenha dado tempo de terminar de ler.


 


— Levante-se, Ucker — digo.


 


Ele olha para mim inexpressivamente, mas não se mexe.


 


— Quero o seu lugar. Levante-se.


 


Ele acaba percebendo o que estou dizendo e se levanta depressa. Eu também me levanto, dou a volta na mesa e me sento perto dela. Quando me sento ao seu lado ela põe os braços na mesa. Ela os cruza e enterra a cabeça na dobra do cotovelo. Observo os ombros dela começarem a tremer e, caramba, não posso deixar que ela continue se sentindo assim de jeito nenhum.


 


Passo um braço ao redor do seu corpo, abaixo a testa até ficar ao lado de sua cabeça e fecho os olhos. Não digo nada. Não faço nada. Fico apenas a abraçando enquanto ela chora nos próprios braços.


 


— Alfonso — escuto-a dizer entre as lágrimas. Ela ergue a cabeça e olha para mim. — Alfonso, me desculpe. Me desculpe, me desculpe mesmo. — As lágrimas dela se transformam em soluços e os soluços ficam muito intensos.


 


É tudo muito intenso, porra.


Puxo-a para o meu peito.


 


— Shh — digo, encostado no cabelo dela. — Não faça isso. Não peça desculpas.


 


O corpo dela fica mole apoiado no meu e todo o refeitório começa a nos encarar. Quero abraçá-la e dizer o quanto me arrependo de tê-la deixado ir embora ontem à noite, mas ela precisa de privacidade. Abraço-a com mais força e passo meu braço por baixo de suas pernas. Puxo-a para perto de mim, me levanto e a carrego até o corredor.


 


Continuo andando até dar a volta no corredor e encontrar o nosso armário. Ela continua chorando apoiada em meu peito, abraçando-me com força. Abro a porta do armário dos zeladores e a fecho após entrarmos. Dou alguns passos para trás até me encostar nela e deslizo para o chão, ainda com ela nos braços.


 


— Any — digo, abaixando a boca até seu ouvido. — Quero que tente parar de chorar, pois tem tanta coisa que preciso dizer.


 


Sinto-a assentir encostada no meu peito e continuo em silêncio, esperando ela se acalmar. Vários minutos se passam até que ela finalmente fique em silêncio, permitindo que eu prossiga.


 


— Primeiro de tudo, quero me desculpar por ter deixado você ir embora ontem à noite, mas não quero que pense nem por um segundo que foi porque eu estava julgando suas escolhas. Está bem? Não sou capaz de me colocar no seu lugar e dizer que você escolheu mal, pois eu não estava lá e não faço ideia de como deve ter sido difícil pra você.


 


Ajusto a posição de Any e estendo as pernas para que ela seja obrigada a se sentar e me olhar. Puxo uma de suas pernas para o outro lado do meu corpo, até que ela fique de frente para mim.


 


— Foi só porque estou triste, está certo? Foi só isso. Tenho que ficar triste com isso e preciso que você me deixe ficar triste pois é coisa demais para eu assimilar num dia só.


 


Ela pressiona os lábios formando uma linha fina e balança a cabeça enquanto enxugo suas lágrimas com os dedões.


 


— Tenho tantas perguntas, Any. E sei que vai responder quando estiver pronta, mas posso esperar. Se precisar de mais tempo, posso esperar.


 


Ela assente.


 


— Alfonso. Ele é seu filho. Vou responder qualquer pergunta que me fizer. Só não sei se você vai querer ouvir as respostas porque... — Ela aperta os olhos para conter mais lágrimas. — Porque acho que fiz a escolha errada e agora é tarde demais. É tarde demais para voltar atrás.


 


Ela começa a chorar muito mais uma vez, então ponho os braços ao seu redor e a abraço.


 


— Se eu soubesse que ele era seu ou que eu acabaria encontrando você um dia, nunca teria feito o que fiz, Alfonso. Nunca teria dado o bebê para adoção, mas foi o que fiz e agora você está aqui e é tarde demais porque não sei onde ele está e peço desculpas por isso. Meu Deus, me desculpe.


 


Balanço a cabeça, querendo que ela pare. O que me magoa mais em toda essa situação é vê-la tão triste assim.


 


— Me escute, Any. — Eu me afasto e a olho nos olhos, segurando seu rosto com firmeza. — Você fez uma escolha por ele. Não por você mesma. Nem por mim. Você fez o que era melhor para ele e eu nunca serei capaz de agradecê-la o suficiente por isso. E por favor não pense que isso muda o que sinto por você. Na verdade, isso só prova que não estou louco. Passei o último mês pensando que meus sentimentos por você não podiam ser reais, porque são muitos e bem intensos. Às vezes intensos demais. Tenho que morder a língua o tempo inteiro quando estou com você porque tudo que ando querendo fazer é dizer o quanto eu a amo. Mas só faz um mês que nos conhecemos e a única vez que eu disse essas palavras em voz alta para uma garota faz mais de um ano. Bem aqui nesse chão. E você não acreditaria no quanto eu quis que aquele momento entre a gente fosse verdadeiro, Any. Sei que não a conhecia, mas, meu Deus, como eu queria conhecer você. E agora que conheço... conheço de verdade... sei que é real. Eu amo você. E saber o que vivemos no ano passado e as coisas pela qual você passou e que isso a fez ser exatamente quem você é agora... me deixa embasbacado. Fico embasbacado por poder amar você.


 


Sinto as mãos dela enxugando as lágrimas nas minhas bochechas quando me aproximo para beijá-la. Puxo-a para perto de mim e ela me puxa para perto dela e não planejo soltá-la nunca mais. Beijo-a até suas mãos subirem pelo meu rosto e ela afastar os lábios dos meus. Nossas testas se tocam e ela continua chorando, mas agora suas lágrimas estão diferentes. Sinto como se fossem lágrimas de alívio e não de preocupação.


 


— Fico tão feliz por ser você — diz ela, ainda com as mãos no meu rosto.


 


— Fico tão feliz por ter sido você.


 


Puxo-a para perto de mim e a abraço. Abraço-a por tanto tempo que o sinal toca, o corredor se enche e se esvazia e outro sinal toca e ainda estamos sentados juntos, nos abraçando, quando o silêncio volta a reinar no corredor. De vez em quando dou alguns beijos no cabelo dela, aliso suas costas, beijo sua testa.  


 


 


Essa cena dela chorando no refeitório acabou comigo, foi daí que descidi pedi para fazer a adaptação para Ponny. Quando li, vi eles naquela cena. 


E bom, quando eu voltar será para terminar a Fic :( Infelizmente ela chegou ao final...


 


Até quarta amores!!!!


 



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Autor(a): lenaissa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • ponnyyvida Postado em 25/04/2020 - 05:30:57

    Amei a fanfic <3 <3 <3 <3

  • franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:56:43

    linda história...pena que não acharam o filho e também queria ver mais sobre a intimidade deles..eles na faculdade...mas foi bem legal ;)

  • franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:38:45

    kkkkkkkkk até eu fiquei com medo desses irmãos da any kkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:33:22

    poxaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:16:27

    nossa...acabou...vou terminar de ler ela então...to com medo kkkkkkk

  • marques_ponny Postado em 01/01/2016 - 17:38:34

    Corações eternos pra essa fic!!!

  • dessa_ponny Postado em 16/11/2015 - 23:14:36

    Anemmm vc podia continuar essa fic tão perfeitaaa, q me da ate vontade de chorar oq acaboou, continuaa ela pf.

  • jessica_ponny_steerey Postado em 15/11/2015 - 22:16:08

    Eles deviam achar o filho poxa mas tirando isso a fic foi mto boa :)

  • franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:43:03

    Poxa eles tinham q achar o filho..pq faz pouco tempo q ela deu....nem q demorasse pra eles acharem poxa ;( ela ja ta arrependida q chega ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:28:26

    Mas gente....cadê essa criança....


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