Fanfic: Em busca de Cinderela [Adaptada] - Finalizada | Tema: AyA; Ponny
— Ele se parecia com você — diz ela, baixinho. A mão dela está subindo e descendo pelo meu braço e sua bochecha está encostada em meu peito. — Ele tinha seus olhos castanhos e era meio careca, mas dava para perceber que ia ter cabelo preto. E tinha a sua boca. Você tem uma boca linda.
Massageio as costas dela e beijo o topo de sua cabeça.
— Ele já está muito bem de vida — digo. — Tem a aparência do pai, espero que tenha o comportamento da mãe, e vai ter um belo sotaque italiano. O garoto não vai ter problema nenhum na vida.
Ela ri, e escutar esse som faz lágrimas brotarem nos meus olhos imediatamente. Aperto-a com firmeza contra o meu corpo, apoio a bochecha no topo de sua cabeça e suspiro.
— Provavelmente foi melhor que as coisas acontecessem assim — afirmo. — Se tivéssemos decidido ficar com ele, eu arruinaria o garoto com algum apelido idiota. O mais provável seria que eu acabasse o chamando de Peruzinho ou de alguma merda desse tipo. Está na cara que ainda não estou pronto para ser pai.
Ela balança a cabeça.
— Você seria um ótimo pai. E no futuro Peruzinho vai ser o apelido perfeito para um de nossos filhos. Mas não agora.
Agora sou eu que estou rindo.
— E se só tivermos filhas?
Ela dá de ombros.
— Melhor ainda.
Sorrio e continuo abraçando-a. Depois da noite de ontem e de passar um tempo longe dela, sabendo o quanto ela estava sofrendo, percebi que nunca mais quero me sentir daquele jeito. Nunca mais quero que ela se sinta daquele jeito.
— Sabe o que acabei de notar? — pergunta ela. — Que a gente já transou. Estava meio desanimada porque se transasse com você, você seria a sétima pessoa da lista, o que é muito. Mas você vai ser a sexta, porque já estava na conta e eu nem sabia.
— Gosto do número seis — comento. — É bom ser esse número.
— Não fique animado demais agora que sabe que a gente já transou — diz ela. — Vou fazer você esperar do mesmo jeito.
— Em breve você vai mudar de ideia de tanto que vou encher seu saco — brinco.
Levo uma das mãos para a cabeça dela e a seguro enquanto me inclino e a beijo delicadamente. Continuo perto da sua boca e faço uma confissão.
— Não mencionei isso ainda porque estamos juntos há pouco tempo e eu não queria assustá-la. Mas agora que sei que temos um filho juntos, fico com menos vergonha.
— Ai, não. O que foi? — pergunta ela, nervosa.
— Nós nos formamos em menos de um mês. Sei que você, Mai e Polito estão planejando estudar na mesma universidade em Dallas quando o verão acabar. Eu já tinha feito minha inscrição numa universidade em Austin, mas depois que a conheci também me inscrevi em Dallas. Sabe... caso as coisas dessem certo entre a gente. Não estava gostando da ideia de ficar a cinco horas de distância de você.
Ela inclina a cabeça e ergue o olhar para mim.
— Quando foi que se inscreveu?
Dou de ombros como se não fosse nada de mais.
— Na noite em que Mai fez aquele jantar pra você.
Ela se senta e olha para mim.
— Isso foi vinte e quatro horas depois de sairmos pela primeira vez. Você se inscreveu na mesma universidade que eu quando me conhecia há apenas um dia?
Balanço a cabeça.
— Sim, mas tecnicamente eu a conhecia há um ano inteiro. Se pensar dessa maneira, fica bem menos assustador.
Ela ri do meu raciocínio.
— E então? Você foi aceito?
Faço que sim com a cabeça.
— Talvez eu também já tenha combinado de morar com Polito.
Ela sorri, e fico pensando que nunca amei tanto um sorriso.
— Alfonso? Isso é sério. Esse nosso namoro. É bem intenso, não é?
Faço que sim com a cabeça.
— Pois é. Acho que dessa vez estamos mesmo apaixonados. Não é fingimento.
Ela assente.
— As coisas estão tão sérias agora entre a gente que acho que chegou a hora de você conhecer todos os meus irmãos.
Paro de assentir e começo a negar.
— Na verdade, acho que estava exagerando. Eu não amo você tanto assim.
Ela ri.
— Não, você me ama, sim. Você me ama tanto, Alfonso. Você me ama desde o segundo em que deixei você esbarrar no meu peito por acidente.
— Não, acho que a amo desde que você me obrigou a enfiar a língua na sua boca.
Ela balança a cabeça.
— Não, você me ama desde que deixei você me beijar no meio de um restaurante lotado, do lado de uma fralda suja.
— Não. Amo você desde que a vi entrando no quarto de Mai com aquela colher na boca.
Ela ri.
— Na verdade, você me ama desde a primeira vez que disse que me amava, um ano atrás. Bem aqui nesse armário.
Balanço a cabeça.
— Eu a amo desde o instante em que você caiu em cima de mim e disse que odiava todo mundo.
Ela para de sorrir.
— Amo você desde o momento em que você disse que também odiava todo mundo.
— Eu odiava todo mundo — digo. — Até conhecer você.
— Eu disse que eu era inodiável.
Ela sorri.
— E eu disse que inodiável não é uma palavra.
Ela foca os olhos nos meus, segura minhas mãos e entrelaça nossos dedos. Ficamos nos encarando como já fizemos várias vezes antes, mas dessa vez sinto em todas as partes de mim. Eu a sinto em todas as partes de mim, e esse é um sentimento novo, forte e intenso, e percebo nesse momento que acabamos de nos tornar muito mais do que jamais seríamos sozinhos.
— Amo você, Alfonso Herrera — sussurra ela.
— Amo você, Anahí Giovana Puente Portilla.
Ela ri.
— Obrigada por não acabar se revelando um babaca.
— Obrigado por nunca me pedir para mudar.
Eu me inclino para a frente e beijo o sorriso que acabou de surgir em seus lábios enquanto agradeço silenciosamente ao universo por tê-la devolvido para mim. Meu anjo, porra*.
Autor(a): lenaissa
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— O que você tem, hein, Alfonso? — pergunta Bolota, batendo a caneta na mesa. Paro de tamborilar os dedos na superfície de madeira. — Nada. Não tinha percebido que meu nervosismo estava tão óbvio. Ainda mais para uma menina de 13 anos. — Tem alguma coisa errada com você — ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 84
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ponnyyvida Postado em 25/04/2020 - 05:30:57
Amei a fanfic <3 <3 <3 <3
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:56:43
linda história...pena que não acharam o filho e também queria ver mais sobre a intimidade deles..eles na faculdade...mas foi bem legal ;)
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:38:45
kkkkkkkkk até eu fiquei com medo desses irmãos da any kkkk
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:33:22
poxaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:16:27
nossa...acabou...vou terminar de ler ela então...to com medo kkkkkkk
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marques_ponny Postado em 01/01/2016 - 17:38:34
Corações eternos pra essa fic!!!
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dessa_ponny Postado em 16/11/2015 - 23:14:36
Anemmm vc podia continuar essa fic tão perfeitaaa, q me da ate vontade de chorar oq acaboou, continuaa ela pf.
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jessica_ponny_steerey Postado em 15/11/2015 - 22:16:08
Eles deviam achar o filho poxa mas tirando isso a fic foi mto boa :)
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franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:43:03
Poxa eles tinham q achar o filho..pq faz pouco tempo q ela deu....nem q demorasse pra eles acharem poxa ;( ela ja ta arrependida q chega ;(
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franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:28:26
Mas gente....cadê essa criança....