Fanfic: Em busca de Cinderela [Adaptada] - Finalizada | Tema: AyA; Ponny
Estamos parados ao pé da cama de Mai, observando-a. Polito está com o laptop e Mai cobre a boca com a mão. Os dois ficam encarando a tela de olhos arregalados. Ambos estão em silêncio.
— Sinto muito — diz Any. — Não sei o que é isso nem quem fez essa busca... mas não sabia como contar para você. Também não sabia como não contar para você.
Mai finalmente desvia os olhos do computador, mas eles não se voltam para Any. Eles se dirigem para o rosto de Polito. Ele a encara com calma e exala profundamente, depois fecha o laptop. A reação dos dois é estranha demais. Eu estava esperando que alguém fosse chorar. Talvez até mesmo gritar um pouco. Ou que talvez eu fosse precisar desviar de objetos sendo arremessados. Polito empurra o laptop para Any.
— Não precisamos ver isso — diz ele. — Ela já sabe.
Any arfa e eu seguro sua mão. Mai se levanta na mesma hora que Polito. Ela dá a volta em nós dois e põe as mãos nos ombros de Any, olhando-a com calma.
— Eu até teria contado para você, Any — diz ela. — Mas se descobrirem isso... não é apenas minha vida que vai ser afetada. A de Karen também. Foi só por isso que não contei pra você.
Os olhos de Any estão arregalados e tristes, mas dá para perceber que ela também está tentando ser compreensiva.
— Então foi Karen? — sussurra Any, afastando-se de Mai.
Mai faz que sim com a cabeça.
— Tudo que leu sobre minha infância é verdade — diz ela, e depois olha para Polito pedindo permissão para continuar.
Ele assente, mas vira para mim e me lança aquele olhar. O olhar que diz que o que estou prestes a ouvir nunca poderá sair daquele quarto.
— Karen fez o que teve que fazer porque meu pai era um monstro — conta Mai. Lágrimas enchem seus olhos e Polito aproxima-se por trás dela e põe as mãos em seus ombros. Ele beija o topo da cabeça dela, puxando-a para o seu peito. — Descobri tudo quando Polito me contou. Enquanto você estava na Itália.
Olho para Polito.
— E como é que você sabia?
Ele fica me olhando em silêncio por alguns segundos. Parece estar arrependido de não ter me contado, mas não o culpo. Nada disso é da minha conta.
— Eu a reconheci. Eu morva na casa vizinha à dela antes de nos mudarmos para cá. Eu estava lá quando aconteceu.
Any e eu começamos a andar de um lado para outro no quarto. É muita coisa para assimilar. Nem sei se quero saber algo assim a respeito dos dois. É muita pressão... ter um conhecimento assim na minha cabeça. Não gosto do fato de eles saberem que agora eu sei. Gostava de como as coisas estavam ontem. Gostava de como tudo era tão fácil, antes de todas essas informações novas entrarem na minha cabeça. Agora tenho que enterrar tudo e fingir que nada disso existe, mas é algo tão grandioso. É importante demais para Mai e Polito confiarem esse tipo de coisa na gente.
— Eu engravidei Any! — falo sem pensar, me sentindo um tanto aliviado por também contar um segredo a eles. — Ano passado. Ela era a menina do armário — me dirijo a Polito. Já lhe contei sobre ela uma vez, então sei que ele vai entender a que estou me referindo. — Transamos sem nem saber qual era a aparência um do outro. Ela engravidou e descobriu quando estava na Itália. Não sabia quem eu era e ficou com medo, então deu nosso filho para adoção e... pois é — digo, parando para olhar os três. Ponho as mãos nos quadris e respiro para me acalmar. — Nós tivemos um filho.
Todos estão virados para mim. Any está me olhando como se de repente eu tivesse deixado de ser perfeito.
— Alfonso? — sussurra ela. — Que porra foi essa?
Ela está puta comigo. Está magoada por eu ter desembuchado assim o maior segredo de sua vida. Vou até ela e ponho as mãos em seus ombros.
— Tive que igualar o placar. A gente precisava contar para eles. Agora sabemos essa coisa importantíssima sobre os dois e, a não ser que eles soubessem a nossa coisa importantíssima, a relação entre nós quatro não ficaria de igual para igual. As coisas ficariam estranhas.
Não sei se o que digo está fazendo sentido para ela.
— Any? — sussurra Mai. — Isso é verdade?
Any afasta-se de mim e olha para baixo. Faz que sim com a cabeça, envergonhada.
— Por que não me contou?
Any volta a olhar para Mai.
— Por que não me contou que o seu nome nem é Maitê? — defende-se Any.
Mai balança a cabeça lentamente, entendendo que não pode mesmo culpar Any e que a amiga não pode culpá-la. Agora estamos todos quites. Ficamos parados em silêncio, cada um assimilando tudo que foi revelado.
— Vamos selar a promessa com cuspe — digo. Estendo a palma da mão e cuspo nela. — Nada disso jamais sairá desse quarto. — Estendo a mão entre nós quatro, incentivando-os a fazer o mesmo.
— Não vou trocar cuspe com você — diz Mai com uma expressão de nojo.
Any ergue o olhar para encontrar o meu.
— Nem eu — diz ela, enrugando o nariz.
Balanço a cabeça, confuso.
— É só cuspe — digo. — Você não tem nenhum problema em enfiar a língua na minha boca mas não quer encostar a mão no meu cuspe?
Ela estremece.
— É diferente.
Polito dá um passo para a frente e levanta o dedo mindinho. Dou uma risada.
— Sério mesmo, Polito? Você quer que a gente prometa com nossos mindinhos?
Ele me fulmina com o olhar.
— Quero que saiba que não há nada de errado em segurar o mindinho de outra pessoa — diz ele, na defensiva. — Agora limpa o cuspe da sua mão como um homem e segura a droga do meu mindinho.
Não acredito que vamos fazer uma promessa com nossos mindinhos. Temos, o quê, cinco anos?
Faço o que ele pediu, enxugo a mão na calça jeans e todos nós damos um passo para perto dele. Unimos nossos mindinhos e nos olhamos nos olhos. Ninguém diz uma palavra pois não é necessário. Todos sabemos que, não importa o que vai acontecer, tudo o que descobrimos essa noite a respeito um do outro nunca sairá desse quarto. Após soltarmos os dedos, damos um passo para trás e ficamos observando o momento em silêncio. Após vários minutos de constrangimento, eu me viro para Any.
— Quer ir se agarrar no parque?
Ela faz que sim com a cabeça e suspira aliviada.
— Quero.
Graças a Deus. Eu me viro para Polito e Mai.
— Ainda está de pé o nosso jantar amanhã na minha casa, não é?
Polito confirma com a cabeça.
— Claro. Mas só se pedir para seu pai não mencionar nada vergonhoso.
Será que Polito não aprendeu nada comigo?
— Ele é meu pai, Polito. Se eu pedir, ele só vai considerar isso um desafio.
Polito ri. Dou um passo para a frente e abraço ele e Mai. Estendo o braço para trás e agarro Any, puxando-a para junto de nós.
— Melhores amigos para sempre — digo para eles. — Amo vocês pra caramba.
Todos soltam um gemido e se afastam de mim.
— Vá se agarrar com sua namorada, Alfonso — diz Polito.
Dou uma piscadela para Any e a puxo na direção da janela. Sei que não vai ser hoje, mas continuo curioso para saber quanto tempo vai levar até que ela finalmente me deixe estourar sua rolha.
Não.
Ainda não parece sexy o suficiente.
Amassar seu hambúrguer?
Meu Deus, não.
Plantar minha flor em seu jardim?
Que porra é essa, Alfonso?
Fazer amor com ela?
Sim.
Exatamente.
É isso.
Fim
***
Obrigada amores por acompanharem a fic! Grata a todos de coração.
Espero que tenha agradado vocês!!!
E continuem ou acompanhem minha outra Fic “Eu amo só você – Ponny” essa está bem longe de acabar.
Bjs amoresss!!
Autor(a): lenaissa
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 84
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ponnyyvida Postado em 25/04/2020 - 05:30:57
Amei a fanfic <3 <3 <3 <3
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:56:43
linda história...pena que não acharam o filho e também queria ver mais sobre a intimidade deles..eles na faculdade...mas foi bem legal ;)
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:38:45
kkkkkkkkk até eu fiquei com medo desses irmãos da any kkkk
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:33:22
poxaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:16:27
nossa...acabou...vou terminar de ler ela então...to com medo kkkkkkk
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marques_ponny Postado em 01/01/2016 - 17:38:34
Corações eternos pra essa fic!!!
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dessa_ponny Postado em 16/11/2015 - 23:14:36
Anemmm vc podia continuar essa fic tão perfeitaaa, q me da ate vontade de chorar oq acaboou, continuaa ela pf.
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jessica_ponny_steerey Postado em 15/11/2015 - 22:16:08
Eles deviam achar o filho poxa mas tirando isso a fic foi mto boa :)
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franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:43:03
Poxa eles tinham q achar o filho..pq faz pouco tempo q ela deu....nem q demorasse pra eles acharem poxa ;( ela ja ta arrependida q chega ;(
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franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:28:26
Mas gente....cadê essa criança....