Fanfics Brasil - Capítulo Cinco Em busca de Cinderela [Adaptada] - Finalizada

Fanfic: Em busca de Cinderela [Adaptada] - Finalizada | Tema: AyA; Ponny


Capítulo: Capítulo Cinco

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— Está atrasado — diz Any ao aparecer na porta.


 


Ela sai de casa virada de costas para mim, enfiando a chave na fechadura.


 


— Não quer que eu conheça seus pais? — pergunto, querendo saber por que ela precisa trancar a porta se ainda está tão cedo.


 


Ela se vira para mim.


 


— Eles são velhos. Jantaram dez horas atrás e foram dormir às sete.


 


Azuis.


Os olhos dela são azuis.


Pu*ta merda, como ela é linda.


 


Seu cabelo é mais claro do que pensei quando a vi ontem à noite no quarto de Mai. A pele é impecável. É como se ela fosse a mesma garota de ontem mas em alta definição. E eu tinha razão. Ela parece mesmo uma por*ra de um anjo.


 


Ela sai do caminho e fecho a porta de tela, ainda sem conseguir desviar o olhar dela.


 


— Na verdade, cheguei cedo — digo, finalmente respondendo ao primeiro comentário que ela fez. — Polito estava deixando Mai em casa e juro que eles demoraram meia hora para se despedir. Tive que esperar até a barra ficar limpa.


 


Ela põe a chave de casa no bolso de trás da calça e balança a cabeça.


 


— Pronto?


 


Olho-a dos pés à cabeça.


 


— Esqueceu sua bolsa?


 


Ela nega com a cabeça.


 


— Não. Odeio bolsas. — Ela dá um tapinha no bolso de trás. — Só preciso da chave de casa. Não me dei ao trabalho de trazer dinheiro porque foi você que me convidou. Vai pagar, não é?


 


Nossa.


Calma aí.


Vamos examinar esses últimos trinta segundos, certo? Ela odeia bolsas. O que significa que não trouxe maquiagem. O que quer dizer que não vai ficar retocando essas merdas como Cláudia fazia. Também significa que não está escondendo um litro de perfume em algum lugar do corpo. Mas também significa que ela não está planejando se oferecer para pagar sua parte do jantar, o que me parece um pouco antiquado, mas por alguma razão gosto disso.


 


— Amo o fato de você não usar bolsa.


 


— Também amo o fato de você não usar bolsa — diz ela, rindo.


 


— Eu uso, sim. Está no meu carro — digo, voltando a cabeça na direção dele.


 


Ela dá outra risada e vai para os degraus da varanda.


Faço a mesma coisa, mas vejo Mai em pé dentro do quarto com a janela toda aberta.


Imediatamente, seguro nos ombros de Any e a puxo até nós dois estarmos encostados na porta da casa.


 


— Dá pra ver a janela da Mai da frente da casa. Assim ela vai nos ver.


 


Any olha para mim.


 


— Você está mesmo levando a sério essa história de não poder sair comigo.


 


— Eu preciso levar a sério — sussurro. — Polito não brinca quando me proíbe de sair com alguém.


 


Ela ergue a sobrancelha demonstrando curiosidade.


 


— E Polito costuma mesmo dizer com quem você pode ou não sair?


 


— Não. Na verdade, você é a primeira garota com quem ele faz isso.


 


Ela ri.


 


— Então como sabe que ele vai ficar com raiva?


 


Dou de ombros.


 


— Na verdade, não sei. Mas parece divertido esconder isso dele. Não acha um pouco empolgante esconder isso de Mai?


 


— É — concorda ela, dando de ombros. — Acho que sim.


 


Ainda estamos encostados na porta e, por alguma razão, continuamos sussurrando.


Até parece que Mai conseguiria nos escutar de lá, mas sussurrar deixa a situação mais divertida.


E gosto muito do som da voz de Any quando ela sussurra.


 


— O que sugere que a gente faça para sair dessa situação, Any?


 


— Bem — diz ela, pensando na minha pergunta por um instante. — Normalmente, quando estou num encontro arriscado, secreto e clandestino e preciso escapar da minha casa sem ser notada, eu me pergunto: o que MacGyver faria?


 


Meu Deus, essa garota acabou de mencionar MacGyver?


Caraca.


Desvio o olhar por tempo suficiente para disfarçar que estou achando que acabei de me apaixonar por ela e também para pensar na nossa rota de fuga.


Olho para o balanço na varanda e volto a olhar para Any após ter certeza de que o sorriso bobo desapareceu do meu rosto.


 


— Acho que MacGyver pegaria o balanço da sua varanda e construiria um campo de força com grama e fósforos. Depois colaria um motor de avião nele próprio e sairia voando daqui sem ninguém perceber. Infelizmente não tenho nenhum fósforo aqui comigo.


 


Any acha graça.


 


— Hmmm — diz ela, apertando os olhos como se estivesse elaborando um plano brilhante. — Que inconveniência mais infeliz. — Ela olha para o meu carro estacionado na entrada da casa e depois para mim. — Podíamos ir engatinhando até o seu carro, assim ela não vai nos ver.


 


E seria um plano brilhante se não envolvesse deixar uma garota suja.


Nos meus seis meses de idas e vindas com Cláudia, aprendi que garotas não gostam de se sujar.


 


— Você vai sujar as mãos de terra. Acho que não vão deixar você entrar num restaurante japonês chique com as calças e as mãos sujas.


 


Ela olha para a calça jeans e depois para mim.


 


— Podemos ir então para uma churrascaria ótima que conheço. O chão é coberto de cascas de amendoim. Uma vez vi um cara muito gordo comendo lá dentro e ele estava até sem camisa.


 


Sorrio para Any no mesmo instante em que me apaixono ainda mais por ela.


 


— Parece perfeito.


 


Ficamos de quatro e saímos engatinhando da varanda.


Ela está rindo e sua risada me faz rir também.


 


— Shh — sussurro ao chegarmos no último degrau.


 


Engatinhamos com pressa pelo jardim, olhando para a casa de Mai a cada poucos metros.


 


Assim que alcançamos o carro, estico a mão para a maçaneta da porta.


 


— Vá para o lado do carona — digo para Any. — É menos provável que ela veja você de lá.


 


Abro a porta para ela, que vai para o banco do carona.


 


Depois que ela já está dentro do carro, é a minha vez de entrar e deslizar para o meu lugar. Nós dois estamos agachados, o que é meio inútil, se pararmos para pensar. Se Mai olhar pela janela do quarto, verá meu carro estacionado na frente da casa de Any.


 


Não faz diferença se ela ver nossas cabeças ou não. Any limpa a terra das mãos na calça jeans, o que me dá o maior tesão. Ela vira a cabeça para mim, e eu continuo encarando a terra espalhada pela coxa da sua calça. De alguma maneira, consigo desviar o olhar e encará-la.


 


— Da próxima vez que vier pra cá, vai ter que esconder seu carro — diz ela. — Isso foi arriscado demais.


 


Gosto um pouco demais do comentário dela.


 


— Já está confiante achando que vai ter uma próxima vez? — pergunto, sorrindo com malícia para ela. —Nosso encontro mal começou.


 


 


— Bem lembrado — diz ela, dando de ombros. — Talvez no fim da noite eu esteja odiando você.


 


— Ou talvez eu esteja odiando você.


 


— Impossível. — Ela põe os pés no painel. — Sou inodiável.


 


— Inodiável nem é uma palavra de verdade.


 


Ela olha por cima do ombro para o banco de trás e depois se vira para a frente franzindo a testa.


 


— Por que está cheirando como se tivesse passado um harém de vadias por aqui? — Ela tapa o nariz com a camisa para evitar o cheiro.


 


— Ainda está com cheiro de perfume? — Eu nem sinto mais. O cheiro provavelmente se infiltrou nos meus poros, me deixando imune.


 


Ela faz que sim com a cabeça.


 


— É insuportável — afirma ela, com a voz abafada pela camisa.— Abaixe o vidro. — Faz um barulho fingindo que está cuspindo, como se estivesse tentando tirar o gosto da boca, o que me faz rir.


 


Ligo o carro, engato a ré e começo a sair da entrada da casa dela.


 


— O vento vai bagunçar seu cabelo se eu abaixar o vidro. Você não trouxe bolsa, o que significa que não trouxe uma escova, então não vai ter como pentear o cabelo quando chegarmos ao restaurante.


 


Ela estende o braço e aperta o botão para abaixar o vidro da janela.


 


— Já estou suja e prefiro ficar com o cabelo bagunçado do que fedendo a um harém — diz ela, abaixando o vidro completamente e gesticulando para que eu faça o mesmo, então abaixo o meu.


 


Ponho o carro em drive e piso no pedal.


 


O carro se enche imediatamente de vento e ar fresco, e o cabelo dela começa a esvoaçar em todas as direções, mas ela relaxa no banco.


 


— Bem melhor — comenta, sorrindo para mim.


 


Depois fecha os olhos ao inspirar fundo o ar fresco.


Tento prestar atenção na rua, mas ela está dificultando muito isso.


 


 


 


 


Bjs amores até quarta!!!


 


 


 



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Autor(a): lenaissa

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  Bom dia amores!!!   marques_ponny: Q bom q esteja gostando Flor. Será que eles já se conhecem?? Hummm… manu_anyfan *-* obrigada amore. camila.beta_aya: kkkkkkkk isso deve dar certo. dessa_ponny: Desculpa a demora flor, mas aí vai mais uns pra ti… espero q continue gostando ;) franmarmentini♥: Que bom q chegou amore ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • ponnyyvida Postado em 25/04/2020 - 05:30:57

    Amei a fanfic <3 <3 <3 <3

  • franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:56:43

    linda história...pena que não acharam o filho e também queria ver mais sobre a intimidade deles..eles na faculdade...mas foi bem legal ;)

  • franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:38:45

    kkkkkkkkk até eu fiquei com medo desses irmãos da any kkkk

  • franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:33:22

    poxaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 26/01/2016 - 11:16:27

    nossa...acabou...vou terminar de ler ela então...to com medo kkkkkkk

  • marques_ponny Postado em 01/01/2016 - 17:38:34

    Corações eternos pra essa fic!!!

  • dessa_ponny Postado em 16/11/2015 - 23:14:36

    Anemmm vc podia continuar essa fic tão perfeitaaa, q me da ate vontade de chorar oq acaboou, continuaa ela pf.

  • jessica_ponny_steerey Postado em 15/11/2015 - 22:16:08

    Eles deviam achar o filho poxa mas tirando isso a fic foi mto boa :)

  • franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:43:03

    Poxa eles tinham q achar o filho..pq faz pouco tempo q ela deu....nem q demorasse pra eles acharem poxa ;( ela ja ta arrependida q chega ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 05/11/2015 - 00:28:26

    Mas gente....cadê essa criança....


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