Fanfic: O Preço da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Além de afetada pelas sensações desconcertantes que o homem lhe despertava, também ficou intrigada, pensando em seus comentarios sobre as dificuldades da vida numa fazenda. Não fazia ideia de quanto sua vida real diferiria da vida que estava levando agora.
Daquele modo, não sabia por que devia se importar se Alfonso achava que fora feita ou não para um tipo árduo de vida. Mas importava-se. Pretendia lhe mostrar que era forte. Na verdade, não sabia se era forte e independente, mas, subitamente, queria ser.
Por causa da bondade daquele homem em relação a ela, queria ser alguém com quem ele pudesse contar. Com aquilo em mente, adiantou-se até a máquina de lavar novamente, a fim de reparar o desastroso episódio com o excesso de sabão e tornar a ligá-la, determinando-se a acertar daquela vez.
Enquanto se ocupava com a tarefa, refletiu mais sobre a conversa com Alfonso daquela tarde.
Ocorreu-lhe que não falara muito sobre a ex-esposa. Não diretamente. Mas ela teve a sensação de que alguns dos comentários que ele fizera tinham se relacionado a Luma e sua vida ali. Seu sério discurso sobre os desafios da vida numa fazenda tinham sido feitos logo após seu comentário sobre ter-se casado cedo demais. E também houvera a admissão de que a esposa ficara decepcionada com o fato de ele não se ter tornado um atleta profissional.
Qual fora o seu grau de desapontamento por ter ido morar numa fazenda em vez de ser a esposa de um astro da liga nacional de futebol? E havia algo mais... a história do dia anterior sobre o fazendeiro cuja esposa fora completamente infeliz.
Estivera falando sobre ele mesmo e Luma? Ela era a garota rica da cidade para quem a vida na fazenda fora um sofrimento?
Aquilo explicaria o divórcio dos dois e, com certeza, também a reação de Alfonso à teoria de que ela mesma fosse rica e da cidade. Ele estaria projetando os problemas da ex-esposa nela?
Dorothy soltou um profundo suspiro, ponderando que a amargura que se evidenciava na voz dele às vezes, a dor em seus olhos indicavam que devia ter amado demais a esposa.
De qualquer modo, se ele se sentia predisposto a julgá-la por causa dos problemas que tivera com a esposa, era uma situação bastante injusta. Ela teria de provar que era diferente de Luma.
Evidentemente, era provável que não ficasse ali por muito tempo para causar grandes impressões, mas faria o que pudesse. Era o princípio da coisa que importava.
Após o jantar, o qual Dorothy se esforçou para preparar ao fim daquela tarde de maneira simples, mas ao menos não desastres como fora o almoço, todos se recolheram à sala de estar.
Alfonso desculpou-se para retomar o trabalho em sua papelada na escrivaninha enquanto Alan sentou-se diante da tevê para assistir ao vídeo favorito. Aquela devia ser a rotina noturna dos dois, deduziu Doroth.
Por sua vez, decidiu observar os livros na ampla estante que tomava uma das paredes da sala. Uma grande parte dos livros era sobre agricultura e criação de animais, como devia se esperar numa fazenda, mas também havia romances de mistério e policiais, livros infantis e uma grande enciclopédia.
Decidindo folhear algo que pudesse, de algum modo, avivar sua memória, ela achou que talvez as palavras ou fotos da enciclopédia pudessem despertar algum quê de familiaridade. Talvez algo a ajudasse lembrar do que fazia para viver, ou de algum bem favorito, ou atividade.
Apanhando o primeiro volume da estante, teve a ideia de ler algo sobre amnésia, para começar, e sentou-se numa poltrona. Os médicos do hospital já haviam lhe explicado tudo a respeito, assegurando-lhe, depois da bateria de exames, que ficara comprovado que sua perda de memória não se devia a nenhuma lesão cerebral, nem doença neurológica.
Ela tocou o ponto da fronte onde recebera o maior impacto durante o acidente. O inchaço estava quase desaparecendo.
Se não houvera danos permanentes, como os médicos haviam lhe assegurado, e se a pancada na cabeça de pouca gravidade fora a causa de sua amnésia, por que sua memória ainda não voltara, agora que o ferimento começava a sarar?
Ela verificou a lista de possíveis causas de amnésia na enciclopédia e, então, fechou-a, enquanto um pensamento desconcertante lhe ocorria.
Era possível que sua amnésia fosse de origem psicológica, uma espécie de mecanismo de defesa? Haveria algo de tão terrível em sua antiga vida que sua mente se recusava a retomar? O xerife estaria certo quanto a ela ser algum tipo de criminosa? Céus, não podia ser!
— Você está bem? Parece preocupada. — a voz de Alfonso soou gentil do canto da sala.
Dorothy endireitou as costas na poltrona.
— Sim. Estou bem. Eu estava apenas olhando a enciclopédia na busca de algo que talvez pudesse avivar minha memória. — Soltou um riso nervoso. — Sei que é tolice, mas acho que qualquer tentativa é válida.
—Não me parece tolice, mas algo perfeitamente lógico.
Alfonso observava-a com simpatia e uma pitada de humor. Ela lançou-lhe um olhar de gratidão, e ele tornou a se concentrar na papelada da fazenda.
Mais uma vez, o homem partilhara sua força com ela, parecendo ser capaz de identificar seus pontos baixos, os momentos em que precisava de encorajamento e conseguira fazê-la sentir-se melhor.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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Dorothy recolocou o primeiro volume da enciclopédia na estante e, enquanto decidia se pegava ou não outro, seu olhar pousou num livro próximo de encadernação colorida. Tirou-o da prateleira e abriu-o... era um anuário de faculdade. Na primeira página, havia uma foto em preto-e-branco da entrada de uma universidade. Um lampejo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 141
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debaya Postado em 04/09/2015 - 23:46:55
Que maravilhooooooooooosa a historia!!!! Amei do começo ao fim, perfeita! Chorei demais, mas o final foi lindo! Parabéns amiga
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queren_fortunato Postado em 04/09/2015 - 20:41:59
acabei de ler perfeita a História <3 <3 <3
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Angel_rebelde Postado em 04/09/2015 - 20:24:13
Quuuuuuuuuuue lindoooooooooooo !! Me comoveu mtoooooo **--** Esse ex noivo da Anny se achava o dono do mundo ! affff ¬¬ Deu ódioooo desse xerife ridículo q avisou ao manezão q onde a Anny tava e sequer descobriu coisa alguma no tempo q ela ficou lá ! Mtoo trouxa ele ¬¬ // Alan suuuuuuuuuuper fooofooooooooo <3333333333 a cartinha q ele pediu a Maite pra escrever pra ela foi a coisa mais lindaaaaaaaaaaaa, quase choro com a parte de bater os sapatos e voltar pro lar :')) // O casal de empregados q cuidou da Anny durante os anos depois q os pais dela morreram são uns fofos **--** ficaram preocupados e nem tinham como saber q ela tinha sido sequestrada. // Ameeeeeiii a Anny voltando pro Ponchito <333333333 e o Alan ainda vai brevemente chamar ela de mamãe X.X mooorrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiii // Perfeitaaaaa demaaais sua fic. Do começo ao fim. Parabéns mesmo, ñ pare nunca.
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:34:54
ai deussssssssssss to chorrando horrores com o final!!!!!!!!! ameeeiiiii
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bia_herrera Postado em 04/09/2015 - 17:23:05
Ahhhhhhhh que final perfeito Mila! Foi tão fofa carga que o Alan mandou pra ela! E melhor ainda foi quando ela voltou! Parabéns!
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:20:34
ai dios miooooooooo como to chorrando hoje...
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:09:25
ex noivo filho da putaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...mentiroso de uma fica desgraçadooooooo
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:48:29
ai ai ai agora ela é anahi!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:07:05
ó deus.... o alan me matou agora.... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 15:49:31
poxa e agora....