Fanfic: O Preço da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
A vendedora lhe deu, inclusive, indicação sobre algumas costureiras locais, quando ela lhe perguntou a respeito, e uma lista geral de preços.
— Humm, parecem-me razoáveis. — comentou Dorothy, abrindo a pequena bolsa que comprara antes numa loja de artigos usados.
Automaticamente, procurou o cartão de crédito, mas, em vez daquilo, a mão fechou-se em torno das cédulas dobradas que Alfonso lhe dera. Sacudiu um pouco o dinheiro, esperando que fosse mais do que achava que era.
Ele fora ao banco naquela manhã para poder lhe pagar o salário, caso ela visse algo na cidade que quisesse comprar. Ela tirou o dinheiro da bolsa e contou-o, seu ânimo diminuindo.
Presumia que mal teria para os tecidos, moldes e linhas, nada restando para os serviços de uma costureira. Lembrou-se, então, da antiga máquina de costura a um canto de seu quarto.
Conseguiria fazer as fantasias sozinha? Olhou para os moldes novamente. A palavra "simples" estava impressa na embalagem transparente em letras grandes e nigáveis. Não poderia ser tão difícil, afinal, não era?
Dorothy cortou os tecidos para as fantasias de acordo com os moldes naquela noite e, na manhã seguinte após o café, estava pronta para começar a costurar.
Dissera a Alfonso que estava fazendo um vestido de verão, mas não lhe mostrara o material, nem a Alan. Começaria pela fantasia do leão primeiro.
Lamentava não poder manter a fantasia do menino uma surpresa, como seria a sua, pois sabia que teria de fazer ao menos uma prova da fantasia antes que pudesse terminar.
Os moldes tinham sido difíceis o bastante de decifrar, mas começar a trabalhar na antiga máquina de costura fora ainda pior. Usara um velho pedaço de pano em princípio até aprender a lidar com ela, sua má sorte com máquinas até então fazendo-a ter cautela dobrada com aquela.
Quando, enfim, sentira-se segura o bastante para começar a costurar a fantasia, esbarrara em outra dificuldade. A pelúcia que escolhera para a fantasia do leão recusava-se a deslizar sob a agulha, apropriadamente e, entre uma vez ou outra que o tecido emperrava, ia prosseguia.
Iniciara aquele projeto e o terminaria a qualquer custo.
Depois do almoço, quando já se preparava para voltar a um dos campos onde fazia o plantio do milho, Alfonso deteve-se junto à porta dos fundos por um momento e, então, voltou pela cozinha, parando perto de Dorothy.
— Esqueceu alguma coisa? — perguntou ela, fazendo uma pausa antes de começar a tirar a mesa.
— Tenho desejado lhe dizer algo...— Fitando-a nos olhos, Alfonso hesitou, buscando as palavras certas. — Você tem sido ótima para Alan. Ele está muito mais feliz do que antes de você ter vindo morar conosco. — Desviou os olhos por um momento para a janela, o riso do menino brincando com o cão do lado de fora parecendo ilustrar o que dizia. Quando tornou a fitá-la, havia gratidão e ternura em seu semblante. — Acho que o que estou querendo dizer é... obrigado.
Dorothy sentiu-se tomada por uma onda de felicidade, as palavras simples de reconhecimento fazendo-a sentir-se especial como nunca.
— Eu é que deveria estar agradecendo a você. Ofereceu-me seu lar, tem confiado seu filho a mim. Jamais terei como lhe agrada o bastante. Se não tivesse sido por você, eu estaria varrendo o chão da cadeia agora.
Enquanto o observava, ela sentiu mais uma vez a inegável atração por ele e a viu refletida naqueles intensos olhos verdes. Havia uma corrente eletrizante entre ambos, um desejo e uma necessidade mútuos, poderosos. E Alfonso tinha razão. Ela possuía decididamente uma afinidade com Alan.
Graças àquilo, estava desenvolvendo uma cresceu sensação de pertencer a algum lugar, de ser útil a outras pessoas e que lava-louças e aspiradores de pó fossem às favas. Alfonso dissera-lhe que era "ótima" com Alan e aquilo era a coisa mais inportante de todas.
Sentia-se contente, aquele era um dos momentos mais gratificantes de sua breve memória. Olhou para Alfonso com um sorriso, mas a súbita expressão grave dele enquanto a fitava longamente preocupou-a.
— O que quer que aconteça, no entanto — prosseguiu ele depois de parecer hesitar por mais um instante. —, acho que é importante que ambos sejamos realistas. Este não é o seu mundo e acho que é apenas uma questão de tempo até que você se sinta insatisfeita.
Ele dissera aquilo com uma indiferença que a fez querer gritar de repente, que a deixou atordoada. Foi como se tivesse lhe atirado inesperadamente um balde de água fria depois de a ter quase feito saltar de alegria.
— Não diga como devo ou não me sentir. — retrucou ela, subitamente exasperada com a teimosia do homem.
Era evidente que insistia mais uma vez em compará-la com sua má experiência passada. Aquilo era tão injusto.
Sem dizer mais nada, porém, Alfonso saiu, e Dorothy sentiu-se mais uma vez tomada por aquela angustiante frustração.
Fora mesmo uma tola em se deixar levar, momentos antes, por aquela agradável sensação de pertencer a algum lugar.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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Capítulo VIII Alfonso subiu as escadas, tendo parado apenas para lançar um olhar a Alan, entretido com um desenho animado na sala de estar. A cozinha estava impecavelmente limpa e Dorothy não se encontrava mais lá. Ele não a vira tampouco em nenhuma outra parte da casa, nem do lado de fora. Talvez ela tivesse subido para retomar s ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 141
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debaya Postado em 04/09/2015 - 23:46:55
Que maravilhooooooooooosa a historia!!!! Amei do começo ao fim, perfeita! Chorei demais, mas o final foi lindo! Parabéns amiga
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queren_fortunato Postado em 04/09/2015 - 20:41:59
acabei de ler perfeita a História <3 <3 <3
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Angel_rebelde Postado em 04/09/2015 - 20:24:13
Quuuuuuuuuuue lindoooooooooooo !! Me comoveu mtoooooo **--** Esse ex noivo da Anny se achava o dono do mundo ! affff ¬¬ Deu ódioooo desse xerife ridículo q avisou ao manezão q onde a Anny tava e sequer descobriu coisa alguma no tempo q ela ficou lá ! Mtoo trouxa ele ¬¬ // Alan suuuuuuuuuuper fooofooooooooo <3333333333 a cartinha q ele pediu a Maite pra escrever pra ela foi a coisa mais lindaaaaaaaaaaaa, quase choro com a parte de bater os sapatos e voltar pro lar :')) // O casal de empregados q cuidou da Anny durante os anos depois q os pais dela morreram são uns fofos **--** ficaram preocupados e nem tinham como saber q ela tinha sido sequestrada. // Ameeeeeiii a Anny voltando pro Ponchito <333333333 e o Alan ainda vai brevemente chamar ela de mamãe X.X mooorrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiii // Perfeitaaaaa demaaais sua fic. Do começo ao fim. Parabéns mesmo, ñ pare nunca.
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:34:54
ai deussssssssssss to chorrando horrores com o final!!!!!!!!! ameeeiiiii
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bia_herrera Postado em 04/09/2015 - 17:23:05
Ahhhhhhhh que final perfeito Mila! Foi tão fofa carga que o Alan mandou pra ela! E melhor ainda foi quando ela voltou! Parabéns!
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:20:34
ai dios miooooooooo como to chorrando hoje...
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:09:25
ex noivo filho da putaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...mentiroso de uma fica desgraçadooooooo
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:48:29
ai ai ai agora ela é anahi!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:07:05
ó deus.... o alan me matou agora.... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 15:49:31
poxa e agora....