Fanfic: O Preço da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Recostada na macieira, Dorothy soltou um suspiro.

Céus, não acertava nunca, ao que parecia. Quando ficara na ponta dos pés para começar a colher as maçãs, não demorara a ver que ainda não estavam maduras. Deixara de notar aquilo no dia anterior.

Felizmente não comentara nada com Alan sobre sua ideia de fazer uma torta, ou, o que teria sido ainda pior, não arruinara uma torta com maçãs amargas. Ao menos, percebia que ainda não serviam.

Menos agitada, ela se levantou e recolheu a cesta vazia, decidindo voltar a casa.

Naquele instante, ouviu o som do motor da caminhonete e, para sua surpresa, não demorou a avistar Alfonso dirigindo pelo pasto. Ele acenou-lhe e continuou se aproximando. Parando alguns metros antes da macieira, desceu da cabine.

— Quer uma carona?

— Você não devia estar num dos campos?

— Sim, mas decidi dar um pulo em casa para falar com você. Como não a encontrei em lugar algum, achei que seria mais rápido procurá-la de caminhonete.

— E onde está Alan?

— Assistindo a seus desenhos favoritos. Eu lhe disse para não deixar a casa enquanto eu não voltasse.

— Oh, eu mesma já estava voltando para lá. Apenas vim até aqui para... —Constrangida, Dorothy indicou a cesta que segurava. — para colher algumas maçãs para fazer uma torta, mas descobri que estão verdes demais.

Alfonso abriu um largo sorriso.

— Você ia tentar fazer uma torta de maçã?

Dorothy ergueu o queixo, desafiadora.

— Por quê? Acha que eu não conseguiria? Ou apenas porque poderia me parecer algo difícil, eu não tentaria ao menos?

— Não, ao contrário. Agora há pouco, eu estava mesmo pensando sobre quanto admiro sua disposição para encarar trabalhos difíceis.

— Não me diga.

— É verdade. Subi até seu quarto a sua procura e pude ver como suas costuras estão indo.

Dorothy sentiu-se corando, embaraçada.

— Oh, agora vejo aonde você vai com isto. Vai me passar um sermão sobre a péssima costureira que sou.

— Não, em absoluto.

A expressão de Alfonso ficou mais séria, e ela viu verdadeira admiração em seus olhos.

— Acho que foi incrivelmente generoso de sua parte usar a maior parte de seu dinheiro na fantasia de Alan. Sem mencionar o tempo e a energia que está gastando para fazê-la você mesma. — Ele abriu-lhe o sorriso mais bonito que ela já vira. — E estou certo de que, com sua determinação e atitude positiva, será um grande êxito.

— Obrigada.

Ele se aproximou mais, estendeu a mão e tocou-lhe a face com ternura, seus olhos verdes intensos, perscrutadores.

— Eu é que agradeço. — murmurou.

Inesperadamente, puxou-a para si, envolvendo-a em seus braços com gentileza, e Dorothy abraçou-o pela cintura, dando-se conta dos contornos firmes do corpo musculoso junto ao seu. Ele afagou-lhe os cabelos com vagar.