Fanfic: O Preço da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Capítulo IX
— Você disse que algo a perturbou. — falou Alfonso, preocupado. — O que foi?
— E-eu não sei — mentiu Dorothy. — Ouça, você se importa se eu for me deitar um pouco? Estou me sentindo um tanto trémula de repente.
— É claro que não me importo. Eu farei as panquecas e o café da manhã. E não se preocupe quanto a preparar o almoço também. Farei alguns sanduíches para nós mais tarde. Agora, vá se deitar.
Alfonso conduziu-a devagar pelas escadas e até a porta do quarto.
— Descanse. Durma se puder. Avise-me se começar a se sentir pior, e eu ligarei para o médico. Não sairei para os campos enquanto não tiver certeza de que você ficará bem.
Dorothy meneou a cabeça e foi sentar-se na cama. Alfonso fez menção de sair, mas deteve-se enquanto ela tirava as sandálias, sua figura alta e forte preenchendo a porta.
— Se quiser falar sobre alguma coisa, o que quer que seja, estarei a apenas um grito de distância.
Ela deitou-se sobre a colcha, ouvindo-lhe os passos no corredor enquanto ele se afastava.
Tentou descansar, mas sua mente rodopiava com mil pensamentos e temores. Quem era o homem armado? Seria aquele que lhe dera o anel de compromisso? Estaria a sua procura para levá-la de volta para uma vida de crime? Ou pior?
Não, ela não podia ser uma criminosa. Simplesmente sabia daquilo!
Deitando-se de lado, fechou os olhos com força e,enquanto ponderava tudo aquilo, a exaustão finalmente dominou-a, fazendo-a mergulhar num sono agitado.
Acordou sobressaltada de um terrível pesadelo com um homem usando um lenço vermelho no rosto... e apontando-lhe uma arma. Naquele momento, soube que seus medos a atormentariam enquanto não desabafasse.
Teria que contar tudo a Alfonso.
Encontrou-o na sala à escrivaninha, cuidando de sua interminável papelada. Ele se levantou quando a viu aproximar-se e deu lhe um sorriso preocupado.
— Como está se sentindo?
— Um pouco melhor. Ouça, preciso conversar com você sobre algo. Onde está Alan?
— Está lá fora brincando. Não vai nos interromper. O que houve?—perguntou ele, alerta, obviamente tendo-lhe notado a tensão na voz.
Dorothy cruzou os braços e os esfregou, enquanto um súbito calafrio lhe subia pela espinha.
— O que tenho a lhe dizer é sobre o que me perturbou hoje cedo na cozinha.
— Sim?
— Foi uma espécie de visão... uma lembrança, creio eu. Era um homem com uma arma. Ele usava um lenço vermelho no rosto. Acho que o conheço e que é mau, talvez até um ladrão, ou algo assim. — Dorothy cobriu os lábios com a mão por um momento para se acalmar. — Oh, Alfonso, receio que talvez eu seja uma... uma criminosa.
Ela sobressaltou-se quando, de repente, Alfonso soltou uma sonora gargalhada.
Encarou-o, boquiaberta, sentindo-se chocada e aborrecida pelo fato de ele poder achar a sua delicada situação engraçada.
— Ora, que tolice! De onde tirou uma ideia absurda dessas?
— Acabei de lhe dizer! Vi a imagem de um homem familiar, que era mau e empunhava uma arma. Depois, quando fui me deitar um pouco, tive até um pesadelo horrível com ele.
Alfonso segurou-lhe os ombros com gentileza.
— Doçura, isso foi provavelmente apenas alguma coisa que você viu na televisão. O que a faz pensar que é alguém que você conhece?
— O fato de essa não ter sido a única lembrança que tive.
A expressão de Alfonso tornou-se cautelosa, o riso dissipando-se de seus olhos.
— Qual foi a outra?
Dorothy contou-lhe sobre a imagem da mulher idosa que passara por sua mente quando estivera fazendo panquecas e sua convicção de que era alguém que conhecera em sua vida anterior.
— Bem, parece que sua memória pode estar começando a voltar. —Alfonso abriu um sorriso que não iluminou seus olhos, na certa rcfletindo sobre as implicações do que acabara de dizer. — Eu não me preocuparia muito com o homem armado, no entanto. Poderia haver uma centena de explicações para isso.
Dorothy respirou fundo.
— Há mais uma coisa que preciso lhe dizer. Lembra-se daquela manhã em que o xerife Gulch esteve aqui, logo depois que você me trouxe para a fazenda?
Alfonso meneou a cabeça e sentou-se no sofá, tentando aparentar descontração, mas ela podia lhe sentir uma tensão semelhante a sua.
— Bem, eu acabei ouvindo tudo o que ele disse naquele dia. Sei que ele pensa que sou uma criminosa e que eu fazia parte de uma quadrilha, ou algo assim.
— Eu não sabia que você tinha ouvido tudo, mas é óbvio que achei a teoria dele absurda, ou você não estaria aqui. — A seriedade no semblante de Alfonso deu lugar a um sorriso. — Já sei, aposto que você ficou se preocupando com o que o xerife disse esse tempo todo, não é mesmo?
— Sim.
— Bem, aí está a resposta! — Ele levantou-se, sacudindo a mão no ar como se tivesse decifrado todo o enigma.
— O que quer dizer?
— Você tem estado obcecada com isso desde o dia em que Gulch esteve aqui e seu subconsciente provavelmente criou uma imagem em resposta. Isso e o fato de Alan ter surpreendido você quando estava brincando. Você tem que admitir, a parte sobre o tal homem usar um lenço no rosto feito um bandido qualquer do Velho Oeste não passa de lugar-comum. Seu subconsciente apenas produziu uma imagem estereotipada de um bandido com base em cada filme de caubói que você já deve ter visto.
Ela piscou, reanimando-se com aquela ideia.
— Você acha mesmo?
— É claro. Gulch é um paspalho, de qualquer modo. Não deixe que nada do que ele diga a aborreça.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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O otimismo de Alfonso era contagiante. Embora Dorothy ainda tivesse dúvidas, deu-se conta de que ele podia estar certo. Era provável que estivesse. Tomada por uma onda de gratidão pelo raio de esperança oferecido, aproximou-se e abraçou-o. — Obrigada. Eu me sinto bem melhor agora. Alfonso estreitou-a em seus braços e pousou- ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 141
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debaya Postado em 04/09/2015 - 23:46:55
Que maravilhooooooooooosa a historia!!!! Amei do começo ao fim, perfeita! Chorei demais, mas o final foi lindo! Parabéns amiga
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queren_fortunato Postado em 04/09/2015 - 20:41:59
acabei de ler perfeita a História <3 <3 <3
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Angel_rebelde Postado em 04/09/2015 - 20:24:13
Quuuuuuuuuuue lindoooooooooooo !! Me comoveu mtoooooo **--** Esse ex noivo da Anny se achava o dono do mundo ! affff ¬¬ Deu ódioooo desse xerife ridículo q avisou ao manezão q onde a Anny tava e sequer descobriu coisa alguma no tempo q ela ficou lá ! Mtoo trouxa ele ¬¬ // Alan suuuuuuuuuuper fooofooooooooo <3333333333 a cartinha q ele pediu a Maite pra escrever pra ela foi a coisa mais lindaaaaaaaaaaaa, quase choro com a parte de bater os sapatos e voltar pro lar :')) // O casal de empregados q cuidou da Anny durante os anos depois q os pais dela morreram são uns fofos **--** ficaram preocupados e nem tinham como saber q ela tinha sido sequestrada. // Ameeeeeiii a Anny voltando pro Ponchito <333333333 e o Alan ainda vai brevemente chamar ela de mamãe X.X mooorrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiii // Perfeitaaaaa demaaais sua fic. Do começo ao fim. Parabéns mesmo, ñ pare nunca.
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:34:54
ai deussssssssssss to chorrando horrores com o final!!!!!!!!! ameeeiiiii
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bia_herrera Postado em 04/09/2015 - 17:23:05
Ahhhhhhhh que final perfeito Mila! Foi tão fofa carga que o Alan mandou pra ela! E melhor ainda foi quando ela voltou! Parabéns!
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:20:34
ai dios miooooooooo como to chorrando hoje...
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:09:25
ex noivo filho da putaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...mentiroso de uma fica desgraçadooooooo
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:48:29
ai ai ai agora ela é anahi!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:07:05
ó deus.... o alan me matou agora.... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 15:49:31
poxa e agora....