Fanfic: O Preço da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
Atordoado, Alfonso caminhava sem rumo pela área do festival. Encontraria Alan e Dorothy na barraca de Maite, mas, primeiro, precisava de algum tempo para se recobrar do que acabara de ouvir.
Estava arrasado, e a culpa era toda sua.
A cada vez que pensava no que deveria fazer em seguida, as palavras daquele odioso vidente povoavam sua mente. Em sua antiga vida, Dorothy fora noiva de um homem... um homem rico... que dominara cada pensamento seu. Cada pensamento.
Ela devia ter sido extremamente apaixonada pelo homem.
Uma intensa dor oprimindo-lhe o coração, ele adiantou-se até a beira do caminho coberto de serragem e recostou-se num poste de iluminação.
Não era fato que sempre soubera da existência de um homem daqueles, desde a ocasião em que vira a marca de algum tipo de anel de compromisso no dedo dela? Não presumira quase desde o início que ela pertencia ao mundo de um homem rico?
E, ainda assim, colocara não apenas seu próprio coração em risco, mas também a do seu vulnerável garotinho.
E quanto a Dorothy? Ela poderia sair mais magoada de tudo aquilo. O que ele estivera pensando?
Seu relacionamento inteiro com Dorothy fora baseado em fantasia.
Ora, o nome que sussurrava com paixão quando faziam amor nem sequer era o dela, mas o de uma personagem de um conto de fada. Uma nova onda de dor envolveu-o. Tinha de pôr um fim à fantasia e depressa.
Porque um medo ainda maior do que o da partida de Dorothy começara a crescer em seu íntimo. Era o medo de que ela ficasse e se cansasse da vida na fazenda... o medo de que seu amor por ele se transformasse em ressentimento.
Teria de fazer com que ambos voltassem à realidade, não importando quanto fosse doloroso, e o faria naquela noite.
Depois que se encontraram na barraca de Maite, todos rumaram pina o amplo pavilhão, erguido especialmente para o festival, onde haveria dança e o concurso de fantasias.
Alfonso comprou uma maçã do amor para Alan e sentou-o nas arquibancadas de madeira para issistir à dança, a banda country executando um ritmo animado. Quando, logo em seguida, os músicos começaram a tocar uma bela e melancólica valsa do Tennessee, Alfonso tirou Dorothy para dançar, ambos se reunindo a Christian e Maite e aos demais casais na pista de dança.
Dorothy mal podia encontrar os olhos dele, seu coração tomado pela angústia de saber o que teria de lhe dizer. Céus, amava-o tanto que sentia o coração dilacerado só em pensar em deixá-lo.
Alfonso pareceu-lhe estranhamento quieto e reservado.
Ficou intrigada com o fato de que, depois de sua aberta demonstração de afeição de antes, ele agora a segurasse de maneira quase formal, enquanto dançavam, a mão direita em sua cintura mantendo-a longe de si.
Dorothy buscou um assunto para preencher o silêncio constrangedor:
— Maite me contou um pouco sobre como era seu casamento com Luma.
— Por quê?
Ela franziu o cenho, confusa. A voz dele soara fria, como nunca ouvira antes.
— Para eu poder entender você melhor, é claro.
Alfonso soltou um resmungo e manteve o olhar na distância.
— Isso é tão importante?
— Sim, acho que esse tipo de entendimento é importante em qualquer relacionamento. — Dorothy mordeu o lábio inferior.
Por que pregava sobre relacionamentos quando estava prestes a ter de romper o de ambos?
— Estive pensando a esse respeito — disse Alfonso numa voz tensa. — Sobre nosso relacionamento, quero dizer, e em que se baseia.
— Como assim? — Dorothy o viu engolir em seco e desviar ainda mais o rosto.
— Ele se baseia numa fantasia. — Alfonso fitou-a nos olhos pela primeira vez desde que haviam começado a dançar. — Você em uma vida real em algum lugar. E tem de ir descobri-la, para o meu próprio bem.
Antes que ela pudesse dizer algo, ele conduziu-a da pista de dança até um canto isolado do imenso pavilhão.
— Tome, quero que veja isto. — disse, entregando-lhe um pedaço de papel que tirou do bolso.
Dorothy pegou-o. Havia um nome anotado no papel, Casa Harbor, um endereço em Topeka e as palavras: "orientadoras profissionais".
— O que é isto? — perguntou com um misto de temor e confusão.
— O xerife me deu esse papel. É o endereço de um abrigo para mulheres. Há orientadoras lá que podem ajudar você a descobrir de onde veio.
— Você quer que eu vá embora? — Dorothy mal podia crer no que estava ouvindo.
— É para o seu bem. Você deve a si mesma a chance de descobrir quem realmente é. Se não o fizer, não saberá do que pode estar desistindo.
Ele queria mesmo que ela partisse. Dorothy baixou os olhos para o papel para não ter de fitá-lo.
Sabia que deveria estar contente pelo fato de Alfonso tê-la poupado da dor de ser ela a terminar o relacionamento, mas nunca imaginara que seria o primeiro a abordar o assunto de sua partida.
Não depois do que haviam partilhado no decorrer das duas semanas anteriores. Mas ouvi-lo dizer que tudo o que houvera fora uma fantasia, nada mais, era inevitavelmente doloroso. De qualquer modo, o ponto crucial era o de que Alfonso estava lhe dando um meio elegante de sair daquela situação e tinha de usá-lo.
E pensar que estivera preocupada, achando que o magoaria.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
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— A questão é que... — prosseguiu Alfonso numa voz baixa — abrigo só tem uma vaga e não pode segurá-la por muito temp Você terá de ligar para lá de imediato. Lentamente, para impedir que suas mãos tremessem, ela abriu sua pequena bolsa e guardou o papel lá dentro. — Você tem ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 141
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debaya Postado em 04/09/2015 - 23:46:55
Que maravilhooooooooooosa a historia!!!! Amei do começo ao fim, perfeita! Chorei demais, mas o final foi lindo! Parabéns amiga
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queren_fortunato Postado em 04/09/2015 - 20:41:59
acabei de ler perfeita a História <3 <3 <3
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Angel_rebelde Postado em 04/09/2015 - 20:24:13
Quuuuuuuuuuue lindoooooooooooo !! Me comoveu mtoooooo **--** Esse ex noivo da Anny se achava o dono do mundo ! affff ¬¬ Deu ódioooo desse xerife ridículo q avisou ao manezão q onde a Anny tava e sequer descobriu coisa alguma no tempo q ela ficou lá ! Mtoo trouxa ele ¬¬ // Alan suuuuuuuuuuper fooofooooooooo <3333333333 a cartinha q ele pediu a Maite pra escrever pra ela foi a coisa mais lindaaaaaaaaaaaa, quase choro com a parte de bater os sapatos e voltar pro lar :')) // O casal de empregados q cuidou da Anny durante os anos depois q os pais dela morreram são uns fofos **--** ficaram preocupados e nem tinham como saber q ela tinha sido sequestrada. // Ameeeeeiii a Anny voltando pro Ponchito <333333333 e o Alan ainda vai brevemente chamar ela de mamãe X.X mooorrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiii // Perfeitaaaaa demaaais sua fic. Do começo ao fim. Parabéns mesmo, ñ pare nunca.
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:34:54
ai deussssssssssss to chorrando horrores com o final!!!!!!!!! ameeeiiiii
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bia_herrera Postado em 04/09/2015 - 17:23:05
Ahhhhhhhh que final perfeito Mila! Foi tão fofa carga que o Alan mandou pra ela! E melhor ainda foi quando ela voltou! Parabéns!
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:20:34
ai dios miooooooooo como to chorrando hoje...
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:09:25
ex noivo filho da putaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...mentiroso de uma fica desgraçadooooooo
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:48:29
ai ai ai agora ela é anahi!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:07:05
ó deus.... o alan me matou agora.... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 15:49:31
poxa e agora....