Fanfics Brasil - Cap 5 O Preço da Paixão *AyA*Ponny*

Fanfic: O Preço da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA


Capítulo: Cap 5

736 visualizações Denunciar


Embora lhe parecessem horas, a ambulância chegou em poucos minutos.


Enquanto os paramédicos a retiravam do carro e a deitavam cuidadosamente na maca para o exame preliminar, Alfonso notou que, por baixo do blazer vermelho, ela usava um sofisticado vestido preto, de comprimento logo acima dos joelhos.


Era alta e magra, com curvas nos lugares certos, e estava descalça. Os cabelos exuberantes, em completo desalinho, ainda lhe encobriam o rosto. Alfonso descobriu-se ansiando por ver o rosto oculto por aquela bela cabeleira.


Enquanto os paramédicos lhe prestavam os primeiros socorros, um deles afastou-lhe os cabelos com cuidado, dando a Alfonso uma clara visão da misteriosa motorista do Cadillac. Exceto por um grande hematoma arroxeado na fronte, ela parecia bem. E era extremamente... bonita.


O machucado era o único defeito num rosto oval perfeito. Cílios espessos acariciavam-lhe as faces rosadas. A pele era como porcelana, os lábios cheios e bem-feitos. Abra os olhos, suplicou ele silenciosamente.


E ela os abriu.


Como num passe de mágica, o sol saiu, e as cores da área verdejante que os cercava passaram das apagadas e sombrias da tempestade para as brilhantes de um dia ensolarado num piscar dos intensos olhos azuis dela.


Alfonso soltou o ar devagar, dando-se conta de que estivera prendendo a respiração.


Os paramédicos fizeram algumas perguntas a ela e, numa voz trêmula, a mulher respondeu algumas de modo satisfatório, mas pareceu indecisa em outras.


Quando lhe perguntaram seu nome, a mulher franziu as sobrancelhas delicadas em grande concentração e seus lábios se entreabriram como se fosse dizer algo, mas nenhuma palavra saiu.


Quem é você? repetiu um dos paramédicos gentilmente. Qual é o seu nome?


A mulher estudou os rostos a sua volta e piscou, confusa.


Eu não sei.


Houve um momento de silêncio e, então, Alfonso se deu conta de que Alan, o qual permitira que ficasse a seu lado depois que a mulher começara a ser socorrida, havia se aproximado dela agora. O menino segurava um escarpim vermelho de salto médio em cada mão.


— Dorothy!


Os paramédicos olharam para o garotinho. A mulher ferida olhou para Alan esperançosa, como se talvez ele a conhecesse.


— Alan. interveio Alfonso. Não comece...


A criança ignorou-o.


— É exatamente como no filme. O tornado apanhou-a e, depois, colocou-a de volta no chão. E ela tinha um galo na cabeça. É a Dorothy! Eu até encontrei seus sapatos. Alan ergueu os escarpins de couro com ar triunfante.


— Alan! Por que você entrou naquele carro? Você poderia ter-se cortado no vidro quebrado.


O menino deu de ombros. Um dos paramédicos sorriu, bem-humorado.


— Alan, quando você entrou no carro, encontrou a bolsa da moça? Ou qualquer outra coisa contendo uma identificação?


— Não. E não há nada no porta-luvas também. Só havia estes sapatos no chão do carro.


Alfonso olhou para o filho, exasperado consigo mesmo por ter se distraído tanto que tirara os olhos do menino por vários minutos no local de um acidente.


Os paramédicos anunciaram que era momento de levar a mulher para o hospital, e Alfonso ajudou os dois a colocaram a maca na ambulância. Sentiu inevitável compaixão pela mulher, cujo rosto evidenciava sua luta contra o pânico e a tentativa de manter algum controle.


Sua memória voltaria? O que acontecia com pessoas cuja memória nunca voltava? Com certeza, ela teria uma família que a amava, parentes que a estariam procurando naquele instante. Um marido, talvez. Mas e se não os tivesse?


Enquanto a ambulância deixava o acostamento e seguia pela rodovia, Alfonso observou-a em silêncio. Ele e o filho deveriam voltar para casa agora.


Havia centenas de tarefas que precisavam ser feitas. Mas a imagem daqueles olhos confusos e tão adoráveis não lhe saía da mente.


— Nós vamos até o hospital, papai? perguntou Alan, esperançoso. Para ver se ela está bem?


Alfonso olhou para o rosto ansioso do filho.


Oh, droga, pensou, o que eram umas duas horas no grande esquema das coisas, afinal? Passou a mão pelos cabelos do menino.


— Vou lhe dizer uma coisa, rapazinho. Vamos alimentar os animais. Depois nós nos lavaremos e iremos até o hospital para ver como a moça está passando.


— Obrigado, papai!


Os dois se adiantaram de volta até a caminhonete. O garotinho pulou uma poça de lama. Depois, soltou uma exclamação contente e apontou para o céu.


— Veja, papai! Um arco-íris!


 


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Mila Puente Herrera ®

Este autor(a) escreve mais 75 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Capítulo 2   Ela retirou a compressa fria da fronte e correu os dedos rapidamente por sobre o machucado. Um imenso inchaço formara-se ali, mas aquele era o menor de seus problemas. Após uma bateria de exames, os médicos haviam lhe informado que não estava gravemente ferida e que sua memória poderia voltar a qualquer momento. ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 141



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • debaya Postado em 04/09/2015 - 23:46:55

    Que maravilhooooooooooosa a historia!!!! Amei do começo ao fim, perfeita! Chorei demais, mas o final foi lindo! Parabéns amiga

  • queren_fortunato Postado em 04/09/2015 - 20:41:59

    acabei de ler perfeita a História <3 <3 <3

  • Angel_rebelde Postado em 04/09/2015 - 20:24:13

    Quuuuuuuuuuue lindoooooooooooo !! Me comoveu mtoooooo **--** Esse ex noivo da Anny se achava o dono do mundo ! affff ¬¬ Deu ódioooo desse xerife ridículo q avisou ao manezão q onde a Anny tava e sequer descobriu coisa alguma no tempo q ela ficou lá ! Mtoo trouxa ele ¬¬ // Alan suuuuuuuuuuper fooofooooooooo <3333333333 a cartinha q ele pediu a Maite pra escrever pra ela foi a coisa mais lindaaaaaaaaaaaa, quase choro com a parte de bater os sapatos e voltar pro lar :')) // O casal de empregados q cuidou da Anny durante os anos depois q os pais dela morreram são uns fofos **--** ficaram preocupados e nem tinham como saber q ela tinha sido sequestrada. // Ameeeeeiii a Anny voltando pro Ponchito <333333333 e o Alan ainda vai brevemente chamar ela de mamãe X.X mooorrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiii // Perfeitaaaaa demaaais sua fic. Do começo ao fim. Parabéns mesmo, ñ pare nunca.

  • franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:34:54

    ai deussssssssssss to chorrando horrores com o final!!!!!!!!! ameeeiiiii

  • bia_herrera Postado em 04/09/2015 - 17:23:05

    Ahhhhhhhh que final perfeito Mila! Foi tão fofa carga que o Alan mandou pra ela! E melhor ainda foi quando ela voltou! Parabéns!

  • franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:20:34

    ai dios miooooooooo como to chorrando hoje...

  • franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 17:09:25

    ex noivo filho da putaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...mentiroso de uma fica desgraçadooooooo

  • franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:48:29

    ai ai ai agora ela é anahi!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 16:07:05

    ó deus.... o alan me matou agora.... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 04/09/2015 - 15:49:31

    poxa e agora....


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais