Fanfic: O Preço da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Os Finch o observaram com gratidão e visivelmente mais tranquilos.

— Obrigado por ter cuidado tão bem dela e a protegido quando não pudemos fazê-lo.

Alfonso se deu conta de que simpatizara bastante com os Finch Ficou contente pelo fato de Anahí tê-los em sua vida.

— Vocês mencionaram que ela estava trabalhando no centro médico da universidade. Estou curioso, o que Anahí faz para viver?

— Bem, ela não precisa realmente fazer nada para viver. — Explicou o sr. Finch. — Os pais lhe deixaram tanto dinheiro que poderia levar uma vida de rainha se assim quisesse. Mas ela sempre quis ajudar as pessoas. Foi por isso que se tornou psicóloga infantil. Isso e o fato de que adora crianças, é claro.

Alfonso teve de sorrir. Aquilo explicava por que ela era tão boa em lidar com Alan.

Depois de ouvir os Finch, ele se deu conta de que havia muito mais que gostaria de saber sobre Anahí. Inclinou-se para a frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.

— Contem-me tudo sobre ela. Falem-me sobre Anahí.

Michael Richards entrou no quarto de hospital, alheio à enfermeira e ao técnico que saíam.

— Querida! — exclamou, abrindo os braços, mas não se aproximando da cama de imediato.

Anahí observou o homem e estremeceu, lembrando-se de quando Luther também a chamara de "querida". Pequenos trechos de sua memória começavam a voltar, mas sua antiga vida ainda estava envolta por uma névoa na maior parte, incluindo o homem parado a sua frente.

— Sou seu noivo, Michael. — Na voz dele, transbordava simpatia. — Não está me reconhecendo? — Enfim, sentou-se numa cadeira ao lado da cama e pegou a mão dela.

Anahí sentiu uma estranha prevenção em relação ao homem. Sacudindo a cabeça em resposta, fitou-o, apreensiva.

— Você não se lembra de... de nada do que aconteceu imediatamente antes de ter sido sequestrada?

— Não. Por que pergunta?

O homem relaxou visivelmente e abriu um sorriso que a fez lembrar de um jovem Robert Redford. Porque conseguia se lembrar de Robert Redford e não de seu noivo?

— Eu estava apenas curioso. Não se preocupe. Você estará em casa e totalmente de volta ao que era muito em breve.

Em casa.

Anahí pensou na fazenda e, depois em Alfonso e Alan, um nó formando-se em sua garganta. Pensou, então, na outra coisa que o homem dissera.

— E como eu era? Quero dizer, o que eu faço, por exemplo? Eu não ficava apenas sentada numa espreguiçadeira em algum lugar bebericando coquetéis de frutas e lendo revistas sobre frivolidades, não é?

Michael soltou um riso divertido.

— Pelos céus, não. Ora, você é apenas a mais proeminente psicóloga infantil do Estado do Kansas.

Ela foi tomada por nova sensação de familiaridade, a mais agradável até então. Não era de admirar que tivesse tido tanto entrosamento com Alan!

— Eu era realmente competente? — Anahí sentiu a esperança crescendo em seu íntimo.

— Competente? — Michael abriu-lhe outro sorriso estonteante — Você está no auge de sua profissão, sendo amplamente publicada, totalmente bem-sucedida.

Anahí começou a rir, abraçando os joelhos junto ao peito era boa em alguma coisa! Algo importante.

Pensou em todos os seus contratempos na fazenda e como tinham parecido arrasadores na ocasião. Agora, porém, pareciam tão corriqueiros.

— É claro que você terá de diminuir o seu ritmo de trabalho depois que nos casarmos.

— O quê? — Despertada de seus devaneios, a inquietação anterior dela voltou.

Michael tirou uma pequena caixa de veludo do bolso.

— Felizmente, isto estava fora sendo avaliado quando você foi sequestrada. Aqueles rufiões o teriam apanhado de imediato e não fariam a menor ideia de seu valor. — Pegando a mão dela, colocou-lhe um anel de noivado com um imenso diamante no dedo.

Anahí olhou para a pedra preciosa como se estivesse hipnotizada. Era grande, sem dúvida.

Também era exagerada e de mau gosto.

— É uma beleza, não é? Bem, tenho de dar alguns telefonemas e, portanto, deixarei Matty e Jacob entrarem para ajudarem você a se preparar para ir.

— Ir para onde? — Ela se sentia como se estivesse em meio uma névoa espessa. Sua antiga vida tentava penetrar pela superficie de sua consciência e a cabeça doía-lhe com o esforço.

— Para casa, é claro. — respondeu ele rapidamente e adianto se até a porta para sair. — Onde é seu lugar.

Anahí fechou os olhos e massageou as têmporas.

Embora tivesse se sentido animada com a conversa sobre seu trabalho, tinha que admitir que, no nível pessoal, a impressão que tivera de Michael não era muito melhor do que a que tivera de Luther e Otis.

Mas, com certeza, aquilo devia ser apenas sua imaginação.

Estivera prestes a se casar com o homem. Tinham de ter amado um ao outro, não era mesmo?