Fanfic: O Preço da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— E o que achou das instalações da rádio de Fairweather?

— São perfeitamente adequadas. — Anahí engoliu em seco. O óbvio estado de choque dele Alfonsoava difícil avaliar-lhe a reação. Era momento de parar com os rodeios e ir direto ao ponto. — Alfonso, por que você me disse para partir?

Ele a fitou com uma expressão de dor no olhar.

— Eu não queria. Por favor, acredite. Mas quando ouvi o que o vidente disse sobre a sua vida e a de seu noivo...

Anahí levou a mão ao peito.

— Era você do lado de fora da tenda naquela noite!

— Sim. Fiz aquilo por você, não percebe? Jamais quis que você partisse.

Pela primeira vez, Anahí deixou seus olhos traírem seus sentimentos, porque sentiu que a vitória estava ao seu alcance.

Permitiu-se um longo olhar para o rosto adorado do homem do qual sentira tanta falta. Estendeu as mãos para Alfonso, e ele tomou-as nas suas, compreendendo imediatamente.

Quando viu que não havia nenhum anel de diamante, nem aliança nos dedos dedicados, levou-lhe uma das mãos aos lábios e beijou-a. Seus olhos verdes, atónitos e esperançosos, fitaram-na com intensidade.

— Você não se casou com ele. — disse, rouco.

Era uma constatação, não uma pergunta.

— Não, não me casei com ele.

— Por quê?

— Porque amo outro homem. Você.

Lentamente, Alfonso começou a puxá-la para si.

— E quanto a sua outra vida, seus leais empregados?

— Minha outra vida não valia um níquel furado sem você e Alan. E quanto aos empregados, Jacob sempre quis trabalhar numa fazenda e Matty sente falta de cuidar de uma família de verdade. Achei que o pequeno chalé seria perfeito para eles.

— Que chalé? — Alfonso piscou, confuso.

— Aquele que construirei para eles a cerca de um quilómetro daqui.

— Oh... Aquele chalé.

— E então, você acha que gostaria de acolher uma pensionista outra vez?

— Uma pensionista? — Um sorriso radiante começou a tomar forma nos lábios dele.

— Não sou muito boa dona de casa, nem cozinheira, — disse ela, enfim — mas eu me empenho muito e sou ótima com crianças.

— Viva! — Alan, que estivera observando em silêncio, sua expressão surpresa, soltou um grito de entusiasmo e começou a saltar.

Alfonso puxou Anahí para si, enlaçando-a pela cintura com braços bronzeados e possessivos. Então, começou a rir, e o som espontâneo e feliz preencheu a cozinha. Subindo as mãos pelas costas dela com carinho, afagou-lhe os cabelos e guiou-a para si.

Entre beijos, disse:

— Bem-vinda ao lar. Eu te amo.

Após alguns momentos, ambos olharam para Alan, que puxava as mangas das roupas deles e sorria amplamente.

— Tenho que chamar você de Anahí, ou posso continuar chamando-a de Dorothy?

Alfonso deixou a cabeça pender para trás, seu semblante irradiando pura alegria.

— Se posso dar minha opinião, muito em breve você a estará chamando de "mamãe".

— Eu ficaria honrada, Alan. — afirmou Anahí com lágrimas de felicidade nos olhos. — E eu lhe direi algo mais. Não há lugar como o lar!

FIM