Fanfic: Dancer Hot FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e hot

Ela levantou-se da cadeira e foi até ele, perifericamente ciente de que Darcy tinha saído da cozinha.
Atando as mãos atrás da nuca dele, ela o puxou, tomada por um silêncio emocionado quando ele lhe
envolveu a cintura e os lábios de ambos se encontraram. O beijo foi quase reverente, uma declaração do
desejo tácito entre eles. Falava de esperanças e sonhos para o futuro, de desejos à espera de serem
cumpridos. Aquele beijo a assegurava de que ela era preciosa, estimada e desejada, que tinha um lugar
na vida daquele homem. Dizia quase tudo o que Anahi queria dizer, no entanto, quando ela se afastou
para encontrar os olhos azuis profundos, não recebeu a única coisa da qual mais precisava. Alfonso não
disse que a amava.
Tudo bem. Ela esperaria.
Sustentando o olhar dele, ela escolheu suas palavras com cuidado.
– Aquela conversa está encerrada. Eu vejo quem você é. O que você foi é passado. Só me prometa
que vai mantê-lo lá.
Ele franziu as sobrancelhas.
– Eu nunca permitiria que a violência chegasse perto de você.
Ela esfregou o polegar sobre o queixo mal-barbeado.
– Vou cobrar isso de você.
Eles arrumaram a mesa, movimentando-se lado a lado, como satélites na órbita de um planeta,
passando perto, mas nunca se tocando. Havia tanta coisa que ela queria dizer, mas anos de rejeição a
deixaram muda. Ela não tinha dúvidas de que ia ter de abandonar as inseguranças e reivindicar o que
desejava caso tivesse pretensões de influenciar o resultado daquilo tudo.
Virando-se para Alfonso, ela o flagrou observando-a com a expressão mais esquisita.
– O que foi? – perguntou ela.
– Nada. – Dando de ombros discretamente, ele calçou os pegadores de panela e colocou o empadão
de frango no centro da mesa, ao mesmo tempo que mais de um par de pés desceu pelas escadas.
– Uma amiga de Melody está aqui. – Ele se inclinou sobre a mesa. – Infelizmente ela é… – Ele sorriu,
olhando para trás. – Oi, Jenny.
Se Anahi não o conhecesse tão bem, se não o tivesse visto lidar com as mulheres na boate, ela nunca
teria captado seu desconforto. Ela olhou para trás e encontrou Melody revirando os olhos tal como uma
adolescente fazia; a menina devia ter seus 15 ou 16 anos, e mirava Alfonso com um desejo óbvio. Anahi
lamentou por Jenny. Ela compreendia como era triste amar alguém e não ser correspondido. Então
resolveu dividir o fardo com a menina.
Jenny notou a presença de Anahi, e a encarou muito confusa quando Alfonso sentou-se ao lado dela.
Anahi reconheceu o minuto exato, quando Alfonso pousou a mão em sua cintura, em que Jenny
percebeu que Anahi era namorada de Alfonso. A outra arregalou os olhos e ficou boquiaberta.
Anahi se adiantou:
– Oi, Jenny. Alfonso me falou muito sobre você.
A menina a fitou pelo segundo mais breve antes de olhar para Alfonso.
– Falou?
Anahi ofereceu a mão. Jenny a apertou, ainda olhando fixamente para Alfonso.
– Falou. Aparentemente, você vem bastante na casa dos Herrera. – Sorrindo, Anahi recuperou a
mão de Jenny e continuou a apertá-la. – Alfonso estava me ensinando a fazer empadão de frango.
– Você não sabe cozinhar? – perguntou a garota, obviamente buscando desdenhar de Anahi.
– Não. A menos que você conte abrir latas de sopa. Nesse caso, eu faço uma bela lata de sopa.
– Eu tive aulas de economia doméstica. Sei fazer um monte de coisas – disse Jenny assertivamente.
– Que legal. – Anahi sentou-se no banco que Alfonso puxou para ela. – Qual é a sua especialidade?
Jenny a espiou, desconfiada.
– Minha lasanha é realmente incrível.
– Eu amo lasanha! Você poderia me ensinar a fazer? Aqui? Tenho certeza de que Alfonso não se
importaria de nos ajudar a cortar os ingrediente. Ele ajudou a gente esta noite.
Jenny estava tão obviamente atônita que Anahi questionava se havia feito mais mal do que bem. A
menina não tinha certeza se devia gostar de Anahi ou odiá-la por estar com Alfonso. Em vez de
pressionar, Anahi permitiu que a outra pensasse. Antes que ela pudesse falar, Melody começou a
responder.