Fanfic: Dancer Hot FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e hot

Ele soltou uma gargalhada curta.
– Gostou tanto assim, é? – Dedos magros inquietos deslizaram pelas costas dele. Alfonso teria preferido
manter a dança e a boate distantes do que quer que rolasse entre eles.
Afastando o cabelo da testa, Anahi assentiu.
– Eu gostei mais do que provavelmente é considerado legalmente aceitável na maioria dos estados.
– Cuidado, srta. Portilla. Não podemos nos dar ao luxo de ter a boate fechada. – Ele encostou no
estacionamento do café e teve a sorte de conseguir uma vaga bem na entrada, assim que outro carro
saiu. – A título de curiosidade, qual seria a acusação?
Ela não hesitou.
– Exercício da luxúria agravado por pensamentos indecentes em local público.
O sorriso que tomou Alfonso foi sincero.
– Você é rápida.
Desta vez, foi ela quem deu de ombros.
– Tenho sofrido por tempo suficiente para saber.
Com a mão na maçaneta da porta, ele fez uma pausa.
– Sofrido?
– Três anos, Alfonso. – Palavras suaves na penumbra dentro do carro. – Durante três anos eu observei
você, ri com você e desejei você. Lembra-se de quando você pediu que a gente se levantasse, um de
cada vez, para defender nossas teses? Eu me saí mal porque não conseguia parar de olhar para você.
Você era afável, e não me criticou pela minha péssima apresentação. Eu gostei de você ainda mais por
isso, e não conseguia parar de me perguntar se você tinha ao menos metade da vontade que eu tinha de
matar aula e brincar de médico. – Ela sorriu, o olhar de algum modo amargo e doce. – Não vou fingir
que não era assim. Agora não. Não mais.
O coração de Alfonso balançou.
– Não. Chega de fingir. – Respirando fundo, ele abriu a porta. – Primeiro a comida. Depois,
conversa. – Ele olhou para trás. – E aí vamos discutir as condições específicas do Banco Imobiliário.
– Feito. – Anahi saiu do carro e o encontrou à entrada do café.
Segurar a mão dela era totalmente natural. Ele a guiou para dentro silenciosamente e ocupou a
primeira mesa disponível. Uma garçonete surgiu num piscar de olhos, e começou a flertar com Alfonso
imediatamente, irritando-o. A última coisa que queria era que Anahi pensasse que ele era um idiota
desmedido que não respeitava sua acompanhante.
Acompanhante.
E era isto que ela era de fato. Tinha começado de um jeito diferente e evoluído para aquela situação
na qual ele estava sentado a uma mesa com ela, olhando para ela, desejando-a. Esta última opção não
tinha mudado.
– Senhor? – A garçonete girou a caneta. – Alguma coisa aqui soa… apetitosa?
Esticando o braço para o outro lado da mesa, ele pegou a mão de Anahi e encontrou os olhos dela
quando respondeu:
– Sim, tem uma coisinha perfeita aqui, mas ela não está no cardápio.
Anahi corou, o que encantou Alfonso completamente.