Fanfic: Dancer Hot FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e hot

– Você poderia me ensinar a fazer empadão? – A pergunta baixinha de Anahi fez Darcy silenciar-se
de repente.
A mãe de Alfonso deu um sorriso gentil.
– Chegue uma hora e meia mais cedo então, certo? Digamos, às 17h30? As meninas vão estar em
casa a esta hora, então a cozinha pode ficar um pouco apertada, mas eu sempre acreditei que uma
cozinha cheia é sinal de um lar feliz. E na verdade, Alfonso faz um empadão melhor do que o meu. Ele
pode ensiná-la.
Alfonso NÃO poderia ter planejado melhor caso tivesse tentado, pois conseguira fazer Darcy encurralar
Anahi para jantar em sua casa. Claro, um jantar com sua família não seria nada sexy, mas seria
inegavelmente íntimo. E isso significava que ele tinha conseguido fazer Anahi se comprometer a passar
mais tempo com ele fora da empresa. Ele ia ensiná-la a cozinhar e aproveitar para bater papo.
Todo o impulso mental parou naquela curva em particular. A expressão de Anahi quando ela pedira
a Darcy para ensiná-la a receita, a forma como sua voz quase ficara presa na garganta… tudo era mais
uma evidência da fragilidade de Anahi. “Comida enlatada”, dissera ela logo após rir de um jeito amargo
quando Alfonso perguntara se a mãe dela cozinhava. Era evidente que a mãe dela fora ausente, mas
como? Por quê? Ele queria proteger Anahi de qualquer pessoa que lhe causasse dor, mas no momento
isto incluía ele também, então Alfonso teria de ser cauteloso.
– Alfonso?
Ele voltou a concentrar-se nela.
– Hein?!
Um leve sorriso brincou nos lábios de Anahi.
– Se não sairmos agora, vamos nos atrasar.
– Certo. – Colocando-se de pé, ele deixou um pouco de dinheiro na mesa. – Estou caindo fora,
pessoal.
Um coro de despedidas soou, e ele acenou distraidamente antes de capturar a expressão de Anahi.
Ele fez uma pausa antes de olhar para trás para ver se havia algo de errado ali. Nada. Alfonso franziu a
testa.
– O quê? O que foi?
Ela balançou a cabeça, o olhar fixo no chão.
– É claro que tem algum problema. Desembuche. – Gesticulando para Anahi sair primeiro, ele a
acompanhou restaurante afora. Observar o bumbum empinado dela rebolando sob a saia-lápis era
reconhecidamente uma tortura.
Alfonso permitiu que Anahi mantivesse o silêncio até eles chegarem ao ponto de ônibus.
– Você vai ter que se comunicar comigo em algum momento, Anahi. E poderia muito bem começar
agora.
Quando finalmente respondeu, ela simplesmente olhou para a rua, como se estivesse aguardando
por um vislumbre do ônibus.
– Eu não tenho nada para conversar com você, a não ser sobre o estágio. Quanto mais cedo você
colocar isso na cabeça, mais satisfatório este trabalho temporário será para nós dois.
Uau, aquilo doeu.
– Certo. No entanto, tem um problema nessa visão limitada das coisas.
Ainda olhando para a rua, ela respondeu de forma desinteressada:
– Qual?