Fanfic: Reencontrando o Amor - Herroni | Tema: Herroni, MyP, Maite e Poncho

Capítulo 3

Os dias se passaram rotineiro depois do acontecido com Sophia, não gosto de admitir mais ainda sou apaixonado por ela, infelizmente.

— Será que posso falar com você? — Ela aparece no pasto.

Bufo e desço do cavalo. — O que está fazendo aqui? — Amarro o mesmo em uma arvore. — Não sabe que é perigoso? Ainda mais vestida desse jeito! — Reviro os olhos em desdém. Ela está parecendo que vai desfilar no meio do mato.

— Vim falar com você. Podemos?

Olho ao redor e penso no assunto. Serei fraco em aceitar? , mas tenho que aceitar, para acabar com isso logo de uma vez e deixar alguns pontos bem claros.

— Tá bom. — Concordo e desamarro o cavalo novamente. — Mas não aqui. Sobe! — Indico com a cabeça.

Sophia faz uma cara de nojo, mas sobe com minha ajuda. Subo logo em seguida e ela envolve os barcos ao redor de mim. Vai entender as mulheres!

Logo estamos na porta de sua casa, então juntos descemos.

— O que quer?

— Voltar. — Responde da maneira mais natural do mundo.

Franzo o cenho. — Como é que é?

— Eu me arrependi Poncho, quero voltar. — Diz envolvendo os braços ao redor de meu pescoço.

— Não! — Me afasto. — Não mesmo Sophia, tenho vergonha na cara! Você me humilhou naquele restaurante naquele dia se eu aceitasse voltar contigo seria um imbecil! — Exclamo incrédulo, mas não elevo a voz.

— Mas agora eu quero ficar com você. Eu te amo!

— Mas agora quem não quer sou eu! — Digo seco. — Eu devia ter visto antes que isso não iria dar certo. Você sempre deixou claro que não queria morar aqui, mas eu pensava: Irei fazer ela mudar de ideia, afinal ela me ama, sua família está aqui, meu emprego e minha família também.  Como fui ingênuo, mas não deixarei que me use mais. — Maneio a cabeça em negativa. — Esse relacionamento termina aqui e não tem volta. E quem não quer mais sou eu, Sophia! — Me viro em olhar para trás e monto no cavalo saindo em disparada em seguida.

Quando o meu dia acaba volta para a casa e vou preparar um jantar quando não vou comer fora. Tudo é silencioso e calmo. Gosto assim, mas seria mais interessante uma companhia.

Tomo um banho, faço um sanduiche e enrolado em uma coberta no sofá me ponho a assistir TV, a noite aqui é gelada por conta do lago, mas não liga, pois a vista é impagável.

[...]

Visto-me com uma calça jeans surrada, um all star do mesmo jeito,  uma camiseta cavada branca e uma camisa xadrez em cores vermelhas e pretas e claro, não pode faltar o boné, por causa do sol forte que tenho que enfrentar todos os dias.

Saio de casa e entro na camionete, indo diretamente para o curral, onde há vacas para ser ordenhadas, bois a serem vacinados e cuidados. Trabalho é o que não falta aqui, jamais.

Demoro a fazer essas tarefas cerca de duas horas, então vou dar banho nos cavalos, ao todo são 50, mas dou banho em pelo menos 3 por dia.

— Alfonso! — Bolton grita-me ao longe.

Paro de fazer o que estou fazendo e o miro. Está bem distante de mim, porém está caminhando em minha direção. Faço o mesmo, até nos encontrarmos.

— Sim, senhor?

Quando ele soube que sua filha havia terminado comigo, lamentou, mas não intrometeu no assunto, porem reconheceu que ela estava errada e que estava se autoprejudicando.

— Quero que depois que terminar de dar banho nesses pangarés vá comprar o que os animais necessitarem. — Entrega-me uma boa quantia a qual guardo no bolso de minha calça velha e suja.

Assinto. — Claro. Pode deixar comigo, só falta um fora esse.

— Ok. — Ele sorri. — Ah, e sobre a agrônoma não sei ainda quando poderá vir. Ela me ligou semana passada e disse que estava resolvendo algumas coisas, como já sabe ela é muito nova, parece que o pai não está concordando em algo.

— Certo.

— Bom, termine seu trabalho aí que eu vou resolver alguns assuntos da empresa com Sophia, finalmente ela resolveu ajudar em algo. — Ele ri no final e caminha de volta para sua casa.

Volto para o meu trabalho e ali fico concentrado. Amo fazer o que faço, amo os animais, o dinheiro é consequência.  Escovo o cavalo e começo a lavar o outro.

[...]

Quando termino de dar banho nos cavalos e de guarda-los pego uma prancheta em minha casa junto à caneta e vou ao depósito, ver o que estamos precisando. Anoto tudo e depois adentro a camionete para ir até a cidade.

O caminho da fazenda até lá é pequeno, tipo, nem chega a 1 km, isso é ótimo. A loja que compro artigos agrícolas é pertíssimo também, pois é na saída/entrada da cidade.  Estaciono a camionete e adentro a loja, lá encontro tudo que eu quero. Um garoto de mais ou menos 18 anos começa a levar os sacos de ração para a minha camionete, então o ajudo. Ele deixa tudo no chão, então o pago e falo: — Tá tudo bem. Deixa que eu mesmo irei guarda-los. — Sorrio de maneira gentil e ele assente.

Ao todo são 5 sacos, sendo cada um com coisas diferentes. São bem pesados, mas não ligo.  Por fim termino e as amarro para que não caia ao andar. Bato uma mão na outra para limpá-las.

— Com licença, moço! — Alguém grita a mim quando abro a porta da camionete para entrar na mesma. 

Olho ao redor e deparo com uma garota vindo em minha direção, ela está atravessando a rua que por sinal está bem movimentada. — Sim? — Estreito os olhos atento.

Ela então para diante de mim. Deve ter no Maximo 1,62, não mais que isso. É magra, mas não muito, ela é do tipo magra bonita.  Seus cabelos são pretos, mas não muito escuros, há mechas mais claras e não parecem serem pintadas ou algo parecido.  Seus olhos grandes, chamativos e negrose sua boca perfeitamente desenhada, bem viva e carnuda. Dá a impressão de ser macios.

— Ah, oi é que sou nova na cidade. Pode me dar uma informação? — Diz ela gentilmente colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha.

— Ah, claro. Tudo bem. — Respondo fechando a porta da camionete.

— O lugar é esse. Liguei o meu GPS, mas ele ficou indicando somente até aqui. — Explicando entregando-me um endereço anotado em um pedaço de papel.

— Deve ser por causa do tamanho da cidade. — Comento e pego o papel dando uma olhada e logo me surpreendo o endereço é da fazenda dos Foster. — Ué, mas eu conheço esse lugar. Moro e trabalho nessa fazenda. Você por acaso é agrônoma?

Ela ri surpresa. — Sou sim. Você por acaso e um veterinário?

Rio junto a ela. — Isso mesmo. — Entrego-lhe o papel. — Alfonso Herrera. — Ergo minha mão.

— Maite Perroni! — Aceita meu cumprimento.

Sua mão é pequena em relação a minha e tão macia. Logo percebo que estou segurando sua mão por tempo desnecessário, então a solto sem graça.

— Eu estava comprando algumas coisas para a fazenda, mas já terminei. Vamos? Você me segue com seu carro. — Sorrio de modo gentil a ela.

— Tudo bem. Vamos lá. — Concorda.

 Agradeço a todas pelos comentários e aí está a cena tão espera, espero que gostem! :3