Fanfic: Momentos - Continuação de A Cegueira | Tema: RBD

Alfonso

Pela primeira vez em 24 horas Any e eu estávamos sozinhos. Desde que nossa família descobriu que minha cirurgia tinha sido bem sucedida eles tiveram que se apresentar mais uma vez.
Nossos amigos saíram ontem por volta da uma da manhã e meus pais dormiram no sofá da sala. Eles finalmente foram descansa no hotel há 20 minutos atrás.
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Any deitou devagarzinho na cama com algo nas mãos – “Quer começar agora?” – ela sorriu pra mim.
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“Começar o quê?” – eu perguntei alcançando as mãos dela. Era uma revista.
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“Bem... cores, objetos... essas coisas. Eu não sei por onde começar.” – ela encolheu os ombros e veio para mais perto de mim. Passei um braço nos ombros dela e puxei-a pra cima jogando o cobertor em cima de nós – “Se você quiser, claro...”
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“Tudo bem por mim.” – falei ajeitando os óculos. Eles eram diferentes dos meus óculos antigos. A armação era prata e fina, ou pelo menos foi o que me disseram. Any escolheu para mim. Maite ficou impressionada por ela ter escolhido um modelo de um designer chamado Ferragamo. Eu já ouvi esse nome antes mas não fez a mínima diferença para mim.
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Any abriu a revista e começou a me mostrar várias coisas. Algumas eu já estava começando a reconhecer mas as cores ainda eram um grande mistério para mim. Eu me sentia um estúpido por não saber algo tão fácil. – “Isso é tão estranho.” – falei baixinho.
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“Você esperava algo diferente?” – ela perguntou
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“Eu não sabia o que esperar. Na verdade eu ainda não sei.” – eu falei suspirando e deitando na cama – “É tanta coisa para aprender! Como você consegue?”
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“Eu só tenho mais prática. Mas você vai se acostumar igual a mim.” – ela falou calma, me dando um beijinho nos lábios.

 “Bem, eu sei que tem uma coisa que eu não vou me acostumar...” – falei deixando as palavras morrerem, beijando seu pescoço
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“E o que seria...?”
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“Olhar para você... você é maravilhosa.” – sorri enquanto aproximava meu rosto, lentamente, do dela para beija-la. Eu ainda estava me acostumando a profundidade e distância entre corpos. Fechei os olhos mas lembrei do médico dizendo que eu devia largar os antigos hábitos. Eu precisava me acostumar a fazer as coisas com os olhos abertos. Eu já bati o rosto no nariz de Any tentando beija-la pelo menos umas 3 vezes na última hora, mas ela parece não se importar.
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“Quantas mulheres você viu até agora?” – ela atiçou.
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“Eu não preciso ver nenhuma mulher para saber que você é linda. Você é a mulher mais linda do mundo. Você vai ser a esposa mais linda...” – falei sorrindo. Devagar, peguei a revista de suas mãos e coloquei na cômoda ao lado da cama.