Fanfic: Momentos - Continuação de A Cegueira | Tema: RBD

“Eu sei...” – falei passando a mão pelo cabelo. Ela também usou da mão livre para acariciar minha bochecha e se aproximar para me dar um beijo leve nos lábios.

Mais uma vez o som de alguém limpando a garganta, isso já estava me dando nos nervos, e eu me virei para encontrar Marichello com uma expressão azeda no rosto.
.
Meu pai levantou sua taça chamando a atenção de todos na mesa – “Eu gostaria de dizer que estou muito feliz por Any tornar-se parte da família. Ela é uma garota incrível. Bom trabalho, filho!” – ele brincou
.
Soltei um riso nervoso ao perceber que Any e eu coramos – “Ele está certo, sabe?” – sussurrei no ouvido dela. Ela riu e meneou a cabeça se aconchegando no meu peito.
.
O pai de Any então falou – “Sem ofensas Roberto mas ninguém é bom suficiente para minha filha. Mas, se ela quer mesmo casar e construir uma vida, Alfonso até que não é tão ruim.” – ele falou com um sorriso largo para mostrar que só estava brincando.
.
“Pai!” – Any falou entre os dentes.
.
“O que? É verdade!” – ele falou fingindo inocência. Any revirou os olhos, ainda com um sorriso.
.
“Tudo que eu tenho a dizer é: como vocês vão casar antes de nós?” – Maite falou apontando para Christian e ela mesma. Todos riram da brincadeira. Ela sorriu e levantou a própria taça. “Aos noivos!” – e todos brindaram e beberam. Até Marichello, para minha surpresa.
.
Depois que Any me ajudou com o cardápio tivemos um belo jantar. Os nervos se acalmaram e a atmosfera melhorou. Não sei se pelo álcool ou se porque estávamos conversando mais e nos conhecendo.
.
“Então, já decidiram para onde vão na lua-de-mel?” – Paulo, namorado de Marichello, perguntou. Acho que foi a primeira vez na noite que ouvi a voz de Paulo.

“Ele não quer me contar. Diz que é surpresa.” – Any falou suspirando, claramente chateada. Ela vem me perguntando sobre a lua-de-mel há tempos e eu só respondia que era algo que eu gostaria de fazer. E também sempre a acalmava dizendo que não exageraria.
.
“Hmm, vai levá-la para alguma ilha tropical e nunca mais trazê-la de volta?” – Christian zombou.
.
“Talvez...” – falei pensativo – “não digo mais na-da.”
.
Enquanto saíamos do restaurante Any envolveu minha cintura com o braço – “Eu odeio surpresas...” – ela resmungou
.
“Mas dessa você vai gostar. Eu acho,” – falei plantando um beijo na ponta do nariz dela.