Fanfic: Momentos - Continuação de A Cegueira | Tema: RBD

Anahí

Não me incomodei em procurar algo melhor pra me vestir além dos meus moletons e a camiseta do meu pijama. Já meu cabelo estava em um rolo bagunçado na nuca. Enfiei um par de chinelos nos pés e coloquei a carteira no bolso da calça. Dei uma olhadinha no espelho por um segundo antes de decidir que esse era um visual perfeito para um "lanche na madrugada".

Fiquei me balançando pra frente e pra trás com meus pés enquanto esperava a lenta descida até o térreo. Eu queria muito estar perto de Alfonso de novo. Já estava muito mal acostumada a dormir sempre ao seu lado. Me sentia insegura sem ele.

Assim que as portas do elevador se abriram, fui saudada com uma visão maravilhosa. Alfonso lindo e perfeito inclinado contra um pilar de mármore branco. Ele estava usando uma bata branca, a calça xadrez de seu pijama e chinelos pretos, como o meu. "Nós combinamos", eu disse rindo enquanto caminhava até ele.

Ele não respondeu, mas seus braços envolveram minha cintura, puxando-me pra perto dele. Ele pressionou sua boca na minha por um bom tempo. Seus lábios doces estavam com gostinho de hortelã como se tivesse acabado de escovar os dentes. Seu cheiro era doce, levemente almiscarado. Seu pomo-de-adão trêmulo era bem visível sob sua garganta. Quase caí em tentação e implorei pra que ele arrumasse um quarto só pra nós dois.

"Alfonso." Eu sussurrei seu nome, traçando meu nariz pela linha de sua mandíbula.

"Sim, meu amor?" Sua mão repousou nos meus quadris, acariciando-os sorrateiramente.

"Eu preciso de você, por isso antes que eu arranque suas calças no meio desse lobby e mate meu desejo da forma mais insana possível, vamos arrumar algo para comer."

"Eu estava pensando exatamente a mesma coisa", ele murmurou, seus olhos viajando pelo meu corpo. Uma de suas mãos desceu uns dois centímetros ou mais por dentro da calça do meu pijama.

"Alfonso?"

"Hmmm?" Ele murmurou, com a outra mão deslizando pela minha barriga, indo até a base dos meus seios.

"Co.mi.da.", disse simplesmente, tentando fazer o meu melhor para soar como se não tivesse gostando daquilo. Afinal, se ele continuasse fazendo isso, estaríamos em sérios problemas.

Ele suspirou profundamente, "Se é o que você quer..." Ele disse pegando minha mão.

Caminhamos silenciosamente para o pequeno restaurante vinte e quatro horas. Não foi desconfortável. Nada precisava ser dito.

Sentamos os dois do mesmo lado da mesa. Nos inclinamos um em direção ao outro; minha cabeça descansando sobre seu ombro e os nossos dedos entrelaçados. Nenhum de nós estava com muita fome, então decidimos dividir um sanduíche de peru e algumas batatas fritas.

"Está nervosa com amanhã?", Ele perguntou, encostando sua cabeça na minha.

"Só to com medo de cair das escadas."

Ele riu e beijou o topo da minha cabeça. "Eu vou estar lá pra te levantar caso você caia."