Fanfic: Momentos - Continuação de A Cegueira | Tema: RBD

Alfonso

Relaxei na nossa grande e muito confortável cama de hotel. Eu estava tão bem que não queria me mover por nada. O corpo de Any estava sobre o meu, nossas pernas entrelaçadas. O corpo dela moldado ao meu sua mão descansava no meu abdômen. Eu mantive meus olhos fechados o máximo que pude simplesmente aproveitando a sensação. Sabia que tínhamos que levantar e odiava isso. Mas sabia que tinha planos e que Any muito provavelmente gostaria deles.

Ontem foi um dia maravilhoso. Um dia cheio, mas maravilhoso. Nós andamos pelo jardim local. O sol estava brilhando e o céu num lindo tom de azul.

Eu fiz com que Any posasse para algumas fotos o que ela fez muito a contra gosto. Mas era necessário: a beleza dela misturada no colorido das flores merecia ser fotografada e relembrada. Ela reclamou que teria que imprimir mais de mil fotos dessa viagem. Eu não achei problema nenhum nisso. Na verdade eu fiquei muito feliz. Podia ver agora então não perderia uma só oportunidade.

Depois de um rápido almoço nós voltamos para o hotel com um monte de besteiras mais para comer e alguns filmes. Depois de quatro filmes, que não assistimos nem metade por culpa dos amassos, nós decidimos dormir.

Eu sonhava mais agora. Flashes de luz e cores. E Any. Mas mesmo sonhando eu sabia que a realidade era bem melhor.

Eu sonhava com os lábios dela nos meus. Nela se declarando com um lindo sorriso nos lábios que eu tanto gostava.

Agora, deitado na cama abraçado ao meu amor, eu pensava porque eu planejei um dia tão cheio. Eu sabia que seria divertido mas não queria deixar o conforto e calor do seu abraço por meio segundo. Eu deveria ter deixado mais dias em aberto para ficar preguiçosamente deitado na cama como ontem. Mas tudo bem, eu não erraria novamente na nossa próxima lua de mel.

Corri os dedos por sua espinha enquanto minha outra mão tirava o cabelo que estava colado sem eu rosto – “Sra. Herrera, hora de acordar...” – sussurrei em seu ouvido.

“Cedo. Demais.” – ela murmurou enquanto se aconchegava mais em meu peito. Ela nem abriu os olhos mas fez um biquinho.

“São dez da manhã” – eu ri – “Você quer dormir o dia inteiro?” – falei arqueando uma sobrancelha. Ela parecia estar se controlando para não abrir os olhos. E eu odiava não ver os olhos dela ao acordar.

“Eu quero dormir” – ela reclamou baixinho, ainda sem se mover.

“Nós podemos voltar a tarde e tirar uma soneca.” – prometi tentando não rir. E a ideia não era má. Ficar na cama com ela, fazendo sexo ou não, era uma das minhas coisas preferidas.