Fanfic: Luxúria AyA | Tema: [ADAPTADO] #HOT
Ele se aproximou mais, até que parou do outro lado do sedã Audi branco.
– Pressinto que você é a mulher que eu vim conhecer.
Voz profunda, modulada e surpreendentemente suave. Sensual.
Ela só conseguiu assentir com a cabeça.
Os lábios dele se contorceram diante do persistente silêncio.
– Anahi Portilla? Autora de livros eróticos?
– Sim...
O que estava errado com ela? Por que será que não conseguia dizer uma frase sensata?
– Sou Alfonso. Podemos entrar?
– O quê? Sim, com certeza.
Ela bateu a porta do carro e acionou a fechadura automática. E tentou ignorar o calor que se espalhava por sua pele. Subitamente, seu casaco de lã parecia pesado demais, mesmo no outono úmido tão característico de Seattle. Ela estava muito sensível ao homem que caminhava a seu lado enquanto se aproximavam da imponente entrada do museu, ladeada por dois camelos esculpidos em pedra.
Ela sempre gostara daquele prédio e das exposições que havia ali. Quando Alfonso sugeriu que fossem até o café, ela ficou agradavelmente surpresa. Apreciadora de arte, particularmente a asiática, estivera ali muitas vezes.
Subiram os largos degraus de pedra, e Alfonso, gentilmente, colocou a mão em suas costas. Um arrepio a percorreu.
Olhou para ele, descobrindo que lhe oferecia um sorriso.
Mas ambos permaneceram em silêncio ao se movimentarem pelo saguão, seus passos ecoando pelo chão de mármore e depois pelo pequeno lance de escada que conduzia ao Tate Café, no pátio central.
Ao entrar, Alfonso indicou uma das pequenas mesas sob o teto abobadado. Lá fora, havia estátuas: Buda, Vishnu, Kali.
Anahi jurava que podia sentir o cheiro das pedras ancestrais além do aroma do café e do chá, disperso no ambiente. Luzes difusas atravessavam os vidros foscos das janelas do átrio, acentuadas pelas arandelas de âmbar com seu sutil brilho dourado. Era um lugar tranquilo, onde Anahi ia com frequência para tomar uma xícara de chá, mas hoje ela estava uma pilha de nervos.
Por que se sentia tão excitada? Ele era só um homem. E aquela era apenas uma nova entrevista.
Ele a ajudou a tirar o casaco e afastou a cadeira para que ela se acomodasse. Gentil, com maneiras à moda antiga.
Tudo muito raro naquela cidade cosmopolita.
Ele tirou sua jaqueta de couro e colocou-a no encosto da cadeira, sentando-se relaxadamente, seguro de si. Usava uma malha cinza que destacava seus ombros largos. Um homem enorme, com uma constituição física de jogador de futebol americano. Suas feições eram absolutamente masculinas, das linhas angulosas do queixo às maçãs do rosto salientes. Somente sua boca era suave, em total contraste com o resto da face. Sensual também.
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Anahise virou na cadeira, pegou o cardápio e examinou a seleção de chás. – O que você vai querer? –, Alfonso perguntou. – Geralmente, misturo chá de jasmim e chá-verde. Alfonso fez um sinal ao garçom e, antes que ela pudesse dizer algo mais, fez o pedido para ambos. – Espero que voc& ...
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