Fanfic: Luxúria AyA | Tema: [ADAPTADO] #HOT
Anahise virou na cadeira, pegou o cardápio e examinou a seleção de chás.
– O que você vai querer? –, Alfonso perguntou.
– Geralmente, misturo chá de jasmim e chá-verde.
Alfonso fez um sinal ao garçom e, antes que ela pudesse dizer algo mais, fez o pedido para ambos.
– Espero que você goste de torradinhas de amêndoa –, disse, sorrindo para ela. – As daqui são tão boas como as de Roma. Lá existe um pequeno café, bem perto da praça de Espanha. Você não imaginaria algo tão espetacular em uma área turística. Mas aquele lugar faz os melhores biscotti da Itália.
– Faz anos que não vou a Roma. Mas lembro desses biscotti e do lugar.
– Estive lá no ano passado, quando voltava para casa depois de um mochilão na Espanha.
– Você viaja com frequência?
– O máximo possível. Não gosto de ficar em um lugar por muito tempo, embora meus prazos de escritor estejam me prendendo em casa atualmente. Isso me deixa inquieto. Há muito o que fazer no mundo.
Anahi se inclinou, deslizando as pontas dos dedos na colher que repousava no guardanapo de papel sobre a mesinha.
– Como o quê?
Deus do céu, ela estava flertando com ele?
– Tudo. – Ele sorriu. – Qualquer coisa. Escalei montanhas no Brasil, fiz mergulho em área de tubarões na costa de Fiji. Fiz caminhadas no Nepal carregando mochila.
– Então, você é um viciado em emoção.
– Sim, acho que sou. Mas não quero me gabar. São apenas coisas que gosto de fazer. Para desafiar as probabilidades. – Ele deu de ombros, arqueando ligeiramente o canto da boca, em um breve sorriso. – Velocidade. Gosto de minhas motos e de dirigir velozmente, até para testar como controlo a máquina em manobras radicais. Ela estremeceu.
– Eu nunca poderia andar em uma motocicleta. Nem em um milhão de anos.
– Você iria gostar.
– Não, acho que não. Então... Suas viagens são em busca de emoções?
– Até certo ponto. Mas muitas têm sido também jornadas espirituais.
– E você escreve ficção de horror, Jennifer me contou. Ela mencionou o fato de que, por ser um autor... dominante..., talvez seja útil para mim nas pesquisas que faço para meu livro.
Ele balançou a cabeça.
– Sim, acho que sim. Você parece se sentir desconfortável com o termo “dominante”.
– É mesmo. Talvez seja verdade. Embora seja uma autora dedicada ao gênero erótico, este não é o tipo de conversa que eu costumo ter.
– Tudo bem.
O garçom serviu o chá, e Anahi tomou bastante cuidado ao passá-lo do lindo bule japonês para sua xícara, evitando o olhar azul de Alec. O aroma de jasmim imediatamente a envolveu, acentuado pelo toque terroso do chá-verde. A fragrância era familiar, básica. Alfonso pegou um dos biscotti e lhe ofereceu.
– Aqui está. Você tem de provar.
Era uma ordem, não uma sugestão. Ela se surpreendeu, obedecendo.
– Na verdade, escrevo thrillers psicológicos –, Alfonso continuou. – Será que já leu algum deles?
– Não. Sinto muito.
– Talvez devesse.
Anahi estava ficando irritada. A linha entre a autoconfiança e a arrogância estava se desfazendo.
– Quem sabe você deva ler algo de minha obra.
– Já fiz isso. Assim que Jennifer me falou a seu respeito, li seu último livro.
– E? – ela o desafiou.
– Acho que você é uma ótima escritora. Inteligente.
Instigante. Desenvolve muito bem os personagens. O aspecto romântico não tira o brilho da história, como acontece com muitos outros autores. E você sabe como abordar o tema sexo de uma forma bem realista. Com uma crueza admirável.
– Oh! – Não era o que ela esperava que ele dissesse. Ficou momentaneamente perturbada. De novo. – Obrigada.
– Então, fale-me sobre este último projeto. Por que razão você precisava falar comigo?
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Aqueles olhos azuis estavam fixos nela. Pareceu-lhe, de repente, que eram muito parecidos com os de Quinn, embora Quinn fosse inocente de uma forma que, ela achou, Alfonso jamais deveria ter sido, mesmo quando jovem. Tinham, porém, aquele tom de azul-turquesa que a remetia ao Caribe. Havia sinceridade naqueles olhos, apesar da arrogância.&nb ...
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