Fanfic: Luxúria AyA | Tema: [ADAPTADO] #HOT
Alfonso liberou sua mão sobre o tampo frio da mesa, olhando-a fixamente.
– É assim que vai ser, Anahi.
Ela odiava o fato de estar meio tonta, confusa. Não conseguia entender o que se passava. E não queria se entregar àquilo. Ou a Alfonso Herrera.
Pegou sua xícara de chá, tomou um gole. Respirando fundo, fez um esforço para se acalmar e colocou a xícara na mesa com a mão firme.
– Pense o que quiser, Alfonso. Mas obviamente você não me conhece, ainda.
Ele pegou seu chá, sorveu um longo gole e fez uma pausa. Continuou olhando para ela, de maneira penetrante.
– Não tão bem como certamente conhecerei. Quer dizer, se você concordar com minha proposta.
– Estou concordando.
– Você gosta de um desafio.
– Sim.
– Eu também.
Aquele insistente olhar azul a perfurava, mas ela aguentou firme, não estava disposta a recuar. Ele estava certo sobre uma coisa: ela iria lutar, desistir não fazia parte de sua natureza. Nem mesmo diante de Alfonso Herrera e seus olhos extraordinários, suas mãos quentes, sua boca macia e lasciva...
Ela precisava manter as coisas sob controle, como de hábito. E ignorar a aparência dele, o jeito como falava, a maneira como a tocava. Em breve, ele realmente iria lhe tocar.
Silenciosamente, mais uma vez, ela se obrigou a ficar calma; respirou longa e profundamente. A chave era o controle, e ela não seria ninguém se não se sentisse a rainha do controle. A vida ditara que ela deveria ser exatamente assim, desde criança. Tinha de ser, com aquela mãe desequilibrada que teve. Alguém tinha de fazer esse papel, e ela era a mais velha. Tinha de tomar conta de Quinn.
Você fez um péssimo trabalho.
Por que estava pensando naquilo agora? Afastou o passado para o fundo da mente, que era onde tinha de estar.
Concentrou-se no homem sentado à sua frente, observandoa com cuidado.
Sim, podia lidar com Alfonso Herrera sem se importar com a opinião dele a seu respeito.
– Alfonso,
– Sim?
– Tenho minha proposta.
– É mesmo? – Uma sobrancelha escura se levantou.
– Se você não conseguir me dobrar, como pensa pensa que pode...
– Ah... eu vou mesmo. Embora prefira pensar nisso como domar.
– Entenda como quiser. Mas, se não funcionar, você vai me deixar dominá-lo. Ficar por cima.
Ele a surpreendeu ao abrir um sorriso.
– Tudo bem.
Uma imagem passou pela sua mente: Alfonso nu, ajoelhado.
Mas, mesmo nessa breve fantasia, ele não parecia nada submisso. Não, ao contrário! Aparentava força, desafio e estava confiante como sempre. Ela não acreditava que ele poderia ser diferente. Não havia nada suave e fácil naquele homem.
Exceto aquela boca...
– Temos um acordo, então?
Ele assentiu com a cabeça.
– Sem dúvida. Temos um acordo.
Alfonso pegou a mão dela outra vez, curvando os dedos sobre os dela. E, antes que Anahi percebesse o que estava acontecendo, ele a puxou em sua direção, inclinado sobre a pequena mesa de café, e sussurrou contra sua boca:
– Os melhores acordos são selados com um beijo.
Sua boca estava muito perto, lasciva, deliciosa. Ela sentiu o corpo fraquejar e se inclinou para ele, sentindo seu hálito suave e com aroma de chá. À espera do beijo.
Ele se afastou, afundando-se na cadeira.
– Mas teremos de esperar até que esteja pronta para mim, Anahi. Terá de implorar por isso.
Jesus! Estava quase prestes a implorar agora mesmo!
Ela balançou a cabeça. Queria passar suas mãos frias na própria pele ruborizada. Afastar o cacho de cabelos ruivos que pairava sobre seu rosto. Mas não queria que ele notasse a sua inquietação. Estava cheia de desejo. Um desejo que chegava a doer. Por ele.
Tinha de sair dali em busca de ar fresco e úmido.
Precisava respirar.
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– Preciso ir – mentiu. – Tenho outro compromisso. – Obviamente. Eu a acompanho. – Ele se levantou. – Não há necessidade. Ele inclinou a cabeça, todo galante, daquele jeito à moda antiga, mais uma vez. – Se insiste... Ela se ergueu, pegou o casaco, a bolsa. – Eu… nós nem chegam ...
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