Fanfics Brasil - Luxúria - 9 Luxúria AyA

Fanfic: Luxúria AyA | Tema: [ADAPTADO] #HOT


Capítulo: Luxúria - 9

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Ele quase teve uma ereção apenas de pensar nela, lembrando-se das sardas pálidas de seu rosto, da pele semelhante à mais fina porcelana. Daqueles olhos cinza como duas peças de quartzo fumê. Brilhante, cheia de arestas, intensa, sua inteligência refulgia. E aquela boca de veludo vermelho, como o próprio sexo.


O corpo dela era esguio, atlético, sem curvas. Ele gostava disso. E também da delicadeza de suas clavículas, seus pulsos, suas mãos. Seios pequenos, mas firmes e marcados sob a malha macia. Ele não precisava que uma mulher tivesse seios grandes. Isso nunca o preocupou. Mas uma bunda bem feita era digna de olhar.


Algo para tocar... para bater...


Ele engoliu o resto do uísque, deixou o copo em uma mesa de canto ao lado das largas janelas e despencou sobre o sofá macio de couro marrom. Ela era inteligente demais, para seu próprio bem. E, talvez, até para o dele. Não que tivessem conversado bastante. Mas o suficiente para ele saber que estaria em maus lençóis se não se mantivesse íntegro com essa mulher.


Seu telefone tocou, e ele atendeu sem pensar, a mente ainda em Anahi.


– Alô.


– Alô, é Dante.


– Olá.


Ele e Dante De Matteo tinham feito uma palestra sobre a psicologia da escravidão sexual e do sadomasoquismo e das culturas fetichistas no Pleasure Dome, um clube local dedicado ao tema, três anos atrás. Depois de descobrirem que compartilhavam o gosto por motocicletas, eles se tornaram grandes amigos e frequentemente faziam passeios pelas florestas dos parques nacionais de Washington.


Voltaram ao clube muitas vezes, cada um explorando suas tendências dominantes com um número indeterminado de mulheres que frequentavam o local. Até viajaram juntos, levando suas motos pelo Arizona e o Novo México, na última primavera. Embora Dante fosse advogado e Alfonso, escritor, eles tinham muito em comum. E se entendiam.


– Então, vai àquele passeio no sábado? –, Dante perguntou.


– O quê? Sim... sábado. – Alfonso deslizou os dedos pela borda de seu copo vazio. Talvez precisasse de outro drinque.


– O que é que há com você, Alfonso?


– O que quer dizer com isso?


– Parece distraído.


– Sim, estou mesmo distraído –, ele murmurou mais para si próprio do que para Dante.


– E então?


– Então... eu conheci uma mulher...


Dante riu.


– É sempre uma mulher. Ou uma motocicleta.


– Estou farto de motocicletas no momento.


– Mas não de mulheres?


– Não que isso sempre seja um problema, mas essa mulher...


Alfonso, você não está concluindo as frases. Caso não tenha percebido.


– Merda.


– Tão mal assim? Ou tão bem?


– Não sei. Digo... sim… é bom. – Ele se levantou e foi se servir de outra dose, sabendo que Dante esperaria, pacientemente, até que ele completasse seus pensamentos.


– Essa mulher é Anahi Portilla. Eu lhe disse que iria conhecê-la esta tarde. Ela não era o que eu esperava. Não há fotografias dela em seu site na web, e acho que pensei... bem, jamais imaginei que fosse tão maravilhosa, realmente linda.


– E?


– Fiz um trato com ela.


– Um trato?


– Ela nunca explorou escravidão sexual e sadomasoquismo; certamente, não em nosso nível. Nem foi submissa. Mas posso ver isso nela. Posso sentir o cheiro. E nunca me engano a esse respeito.


– E qual é o trato?


– Ela pensa que é dominante.


– Tenho certeza de que, em breve, você vai mostrar a ela como está errada. – Alfonso podia ouvir o tom gozador na voz de Dante.


– Se não conseguir, concordei em me submeter a ela.


Dante deu uma risadinha.


– Não é provável que isso aconteça.


– Não. Não é.


– Então qual é o problema?


Alfonso se viu suspirando e parou.


– Não tenho certeza ainda. Talvez eu saiba melhor quando puser minhas mãos nela, para que possa entendê-la.


– Fez uma pausa, tomou outro gole. – É... não sei... droga!


Qual é o problema? Ela simplesmente... me impressionou muito.


– Então o grande Alec está caído... –, Dante falou com suavidade.


– Eu nunca disse que estava caído, Dante. – Ele apertou o copo, as finas bordas do vidro lapidado encostando na palma de sua mão.


– Não, você não está caído.


– Estou bem. Muito bem.


– Está bem. – Ele podia pressentir que Dante estava encolhendo os ombros. – Então estamos combinados para sábado?


– Sim.


– Você vai levá-la ao clube sábado à noite?


– Jesus Cristo, Dante! – Coçou o cavanhaque. Suspirou.


– Pensei em esperar uma ou duas semanas.


Como é que ele pode pensar em esperar tanto tempo para vê-la de novo?


Ah, sim... de fato, estava bem encrencado.


Alfonso, não que eu pretenda lhe dizer o que deve fazer, especialmente com uma mulher que esteja se introduzindo nesse estilo de vida, mas me parece que deveria vê-la bem antes disso.


– Por quê?


– Porque acho que você ficará doente se não fizer isso.


– Imagine, Dante! Não é assim tão grave.


– Não mesmo?


Ele coçou a barbicha um pouco mais. Queria suspirar de novo, mas refreou o ímpeto.


– Vejo você sábado.


– Está bem. Até lá.


Cristo! Será que a coisa era assim óbvia? Ele estava mesmo tão interessado nessa mulher?


Trate de se recompor, cara.


Ele conseguiria. Sempre conseguira, não é mesmo? Bem... não é?



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