Fanfic: Assassinos de Aluguel

Capítulo 12

Já era de tarde. O relógio marcava cinco da tarde e Ucker assistia a televisão. Na verdade não assistia, pois estava perdido em pensamentos.

- Ucker, eu vou correr na praça. Não quer ir junto? Acho que seria bom pra você.

- Ah, eu não estou com vontade.

- Ai, vamos Ucker! Você nunca faz nada... Só fica aí sentado o dia inteiro. O que te custa?

- Hum... - pensou um pouco - Tá legal. Acho que vai ser bom pra me distraír um pouco. - se levanta do sofá - Só deixa eu colocar uma bermuda e um tênis.

- Vai lá, que eu aproveito e prendo meu cabelo.

Enquanto Ucker se vestia pra ir correr, May prendia o cabelo em um rabo-de-cavalo alto.

- Eu já terminei. E você? - disse Ucker aparecendo na sala

- Eu também. - disse pegando uma garrafa de água - Vamos?

- Vamos.

Ucker pegou sua chave de casa e acompanhou Maite até o parque, que estava lotado de gente.

- Putz, e quantas voltas você pretende dar no parque?

- Muitas. Até que eu caia no chão. - disse alongando

- E eu vou ter que te acompanhar em todas?

- Claro que sim. - sorriu

- Já vi que hoje sou um homem morto - disse começando a alongar

- Não exagera, filho. Só umas corridas não fazem mal à ninguem.

- Não tenho tanta certeza May.

May revirou os olhos rindo e depois começou a correr. Ele foi logo em seguida, um pouco atrás dela, e correndo bem mais devagar. Correram até que não aguentaram mais. Ucker parou primeiro, e cinco minutos depois ela parou também. Cansados os dois sentaram-se em um banco para descançarem.

- Meus pés estão me matando. - Ucker reclamou

- Não são os únicos. - disse tomando um gole da sua água - Quer um pouco?

- Quero. - pegou a garrafa que May passou

- Ucker... - o olhou com o canto do olho - Eu sei que nos conhecemos a tão pouco tempo, mas... quero dizer que você pode me considerar uma amiga, ok?

- Obrigado May. - a olhou nos olhos estranhando

- E também que você pode confiar em mim. - olhou para o chão - Olha Ucker, eu te conheço faz alguns dias, mas eu gostaria de saber o que você tanto esconde dos outros. Sabe... o Chris me disse que sua vida não é nada fácil - voltou a encará-lo - mas não me disse o porquê disso. O que está acontecendo Ucker?

- Olha May... - a encarou - Eu e o Chris nos conhecemos a bastante tempo. Desde a nossa adolescência, mas ele só ficou sabendo sobre mim há alguns meses.

- Ucker eu já disse que pode confiar em mim. Eu não pretendo contar a ninguém. - pegou na mão dele

May e Ucker nem imaginavam quem avistava a cena de longe. Sim... Dulce via a cena com muita raiva. Ela havia ido caminhar pela rua e resolveu passar por lá. Acabou flagrando os dois, mas resolveu ficar na dela.

- May... - olhou pro chão

- Pode me contar Ucker.

- Promete que não vai ficar... sei lá... estranha comigo depois disso?

- Prometo.

- Acho que vai ser bom desabafar com alguém. - a encarou novamente - May, eu não entrei na vida que eu entrei porque quis. Foi porque não tive outra escolha mesmo. - olhou pra sua mão - May, eu... mato as pessoas por dinheiro.

Maite arregalou os olhos assutada. Nem podia imginar que fosse esse o motivo de Ucker ser tão fechado.

- Você é... assassino de aluguel? - falou quase sussurrando

Ucker assentiu envergonhado.

- Mas Ucker, onde tava com a cabeça quando se meteu nisso?

- Eu não sei. - disse com a voz embargada - Eu estava cheio de problemas, e me ofereceram uma grana milionária pra mim fazer um trabalho. Eu aceitei e depois segui com isso. Até hoje me arrependo.

- Então por que não para?

- Eu não sei May. - já chorando - Sabe, acho que é falta de opção mesmo. Só que isso não é o pior.

- E tem mais ainda?

- Sabe May, ontem quando eu fiquei com a Dulce, eu senti um negócio diferente. E hoje eu vi ela de novo... meu coração batia muito rápido e... - Maite sorriu

- Ucker, você está apaixonado por ela.

- Mas eu conheci ela ontem.

- Foi amor à primeira vista. Mas e o que isso tem a ver?

- Hoje eu fui falar com um cara, um tal de Memo. - Maite o olhou com curiosidade - E ele me fez uma proposta. Eu vou ter que matar a Dulce.

- Que?

May não sabia o que falar ou que fazer. Ucker chorava mais ainda, como uma criança. (Nathy se derrete nessa hora) May o abraçou, e ele retribuiu ao abraço.

Dulce ainda via a cena de longe e estava com muita raiva dos dois.

- Esses traídores me pagam, principalmente você Ucker.

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- Oi Poncho, sou eu. - Dulce batia na porta do escritório de Poncho

- Diga a senha. - ele disse do outro lado da porta

- Aff - revirou os olhos - A la la ô ôôô ôôô, mas que caloooooor (Nathy raxa agora)

Poncho abriu e Dulce entrou empurrando ele.

- Já me decidi!

- Mas tão rápido? - a olhou

- Sim, bem rápido! Eu topo!

Poncho sorriu e a abraçou pela cintura!

- Que bom, que bom, que bom! Nossa, eu tenho que fazer os cálculos de quanto eu vou ganhar.

- Avisa logo aquele Derrick, ok? Eu já vou começar com algumas coisas amanhã.

- Ótimo. - a olhou curioso - Mas, o que te fez mudar de idéia tão de repente?

- Eu vi aquele canalha de mãozinha dada com a traídora da Maite. Lembra dela?

- Ah sim, a moreninha?

- Essa aí mesma. Mas que raiva! Mas eles vão ver. Diz por Derrick já ir separando o dinheiro, e diz que eu não aceito casa e nem carro no negócio.

- Pode deixar Dul.

- Eu vou indo e já vou preparando algumas coisas pra eliminar o Ucker de uma vez. Mas antes eu quero me vingar da Maite.

- Não vai matar ela também, né?

- Claro que não. Eu já tenho uma coisa em mente.

- Olha lá, hein. Não se mete em mais confusões. E escuta... depois que você eliminar o Ucker, você pretende fazer o que?

- Eu vou fugir daqui por uns tempos. É melhor não ficar por aqui. Vou viajar e ficar um mês fora. Vou levar minha mãe também. Vai ser bom pra ela.

- Boa sorte então. Eu conto com você.

- Pode deixar. Eu não vou decepcionar ninguém.

- Assim que se fala.

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Derrick acabava de chegar em casa, quando Anahi o puxou para o escritório.

- Tá louca é? O que quer?

- Tirar uma história a limpo, maninho. - fechando a porta - Se é que eu posso te chamar assim, meio irmão.

- Do que está falando?

- Disso. - joga as cartas na mesa - Disso aqui. Como é que você não me contou?

- Annie, me deixa explicar.

- Explicar o que? Não tem o que explicar. Você não quis contar por quê? No mínimo porque não queria dividir a empresa com mais ninguém não, é? E você sabia quem era... - disse chorando

- Annie, eu fiz por mim e por você. Por que dividir nossa herança, se ela pode ser só nossa? - Anahi sorriu irônicamente - E ainda mais dividir com aquele bandidinho do Alfonso. Pelo amor de Deus.

- Bandidinho nada. Ele é seu irmão. Querendo ou não, e tem direito a parte da empresa. Era o desejo do nosso pai.

- Mas e daí? Como se você se importasse com o desejo dele - ele andava de um lado pro outro - Grande coisa. Olha Anahi, eu não quero que você conte nada pro Alfonso, e muito menos que você se aproxime dele. Tanto como irmã, como amiga ou como algo há mais.

- Se eu quisesse me aproximar eu me aproximaria. Não é você que vai me impedir. E além do mais, ele nem é meu irmão.

- Mas é como se fosse. Eu não quero você perto dele.

Anahi saiu do escritório batendo a porta e foi pro seu quarto com raiva de Derrick.

Avisando que hoje mesmo vou viajar pra praia e volto na sexta. Post no sábado ou no domingo. Ou na segunda =D

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