Fanfics Brasil - Capitulo 9 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 9

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Ao ouvir o que Anna tinha dito, Annie deu um pulo do sofá soltando  um gritinho e foi direto abraçá-la. Tanto ela quanto eu gostávamos muito de Keith. Quando dei os parabéns e abracei minha filha, ela reagiu com um sorriso indecifrável.


– Ah, querida  – repetiu Annie.  – Que  maravilha... Como foi  o     pedido?


Quando foi? Quero saber tudo... Deixe-me ver o anel...


Depois  da  saraivada de  perguntas, pude  ver  a expressão de  alegria  de minha mulher se desfazer quando Anna começou a balançar a cabeça.


–             Não vai ser esse tipo de casamento, mãe. Já estamos morando   juntos e nenhum dos dois quer fazer muito alarde.  Não  precisamos  de liquidificador, saladeira ou qualquer coisa do tipo.


Isso não me surpreendeu. Como já disse, Anna sempre fez as coisas do seu jeito.


–             Ah... – disse Annie. Antes que ela conseguisse  dizer  qualquer outra coisa, porém, Anna segurou sua mão.


–             Tem mais uma coisa, mãe. É importante.


Anna tornou a olhar com cautela para mim e depois  para  Annie.


–             É que... bom, vocês sabem como está a saúde do vovô, não é? Assentimos. Como todos os meus filhos, Anna sempre fora próxima de


Noah.


–             E com o derrame e tudo mais... bom, Keith gostou muito de conhecer melhor o vovô, e eu o amo mais do que tudo...


Ela fez uma pausa. Annie apertou sua mão, incentivando-a a prosseguir.


–             Bom, nós queremos nos casar enquanto ele ainda estiver bem  e ninguém sabe realmente quanto tempo ele ainda terá. Então Keith e eu começamos a conversar sobre possíveis datas e, como ele vai para Duke daqui a umas duas semanas para começar a residência, e como eu também vou me mudar, e com o estado do vovô... bom, estávamos pensando o que vocês achariam de...


Ela parou de falar e seu olhar por fim se fixou em   Annie.


–             Sim? – sussurrou minha mulher. Anna respirou fundo.


–             Estamos pensando em nos casar no sábado que vem.


A boca de Annie formou um pequeno O. Anna continuou  falando, obviamente ansiosa para dizer tudo antes de podermos interrompê-la.


–             Sei que é o aniversário de casamento de vocês... e é claro que, se não concordarem, tudo bem... mas nós dois achamos que seria um jeito maravilhoso de homenageá-los. Por tudo o que fizeram um pelo outro,  por tudo o que fizeram por mim. E essa parece ser a melhor forma. Queremos uma coisa simples: um juiz de paz no cartório, talvez um  jantar  com a família. Não queremos presentes nem nada luxuoso. O que vocês acham?


Assim que vi a expressão no rosto de Annie, eu soube qual seria a sua resposta.


 Assim como Anna, Annie e eu não tivemos um noivado  longo.


Depois de me formar em direito, comecei a trabalhar como advogado associado na Ambry e Saxon – Joshua Tundle ainda não tinha virado sócio. Ele tinha o mesmo cargo que eu e nossas salas  ficavam  uma  de frente para a outra. Nascido em Pollocksville – pequeno povoado 20 quilômetros ao sul de New Bern –, ele havia estudado na Universidade de East Carolina e, durante meu primeiro ano no  escritório, muitas  vezes  me perguntou como eu estava me adaptando à vida em uma cidade pequena. Confessei que não era exatamente o que eu imaginava. Mesmo quando ainda estava estudando, eu sempre pensara que fosse trabalhar em uma  metrópole  como meus pais, mas mesmo assim acabei aceitando um  emprego  no  lugar  em que Annie fora criada.


Tinha me mudado para lá por causa dela,  mas  não  posso  dizer que algum dia tenha me arrependido dessa decisão. New Bern pode não ter uma universidade nem um centro de pesquisas, mas o que falta em tamanho sobra em personalidade. A cidade fica pouco menos de 150 quilômetros a sudeste de Raleigh, em uma região plana e situada no nível do mar, rodeada por florestas de pinheiros e por rios largos, de correnteza vagarosa. A água salobra do rio Neuse, que banha  os  arredores  da  cidade,  parece mudar de cor quase de hora em hora: cinza-chumbo ao amanhecer, azul nas tardes ensolaradas, marrom quando o sol começa a se pôr. À  noite, o rio  parece um redemoinho de carvão líquido.


Meu escritório fica no centro da cidade, perto do bairro antigo, e depois do almoço eu às vezes passeio entre as velhas construções. New Bern foi fundada em 1710 por colonos da Suíça e da Polônia, tornando-se a segunda cidade mais antiga da Carolina do Norte. Quando me mudei para cá, muitas das residências históricas estavam abandonadas e caindo aos pedaços. Isso mudou nos últimos 30 anos. Aos poucos, novos proprietários começaram a reformar essas casas para recuperar sua glória, e hoje em dia um  passeio pela calçada dá a sensação de que a renovação é possível nas épocas e nos lugares em que menos se pode imaginar. Quem gosta de arquitetura pode admirar o vidro artesanal das  janelas, os puxadores  antigos das  portas e os lambris feitos à mão que complementam o piso de pinho dos interiores. Graciosas varandas margeiam as  ruas  estreitas, resquícios  de  um tempo em que as pessoas se sentavam ao ar livre no início da noite para pegar um ventinho. Sombras  de carvalhos e concisos cobrem as ruas  e  milhares de azaleias florescem na primavera. New Bern é simplesmente  um dos lugares mais lindos que eu já  vi.


Annie foi criada nos arredores da cidade, em uma antiga sede de fazenda construída quase dois séculos antes. Noah restaurou o casarão logo  depois da Segunda Guerra Mundial. Seu trabalho foi meticuloso e, como muitas das outras residências históricas do lugar, a casa conserva um ar de grandiosidade que o passar do tempo só fez  realçar.


Eu às vezes visito o velho casarão. Passo lá depois do trabalho ou a caminho do mercado, e em algumas ocasiões vou lá só para isso. Annie não sabe desse meu segredo. Embora tenha certeza de que ela não iria se importar, sinto um prazer oculto no fato de manter essas visitas  só para mim. Ir lá faz com que me sinta ao mesmo tempo diferente e igual aos outros, pois sei que todo mundo tem segredos, inclusive minha mulher. Quando admiro o casarão em que Annie cresceu, muitas vezes me pergunto quais serão os  dela.


Uma única pessoa sabe sobre essas minhas visitas. Seu nome é Harvey Wellington, e ele é um senhor negro mais ou menos  da  minha idade  que mora em uma casinha de madeira no terreno vizinho. Desde antes da virada do século, um ou mais membros da sua família sempre moraram nessa mesma casa, e sei que ele é pastor na igreja batista do bairro. Tinha sido próximo de toda a família de Annie, principalmente da própria  Annie,  mas, desde que Allie e Noah se mudaram para Creekside, a maior parte de nossa comunicação se resume aos cartões de Natal que  trocamos  todo  ano. Muitas vezes já o vi em pé na varanda meio afundada de sua casa quando vou visitar o casarão, mas, por causa da  distância, é  impossível  saber o que ele pensa quando me  vê.


Quase nunca entro na casa de Noah. Ela está vazia desde que ele e Allie se mudaram e os móveis cobertos  por  panos  parecem  fantasmas  do Dia das Bruxas. Prefiro passear pelo terreno. Percorro o caminho de cascalho, margeio a cerca tocando suas estacas e vou até os  fundos, onde  passa  o rio. Suas margens ali são mais estreitas do que no centro da cidade e há ocasiões em que a água fica totalmente parada,  como  um  espelho, refletindo o céu. Às vezes fico em pé na beira da varanda, admirando esse reflexo na água e escutando a brisa que balança de leve as folhas das árvores.


De vez em quando fico em pé sob o caramanchão que Noah construiu depois  do  casamento. Allie sempre adorou flores  e meu sogro plantou   um roseiral em forma de corações concêntricos ao redor  de  um  chafariz clássico de três níveis que ela podia ver da Anniela do quarto. Ele  também havia instalado pontos de iluminação que permitiam  ver  os  botões  das flores mesmo no escuro, e o efeito era sensacional. O caramanchão feito à mão conduzia ao roseiral e, como Allie era artista plástica, ambos haviam sido retratados em vários quadros seus – obras que, por  algum motivo, sempre pareciam transmitir um pouco de tristeza, apesar da beleza. Hoje o roseiral está abandonado e o caramanchão, velho e rachado, mas ficar  em pé debaixo dele ainda me deixa comovido. Assim como na obra  da casa, Noah dedicou muito esforço a transformá-los em  lugares  únicos. Muitas vezes estendo a mão para tocar a madeira do caramanchão ou fico simplesmente fitando as rosas, na esperança, quem sabe, de absorver os talentos que sempre me faltaram.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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