Fanfics Brasil - Capitulo 23 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 23

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Passei a hora seguinte sentado debaixo da luminária, com a biografia de Roosevelt aberta no colo.


Embora Annie tivesse me pedido para ligar para os convidados, quando terminou de falar com Joseph ela deu alguns telefonemas para aqueles que eram mais próximos da família. Entendi sua pressa, mas isso nos  manteve em mundos separados até depois das nove e cheguei à conclusão de que esperanças frustradas, mesmo pequenas, são sempre uma tortura.



Quando ela terminou de usar o telefone, tentei atrair seu olhar. Em   vez de vir se sentar comigo no sofá, Annie foi  pegar  uma sacola que  estava sobre a mesa junto à porta da frente e que eu não percebera que ela havia trazido.



–  Comprei estas revistas para Anna no caminho – falou, acenando com duas revistas de noiva. – Mas antes de entregar quero dar uma olhadinha.


Forcei um sorriso, sabendo que o resto da noite estava  perdido.


–  Boa ideia – falei.


Quando mergulhamos  no silêncio – eu no sofá, Annie  na   espreguiçadeira


–, percebi que meu olhar foi sorrateiramente atraído para ela. Enquanto ela examinava os sucessivos vestidos de noiva, seus olhos brilhavam.  Vi-a dobrar  o canto de várias páginas. Assim como a minha, sua visão de   perto já não é tão boa quanto antes, e reparei que ela precisava esticar o pescoço para trás para ver melhor. De vez em quando, eu a ouvia sussurrar alguma coisa, uma exclamação abafada, e sabia que ela imaginava Anna com o vestido que estava vendo.


Enquanto observava seu rosto expressivo, fiquei maravilhado com o fato de, em algum momento, já ter beijado cada pedacinho dele. Nunca amei ninguém a não ser você, era o que eu queria dizer, mas o bom senso prevaleceu e me lembrou que seria melhor guardar essas  palavras  para outra ocasião, quando eu tivesse total atenção e elas pudessem ser retribuídas.


À medida que a noite foi passando, continuei prestando atenção  em minha mulher enquanto fingia ler meu livro. Poderia passar a madrugada inteirinha fazendo isso, pensei, mas fui ficando cansado e tinha certeza de que Annie ainda passaria pelo menos mais uma hora acordada. As páginas marcadas gritariam por ela se não recebessem uma segunda olhada, e ela ainda não estava nem perto de ter folheado as duas    revistas.


–  Annie? – falei.


–  Humm? – respondeu ela, no automático.


–  Tive uma ideia.


–  Sobre o quê? – Ela continuou olhando para a revista.


–  Sobre onde deveria ser o casamento.


Ela finalmente registrou minhas palavras e ergueu os olhos.


–   Talvez não seja perfeito, mas tenho certeza  de  que  vai estar disponível – falei. – É ao ar livre e tem muito espaço para    estacionamento. E flores, também. Milhares de flores.


–  Onde? Hesitei.


–  No casarão de Noah – falei. – Debaixo do caramanchão, perto das rosas.



A boca de Annie se abriu e fechou. Ela piscou várias vezes, como se estivesse tentando ver melhor. Mas então, bem devagar, começou a  sorrir.


Pela manhã, providenciei os smokings e comecei a ligar para amigos e vizinhos da lista de convidados de Anna. Recebi em grande  parte  as respostas que já imaginava.



“É claro que nós vamos”, disse um casal. “Não  perderíamos  por nada”, disse outro. Apesar de os telefonemas terem sido amigáveis, não  me demorei em nenhum deles e terminei bem antes do   meio-dia.


Annie e Anna tinham ido procurar flores para os arranjos e pretendiam passar no casarão mais para o final da tarde. Como faltavam muitas horas para o nosso encontro, decidi pegar o carro e ir até Creekside. No caminho, parei no mercado e comprei três pacotes de pão de  forma.


Enquanto dirigia, pensava na casa de Noah e na primeira vez  em  que tinha ido lá, muito tempo antes.


 Annie e eu namorávamos havia seis meses quando ela me levou  para conhecer sua cidade natal. Tinha se formado em junho e, depois da cerimônia, seguimos seus pais de carro no caminho até New Bern. Annie   era a mais velha de quatro filhos – apenas sete anos  a  separavam  de  seu irmão mais novo – e, quando chegamos, pude ver pela expressão deles que ainda estavam me avaliando. Embora eu tivesse assistido à formatura com a família de Annie e Allie até tivesse passado a mão pelo meu braço em determinado momento, eu não podia evitar certo nervosismo quanto à impressão que eles estavam tendo de  mim.


Sentindo que eu estava ansioso, Annie sugeriu que fôssemos  dar  uma volta assim que chegamos à casa. A  beleza sedutora daquela  região teve um efeito calmante sobre os meus nervos. O céu estava azul-turquesa e  o ar não tinha nem o vigor  da primavera nem  o calor e a umidade do  verão. Ao longo dos anos, Noah tinha plantado milhares de flores e os lírios floresciam  junto à linha da  cerca em  grupos  de  cores  vivas. Mil  tons    de verde enfeitavam as árvores e a atmosfera estava tomada pelo canto dos pássaros. Mas o que atraiu meu olhar, mesmo de longe, foi o roseiral. Os cinco corações concêntricos – com os pés de rosa mais altos no meio e os mais baixos na borda externa – estavam repletos de nuances de vermelho, rosa, laranja, branco e amarelo. Havia uma aleatoriedade na disposição das flores, sugerindo um empate entre homem e natureza que soava quase inapropriado em meio à beleza selvagem daquela paisagem.




Finalmente, acabamos chegando ao caramanchão próximo ao roseiral. A essa altura, era evidente que eu já gostava muito de Annie, mas ainda não tinha certeza se teríamos um futuro juntos. Como já disse, achava necessário ter um emprego decente antes de entrar em um relacionamento sério. Ainda faltava um ano para que eu me  formasse, e  parecia injusto pedir a ela para me esperar. Na época, é claro, eu não sabia que acabaria indo trabalhar em New Bern. Na verdade, eu já tinha entrevistas agendadas em escritórios de Atlanta e Washington para o ano seguinte, enquanto Annie tinha planejado voltar a morar com os  pais.


Mas ela vinha tornando meus  planos  difíceis  de manter. Parecia  gostar da minha companhia. Escutava-me com interesse, me  provocava  de um jeito brincalhão e, sempre que estávamos juntos, estendia a mão para segurar a minha. Na primeira vez em que ela  fez  isso,  lembro-me de pensar como aquilo parecia certo. Embora talvez soe ridículo, quando um casal dá as mãos isso pode parecer certo ou não. Imagino que tenha a ver com a forma como os dedos se entrelaçam e  com  o  posicionamento correto do polegar, mas, quando  tentei  explicar  meu raciocínio a Annie, ela riu e me perguntou por que era tão importante analisar  aquilo.


Nesse dia, o de sua formatura, ela tornou a segurar minha mão e, pela primeira vez, contou-me a história de Allie e Noah. Os dois  se   conheceram e se apaixonaram quando eram adolescentes, mas  Allie  se  mudou para outro lugar e eles passaram 14 anos sem se falar. Enquanto estavam separados, Noah trabalhou em Nova Jersey, foi à guerra e finalmente voltou para New Bern. Nesse meio-tempo, Allie ficou noiva de outro homem. Na véspera do casamento, porém, ela foi fazer uma visita a Noah e percebeu que era ele quem sempre havia amado. No final das contas, Allie acabou rompendo o noivado e ficando em New Bern.


Embora tivéssemos conversado sobre muitas coisas, Annie  nunca  tinha me contado isso. Na época, a história não me comoveu tanto quanto hoje, mas imagino que tivesse a ver com o fato de eu ser homem e jovem. No entanto, podia perceber que significava muito  para  Annie  e  fiquei sensibilizado ao perceber quanto ela amava  os  pais. Logo  que  começou a me contar isso, seus olhos escuros se marejaram de lágrimas, que escorreram  pelas  faces. No início ela as  enxugou, mas  depois  parou, como se tivesse decidido que não tinha importância eu vê-la  chorar.  Essa indicação de que se sentia à vontade comigo me deixou bastante balançado, pois ela estava revelando a mim algo que havia compartilhado com poucos. Quanto a mim, porém, eu raramente chorava por qualquer motivo que fosse e, quando ela terminou de falar, pareceu entender isso a meu respeito.



–  Desculpe ter ficado tão emocionada – disse ela em voz baixa. –  Mas faz muito tempo que eu queria  lhe contar  essa história. Queria que  fosse no momento certo e no lugar certo também.


Ela então apertou minha mão como se quisesse segurá-la para sempre.


Olhei para o outro lado, sentindo no peito um aperto que nunca havia experimentado. A cena à minha volta era muito vívida, e cada pétala, cada folha de grama se destacava de forma precisa. Atrás  de  Annie,  vi  sua família reunida na varanda. Reflexos de luz formavam desenhos  no   chão.


–  Obrigado por compartilhar isso comigo – sussurrei e, quando me virei para olhar para ela, finalmente soube o que significava me apaixonar.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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