Fanfics Brasil - Capitulo 24 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 24

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Fui até Creekside e encontrei Noah sentado à beira do  lago.


–  Olá, Noah – falei.


–  Olá, Alfonso. – Ele continuou olhando para a água. – Obrigado por ter vindo.


Pus  a sacola com os pães  no chão.


–  Tudo bem?


–  Poderia estar melhor. Mas também poderia estar pior.


Sentei-me ao seu lado no banco. O cisne do lago não teve medo de mim e continuou nadando na parte rasa ali perto.


–  Falou com ela sobre fazer o casamento no casarão? – perguntou ele.


Assenti. Fora essa a ideia sobre a qual  eu havia comentado com  Noah na véspera.


–  Acho que ela ficou surpresa por não ter pensado nisso antes.


–  Ela está com a cabeça cheia.


–  É, está, sim. Ela e Anna saíram logo depois do café.


–  Ela não conseguiu parar quieta?


–  É, mais ou menos isso. Praticamente arrastou Anna pela porta.  Não falei com elas desde então.


–  Allie ficou igualzinha na época do casamento de Kate.


Kate era a irmã caçula de Annie. Assim como seria o de Anna,  o casamento de Kate tinha sido celebrado no casarão de Noah. Annie tinha sido madrinha.




–  Imagino que ela já esteja procurando o vestido. Olhei para ele, surpreso.


–  Acho que essa foi a melhor parte para Allie – prosseguiu ele. – Ela e Kate passaram dois dias em Raleigh atrás do vestido perfeito. Kate experimentou uns cem e, quando Allie voltava  casa, descrevia  cada  um deles para mim. Renda não sei onde, mangas não sei como, seda, tafetá, cintura marcada... Ela deve ter passado horas falando, mas era tão linda quando ficava animada que eu mal escutava o que dizia.


Coloquei minhas mãos no colo.


–  Não acho que Annie e Anna vão ter tempo para algo assim.


–  Não, imagino que não. – Ele se virou para mim. – Mas, não importa o que ela vista, você sabe que ficará linda.


Concordei.


   Hoje em dia, os filhos dividem a manutenção da casa de  Noah.


Ela pertence a todos nós. Noah e Allie organizaram isso antes  de  ir morar em Creekside. Como a casa significava muito para eles e para os filhos, era simplesmente impossível se desfazerem dela. Tampouco podiam tê-la deixado apenas para uma pessoa, já que ela foi palco de tantas lembranças compartilhadas por todos.


Como já disse, eu visitava sempre o casarão e, a caminho de lá depois de sair de Creekside, fui pensando no que precisava ser feito. Um caseiro mantinha a grama aparada e a cerca bem cuidada, mas seria necessário muito trabalho para arrumar a casa para os convidados, e não havia como fazermos isso sozinhos. Originalmente branca, a construção estava coberta pela poeira cinza de milhares de temporais, mas nada que uma boa limpeza não resolvesse. Apesar dos esforços  do  caseiro, porém, o terreno  estava em mau estado. Ervas daninhas brotavam junto às estacas da  cerca, as sebes tinham de ser aparadas, e tudo o que restava dos  lírios em flor  eram os caules secos. Hibiscos, hortênsias e gerânios  davam  toques  coloridos, mas também precisavam ser podados.


Embora tudo isso pudesse ser resolvido com relativa rapidez, o roseiral estava me preocupando. Durante os anos em que a casa ficara vazia, ele havia crescido de forma desordenada: todos  os  corações  concêntricos tinham mais ou menos a mesma altura e as roseiras  pareciam  todas crescer  umas  para  dentro  das  outras. Inúmeros  caules  se esticavam em ângulos estranhos e as folhas escondiam  quase toda a cor das  flores.  Eu não sabia se a iluminação do jardim ainda funcionava. Na minha opinião, parecia não haver salvação possível a não ser podando tudo e  aguardando mais um ano para que as flores tornassem a   abrir.



Torci para que meu paisagista conseguisse fazer um milagre. Se havia alguém capaz de encarar aquele projeto, era ele. Homem discreto  e apaixonado pela perfeição, Nathan Little havia participado da  criação de alguns dos jardins mais famosos da Carolina do Norte – o da fazenda Biltmore, o do Tryon Palace, os do Jardim Botânico de Duke – e sabia mais sobre plantas do que qualquer outra pessoa que eu já tivesse  conhecido.


Com o passar dos anos, minha paixão pelo jardim da nossa casa – pequeno, mas mesmo assim deslumbrante – havia nos tornado amigos, e Nathan muitas vezes fazia questão de dar uma passadinha para  me ver depois do trabalho. Tínhamos longas conversas sobre a acidez do solo e a importância da sombra para as azaleias, sobre as diferenças  entre  os adubos e até sobre o tipo de rega ideal para os amores-perfeitos. Era algo totalmente distinto do meu trabalho como advogado, e talvez por isso me desse tanta alegria.


Ao examinar o jardim do casarão, visualizei como queria que ficasse. Entre os telefonemas que dera mais cedo, havia ligado também para  Nathan e, embora fosse domingo, ele concordara em passar lá. Nathan tinha três equipes de funcionários – a maioria dos quais só falava espanhol – e a quantidade de trabalho que apenas um desses grupos tinha capacidade de executar em um único dia era estarrecedora. Mesmo assim, tratava-se de um projeto grande e rezei para que eles conseguissem terminar a  tempo.


Foi quando fazia minhas anotações mentais que vi o pastor Harvey Wellington um pouco mais longe. Ele estava na varanda  em  frente à sua casa, apoiado no parapeito com os  braços cruzados. Não se mexeu   quando o vi. Parecíamos estar observando um ao outro e instantes depois eu o vi sorrir. Pensei que aquilo fosse um convite para ir  falar  com  ele,  mas, quando desviei os olhos e depois tornei a virá-los para ele, vi que tinha desaparecido dentro de casa. Embora já houvéssemos nos falado e trocado apertos de mão, dei-me conta de repente de que nunca havia posto os pés dentro de sua casa.



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Autor(a): eduardah

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Nathan apareceu depois do almoço e passamos uma hora juntos. Ele não parava de balançar a cabeça enquanto eu falava, mas fez poucas   perguntas. Quando terminei, protegeu os olhos com a mão para avaliar o  jardim. Finalmente, disse que apenas o roseiral seria complicado. Falou que precisaria de muito trabalho para fic ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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