Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso
Annie passou o trajeto de carro até o hospital com os olhos marejados de lágrimas. Embora eu normalmente seja um motorista cauteloso, mudei de faixa várias vezes e pisei fundo para ultrapassar o sinal amarelo, sentindo o peso de cada minuto que passava.
Quando chegamos, a cena no pronto-socorro lembrou a primavera, quando Noah tivera o derrame, como se nada houvesse mudado nos últimos quatro meses. O ar recendia a amônia e antisséptico e as luzes frias davam à sala de espera lotada um brilho opaco.
Cadeiras de metal forradas com vinil margeavam as paredes e se estendiam em fileiras pelo meio da sala. A maioria estava ocupada por grupos de duas ou três pessoas que conversavam em voz baixa e uma fila de gente aguardando para preencher formulários ia até o outro lado do balcão da recepção.
A família de Annie estava reunida junto à porta. Kate, pálida e aflita, estava acompanhada do marido, Grayson, que, com seu macacão e suas botas sujas, não negava a profissão de fazendeiro de algodão. Seu rosto anguloso era vincado de rugas. David, irmão mais novo de Annie, estava em pé ao lado deles com o braço em volta da mulher, Lynn.
Ao nos ver, Kate avançou correndo, com lágrimas já escorrendo pelas faces. Ela e Annie se atiraram nos braços uma da outra.
– O que houve? – perguntou minha esposa, com o rosto tenso de medo.
– Como ele está?
A voz de Kate saiu embargada.
– Ele levou um tombo perto do lago. Ninguém viu acontecer, mas ele estava praticamente inconsciente quando a enfermeira o encontrou. Ela disse que ele bateu com a cabeça. A ambulância o trouxe para cá faz uns 20 minutos e o Dr. Barnwell está com ele agora. Não sabemos mais nada.
Annie pareceu desabar nos braços da irmã. Nem David nem Grayson conseguiram olhar para as duas. A boca dos dois estava fechada, formando um traço reto. Lynn, de braços cruzados, se balançava nos calcanhares para a frente e para trás.
– Quando poderemos vê-lo?
Kate balançou a cabeça.
– Não sei. As enfermeiras ficam dizendo para aguardarmos o Dr.
Barnwell ou alguma outra enfermeira. Acho que eles vão nos avisar.
– Mas ele vai ficar bem, não vai?
Quando Kate não respondeu na hora, Annie deu um arquejo.
– Ele vai ficar bem – afirmou minha esposa.
– Ah, Annie... – Kate fechou os olhos com força. – Eu não sei. Ninguém sabe nada.
As duas passaram alguns instantes ali apenas abraçadas.
– Cadê o Jeff? – perguntou Annie, referindo-se ao irmão que faltava. – Ele vem, não vem?
– Finalmente consegui falar com ele, agora há pouco – disse-lhe David. – Ele vai passar em casa para pegar Debbie, depois vem direto para cá.
David foi se juntar às irmãs e os três se uniram como se estivessem tentando juntar as forças de que sabiam que iriam precisar.
Instantes depois, Jeff e Debbie chegaram. Jeff foi se juntar aos irmãos, que logo lhe deram as notícias mais recentes, e sua expressão abatida passou a exibir o mesmo medo que estava estampado no rosto dos outros três.
À medida que os minutos iam passando, arrastados, nós nos separamos em dois grupos: os filhos de Noah e Allie de um lado e os seus cônjuges de outro. Embora eu ame Noah e seja casado com Annie, aprendi que há momentos em que ela necessita mais dos irmãos que de mim. Eu precisaria estar ao seu lado mais tarde, mas agora não era o momento.
Lynn, Grayson, Debbie e eu já tínhamos passado por aquilo antes – na primavera, quando Noah tivera o derrame; à época da morte de Allie, e quando Noah sofrera um infarto, seis anos antes. Embora o grupo dos irmãos tivesse os seus próprios rituais, que incluíam abraços, rodas de oração e perguntas aflitas repetidas incontáveis vezes, o nosso era mais resignado. Assim como eu, Grayson sempre fora um sujeito discreto. Quando fica nervoso, ele costuma enfiar a mão no bolso e ficar fazendo a chave tilintar. Lynn e Debbie – embora aceitassem que David e Jeff precisam é das irmãs em momentos como este – pareciam perdidas nos momentos de crise, sem saber o que fazer além de ficar fora do caminho e falar baixo. Eu, por minha vez, pegava-me sempre procurando formas práticas de ajudar – era um jeito eficaz de manter minhas emoções sob controle.
Reparei que a fila da recepção tinha diminuído e fui até lá. Instantes depois, a enfermeira ergueu os olhos por trás de uma pilha alta de formulários.
Tinha o rosto cansado.
– Posso ajudar?
– Pode, sim – respondi. – Eu queria saber se a senhora por acaso teria mais alguma informação sobre Noah Calhoun. Ele chegou de ambulância cerca de meia hora atrás.
– O médico já veio falar com vocês?
– Não. Mas a família inteira está aqui e todos estão muito abalados.
Balancei a cabeça em direção aos irmãos e vi o olhar da enfermeira seguir a mesma direção que o meu.
– Tenho certeza de que o médico ou uma das enfermeiras já está vindo.
– Entendo. Mas será que a senhora tem algum jeito de descobrir quando poderemos ver nosso pai? Ou se ele vai ficar bem?
Por um momento, fiquei sem saber se ela me ajudaria, mas então, quando tornou a olhar para a família, ouvi-a dar um suspiro.
– Me dê só alguns minutos para processar estes formulários. Depois eu vejo o que consigo descobrir, está bem?
Grayson, com as mãos nos bolsos, veio se juntar a mim diante do balcão.
– Tudo bem?
– Tudo indo – respondi.
Ele balançou a cabeça e mexeu nas chaves.
– Vou me sentar – disse ele após alguns segundos. – Ninguém sabe quanto tempo vamos passar aqui.
Nós nos acomodamos nas cadeiras atrás do grupo de irmãos. Alguns minutos depois, Anna e Keith chegaram. Ela foi se juntar à mãe e aos tios, enquanto seu noivo se sentou ao meu lado. Toda de preto, minha filha já parecia estar chegando de um enterro.
A espera é sempre a pior parte de uma situação como esta, e foi justamente por isso que passei a detestar hospitais. Ainda que nada esteja acontecendo, nossa cabeça vira um redemoinho de imagens cada vez mais sombrias, preparando-nos de forma inconsciente para o pior. Em meio ao silêncio tenso, pude ouvir meu coração bater e senti uma estranha secura na garganta.
Reparei que a enfermeira da recepção não estava mais atrás do balcão e torci para ela ter ido ver como Noah estava. Com o rabo do olho, vi Annie se aproximando. Levantei-me da cadeira e estendi o braço, deixando que se encostasse em mim.
– Odeio esta situação – disse ela.
– Eu sei. Eu também.
Atrás de nós, um jovem casal entrou no pronto-socorro com três crianças aos prantos. Afastamo-nos para deixá-los passar e, quando eles chegaram ao balcão, vi a enfermeira surgir lá de dentro. Ela ergueu um
dedo para pedir a eles que aguardassem e veio na nossa direção.
– Ele já está consciente, mas ainda meio grogue – informou ela. – Os sinais vitais estão bons. Provavelmente vamos levá-lo para o quarto daqui a mais ou menos uma hora.
– Quer dizer que ele vai ficar bem?
– Eles não estão planejando levá-lo para a UTI, se é isso que estão querendo saber – disse ela, esquivando-se da pergunta. – É provável que ele tenha que passar alguns dias aqui, em observação.
Um murmúrio coletivo de alívio se seguiu às suas palavras.
– Podemos vê-lo agora? – insistiu Annie.
– Não há espaço para todos vocês lá e o médico acha melhor que ele descanse um pouco. Ele disse que apenas uma pessoa pode entrar agora, contanto que não fique muito tempo.
Parecia evidente que quem deveria ir era Kate ou Annie, mas, antes que qualquer um de nós conseguisse dizer alguma coisa, a enfermeira continuou.
– Quem é Alfonso Lewis? – perguntou ela.
– Sou eu – respondi.
– Venha comigo, por favor. Eles estão preparando a medicação intravenosa e seria melhor o senhor vê-lo antes que ele comece a ficar sonolento.
Senti os olhos dos outros se virarem na minha direção. Eu achava que sabia por que ele queria falar comigo, mas ergui as mãos para recusar.
– Eu sei que fui eu que falei com a senhora, mas talvez fosse melhor Annie ou Kate entrar – sugeri. – Elas são filhas dele. Ou mesmo David ou Jeff.
A enfermeira fez que não com a cabeça.
– Ele pediu para ver o senhor. Deixou bem claro que deveria ser o primeiro a entrar.
Embora Annie tenha dado um breve sorriso, vi nele o que achava que os outros também estivessem sentindo. Curiosidade, é claro. E, além disso, surpresa. Mas acho que acima de tudo o que Annie sentiu foi uma espécie de traição sutil, como se ela soubesse exatamente por que seu pai havia me escolhido.
Noah estava deitado na cama com dois tubos inseridos nos braços e presos a um aparelho que reproduzia o ritmo regular de seu coração. Estava com os olhos semicerrados, mas virou a cabeça no travesseiro quando a enfermeira fechou a cortina atrás de nós. Ouvi seus passos enquanto ela se afastava, deixando-nos sozinhos.
Ele parecia pequeno demais para o tamanho da cama e seu rosto estava branco feito papel. Sentei-me em uma cadeira ao seu lado.
– Oi, Noah.
– Oi, Alfonso – disse ele com a voz trêmula. – Obrigado por ter vindo.
– Você está bem?
– Poderia estar melhor – disse ele. Então deu um esboço de sorriso. – Mas também poderia estar pior.
Estendi a mão para segurar a sua.
– O que houve?
– Uma raiz – respondeu ele. – Passei por ela milhares de vezes, mas dessa vez ela pulou para cima e agarrou meu pé.
– E você bateu com a cabeça?
– Com a cabeça e com o corpo. Bati com tudo. Despenquei feito um saco de batatas, mas felizmente não quebrei nada. Estou só um pouco tonto. O médico disse que daqui a alguns dias já devo estar de pé. Falei para ele: “Que bom, porque tenho um casamento neste fim de semana ao qual não posso faltar.”
– Não se preocupe com isso. Pense apenas em ficar bem.
– Eu vou ficar bem. Ainda não está na minha hora.
– Acho bom.
– E como estão Kate e Annie? Mortas de preocupação, aposto.
– Está todo mundo preocupado. Inclusive eu.
– É, mas você não fica me olhando com aquele olhar de pena nem praticamente chora toda vez que eu balbucio alguma coisa.
– Eu faço isso quando você não está olhando. Ele sorriu.
– Mas não como elas. Com certeza uma das duas agora vai ficar aqui comigo dia e noite durante os próximos dias, ajeitando minhas cobertas, arrumando minha cama e afofando meus travesseiros. Parecem duas galinhas chocas. Sei que a intenção das duas é boa, mas essa agitação toda me deixa maluco. Da última vez em que estive no hospital, acho que não passei nem um minuto sozinho. Mal podia ir ao banheiro sem que uma delas fosse na frente e ficasse do lado de fora esperando eu terminar.
– Você precisava de ajuda. Não conseguia andar sozinho, lembra?
– Mesmo assim, um homem precisa manter a dignidade. Apertei sua mão.
– Você vai ser sempre o homem mais digno que eu já conheci. Noah sustentou meu olhar e sua expressão se suavizou.
– Assim que me virem elas não vão mais sair de perto de mim, você sabe. Cheias de dedos para lá e para cá, como sempre. – Ele sorriu, maroto. – Quem sabe eu me divirta um pouco à custa delas.
– Não exagere, Noah. Elas só estão fazendo isso porque amam você.
– Eu sei. Mas não precisam me tratar feito criança.
– Não vão tratar.
– Vão, sim. Então, quando esse momento chegar, você poderia, por favor, dizer a elas que acha que eu preciso descansar um pouco? Se eu falar que estou ficando cansado, elas vão se preocupar ainda mais.
Sorri.
– Pode deixar comigo.
Ficamos sentados por alguns instantes sem dizer nada. O monitor cardíaco emitia bipes regulares e sua monotonia era tranquilizadora.
– Você sabe por que pedi para ver você, em vez de um dos meus filhos? – indagou ele.
Sem querer, assenti.
– Quer que eu vá a Creekside, não é? Para dar comida ao cisne, como fiz na primavera passada.
– Você se importaria?
– Nem um pouco. Ficaria feliz em ajudar.
Ele fez uma pausa e sua expressão cansada era de súplica.
– Você sabe que eu não poderia lhe pedir isso na frente dos outros. Eles ficam chateados só de ouvir falar nesse assunto. Acham que isso significa que eu estou perdendo a razão.
– Eu sei.
– Mas você sabe que não, Alfonso, não sabe?
– Sei, sim.
– Porque você também acredita. Ela estava lá quando eu acordei, sabia? Estava em pé ao meu lado para se certificar de que eu estava bem e a enfermeira teve de enxotá-la. Ela passou o tempo todo comigo.
Eu sabia o que ele queria que eu dissesse, mas não pude encontrar as palavras. Em vez disso, sorri.
– Pão de forma – falei. – Quatro fatias de manhã e três à tarde, não é isso?
Noah apertou minha mão, forçando-me a olhar para ele outra vez.
– Você acredita em mim, não é, Alfonso?
Fiquei calado. Como Noah me entendia melhor do que ninguém, eu sabia que não podia mentir para ele.
– Não sei – respondi, por fim.
Pude ver a decepção em seus olhos quando ele ouviu minha resposta.
Uma hora depois, Noah foi transferido para um quarto no segundo andar e sua família finalmente pôde vê-lo.
Annie e Kate entraram balbuciando “Ah, papai” em uníssono. Lynn e Debbie foram as próximas, enquanto David e Jeff se dirigiram ao outro lado do leito. Grayson ficou parado ao pé da cama e eu me mantive afastado. Como Noah tinha previsto, todos começaram a se agitar à sua volta. Seguraram sua mão, ajeitaram suas cobertas, levantaram a cabeceira da cama. Examinaram-no, tocaram-no, admiraram-no, deram-lhe abraços e beijos. Todos eles cheios de preocupação e cobrindo-o de perguntas.
Jeff foi o primeiro a falar.
– Tem certeza de que está bem? O médico disse que foi um tombo feio.
– Estou bem. Fiquei com um galo na cabeça, mas fora isso sinto só um pouco de cansaço.
– Quase morri de medo – declarou Annie. – Mas estou tão feliz por você estar bem...
– Eu também – entoou David.
– Você não deveria ter tentado voltar sozinho se estava tonto – ralhou Kate. – Da próxima vez, espere alguém ir buscá-lo. Eles sempre acabam encontrando-o.
– Eles me encontraram, de qualquer modo – disse Noah.
Annie levou a mão atrás da cabeça do pai e afofou seus travesseiros.
– Você não ficou lá por tanto tempo assim, ficou? Detesto pensar que ninguém o viu na hora.
Noah fez que não com a cabeça.
– Acho que não passou de umas duas horas.
– Duas horas! – exclamaram Kate e Annie ao mesmo tempo. Elas ficaram petrificadas e trocaram olhares horrorizados.
– Talvez um pouco mais. É difícil dizer, porque as nuvens estavam escondendo o sol.
– Mais de duas horas? – repetiu Annie. Seus punhos estavam cerrados.
– E fiquei molhado, também. Acho que devo ter pegado chuva. Ou vai ver foram os regadores automáticos.
– Você poderia ter morrido lá! – exclamou Kate.
– Ah, não foi tão ruim assim. Um pouco de água nunca fez mal a ninguém. A pior parte foi o guaxinim, quando eu enfim acordei. Do jeito que ele me encarava, pensei que estivesse com raiva. Aí ele avançou em mim.
– Você foi atacado por um guaxinim? – Annie parecia prestes a desmaiar.
– Não exatamente. Eu o enxotei antes que ele conseguisse me morder.
– Ele tentou morder você? – gritou Kate.
– Ah, não foi nada sério. Não é a primeira vez que eu espanto um guaxinim.
Kate e Annie se encararam, chocadas, então se viraram para os irmãos. Um silêncio consternado tomou conta do quarto até Noah finalmente abrir um sorriso. Ele apontou o dedo para as filhas e deu uma piscadinha para elas.
– Peguei vocês.
Levei uma das mãos à boca para tentar reprimir uma risadinha. Mais para o lado, pude ver que Anna também se controlava para não rir.
– Não brinque assim conosco! – disparou Kate, dando um tapa na beira da cama.
– É, papai, não foi legal – acrescentou Annie.
Os olhos de Noah se franziram enquanto ele achava graça.
– Não resisti. Foram vocês que pediram. Mas, só para ficarem tranquilas, eles levaram poucos minutos para me ver. E eu estou bem. Ofereci-me para vir dirigindo até o hospital, mas eles me obrigaram a vir na ambulância.
– Você não pode dirigir. Sua habilitação não é mais válida.
– O que não quer dizer que eu tenha esquecido como se faz. E o carro continua lá no estacionamento.
Embora nenhuma das duas tivesse dito nada, pude ver que Annie e Kate já estavam planejando confiscar a chave do automóvel do pai.
Jeff pigarreou antes de falar.
– Eu estava pensando em, quem sabe, comprar para você um daqueles alarmes de pulso. Assim, se acontecer alguma coisa, você pode chamar ajuda na hora.
– Não preciso disso. Eu tropecei em uma raiz, só isso. Não teria tido tempo de apertar o botão antes de cair. E, quando acordei, a enfermeira já estava ao meu lado.
– Vou falar com o diretor – disse David. – Se ele não resolver essa história de raiz, eu mesmo vou lá e corto.
– Eu ajudo – interveio Grayson.
– Não é culpa dele se eu fiquei desajeitado por causa da idade. Daqui a um ou dois dias já vou estar de pé e no fim de semana vou estar novinho em folha.
– Não se preocupe com isso – disse Anna. – O importante é você ficar bom, tá?
– E nada de estripulias – falou Kate. – Ficamos preocupados com você.
– Totalmente apavorados – completou Annie.
Cocoricó. Sorri comigo mesmo. Noah tinha razão: elas pareciam umas galinhas chocas.
– Eu vou ficar bem – insistiu ele. – E nada de cancelar o casamento por minha causa. Estou ansioso para ir e não quero que achem que um galo na cabeça pode me impedir.
– Isso não tem importância neste momento – disse Jeff.
– Ele tem razão, vovô – disse Anna.
– E nada de adiar, também – completou Noah.
– Não fale assim, pai – pediu Kate. – Você vai continuar aqui pelo tempo que for preciso para ficar bom.
– Eu vou ficar bem. Só quero que me prometam que o casamento continua de pé. Estou muito animado com ele.
– Deixe de ser teimoso – suplicou Annie.
– Quantas vezes vou ter que repetir? Esse casamento é importante para mim. Não é todo dia que temos algo assim por aqui. – Vendo que não iria conseguir nenhum resultado com as filhas, ele recorreu à neta. – Você entende o que estou querendo dizer, não entende, Anna?
Ela hesitou. Em meio ao silêncio, seus olhos se voltaram para mim antes de tornarem a encarar Noah.
– É claro que entendo, vovô.
– Então vai manter os planos, não é?
Ela estendeu a mão de forma automática para segurar a de Keith.
– Se é isso que você quer... – respondeu ela, apenas. Noah sorriu, visivelmente aliviado.
– Obrigado – sussurrou. Annie ajeitou sua coberta.
– Bom, nesse caso você vai ter que se comportar durante a semana – disse ela. – E vai ter que tomar mais cuidado daqui em diante.
– Não se preocupe, papai – prometeu David. – Quando você voltar para Creekside a tal raiz já vai ter sumido.
O assunto passou a ser a maneira como ele tinha levado o tombo e de repente percebi o que havia sido mantido de fora da conversa até então. Notei que ninguém queria mencionar o motivo de Noah estar na beira do lago, para começar.
Mas, pensando bem, nenhum deles nunca queria falar sobre o cisne.
Autor(a): eduardah
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Noah tinha me contado sobre o cisne cinco anos antes. Fazia um mês que Allie morrera e ele parecia estar envelhecendo a um ritmo acelerado. Quase nunca saía do quarto, nem mesmo para ler poesia para os outros moradores. Em vez disso, ficava sentado diante de sua escrivaninha, lendo as cartas que ele e Allie trocaram ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 27
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40
Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02
Eu ainda estou chorando....
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45
Morri com essa carta ....to chorando rios...
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36
To chorando rios akiiii
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39
Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20
Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...
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hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16
Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.
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franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21
OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso
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franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46
to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...
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franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56
ai que beijo lindoooooooo