Fanfics Brasil - Capitulo 33 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 33

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Noah tinha me contado sobre o cisne cinco anos antes. Fazia um mês que Allie morrera e ele parecia estar envelhecendo a um ritmo acelerado. Quase nunca saía do quarto, nem mesmo para  ler  poesia  para  os outros moradores. Em vez disso, ficava sentado diante de sua escrivaninha, lendo as cartas que ele e Allie trocaram ao longo dos anos ou folheando seu exemplar de Folhas de relva.


É claro que fizemos o possível para tentar tirá-lo  do  quarto  e acho irônico o fato de que o primeiro a levá-lo até o banco à margem do lago tenha sido eu. Foi nessa manhã que vimos o cisne pela primeira   vez.


Não posso dizer que sabia o que Noah estava pensando, e ele na  época não deu mostra de ter visto naquela ave algum significado especial. Lembro-me, isso sim, de que o cisne veio nadando na nossa direção como se estivesse à procura de algo para comer.


–  Eu deveria ter trazido um pouco de pão – observou Noah.


–  Podemos trazer da próxima vez – concordei, sem pensar muito.


Dois dias depois, quando fui visitá-lo, fiquei surpreso ao não  encontrá-lo no quarto. A enfermeira me disse onde ele estava. Encontrei-o sentado no banco junto ao lago. Ao seu lado havia uma fatia de pão de forma, apenas uma. Quando me aproximei, o cisne pareceu me observar, mas mesmo assim não demonstrou medo algum.


–  Parece que você fez um amigo – comentei.


–  É mesmo – disse ele.


–  Pão de forma? – estranhei.


–  É do que ela mais parece gostar.


–  Como você sabe que é uma fêmea? Noah sorriu.


–  Eu sei e pronto – respondeu ele, e foi assim que começou.


Desde então, ele alimentava o cisne com  regularidade  e nunca  deixava de ir à beira do lago, não importava o clima que estivesse fazendo. Já ficou sentado debaixo de chuva e sob o calor escaldante e, com o decorrer dos anos, começou a passar cada vez mais tempo no banco, observando o  cisne e sussurrando para ele. Agora era capaz de passar dias inteiros sem se levantar dali.


Alguns meses depois de seu primeiro encontro com a ave, perguntei-lhe por que ele passava tanto tempo no lago. Imaginei que o considerasse um lugar tranquilo ou que gostasse de falar com alguém – ou  algo  – sem esperar resposta.


–  Eu venho porque ela quer que eu venha.


–  O cisne?


–  Não – disse ele. – Allie.


Minha barriga se contraiu ao ouvi-lo pronunciar  o nome da mulher,   mas eu não entendi o que ele estava querendo  dizer.




–  Allie quer que você dê comida ao cisne?


–  Sim.


–  Como você sabe?


Com um suspiro, ele ergueu os olhos  para  mim.


–  É ela – falou.


–  Quem?


–  O cisne – disse ele.


Balancei a cabeça, em dúvida.


–  Não entendi muito bem o que você está tentando dizer.


–  Allie – repetiu ele. – Ela encontrou um jeito de voltar para mim, como prometeu que faria. Tudo o que tive de fazer foi encontrá-la.


É isso que os médicos querem dizer  quando  afirmam  que  Noah está tendo alucinações.


 Ainda ficamos mais meia hora no hospital. O Dr. Barnwell prometeu nos telefonar para dar notícias depois de sua ronda na manhã seguinte. Ele era próximo da nossa família e cuidava de Noah como se ele fosse seu pai. Confiávamos cegamente nele. Conforme eu havia prometido, disse aos outros que Noah parecia estar ficando cansado e que talvez fosse melhor deixá-lo repousar. Ao sair, combinamos de ir visitá-lo em turnos, depois trocamos abraços e beijos no estacionamento. Instantes depois, Annie e eu estávamos sozinhos, vendo os familiares irem  embora.


Pude ver o cansaço no olhar perdido e na postura curvada de Annie, e eu próprio me senti exausto.


–  Você está bem? – perguntei.


–  Acho que sim. – Ela deu um suspiro. – Sei que ele está com uma aparência boa, mas parece que não entende que tem quase 90 anos.  Não pode ficar saracoteando para lá e para cá tão depressa quanto pensa. – Ela fechou os olhos por alguns instantes e imaginei que também estivesse preocupada com os preparativos do casamento.


–  Você não está pensando em pedir que Anna adie o casamento, está?


Depois  do que Noah disse?


Annie fez que não com a  cabeça.


–  Eu bem que teria tentado, mas ele foi tão firme... Só espero que não esteja insistindo porque sabe que...


Ela  deixou a frase no  ar  por  um  instante, mas  eu sabia exatamente  o



 



que ela iria dizer.


–  Porque sabe que não tem muito tempo – prosseguiu ela. – E que esse será o seu último grande evento, entende?


–  Ele não acha isso. Ainda tem alguns anos pela frente.


–  Você diz isso com tanta certeza...


–  É porque eu tenho certeza. Para a idade que tem, ele na verdade está muito bem. Principalmente em comparação com outros moradores de Creekside que têm a mesma idade. Tem gente lá que mal sai do quarto e passa o tempo inteiro vendo televisão.


–  É, mas em compensação tudo o que ele faz é ir ao lago visitar aquele cisne idiota. Como se isso fosse melhor.


–  Visitar o cisne o deixa feliz – comentei.


–   Mas é errado – disse ela com veemência. – Será que você  não entende? Mamãe morreu. Aquele cisne não tem nada a ver com ela.


Eu não soube o que responder, então fiquei calado.


–  Pense bem, é uma loucura – continuou ela. – Dar comida ao cisne é uma coisa. Mas pensar que o espírito da mamãe de  alguma forma  voltou não faz nenhum sentido. – Ela cruzou os braços. – Eu já o ouvi falar com o cisne, sabia? Quando fui visitá-lo. Ele conversa com aquela ave normalmente, como se acreditasse mesmo  que  ela  consegue  entender o que ele diz. Kate e David também já o pegaram fazendo isso. E eu sei que você já ouviu.


Ela fixou em mim um olhar  acusador.


–  É – admiti. – Eu já ouvi, sim.


–  E isso não o incomoda?


Passei o peso de um pé para o  outro.


–  Eu acho que neste momento Noah precisa acreditar que algo assim seja possível – falei, com cuidado.


–  Mas por quê?


–  Porque ele a ama. E sente saudade dela.


Vi o queixo de Annie tremer quando ela escutou minhas  palavras.


–  Eu também sinto – disse ela.


No entanto, assim que ela pronunciou essas palavras, nós  dois entendemos  que não era a mesma coisa.


Apesar do cansaço, não conseguimos encarar a possibilidade de  ir direto para  casa  depois  daquela  provação  no  hospital. Quando  Annie  declarou de



 



repente que estava “faminta”, resolvemos parar no Chelsea para um jantar tardio.


Mesmo antes de entrarmos, pude ouvir o som do piano de John  Peterson lá dentro. De volta à cidade por algum tempo, ele tocava no restaurante todos os fins de semana. Durante a semana, porém, às vezes aparecia de surpresa. Essa era uma dessas noites: as mesas  ao  redor  do  piano estavam lotadas e o bar, entupido de  gente.


Ficamos com um lugar no segundo andar, longe do piano e da multidão, onde só havia algumas outras mesas ocupadas. Annie me surpreendeu  ao pedir uma segunda taça de vinho junto com o prato principal e isso pareceu aliviar um pouco a tensão das últimas  horas.


–  O que o papai falou quando vocês  dois  ficaram sozinhos? –  indagou ela, retirando com cuidado uma espinha do peixe.


–  Nada de mais – respondi. – Eu  perguntei  como ele estava e o  que tinha acontecido. Ele disse quase a mesma coisa que  vocês escutaram depois.


Ela levantou uma das sobrancelhas.


–  Quase a mesma coisa? O que mais ele disse?


–  Você quer mesmo saber?


Ela pousou os talheres na  mesa.


–  Ele pediu de novo para você dar comida ao cisne, não foi?


–  Foi.


–  E você vai dar?


–  Vou – respondi. No entanto, ao ver sua expressão, emendei depressa:


–  Mas, antes de ficar brava, lembre-se de que não vou fazer isso por achar que o cisne é Allie, e sim porque ele pediu e porque não quero que o cisne morra de fome. Ele provavelmente já nem sabe mais procurar comida sozinho.


Ela me olhou com uma expressão cética.


–   Mamãe odiava pão de forma, sabia? Ela jamais teria  comido algo assim. Gostava de fazer o próprio pão.


Por sorte, o garçom chegou e me salvou de ter que continuar falando sobre esse assunto. Quando ele indagou se nossos pratos estavam bons, Annie de repente quis saber se eles faziam parte do cardápio do   bufê.


Ao ouvir a pergunta, o semblante do homem se iluminou com uma expressão de reconhecimento.


–   São vocês que vão fazer o casamento? – disse ele. –  No antigo casarão dos Calhoun? Neste fim de semana?


–  Sim, somos nós mesmos – respondeu Annie, radiante.


–  Bem que eu achei que fossem. Acho que metade da nossa equipe vai trabalhar nessa festa. – Ele sorriu. – Bom, foi um prazer conhecê-los. Quando eu voltar com as suas bebidas, trago o cardápio completo do  bufê.




Assim que ele se afastou, Annie se inclinou por cima da  mesa.


–   Acho que isso responde a uma das minhas questões: sobre  a qualidade do serviço.


–  Eu disse para você não se preocupar. Ela tomou o restante do vinho.


–  Será que eles vão armar uma tenda? Já que vamos comer no jardim?


–  Por que não usamos a casa? – sugeri. – Eu já vou estar lá de qualquer maneira para receber os jardineiros, então por que não contratamos umas faxineiras para aprontar a parte de dentro? Ainda temos alguns dias... tenho certeza de que consigo alguém.


–  Acho que podemos tentar – disse ela devagar, e eu soube que estava pensando na última vez em que havia entrado no casarão. – Mas você sabe que aquilo lá deve estar uma poeira  só. Acho que  faz  anos  que  não passa por uma boa limpeza.


–  É verdade, mas é só uma faxina. Vou dar uns telefonemas e ver o que consigo – insisti.


–  Você não para de dizer isso.


–  É que as coisas para fazer nunca acabam – retruquei, e então ela riu, bem- humorada. Pela Janela acima do seu ombro, pude ver meu escritório e reparei que a luz da janela de Saxon estava acesa. Com certeza ele tinha ficado lá cuidando de algum assunto urgente, já que raramente permanecia depois do expediente. Annie viu para onde eu olhava.


–  Já está com saudades do trabalho? – indagou ela.


–  Não – respondi. – É bom tirar uma folguinha. Ela me observou com atenção.


–  Você acha mesmo isso?


–  É claro. – Dei um puxão na minha camisa polo. – É bom não ter  que usar terno a semana inteira.


–  Aposto que você já esqueceu como é isso, não? Há quanto tempo não tira férias longas? Uns oito anos?


–  Não faz tanto tempo assim.


Ela pensou por alguns instantes, então balançou a  cabeça.


–  Você tirou uns diazinhos aqui e ali, mas a última vez que parou de trabalhar por uma semana completa foi em 1995. Não se lembra? Quando levamos os meninos à Flórida? Foi logo depois  que  Joseph  terminou  o ensino médio.


Percebi que ela estava certa, mas o que antes eu  considerava uma virtude agora me parecia um defeito.


–  Sinto muito – falei.


–  Por quê?



–  Por não ter tirado mais férias. Não foi justo  com  você  nem com nossos filhos. Eu deveria ter tentado fazer mais coisas com vocês.



–   Tudo bem – disse ela, balançando o garfo no ar. – Não tem importância.


–  Tem, sim – insisti. Embora Annie já estivesse acostumada havia muito tempo com a minha dedicação ao trabalho e agora a aceitasse como parte do meu temperamento, eu sabia que isso sempre fora um assunto delicado para ela. Ciente de que estava atenta ao que eu falava, continuei. – Essa questão sempre foi um problema. Mas não é  só por  causa  disso que eu sinto muito. Sinto muito por tudo. Por ter deixado minha vida profissional interferir em todas as outras coisas que perdi quando as crianças eram pequenas. Como algumas festas de aniversário, por exemplo. Nem lembro a quantas não fui por causa de reuniões que duraram  até tarde e que  me recusei a remarcar. E todas as outras coisas  também...  as  partidas de vôlei, as corridas, os  recitais  de piano, as  peças  da escola... Acho incrível os meninos terem me perdoado e mais incrível ainda eles parecerem  gostar de mim.


Ela balançou a cabeça, concordando, mas não disse nada. Na verdade, porém, não havia nada que pudesse dizer. Respirei fundo e prossegui:


–   Também sei que nem sempre fui o melhor dos maridos –  falei, baixinho. – Às vezes me pergunto por que você me aturou tanto.


Ao ouvir isso, ela levantou as sobrancelhas.


–  Sei que você passou muitas noites e muitos fins de semana sozinha, e que eu deixei nas suas costas toda a responsabilidade  pela  criação dos nossos filhos. Não foi justo. E, mesmo quando  você  me  dizia  que  o que mais queria era passar algum tempo comigo, eu não ouvia. Como no seu aniversário de 30 anos. – Fiz uma pausa, deixando minhas palavras surtirem efeito. Do outro lado da mesa, vi um clarão atravessar os olhos de Annie quando ela se lembrou. Aquele era um dos muitos erros que eu havia cometido no passado e que tentara esquecer.


O que ela tinha me pedido nesse dia fora muito simples: sobrecarregada com as obrigações recentes da maternidade, ela queria  se sentir mulher outra vez, pelo menos por uma noite, e dera várias indiretas sobre o  que uma noite romântica assim poderia incluir: roupas de presente dispostas sobre a cama para ela, flores, uma limusine para nos levar até um restaurante silencioso, uma mesa com uma bela vista, uma conversa tranquila sem a preocupação de voltar para  casa  correndo.  Mesmo  na época, eu sabia que isso era importante para ela e lembro que tomei notas para fazer tudo o que ela queria. No  entanto,  fiquei  tão  atarefado com alguns procedimentos complexos relacionados com um  inventário que o dia do aniversário chegou antes  que  eu pudesse tomar todas  as  providências.



Em vez disso, na última hora, pedi para minha secretária escolher uma elegante pulseira de diamantes e, a caminho de casa, convenci-me de que, como a joia tinha custado caro, Annie iria considerá-la igualmente especial. Quando ela abriu o presente, prometi que faria tudo para passarmos uma noite incrível juntos, uma ainda melhor que a que ela havia imaginado. No final das contas, essa foi apenas mais uma em uma longa sequência de promessas que acabei não cumprindo e, em retrospecto, pensando  bem, acho que Annie já sabia, assim que eu as fazia, que eu iria quebrá-las.



Sentindo o peso das oportunidades perdidas, calei-me. Em silêncio, esfreguei a testa. Empurrei o prato de lado e, enquanto o passado desfilava depressa pela minha mente como uma série de lembranças desanimadoras, senti o olhar de Annie  pousado em  mim. No entanto, para minha  surpresa, ela estendeu a mão por cima da mesa e segurou a minha.


–   Alfonso? Está tudo bem? – Sua voz tinha um quê de preocupação carinhosa que eu quase não reconheci.


Assenti.


–  Está.


–  Posso fazer uma pergunta?


–  Claro.


–  Por que todos esses arrependimentos hoje? Foi  alguma  coisa  que o papai disse?


–  Não.


–  Então o que fez você pensar nisso tudo?


–  Não sei... Talvez seja o casamento. – Dei um meio sorriso. – Mas eu tenho pensado muito nesses assuntos ultimamente.


–  Isso não é muito do seu feitio.


–  Não, não é – reconheci. – Mas é verdade. Annie inclinou a cabeça.


–  Eu também não fui perfeita, você sabe disso.


–  Mas chegou muito mais perto do que eu.


–  Tem razão – concordou ela, dando de ombros.


Não pude reprimir uma risada e senti a tensão diminuir um  pouco.


–   E sim, você trabalhou bastante – continuou ela. – Provavelmente demais. Mas eu sempre soube que fazia isso porque queria sustentar a família. Essa atitude teve muito valor, porque permitiu que eu ficasse  em casa e criasse nossos filhos, o que sempre foi importante para mim.


Sorri ao ouvir essas palavras e o tom de perdão que havia nelas. Eu era um homem de sorte, pensei, e inclinei-me por cima da  mesa.


–  Sabe no que mais eu tenho pensado? – perguntei.


–  Ah, tem mais?


–  Tenho tentado entender o que fez você se casar comigo.



A expressão dela se suavizou.



–  Não seja tão duro consigo mesmo. Eu não teria me casado com  você se não quisesse.


–  E por que você quis?


–  Porque eu amava você.


–  Mas por quê?


–  Por vários motivos.


–  Por exemplo...?


–  Você quer detalhes?


–  Por favor. Acabei de revelar os meus segredos. Minha insistência a fez sorrir.


–   Tudo bem. Por que me casei com você... Bom, você era sincero, trabalhador, gentil. Era educado e paciente, e mais maduro do que todos os outros rapazes com quem eu tinha saído. E me ouvia de um jeito que fazia com que eu me sentisse a única mulher do mundo. Eu me sentia completa com você e estarmos juntos simplesmente parecia a coisa certa.


Ela hesitou por alguns  instantes.


–  Mas o importante não eram só meus sentimentos. Quanto mais eu o conhecia, mais tinha certeza de que você faria o que fosse preciso para sustentar uma família. Isso era importante para mim. Você tem  que entender que, na época, muitas pessoas da nossa idade queriam mudar o mundo. Ainda que isso tenha seu valor, eu desejava uma vida mais tradicional. Queria uma família como a dos meus pais e pretendia me concentrar no meu cantinho do mundo. Queria alguém que desejasse uma mulher que fosse esposa e mãe, que respeitasse a minha escolha.


–  E eu respeitei?


–  Quase sempre. Dei uma risada.


–  Estou vendo que você não mencionou minha beleza estonteante nem minha personalidade irresistível.


–  Você queria a verdade, não é? – brincou ela. Tornei a rir e ela apertou minha mão.


–  Estou brincando. Na época, eu adorava sua aparência pela manhã, logo depois de vestir o terno. Alto, elegante, um jovem ambicioso de saída para garantir nosso sustento. Achava você muito atraente.


As palavras de Annie me aqueceram o coração. Durante a hora seguinte – enquanto examinávamos o cardápio do bufê tomando café e ouvindo a música que vinha do andar de baixo –, reparei  nos  olhos  dela pousados  de vez em quando no meu rosto de um jeito que  me  parecia quase desconhecido. Fiquei até tonto. Talvez ela estivesse recordando os  motivos que  a  tinham  levado a  se casar  comigo. E,  embora  eu não  pudesse ter certeza, sua expressão ao olhar para mim me fez acreditar que, de vez em quando, ela ainda era feliz por ter tomado essa  decisão.




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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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