Fanfics Brasil - Capitulo 36 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 36

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Passei o restante do dia ao telefone, no escritório de casa. Falei com a empresa de limpeza que trabalhava para nós e marcamos a faxina  no casarão de Noah para quinta-feira. Liguei para o homem que lavava nossa varanda, que trabalhava com uma mangueira de alta pressão, e por volta do meio-dia ele passaria para dar uma geral na parte externa da casa. Um eletricista iria verificar se o gerador, as tomadas da casa e as luzes do roseiral ainda funcionavam. Entrei em contato com o pessoal que pintara os escritórios da minha empresa no ano anterior e eles prometeram  mandar uma equipe para cuidar das paredes internas, bem como da cerca que contornava o roseiral. Aluguei tendas e mesas, cadeiras para a cerimônia, toalhas de mesa, copos e talheres, e tudo seria entregue  na  quinta de manhã. Alguns funcionários do restaurante passariam lá mais tarde para preparar tudo com bastante antecedência para o sábado.  Nathan  Little estava ansioso para iniciar o projeto paisagístico e, quando ligou, disse-me que as plantas que encomendara no começo da semana já estavam em seu caminhão. Também permitiu que seus empregados me  ajudassem  a carregar até o celeiro os móveis que não seriam usados. Por fim, cuidei dos arranjos  necessários para as músicas tanto da cerimônia quanto da festa,   e o piano seria afinado na quinta-feira.


As providências que eu precisava tomar  em  tempo recorde não foram tão complicadas quanto se poderia imaginar. Eu conhecia a maioria das pessoas que estava contratando e também tinha experiência nisso. Sob muitos aspectos, aquele corre-corre se assemelhava à obra que Annie e eu fizemos na primeira casa que compramos quando  nos  casamos.  Era um velho imóvel com varanda que já tivera dias melhores e exigiu uma reforma completa... o que fora justamente o motivo de termos conseguido comprá- lo. Nós mesmos fizemos os primeiros  reparos,  mas  logo  precisamos acionar carpinteiros, bombeiros hidráulicos e eletricistas qualificados.


Enquanto isso tudo acontecia, ainda tivemos tempo de tentar começar uma família.


Quando nos casamos, éramos virgens. Eu tinha 26 anos e  Annie, 23. Juntos, aprendemos  a fazer amor de um  jeito ao mesmo tempo inocente   e apaixonado e aos poucos fomos descobrindo como dar  prazer um  ao outro. Por maior que fosse nosso cansaço, passávamos quase todas as noites nos braços um do outro.




Nunca tomamos cuidado para evitar uma gravidez. Eu achava que Annie logo ficaria grávida e até comecei a aumentar a poupança, a fim de me preparar para isso. Mas ela não engravidou no primeiro  mês  nem  no segundo, nem no terceiro.


Por volta do sexto mês de casamento, Annie foi conversar com Allie e, nesse dia, quando cheguei do trabalho, ela me disse que precisava falar comigo. Mais uma vez me sentei ao seu lado no sofá e mais uma vez  ela me pediu que fizesse algo por ela. Nessa ocasião, em vez de pedir que eu fosse à igreja, minha mulher me pediu que rezássemos juntos e eu obedeci. De alguma forma, sabia que era a coisa certa a fazer. Depois dessa noite, começamos a orar com regularidade, e quanto mais fazíamos isso, mais eu ansiava por esses momentos. No entanto, outros meses  se passaram sem que Annie engravidasse. Não sei se ela algum dia ficou de fato preocupada com a própria fertilidade, mas tenho certeza de que isso não lhe saía da cabeça e até eu comecei a pensar no assunto. A  essa altura, faltava  um mês para comemorarmos nosso primeiro aniversário de casamento.


Embora eu tivesse planejado pegar  vários  orçamentos  antes  de concluir a obra em nossa casa, sabia que esse processo começara a deixar Annie esgotada. Nosso minúsculo apartamento estava abarrotado e a animação com a reforma tinha passado. Eu fizera a mim mesmo a promessa de levar Annie para morar em nossa casa antes de  completarmos  um  ano  de casados.


Com isso em mente, ironicamente fiz aquilo que tornaria a fazer três décadas depois: peguei o telefone, pedi favores a diversas pessoas e fiz o necessário para garantir que tudo ficasse pronto a tempo. Contratei profissionais, comecei a passar na casa na hora do almoço e depois do trabalho, a fim de acompanhar o progresso da obra, e acabei pagando bem mais do que havia programado. No entanto, fiquei maravilhado com a velocidade com que as coisas começaram a tomar forma. O entra e sai de operários era constante. O piso foi colocado e os armários, pias e eletrodomésticos, instalados. Enquanto o dia de nosso aniversário de casamento se aproximava no calendário, as luminárias foram trocadas e o papel  de parede foi colado.


Na última semana antes da data, inventei várias desculpas para impedir Annie de ir à obra, pois é nesse ponto da reforma que uma casa deixa de ser uma casca vazia e se transforma em um lar. Queria que aquilo fosse uma surpresa da qual ela se lembrasse para  sempre.


“Não  existe nenhum  motivo para  irmos  à casa hoje  à noite”,  dizia   eu.



“Quando passei lá mais cedo, o mestre de obras nem estava.” Ou então: “Tenho muito trabalho para fazer mais tarde e prefiro relaxar com você em casa.”



Não sei se Annie acreditou nas minhas desculpas – e, em retrospecto, tenho certeza de que deve ter desconfiado de alguma coisa –, mas ela não insistia. Assim, no dia de nosso aniversário, depois de um romântico  jantar no centro da cidade, em vez de voltar para nosso apartamento segui com o carro até a casa nova.


Já era tarde. A lua estava cheia e as cigarras haviam  iniciado sua cantoria noturna, com sua melodia aguda dominando o ambiente. De fora, tudo parecia igual. Pilhas de entulho ainda ocupavam o quintal, latas de tinta se empilhavam junto à porta e a varanda estava encardida de tanto pó. Annie olhou para aquilo e se virou para mim com uma expressão intrigada.


–  Só queria dar uma olhada em como andam as coisas – expliquei.


–  Agora? – estranhou ela.


–  Por que não?


–  Bom, para começar, não tem luz lá dentro. Não vamos conseguir ver nada.


–  Venha – falei, pegando uma lanterna que tinha posto debaixo do banco.


–  Não precisamos ficar muito tempo, se você não quiser.


Desci do carro e abri a porta para ela. Depois de conduzi-la com cuidado por entre os entulhos até a varanda, destranquei a   porta.


Ainda no escuro, foi impossível não sentir o cheiro do carpete novo e, instantes depois, quando acendi a lanterna e a apontei para a sala  e a cozinha, vi os olhos de Annie se arregalarem. A casa não estava totalmente pronta, é claro, mas mesmo olhando de onde  estávamos,  na  soleira da porta, o que víamos deixava claro que já podíamos nos  mudar.


Annie ficou paralisada. Estendi a mão para segurar a dela.


–  Bem-vinda à sua casa – falei.


–  Meu Deus, Alfonso – disse ela com um arquejo.


–  Feliz aniversário de casamento – sussurrei.


Quando ela se virou na minha direção, sua expressão era um misto de esperança e incompreensão.


–  Mas como... quero dizer, na semana passada a obra não estava nem perto de...


–  Eu queria que fosse surpresa. Mas venha cá... tenho mais uma coisa para mostrar.


Conduzi-a escada acima e a levei em direção à suíte principal. Quando abri a porta com um empurrão, apontei a lanterna para um ponto específico e saí do caminho para que Annie pudesse ver.


No quarto estava o único móvel que eu já havia comprado sozinho: uma cama de dossel antiga. Era parecida com a que havia na  pousada  de Beaufort em que tínhamos feito amor pela primeira vez, na noite de nossa lua de mel.



Annie não disse nada e de repente senti medo de ter feito algo   errado.


–  Não acredito que você fez isso – reagiu ela por fim. – Foi ideia sua, mesmo?


–  Não gostou? Ela sorriu.


–  Eu adorei – confessou, baixinho. – Mas não consigo acreditar que você tenha pensado nisso tudo. É quase... é quase romântico.


Para ser sincero, eu não havia pensado na surpresa dessa forma. O fato muito simples era que precisávamos de uma cama decente e  daquele modelo eu tinha certeza de que ela gostava. No entanto,  ela  disse  isso como um elogio, então levantei uma das sobrancelhas como quem perguntasse: “O que mais você esperaria de mim?”


Ela se aproximou da cama e passou um dedo por uma de suas colunas. Instantes depois, sentou-se na borda e deu alguns  tapinhas  no  colchão, como um convite.


–  Precisamos conversar – falou.


Quando me juntei a ela, não pude evitar  pensar  nas  outras  vezes em que tinha ouvido esse mesmo anúncio. Achei que Annie fosse me pedir para fazer alguma outra coisa por ela, mas, quando me acomodei, ela se aproximou e me deu um beijo.


–  Também tenho uma surpresa – disse ela. – E estava esperando o momento certo para contar.


–  Que surpresa? – indaguei.


Ela hesitou por uma fração de segundo.


–  Estou grávida.


No início, minha mente não registrou direito suas palavras, mas, assim que isso aconteceu, tive certeza de que a surpresa que ela me fizera fora ainda melhor do que a minha.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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