Fanfics Brasil - Capitulo 38 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 38

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Quando cheguei ao casarão de Noah na manhã seguinte,  minhas sobrancelhas se ergueram de surpresa ao ver os caminhões  cheios de mudas de plantas já estacionados no acesso para  carros.  Havia  três veículos grandes abarrotados de pequenas árvores e  arbustos  e  outro repleto de rolos de palha de pinheiro para cobrir os canteiros de flores, o espaço em volta das árvores e a parte que margeava a cerca. Uma caminhonete continha várias ferramentas e máquinas  e  três  picapes estavam repletas de caixas de plantinhas  floridas.


Em frente aos caminhões, operários se reuniam em grupos  de cinco ou seis. Uma contagem rápida mostrou que havia quase 40 pessoas ali, não apenas as 30 que Little havia prometido, todas de calça jeans e boné de beisebol, apesar do calor. Quando desci do carro, Little veio sorrindo na minha direção.


– Que bom que você chegou – disse ele, pondo a mão no meu ombro. – Podemos começar?


Em minutos, cortadores de grama e ferramentas foram descarregados   e o ar foi tomado pelo barulho de motores sendo  ligados  e  desligados enquanto ziguezagueavam pelo terreno. Alguns  jardineiros  começaram  a tirar dos veículos as plantas, os arbustos e as árvores, que iam empilhando em carrinhos de mão e levando para os locais  determinados.


Mas foi o roseiral que mais chamou a atenção, então fui atrás de Little quando ele seguiu para lá empunhando uma tesoura de poda, a fim de se juntar às dezenas de operários que já o aguardavam. Para mim, embelezar aquele jardim de rosas era o tipo de serviço em que  é impossível saber  o que fazer primeiro, mas Little simplesmente começou a podar a primeira roseira enquanto me descrevia o trabalho. Os outros  se reuniram  à  sua volta, sussurrando entre si em espanhol enquanto observavam, antes de enfim se dispersar quando entenderam  o que  era para ser feito.  Conforme as horas foram passando, as cores naturais das rosas iam sendo cuidadosamente expostas à medida que cada roseira era limpa e aparada. Little fazia questão de que o mínimo possível de botões se perdesse e isso exigia  uma  quantidade  razoável  de  barbante  para  que  os  caules fossem puxados  e amarrados, dobrados  e girados até ficarem na posição certa.




Depois foi a vez do caramanchão. Após um breve descanso, Little começou a dar forma às rosas  que o enfeitavam. Enquanto ele  trabalhava, fui indicando onde ficariam as cadeiras dos convidados e meu amigo piscou para mim.


– Você queria o caminho até o altar margeado de marias-sem-vergonha, não é?


Quando assenti, ele levou dois dedos à boca  e  deu  um  assobio. Instantes depois, carrinhos de mão repletos de flores foram trazidos até o caramanchão. Duas horas mais tarde, pude admirar, maravilhado,  um corredor esplendoroso o suficiente para ser fotografado por uma  revista.


Ao longo da manhã, o resto do terreno começou a tomar forma. Depois que terminaram de aparar a grama e podar os arbustos, os jardineiros se dedicaram às estacas da cerca, às trilhas de cascalho e à casa em si. O eletricista chegou para ligar o gerador, verificar as tomadas  e a  iluminação do roseiral. Uma hora depois foi a vez dos pintores, seis  homens  vestidos com macacões sujos  de tinta que saltaram de uma van surrada e  ajudaram os jardineiros a guardar os móveis no celeiro. O  homem  que  tinha  ido limpar a casa por fora com a mangueira de alta pressão chegou  em  seu carro e estacionou ao lado do meu. Minutos após descarregar seu equipamento, o primeiro jato de água atingiu a parede externa e, lenta mas metodicamente, cada tábua foi perdendo o cinza e voltando a ser  branca.


Como todas as equipes estavam  ocupadas, fui  até a oficina e  peguei uma escada para remover as tábuas que fechavam as Annielas. A tarefa fez a tarde passar depressa.


Às quatro horas, os jardineiros já guardavam as ferramentas nos caminhões e se preparavam para ir  embora.  O  homem  da  mangueira de alta pressão e os pintores também estavam terminando o serviço. Eu conseguira remover a maior parte das tábuas. Restavam algumas no andar de cima, mas eu sabia que poderia retirá-las na manhã  seguinte.


Quando terminei de guardar os pedaços de madeira no porão, tudo me pareceu estranhamente silencioso e fiquei admirando o que tinha sido feito.


Como todos os projetos ainda estavam  em  andamento,  o  casarão parecia pior do que na manhã anterior ao início dos preparativos. Havia equipamentos de paisagismo espalhados pelo jardim e vasos vazios tinham sido empilhados de qualquer maneira. Tanto dentro quanto fora  da casa apenas metade das paredes havia sido retocada, o que me fazia pensar nos comerciais de sabão em pó em que uma marca promete deixar as roupas mais brancas do que as outras. Um monte de lixo de jardim erguia-se junto à cerca e, embora os corações externos do roseiral já estivessem  prontos, os de dentro ainda pareciam  abandonados.



 



Apesar disso, senti um estranho alívio. O dia tinha rendido bastante, não deixando dúvidas de que tudo seria concluído a tempo. Annie ficaria maravilhada. Eu sabia que nesse momento ela estava a caminho de casa. Quando me dirigia a meu carro, vi o pastor Harvey Wellington apoiado na cerca que separava a casa de Noah da casa dele. Diminuí o passo e hesitei apenas por alguns instantes antes de atravessar o quintal para ir falar com ele. Sua testa reluzia feito mogno encerado e seus óculos pendiam bem da ponta do nariz. Assim como as minhas, suas roupas indicavam que ele passara a maior parte do dia trabalhando ao ar livre. Quando me aproximei, ele balançou a cabeça em direção à casa.


–  Preparando tudo para o fim de semana, ao que parece – comentou.


–  Tentando – respondi.


–  Pelo menos você tem gente suficiente trabalhando para isso. Isso daí hoje parecia um estacionamento. Quantas pessoas havia? Umas cinquenta?


–  Por aí.


Ele deu um assobio enquanto nos cumprimentávamos com um aperto de mão.


–  Vai custar uma nota, não é?


–  Estou quase com medo de saber quanto – falei. Ele riu.


–  Mas quantos convidados o casamento vai ter?


–  Uns cem, por aí.


–  Com certeza vai ser uma festa e tanto – continuou  ele. – Sei  que Alma está ansiosa para ir. Ela ultimamente só fala  nisso. Nós  achamos ótimo vocês estar se esforçando tanto para a festa ser inesquecível.


–  Era o mínimo que eu podia fazer.


Durante vários instantes, ele ficou me encarando sem dizer nada. Enquanto me observava, tive a estranha impressão de que, apesar  de  não nos conhecermos muito bem, ele me entendia bastante. Isso me deixou um pouco perturbado, mas acho que não deveria ter ficado surpreso. Como ele era pastor, as pessoas o procuravam com frequência para pedir conselhos e opiniões e pude sentir nele aquela amabilidade típica  de  alguém  que aprendera a ouvir os problemas dos outros e a sentir  empatia  com  a situação alheia. Acho que muita gente devia considerá-lo um  amigo próximo.


Como se adivinhasse meus pensamentos, ele sorriu.


–  Vai ser às oito, então?


–  É, achamos que mais cedo estaria quente demais.


–  Vai estar quente de qualquer jeito, mas acho que ninguém vai se importar com isso. – Ele acenou em direção à construção. – Que bom que vocês enfim estão tomando alguma providência em relação à casa. É um imóvel espetacular. Sempre foi.




–  Eu sei.


Ele tirou os óculos e começou a limpar as lentes  com  a  barra  da camisa.


–  Vou dizer uma coisa: foi muito triste ver como essa casa ficou nos últimos anos. Tudo de que ela precisava era alguém que se importasse com ela outra vez. – Ele tornou a pôr  os  óculos  com um  leve sorriso no rosto. – É engraçado, mas já reparou que, quanto mais especiais  são  as coisas, menos atenção as pessoas parecem dedicar a elas? Parece que acham que elas nunca vão mudar. Igualzinho a essa casa.  Bastava  um  pouco  de atenção e ela nunca teria ficado tão abandonada.


 De volta em casa, vi que havia dois recados na secretária: um do  Dr. Barnwell, dizendo que Noah tinha voltado para Creekside, e outro de Annie, avisando que iria me encontrar por volta das  sete.


Quando cheguei à casa de repouso, a maior parte da família já tinha passado por lá e ido embora. No quarto de Noah, apenas  Kate ainda  estava ao seu lado e ela levou um dedo aos lábios em sinal de “silêncio” ao me ver entrar. Então se levantou da cadeira e veio me dar um abraço.


–  Ele acabou de pegar no sono – sussurrou ela. – Devia estar exausto.


Olhei para Noah, surpreso. Desde que eu o conhecia, ele nunca fora de cochilar durante o dia.


–  Ele está bem?


–  Ficou um pouco mal-humorado enquanto tentávamos acomodá-lo de novo aqui, mas fora isso parecia bem. – Ela puxou a manga  da minha camisa. – Mas me diga... como foram as coisas lá  na  casa  hoje? Quero saber tudo.


Contei a ela sobre os  avanços, observando sua expressão  maravilhada ao tentar imaginar o que eu descrevia.


–  Annie vai adorar – afirmou ela. – Ah, falando em Annie, ela ligou  agora há pouco para saber como o papai estava.


–  Elas conseguiram algum vestido?


–   Ela mesma vai contar quando chegar, mas me pareceu bastante animada ao telefone. – Kate estendeu a mão para pegar a bolsa pendurada na cadeira. – É melhor eu ir andando. Já passei a tarde inteira aqui  e Grayson está me esperando. – Ela me deu um beijo no rosto. – Cuide do papai, mas tente não acordá-lo, sim? Ele precisa dormir.



–  Vou ficar bem quietinho – prometi.



Fui até a cadeira junto à Janela  e estava prestes  a me sentar  quando ouvi um sussurro  rouco.


–  Oi, Alfonso. Obrigado por ter vindo.


Quando me virei na sua direção, Noah deu uma piscadela.


–  Pensei que você estivesse dormindo.


–  Que nada – disse ele. Começou a se sentar  na  cama. – Tive  que fingir. Ela passou o dia inteiro me tratando como se eu fosse um bebê. Chegou a me seguir até o banheiro.


Eu ri.


–  É justamente o que você queria, não é? Ser paparicado pela filha?


–   Ah, é, exatamente o que eu precisava. Ninguém me tratou assim quando eu estava no hospital, nem de longe. Pela forma como ela se comporta, parece até que eu estou com um pé na cova.


–  Bom, você hoje está em  plena  forma. Imagino que  se sinta novinho em folha.


–  Poderia estar melhor – disse ele, dando de ombros. – Mas também poderia estar pior. Se você quiser saber se estou bem da cabeça, pode ficar despreocupado.


–  Não está tonto? Nem com dor de cabeça? Talvez você deva descansar mesmo assim. Se quiser um pouco de iogurte, é só falar que eu pego.


Ele sacudiu um dedo para  mim.


–  Não me venha com essa. Eu sou um homem paciente, mas não sou nenhum santo. E não estou para brincadeiras. Estou confinado há dias sem respirar nem um pouquinho de ar puro. – Ele fez um gesto em direção ao armário. – Pode me passar meu suéter?


Eu já sabia aonde ele queria ir.


–  Ainda está bem quente lá fora – falei.


–  Me dê o suéter e pronto – disse ele. – E se vier  me oferecer  ajuda para me vestir, saiba que eu sou capaz de lhe dar um soco na cara.


Alguns minutos depois, saímos do quarto levando o pão de forma. Enquanto ele avançava com seus passinhos arrastados, pude ver que começava a relaxar. Embora Creekside fosse ser sempre um lugar estranho para nós, Noah o via como um lar e obviamente se sentia à vontade  ali. Ficou claro que os outros pacientes também tinham sentido a falta dele – diante de cada porta aberta, ele acenava e dizia algumas palavras aos amigos, prometendo à maioria voltar mais tarde para  ler.


Noah não quis que eu segurasse seu braço, então fui caminhando a seu lado. Seu equilíbrio parecia um pouquinho abalado e foi só quando saímos do prédio que tive certeza de que ele conseguiria chegar  lá  sozinho.  No entanto, no  ritmo em  que  andava,  demoramos  um  pouco  para  alcançar o lago e tive tempo de sobra para observar que a raiz tinha sido cortada. Perguntei-me se Kate teria avisado a um dos irmãos que cuidasse disso  ou se eles próprios haviam se lembrado.




Fomos nos sentar em nossos lugares habituais e ficamos  admirando a água, embora eu não tenha conseguido ver o cisne. Imaginei que  ele estivesse escondido nas partes rasas e me  recostei  no  banco. Noah começou a partir o pão em pedacinhos.


–  Ouvi o que você contou a Kate sobre a casa – disse ele. – Como vão minhas rosas?


–  Os jardineiros ainda não terminaram, mas você vai gostar do que fizeram até agora.


Ele foi empilhando os pedacinhos  de pão no  colo.


–  Aquele roseiral significa muito para mim. Ele tem quase a sua idade.


–  É mesmo?


–  Os primeiros arbustos foram plantados em abril de 1951 – respondeu ele, balançando a cabeça. – É claro que tivemos de substituir a maioria ao longo do tempo, mas foi nesse ano que eu criei o projeto e comecei a trabalhar nele.


–  Annie me contou que o roseiral foi uma surpresa sua para Allie, para mostrar quanto a amava.


Ele fez um  muxoxo.


–   Isso é apenas metade da história – contou ele. – Mas não me surpreende que Annie pense assim. Às vezes minhas  filhas  parecem achar que passei cada instante da vida paparicando Allie.


–  E não passou? – indaguei, fingindo-me de chocado. Ele riu.


–  Claro que não. Tínhamos lá nossas brigas, como todo mundo, só que sabíamos fazer as pazes. Quanto ao roseiral, no  entanto,  elas  têm razão em parte. Pelo menos no começo da história. – Ele deixou as fatias de pão de lado. – Comecei a plantar as rosas quando Allie engravidou de Annie. Ela estava com poucos meses, mas ficava enjoada o tempo todo. Imaginei que fosse passar em algumas semanas, mas que nada! Havia dias em que mal conseguia se levantar da cama e eu sabia que,  quando  chegasse o  verão, iria se sentir ainda pior. Então quis dar a ela algo bonito que pudesse ver da Anniela. – Ele estreitou os olhos e encarou o sol. – Sabia que no  início era apenas um coração, e não cinco?


Levantei as sobrancelhas.


–  Não, não sabia.


–   Depois que Annie nasceu, achei que o primeiro  coração  estava um pouco vazio e que eu precisava plantar outras roseiras para deixá-lo mais vistoso. Só que, como tive muito trabalho da primeira vez, fiquei adiando e quando finalmente comecei, Allie já engravidara outra vez. Ao ver o que eu estava fazendo, ela concluiu que era por causa do nosso segundo filho e me disse que aquilo era a coisa mais bonita que  eu  já  tinha  feito  por ela. Depois disso, não tive como parar. Foi o que eu quis dizer quando falei  que Annie e Kate têm razão em parte. O primeiro coração pode até ter sido um gesto romântico, mas o último mais parecia um  suplício. Não só o   plantio, a manutenção. Rosas dão muito trabalho. Quando jovens, elas brotam como se fossem uma árvore, mas é preciso podar toda hora para que fiquem do formato. Toda vez que as roseiras  começavam  a  florescer, eu precisava usar a tesoura de poda para devolvê-las ao formato original e durante muito tempo parecia que o jardim nunca ficaria bonito. Além disso, eu me machucava. Aqueles espinhos furam mesmo. Passei vários  anos  com as mãos enfaixadas feito uma múmia.




Sorri.


–  Mas aposto que Allie gostou.


–  Ah, ela adorou. Pelo menos por algum tempo. Até me pedir para cortar tudo fora.


Primeiro achei que não tivesse escutado direito, mas a expressão  de Noah não deixou dúvidas. Recordei a melancolia que às vezes sentia ao  ver os  quadros  que Allie havia feito do jardim.


–  Por quê?


Ele estreitou os olhos em direção ao sol antes de dar um   suspiro.


–  Por mais que ela amasse o roseiral, dizia que doía demais  olhar para ele. Sempre que ela o via pela Anniela, começava a chorar e às vezes parecia que nunca iria parar.


Levei alguns  segundos  para entender por quê.


–  Por causa de John – murmurei, referindo-me ao irmão de Annie que morrera de meningite aos 4 anos. Nem ela nem Noah falavam muito nele.


–  Perder o menino quase a matou. – Ele fez uma pausa. – E quase me matou também. Ele era um garotinho tão doce...  E estava  bem  naquela idade em que as crianças começam  a descobrir o mundo, quando  tudo  é novo e emocionante. Ele vivia competindo com as crianças  mais  velhas. Não parava de correr atrás delas no quintal. E era muito saudável. Antes de ficar doente, nunca tivera sequer uma infecção de ouvido  ou um resfriado mais forte. Por isso o choque foi tão grande. Em uma semana ele estava brincando no quintal e na semana seguinte estávamos no  seu  enterro. Depois que ele morreu, Allie mal conseguia comer ou dormir e, quando não estava chorando, ficava só vagando de um lado para  outro,  atordoada.  Eu não sabia se ela um dia iria superar aquilo. Foi aí que me pediu para acabar com o roseiral.


Ele parou de falar. Eu não disse nada, pois sabia que não era possível   ter



 


uma ideia real da dor de perder um  filho.


–  E por que você não obedeceu?


–  Pensei que ela só estivesse dizendo isso por causa da dor – sussurrou ele. – Não tive certeza se ela queria mesmo que eu destruísse o jardim  ou se só tinha pedido porque a dor que sentia naquele dia estava insuportável. Então esperei. Pensei que se ela falasse mais uma vez então eu o faria. Ou sugeriria retirar apenas o coração de fora e manter os  outros. Mas  ela nunca mais tocou no assunto. E depois... Embora o roseiral estivesse na maioria dos quadros que pintava, Allie jamais sentiu a mesma coisa por ele. Depois que perdemos John, aquilo deixou de ser algo agradável  para ela. Mesmo quando Kate se casou ali, seus sentimentos continuaram contraditórios.


–  Seus filhos sabem por que são cinco corações?


–   Talvez lá no fundo eles saibam, mas só  se  chegaram  a essa conclusão sozinhos. Não era algo de que Allie ou eu gostássemos de falar. Depois que John morreu, era mais fácil pensar  no  roseiral  como  um presente só, não cinco. Então foi nisso que ele se transformou. Depois, quando os meninos ficaram mais velhos e finalmente começaram a fazer perguntas, Allie lhes disse apenas que eu o  havia  plantado  para  ela. De modo que, para eles, o jardim sempre foi um gesto romântico.


Com o canto do olho, vi o cisne deslizar na nossa direção. Era curioso o fato de o animal só ter aparecido agora e perguntei-me onde estivera antes. Pensei que Noah fosse logo lhe jogar um pedaço de pão, mas ele não o  fez. Em  vez  disso, ficou apenas  olhando a ave se aproximar. Quando ela estava a poucos metros de distância, pareceu hesitar por um breve instante, mas então, para minha surpresa, foi chegando mais perto da  margem.


O cisne veio andando até onde estávamos e Noah  estendeu a  mão. A ave se deixou tocar e, enquanto meu sogro lhe falava baixinho, de repente me ocorreu que o cisne também tinha sentido saudade dele.


Noah lhe deu comida, e então eu vi, maravilhado, a ave se deitar a seus pés – exatamente como ele havia me contado que ela fizera  antes.


 Uma hora mais tarde, as nuvens começaram a aparecer. Densas, cheias de chuva, prometiam o tipo de pancada de verão que é comum no sul dos Estados Unidos: intensa durante uns  20 minutos, seguida por  um  céu  que vai se limpando aos poucos. No lago, o cisne se afastava de nós e quando eu estava prestes a sugerir que entrássemos, ouvi a voz de  Anna.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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