Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso
Quando a limusine parou em frente à casa de Noah, dei um longo suspiro. O motorista desceu do carro e balançou a cabeça para me informar que tudo havia transcorrido conforme o combinado e eu, nervoso, assenti de volta para ele.
Havia passado as últimas duas horas dividido entre a empolgação e o pânico de que Annie pudesse ter achado aquilo tudo... bom, uma bobagem. Quando o motorista abriu a porta da limusine para ela, de repente senti um nó na garganta. Mesmo assim, cruzei os braços e me encostei no parapeito da varanda, esforçando-me ao máximo para parecer calmo. A lua brilhava, muito branca, e eu ouvia o canto dos grilos.
Annie desceu do carro quase em câmera lenta, ainda de olhos vendados.
Tudo o que consegui fazer foi observá-la. Sob o luar, vi o leve contorno de um sorriso em seu rosto e sua aparência era ao mesmo tempo exótica e elegante. Acenei para o motorista, dispensando-o.
Enquanto o carro se afastava, me aproximei devagar de Annie, reunindo coragem para falar com ela.
– Você está maravilhosa – murmurei em seu ouvido.
Ela se virou na minha direção e abriu ainda mais o sorriso.
– Obrigada – respondeu. Esperou que eu dissesse mais alguma coisa e, quando fiquei calado, passou o peso do corpo de uma perna para a outra. – Já posso tirar a venda?
Olhei em volta para me certificar de que tudo estava como eu queria.
– Pode – sussurrei.
Ela puxou de leve o lenço, que se soltou na mesma hora e caiu de seu rosto. Seus olhos levaram alguns instantes para ajustar o foco – primeiro pousaram em mim, depois na casa, depois de novo em mim. Assim como Annie, eu estava vestido à altura da ocasião: meu smoking era novo e fora feito sob medida. Como quem acorda de um sonho, ela piscou várias vezes.
– Pensei que você gostaria de ver como a casa vai ficar neste fim de semana – falei.
Ela foi se virando devagar para todos os lados. Mesmo de longe, o terreno parecia encantado. Sob o céu negro como tinta, a tenda branca
reluzia e as luzes do jardim lançavam finas sombras que lembravam dedos e realçavam as cores dos botões de rosas. A água do chafariz cintilava sob o luar.
– Alfonso... ficou incrível – gaguejou ela.
Segurei sua mão. Senti o cheiro do perfume novo que tinha comprado para ela e vi os pequenos brilhantes em suas orelhas. Um batom escuro acentuava seus lábios carnudos.
Quando ela se virou para mim, sua expressão era de pura incompreensão.
– Mas como? Você só teve dois dias!
– Eu prometi que ficaria sensacional – lembrei. – Como disse Noah, não é todo dia que temos um casamento por aqui.
Ela então pareceu reparar pela primeira vez na minha aparência e deu um passo para trás.
– Você está de smoking – observou ela.
– Comprei para o casamento, mas pensei que seria bom estrear antes. Ela me avaliou de cima a baixo.
– Ficou... ficou lindo – constatou.
– Você parece surpresa.
– E estou mesmo – concordou ela depressa, e em seguida se explicou: – Quero dizer, não estou surpresa por você estar bonito, mas é que eu não esperava vê-lo desse jeito.
– Vou encarar isso como um elogio. Annie riu.
– Venha – convidou ela, puxando-me pela mão – Quero ver de perto tudo o que você fez.
Eu tinha de reconhecer: a visão da casa era mesmo sensacional. Erguendo- se entre os carvalhos e ciprestes, o fino material da tenda branca reluzia sob a iluminação do jardim como se tivesse vida própria. As cadeiras haviam sido arrumadas em fileiras curvas, como diante de uma orquestra, seguindo o contorno do roseiral logo atrás. Estavam todas orientadas para o mesmo ponto e o caramanchão brilhava com as luzinhas e as folhagens coloridas. Além disso, para onde quer que olhássemos, havia flores e mais flores.
Annie começou a percorrer lentamente o corredor entre as cadeiras. Eu sabia que ela imaginava os convidados e Anna, visualizando a cena que veria de seu lugar junto ao caramanchão. Quando se virou para me olhar, estava atordoada.
– Nunca imaginei que pudesse ficar assim. Pigarreei para limpar a garganta.
– Eles fizeram um ótimo trabalho, não foi?
Ela balançou a cabeça com um ar solene.
– Não – falou. – Eles não. Você.
Quando chegamos à primeira fileira de cadeiras, Annie soltou minha mão e foi até o caramanchão. Fiquei onde estava, vendo-a passar as mãos pelos relevos e tocar as fileiras de luzinhas. Seu olhar então se dirigiu ao roseiral.
– Está igualzinho ao que era antigamente – disse ela, maravilhada.
Enquanto Annie dava a volta no caramanchão, fiquei olhando o vestido que ela usava, reparando em como ele acentuava as curvas que eu conhecia tão bem. O que aquela mulher tinha, que me deixava assim, sem fôlego? Seria sua personalidade? A nossa vida em comum? Apesar de todos os anos transcorridos desde a primeira vez em que a vira, seu efeito sobre mim só se fortalecera.
Entramos no roseiral e demos a volta no coração de fora. Em pouco tempo, as luzes da tenda atrás de nós ficaram mais fracas. O chafariz borbulhava como uma nascente de montanha. Annie não disse nada, ficou apenas absorvendo o ambiente à sua volta, olhando de vez em quando por cima do ombro para ter certeza de que eu estava atrás dela. Mais à frente, onde apenas o teto da tenda era visível, Annie parou para admirar as roseiras e então, por fim, escolheu um botão e o colheu. Retirou os espinhos antes de se aproximar de mim e pôr a rosa na minha lapela. Depois de arrumar a flor até ficar satisfeita com o resultado, deu um leve tapinha no meu peito e ergueu os olhos.
– Fica mais elegante com uma flor na lapela – constatou ela.
– Obrigado.
– Já falei como você fica bonito assim todo chique?
– Acho que você usou a palavra lindo. Fique à vontade para repeti-la sempre que quiser.
Ela pôs a mão no meu braço.
– Obrigada pelo que fez aqui. Anna vai ficar de queixo caído.
– De nada.
Chegando mais perto, ela murmurou:
– E obrigada por esta noite, também. Foi... foi muito divertido lá em casa.
No passado, eu teria aproveitado a oportunidade para pressioná-la com perguntas e me certificar de que tinha feito tudo certo, mas em vez disso estendi a mão para segurar a sua.
– Tem mais uma coisa que eu quero que você veja – falei, simplesmente.
– Não me diga que escondeu uma carruagem com cavalos brancos no celeiro – brincou ela.
Fiz que não com a cabeça.
– Não, mas se você quiser eu posso tentar arranjar uma.
Ela riu. Quando chegou mais perto, o calor de seu corpo foi como um ímã. Seus olhos tinham uma expressão travessa.
– O que mais você queria me mostrar?
– Outra surpresa – disse eu.
– Não sei se o meu coração vai aguentar.
– Venha comigo.
Levei-a para longe do roseiral e juntos seguimos uma trilha de cascalho em direção à casa. Lá em cima, as estrelas piscavam no céu sem nuvens e a lua se refletia no rio atrás da casa. Galhos cheios de cipó estiravam suas garras retorcidas em todas as direções, parecendo dedos espectrais. O ar tinha o cheiro conhecido de pinheiros e de sal, um aroma típico da região. No silêncio, senti o polegar de Annie acariciar o meu.
Ela parecia não ter pressa alguma. Caminhamos devagar, absorvendo os sons da noite: os grilos e as cigarras, o farfalhar das folhas nas árvores, o cascalho estalando sob nossos pés.
Annie olhou na direção da casa. Cheia de árvores ao fundo, a construção tinha um ar atemporal e as colunas brancas da varanda lhe davam um aspecto quase luxuoso. O telhado de zinco havia escurecido com o tempo e parecia se misturar ao céu escuro, e através das Janelas pude ver o brilho amarelado das velas.
Autor(a): eduardah
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Quando entramos, a corrente de ar repentina fez as velas tremeluzirem. Annie ficou parada na porta, admirando a sala. O piano limpo e encerado cintilava à luz suave e o piso de madeira onde Anna iria dançar com Keith, em frente à lareira, brilhava como se fosse novo. As mesas – com seus guardanapos brancos dobrados em forma de cisne e dispo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 27
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40
Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02
Eu ainda estou chorando....
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45
Morri com essa carta ....to chorando rios...
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36
To chorando rios akiiii
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39
Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20
Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...
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hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16
Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.
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franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21
OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso
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franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46
to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...
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franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56
ai que beijo lindoooooooo