Fanfics Brasil - Capitulo 43 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 43

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Quando a limusine parou em  frente à casa de  Noah, dei  um  longo  suspiro. O motorista desceu do carro e balançou a cabeça para  me informar  que tudo havia transcorrido conforme o combinado e eu, nervoso, assenti de volta para ele.


Havia passado as últimas duas horas dividido entre a empolgação e o pânico de que Annie pudesse ter achado aquilo tudo... bom, uma bobagem. Quando o motorista abriu a porta da limusine para ela, de repente senti  um nó na garganta. Mesmo assim, cruzei os braços e me encostei no parapeito da varanda, esforçando-me ao máximo para parecer calmo. A lua brilhava, muito branca, e eu ouvia o canto dos  grilos.


Annie desceu do carro quase em câmera lenta, ainda de olhos   vendados.


Tudo  o que  consegui  fazer foi observá-la. Sob o luar, vi o leve  contorno de um  sorriso em seu rosto e sua aparência era ao mesmo tempo    exótica e elegante. Acenei para o motorista, dispensando-o.


Enquanto o carro se afastava, me aproximei devagar de Annie, reunindo coragem para falar com  ela.


–  Você está maravilhosa – murmurei em seu ouvido.


Ela se virou na minha direção e abriu ainda mais o sorriso.


–  Obrigada – respondeu. Esperou que eu dissesse mais alguma coisa e, quando fiquei calado, passou o peso do corpo de uma perna para a outra.  – Já posso tirar a venda?


Olhei em volta para me certificar de que tudo estava como eu   queria.


–  Pode – sussurrei.


Ela puxou de leve o lenço, que se soltou na mesma hora e caiu de seu rosto. Seus olhos levaram alguns instantes para ajustar o foco – primeiro pousaram em mim, depois na casa, depois de novo em mim. Assim como Annie, eu estava vestido à altura da ocasião: meu smoking era novo e fora feito sob medida. Como quem  acorda de um sonho, ela piscou várias  vezes.


–  Pensei que você gostaria de ver como a casa vai ficar neste fim de semana – falei.


Ela foi se virando devagar para todos os lados. Mesmo  de  longe,  o terreno  parecia  encantado.  Sob  o  céu negro  como  tinta, a  tenda branca



 



reluzia e as luzes do jardim lançavam finas sombras que lembravam    dedos e realçavam as cores dos  botões  de rosas. A água do chafariz cintilava   sob o luar.


–  Alfonso... ficou incrível – gaguejou ela.


Segurei sua mão. Senti o cheiro do perfume novo que tinha  comprado para ela e vi os pequenos brilhantes em suas orelhas. Um batom escuro acentuava seus lábios carnudos.


Quando ela se virou para mim, sua expressão era de pura incompreensão.


–  Mas como? Você só teve dois dias!


–  Eu prometi que ficaria sensacional – lembrei. – Como disse Noah,    não é todo dia que temos um casamento por aqui.


Ela então pareceu reparar pela primeira vez na  minha aparência e  deu um  passo para trás.


–  Você está de smoking – observou ela.


–  Comprei para o casamento, mas pensei que seria bom estrear antes. Ela me avaliou de cima a baixo.


–  Ficou... ficou lindo – constatou.


–  Você parece surpresa.


–  E estou mesmo – concordou ela depressa, e em seguida se explicou: – Quero dizer, não estou surpresa por você estar bonito, mas é que eu não esperava vê-lo desse jeito.


–  Vou encarar isso como um elogio. Annie riu.


–  Venha – convidou ela, puxando-me pela mão – Quero ver de perto  tudo o que você fez.


Eu tinha de reconhecer: a visão da casa era mesmo sensacional. Erguendo- se entre os carvalhos e ciprestes, o  fino  material  da  tenda branca reluzia sob a iluminação do jardim como se tivesse vida própria. As cadeiras haviam sido arrumadas em fileiras curvas, como diante de uma orquestra, seguindo o contorno do roseiral logo atrás. Estavam todas orientadas  para o mesmo ponto e o caramanchão brilhava com as   luzinhas e as folhagens coloridas. Além disso, para onde quer que olhássemos, havia flores e mais flores.


Annie começou a percorrer lentamente o corredor entre as cadeiras. Eu sabia que ela imaginava os convidados e  Anna,  visualizando a  cena que veria de seu lugar junto ao caramanchão. Quando se virou para me olhar, estava atordoada.


–  Nunca imaginei que pudesse ficar assim. Pigarreei para limpar a garganta.


–  Eles fizeram um ótimo trabalho, não foi?



 



Ela balançou a cabeça com um ar solene.


–  Não – falou. – Eles não. Você.


Quando chegamos  à primeira fileira de cadeiras, Annie soltou minha  mão e foi até o caramanchão. Fiquei onde estava, vendo-a passar as mãos pelos relevos e tocar as fileiras de luzinhas. Seu olhar então se dirigiu ao  roseiral.


–  Está igualzinho ao que era antigamente – disse ela, maravilhada.


Enquanto Annie dava a volta no caramanchão, fiquei olhando o vestido que ela usava, reparando em como ele acentuava as curvas que eu conhecia tão bem. O que aquela mulher tinha, que me deixava assim, sem fôlego? Seria sua personalidade? A nossa vida em comum? Apesar de todos os anos transcorridos desde a primeira vez em que a vira, seu efeito sobre mim só se fortalecera.


Entramos no roseiral e demos a volta no coração de fora. Em pouco tempo, as luzes da tenda atrás de nós ficaram mais fracas. O chafariz borbulhava como uma nascente de montanha. Annie não disse nada, ficou apenas absorvendo o ambiente à sua volta, olhando de vez em quando por cima do ombro para ter certeza de que eu estava atrás dela. Mais à frente, onde apenas o teto da tenda era visível, Annie  parou  para  admirar  as roseiras e então, por fim, escolheu um botão e  o  colheu.  Retirou  os espinhos antes de se aproximar de mim e pôr a  rosa  na  minha lapela. Depois de arrumar a flor até ficar satisfeita com o resultado, deu um leve tapinha no meu peito e ergueu os olhos.


–  Fica mais elegante com uma flor na lapela – constatou ela.


–  Obrigado.


–  Já falei como você fica bonito assim todo chique?


–  Acho que você usou a palavra lindo. Fique à vontade para repeti-la sempre que quiser.


Ela pôs  a mão no meu braço.


–  Obrigada pelo que fez aqui. Anna vai ficar de queixo caído.


–  De nada.


Chegando mais perto, ela murmurou:


–  E obrigada por esta noite, também. Foi... foi muito divertido lá  em casa.


No passado, eu teria aproveitado a oportunidade para pressioná-la com perguntas e me certificar de que tinha feito tudo certo, mas em vez disso estendi a mão para segurar a sua.


–    Tem mais uma coisa que eu quero que você veja –  falei, simplesmente.


–  Não me diga que escondeu uma carruagem com cavalos brancos no celeiro – brincou ela.


Fiz que não com a cabeça.



 


–  Não, mas se você quiser eu posso tentar arranjar uma.


Ela riu. Quando chegou mais perto, o calor de  seu corpo foi  como um ímã. Seus  olhos tinham uma expressão travessa.


–  O que mais você queria me mostrar?


–  Outra surpresa – disse eu.


–  Não sei se o meu coração vai aguentar.


–  Venha comigo.


Levei-a para longe do roseiral e juntos seguimos uma trilha de cascalho em direção à casa. Lá em cima, as estrelas piscavam no céu sem nuvens    e a lua se refletia no rio atrás da casa. Galhos cheios de cipó estiravam suas garras retorcidas em todas as direções, parecendo dedos espectrais. O ar tinha o cheiro conhecido de pinheiros  e de  sal, um  aroma típico da  região. No silêncio, senti o polegar de Annie acariciar o  meu.


Ela parecia não ter pressa alguma. Caminhamos devagar, absorvendo os sons da noite: os grilos e as cigarras, o farfalhar das folhas nas árvores, o cascalho estalando sob nossos pés.


Annie olhou na direção da casa. Cheia de árvores ao fundo, a construção tinha um ar atemporal e as colunas brancas da varanda lhe  davam um aspecto quase luxuoso. O telhado de zinco havia escurecido com o tempo e parecia se misturar ao céu escuro, e através das Janelas pude ver o brilho amarelado das velas.



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Autor(a): eduardah

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Quando entramos, a corrente de ar repentina fez as velas tremeluzirem. Annie ficou parada na porta, admirando a sala. O piano limpo e encerado cintilava à luz suave e o piso de madeira onde Anna iria dançar com Keith, em frente à lareira, brilhava como se fosse novo. As mesas – com seus guardanapos brancos dobrados em forma de cisne e  dispo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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