Fanfics Brasil - Capitulo 46 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 46

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Ao ouvir os passos de Annie, ergui os olhos. Ela estava em pé no  alto da escada e a luz do corredor atrás ocultava seus traços.  Sua  mão  se estendeu para segurar o corrimão e ela começou a descer os degraus.


A luz das velas iluminou minha mulher aos poucos: primeiro as pernas, depois  a  cintura  e  enfim  o  rosto.  Ela  parou  no  meio  da  escada  e me



encarou, e mesmo do outro lado da sala pude ver suas  lágrimas.



–  Feliz aniversário de casamento – falei, e ouvi minha voz ecoar pelo recinto. Sem tirar os olhos de mim, Annie terminou  a  descida.  Com um sorriso delicado, atravessou a sala na minha direção e eu de repente soube exatamente o que tinha que fazer.


Abri os braços e a puxei para junto de mim. Seu corpo estava quente, macio, e senti seu rosto molhado encostar no meu. E ali, na casa de Noah, dois dias antes de completarmos 30 anos de casados, abracei-a bem forte, desejando com todas as minhas forças que o tempo parasse para   sempre.


 Passamos muito tempo abraçados antes de Annie finalmente recuar. Ainda com os braços à minha volta, ela me olhou nos olhos. Suas faces úmidas brilhavam à luz difusa das velas.


–  Obrigada – sussurrou ela. Apertei-a de leve.


–  Venha cá. Quero lhe mostrar algo – falei.


Conduzi-a pela sala em direção aos fundos  da casa. Abri a porta de   trás e saímos para a varanda.


Apesar do brilho da lua, eu conseguia distinguir acima de nós o arco da Via Láctea, parecendo uma fileira de pedras preciosas. Ao sul, Vênus tinha surgido no céu. A temperatura esfriara um pouco e, ao sabor da brisa,  senti o suave cheiro do perfume de Annie.


–  Pensei que seria agradável jantarmos aqui fora. Além do  mais, não queria desarrumar nenhuma das mesas do salão.


Ela passou o braço pelo meu e examinou a mesa à nossa frente.


–  Alfonso, que coisa maravilhosa!


Afastei-me com relutância para acender as velas e pegar o   champanhe.


–  Aceita uma taça?


No início não sabia ao certo se ela havia me escutado. Annie estava com os olhos perdidos acima do rio e seu vestido esvoaçava  de  leve  com  a brisa.


–  Com todo o prazer.


Tirei a garrafa do balde de gelo, segurei a rolha com firmeza e girei. O champanhe se abriu com um estalo. Depois de servir duas taças, esperei a espuma baixar e as completei. Annie se aproximou.


–  Há quanto tempo você estava planejando isso? – perguntou ela.


–  Desde o ano passado. Era o mínimo que eu podia fazer depois do meu



 



esquecimento.


Ela balançou a cabeça e segurou meu rosto, que ficou de frente para o seu.


–  Eu nunca poderia ter sonhado com algo mais maravilhoso do que isto.


–  Ela hesitou. – Sério, quando encontrei o álbum, a carta, todos aqueles bilhetes... Foi a coisa mais incrível que você já fez para mim.


Comecei a repetir que era o mínimo que eu podia fazer, mas ela me interrompeu.


–  Estou falando a verdade – disse ela, baixinho. – Não consigo nem expressar quanto isso significa para mim. – Então, com uma piscadela marota, ela mexeu na minha lapela. – Você fica lindo de morrer com este smoking.


Dei uma risadinha abafada, sentindo a tensão começar a diminuir, então cobri sua mão com a minha e a apertei de leve.


–  Dito isso, detesto ter que abandonar você...


–  Mas?


–  Mas preciso ir ver o jantar. Ela assentiu. Sensual, linda.


–  Quer alguma ajuda?


–  Não. Está quase pronto.


–  Então posso ficar aqui? Está tão tranquilo...


–  Claro, pode ficar.


Na cozinha, vi que os aspargos cozidos no  vapor  já  tinham esfriado, então acendi uma das bocas do fogão para tornar a aquecê-los. O molho tinha ficado um pouco grosso, mas quando o mexi pareceu ainda estar no ponto. Então voltei minha atenção para o peixe e abri o forno para ver se estava pronto. Só precisava de mais alguns minutos. O rádio da cozinha tocava uma música da época dos grandes grupos de jazz. Eu  estava levantando a mão para trocar de  estação quando  ouvi  a voz  de  Annie atrás de mim.


–  Deixe onde está – pediu ela. Ergui os olhos.


–  Pensei que você fosse ficar lá fora aproveitando a noite.


–  Eu ia, mas não é a mesma coisa sem você – disse ela. Então se encostou na bancada e ficou na sua postura habitual. – Você também pediu essa música especialmente para hoje? – perguntou, brincando.


–   Já tem um tempo que o programa começou. Acho que é  o tema especial deles para esta noite.


–   Ele certamente evoca lembranças – comentou ela. – Papai vivia escutando jazz. – Ela correu a mão devagar pelos cabelos, perdida em recordações. – Sabia que ele e mamãe costumavam dançar na cozinha?



 



Uma hora estavam lavando a louça e, no minuto seguinte, estavam abraçados, bailando. Na primeira vez em que os vi assim, acho que eu tinha uns 6 anos e não dei a menor importância. Quando fiquei um pouco mais velha, Kate e eu sempre ríamos ao vê-los fazerem isso. Apontávamos para eles dando risadinhas, mas eles riam também  e  continuavam  dançando como se só eles existissem no  mundo.


–  Eu nunca soube disso.


–  A última vez que  os  vi  dançando foi  cerca de  uma semana antes de se mudarem para Creekside, quando dei uma passada para conferir  como eles estavam. Vi os dois pela Janela da cozinha quando estacionava e simplesmente comecei a chorar. Sabia que era a última vez  que  os  veria aqui e tive a sensação de que o meu coração estava se partindo ao meio. – Ela fez uma pausa, ainda perdida em pensamentos. Então  balançou  a cabeça. – Desculpe. Sou mesmo uma estraga-prazeres, não é?


–  Não tem problema nenhum – afirmei. – Eles fazem parte das nossas vidas e esta é a sua casa. Para ser sincero, eu ficaria chocado se você não pensasse nos seus pais. Além do mais, é um jeito  maravilhoso  de se lembrar deles.


Ela pareceu passar alguns segundos refletindo sobre as minhas  palavras.


No silêncio, tirei o linguado do forno e o pus  em cima do  fogão.


–  Alfonso? – murmurou Annie. Virei-me para ela.


–  Quando você disse na carta que de agora em diante tentaria ser mais romântico, estava falando sério?


–  Estava.


–  Isso significa que posso esperar mais noites como esta?


–  Se for seu desejo, sim.


–  Só que agora vai ser mais difícil me surpreender. Você vai ter que inventar alguma coisa nova.


–  Não acho que vá ser tão difícil quanto você pensa.


–  Ah, não?


–  Eu provavelmente seria capaz de inventar alguma coisa agora mesmo, se precisasse.


–  Tipo o quê?


Encarei seus olhos atentos e de repente estava determinado a não fracassar. Depois de uma breve hesitação, estendi a  mão para  apagar o fogo e pus os aspargos de lado. Annie me seguia  com  os  olhos, curiosa. Ajeitei o paletó antes de atravessar a cozinha e lhe estender a mão.


–  Quer dançar?


Annie enrubesceu enquanto segurava minha mão e passava o outro braço em  volta das  minhas  costas. Puxando-a  com  firmeza de  encontro a mim, senti seu corpo se colar ao meu. Começamos a girar em círculos lentos enquanto a música tomava conta da  cozinha à nossa volta. Senti  o  cheiro do xampu de lavanda que ela havia usado e senti suas pernas roçarem nas minhas.




–  Como você é linda... – sussurrei, e Annie reagiu alisando as costas da minha mão com o polegar.


Quando a música terminou, continuamos abraçados até começar outra e seguimos dançando devagar, embriagados por aqueles movimentos sutis. Quando Annie recuou para me olhar, exibia um  sorriso carinhoso e  ergueu uma das mãos  até meu rosto. Seu toque foi suave. Como quem  reaprende um hábito antigo, inclinei-me em direção a ela e nossos rostos se aproximaram.


O beijo foi quase um sopro e pusemos nele tudo o que estávamos sentindo, tudo o que desejávamos. Eu a abracei e tornei a beijá-la. Pude sentir seu desejo e o meu também. Enterrei a mão nos seus cabelos e ela gemeu baixinho, um som ao mesmo tempo conhecido e que me percorreu como um choque elétrico, um som novo e antigo, um milagre   perfeito.


Sem dizer nada, recuei um pouco e fiquei só olhando para ela antes de conduzi-la para fora da cozinha. Senti seu polegar alisar as costas da minha mão enquanto passávamos entre as mesas, apagando as velas uma após outra.


Na escuridão acolhedora, guiei-a até o andar de cima. Quando chegamos ao seu antigo quarto de solteira, o luar entrava pela Janela e ficamos abraçados, banhados pela luz leitosa e  pelas  sombras. Beijamo-nos outra vez, e outra, e Annie acariciou meu peito enquanto eu estendia a mão para o zíper nas costas de seu vestido. Ela suspirou baixinho quando comecei a abri-lo.


Meus lábios percorreram seu rosto e seu pescoço e senti o sabor  da curva de seu ombro. Annie puxou meu paletó e o deixou cair no chão, junto ao seu vestido. Sua pele estava quente quando nos  deitamos na  cama.


Fizemos amor devagar, com delicadeza, e a paixão que  sentíamos um pelo outro foi uma descoberta embriagante, fascinante de tão nova. Eu quis que aquilo durasse para sempre e tornei a beijá-la diversas vezes enquanto sussurrava palavras de amor. Depois ficamos deitados juntinhos, exaustos. Enquanto ela adormecia ao meu lado, acariciei sua pele com as pontas dos dedos, tentando conservar a perfeição inabalável desse instante.


Logo depois da meia-noite, Annie  acordou e me pegou  olhando  para ela. No escuro, quase não pude distinguir sua expressão travessa, como se ela estivesse ao mesmo tempo escandalizada e encantada com o que havia acabado de acontecer.


–  Annie? – falei.



–  Sim?


–  Quero saber uma coisa.


Ela sorriu satisfeita, à espera do que eu ia dizer. Hesitei e por fim respirei fundo antes de  falar.


–  Se tivesse que fazer tudo outra vez e soubesse como as coisas iriam ser entre nós, você se casaria comigo de novo?


Ela passou um longo tempo em silêncio, pensando com cuidado na pergunta. Então, dando um tapinha no meu peito, ergueu os olhos para mim com uma expressão suave.


–  Sim – respondeu apenas. – Casaria.


Essas eram as palavras que eu mais ansiava por  ouvir  e puxei-a mais para perto. Beijei seus cabelos e seu pescoço,  desejando  que  aquele instante fosse eterno.


–  Eu te amo mais do que tudo no mundo – declarei. Ela deu um beijo no meu peito.


–  Eu sei – afirmou. – E eu também te amo.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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